E então, as lágrimas só aumentaram. No final, Jaqueline estava soluçando tanto que mal conseguia falar. Seus ombros tremiam levemente, enquanto Valentino abraçava ela com força, acariciando com ternura suas costas, oferecendo um consolo silencioso. As lágrimas de Jaqueline molharam a camisa dele, mas ele não se importou, deixando ela liberar suas emoções.Finalmente, quando Jaqueline chorou o suficiente, ela levantou a cabeça e olhou ao redor do quarto, os olhos ainda vermelhos e inchados. Como era bonito. O quarto estava decorado com tanta delicadeza, cada detalhe refletindo o amor e o cuidado que tinham por ela. A cama macia, os travesseiros confortáveis, as pinturas que ela mais gostava penduradas nas paredes, tudo tinha um toque de sonho de princesa, exatamente como ela sempre imaginou.Tudo indicava quanto carinho e atenção tinham sido colocados na decoração desse quarto. Mas por que, mesmo sendo ela a machucada, bastaram algumas lágrimas de Diana e até uma acusação injusta, para
- Se vocês não confiam em mim, então para que eu vou ficar aqui incomodando os outros? - Ela falava com veemência, mas suas ações não correspondiam, apenas fingia arrumar suas coisas para impressionar a rainha. Diana não tinha a menor intenção de deixar o palácio, mas a rainha não sabia disso. Furiosa, ela entrou e tirou a mala das mãos de Diana.Depois, mandou embora os empregados que estavam ali, suspirando antes de falar, com a voz trêmula de emoção: - Diana, suas palavras estão magoando o meu coração, me responda, como eu te tratei todos esses anos? Eu já te fiz algum mal?A rainha não veio consolar ela de imediato, preferiu dar uma lição de moral. Diana ficou um pouco nervosa, balançando a cabeça repetidamente. - Não, não, você sempre me tratou muito bem, eu sempre lembrei do quanto você e o pai foram bons comigo.Não importava o que a Diana pensasse, naquele momento ela sabia que tinha que falar palavras agradáveis. Ela mordeu o lábio inferior, tentando parecer arrependida.A r
Ao ouvir isso, a rainha, satisfeita, deu um tapinha em seu ombro, dizendo: - Isso mesmo, eu sabia que nossa Diana era a criança mais obediente.- Mãe, você pode dormir comigo esta noite? - Diana aproveitou a oportunidade para fazer seu pedido, olhando com olhos brilhantes para a rainha, cheios de esperança, como uma criança ansiosa por um momento especial.A rainha, um pouco sem jeito com a súbita solicitação, acabou rindo e concordando.Na manhã seguinte, durante o café da manhã, todos agiam como se nada tivesse acontecido, as conversas triviais enchendo a sala de um falso senso de normalidade, enquanto a tensão pairava no ar, invisível, mas palpável.Diana havia prometido à rainha que pediria desculpas a Jaqueline, mas ao olhar para Jaqueline, não conseguia encontrar coragem necessária para falar.Mas a rainha já olhava com expectativa para ela. Diana, depois de muita hesitação, finalmente começou a se preparar para falar com Jaqueline, com os lábios tremendo.- Irmãzinha... - A voz
A rainha esperava que o rei convencesse Jaqueline a não se mudar, mas o rei apenas olhou para Jaqueline e Valentino.- Filhas, uma vez crescidas, não podem ser retidas. - Disse o rei com um suspiro profundo. - Já que você se casou e vejo que seu marido é sincero e cuidadoso com você, não me oponho se vocês quiserem se mudar. No entanto, se lembrem de que nossas portas estarão abertas para vocês...Antes que ele terminasse, a rainha interrompeu, sua voz se elevando em um tom quase histérico: - Querido, o que você está dizendo? Finalmente reencontramos a Velta, ainda não tivemos tempo de conhecer ela bem, de saber seus gostos, e você já quer deixar ela ir embora. O mundo lá fora é perigoso, ontem mesmo ela escapou de sequestradores...As lágrimas começaram a brilhar em seus olhos enquanto ela falava. O rei, meio sem opções, olhou para Jaqueline e Valentino.- Bem, sua mãe tem um ponto. - Disse o rei, tentando acalmar a situação. - Ela realmente não quer que vocês se mudem. Velta, por qu
- Qual foi exatamente a coisa que me magoou, irmã? - Jaqueline perguntou, fixando os olhos em Diana.Diana ficou atônita, seus olhos piscando rapidamente enquanto tentava encontrar uma resposta adequada. Depois de uma breve pausa, forçou um sorriso e respondeu: - Claro... Claro que foi o fato de eu pensar que você queria me incriminar. Eu estava com medo...Ao dizer isso, Diana percebeu que algo estava errado. Pedir desculpas a Jaqueline não significava admitir que tinha tentado prejudicar ela? Como isso poderia estar certo? Sua mente girava em confusão, e as palavras pareciam lhe escapar. Ela ficou sem saber como continuar, seu sorriso vacilante se transformando em uma expressão de desamparo.Jaqueline riu suavemente com um toque de ironia em sua voz: - Irmã, você está tentando me confundir com esse jogo de palavras? De qualquer forma, não importa o que você fez, eu te perdoo. Afinal, você também é filha do nosso pai e da nossa mãe. A família deve sempre se perdoar.Jaqueline decidi
- Diana, como você pode pensar assim sobre sua irmã? - Disse o rei, a decepção era evidente em sua voz e em seu olhar servo. - Ela não teve essa intenção. - Você me decepcionou profundamente, Diana. - Acrescentou a rainha, seu rosto mostrando uma mistura de tristeza e frustração. - Fique no palácio e reflita sobre suas ações.Diana ficou paralisada, incrédula. Seus pais nunca haviam sido tão duros com ela, nem mesmo após o incidente do dia anterior. Mas agora, estavam repreendendo ela por causa de Jaqueline! A sensação de traição fervia dentro dela, misturada com uma incredulidade amarga.Enquanto Diana tentava processar a situação, Jaqueline interveio, sua voz era calma e conciliadora: - Pai, mãe, não precisam ser tão duros com a Diana. Tenho certeza de que ela não quis dizer isso. Vê-la triste também me machuca. Talvez vocês devam ficar aqui com ela e nos deixar ir sozinhos. Nós não nos perderemos. Afinal, estamos apenas mudando de casa, não estamos indo para longe.O rei e a rainh
“Será que não sabe que a Lavínia tem namorado agora? Ainda assim tem a coragem de mandar um cartão postal confessando seus sentimentos. Cara, é bom que eu não descubra quem você é, senão vou arrancar sua cabeça!”, Simão pensou. Ele lutou contra a vontade de rasgar o cartão postal em pedaços. Com o coração acelerado e a voz trêmula, nervoso, perguntou a Lavínia: - Lavi, quem te mandou esse cartão? Eu conheço essa pessoa?Ao ouvir a pergunta dele, Lavínia pareceu finalmente se dar conta. Olhando profundamente nos olhos de Simão, ela respondeu devagar: - Foi a Jaque. A Jaque não morreu, ela me mandou um cartão postal.Desde o momento em que recebeu o cartão e leu o conteúdo, ela teve certeza de que era da Jaqueline. A caligrafia inconfundível de Jaqueline e o desejo secreto que elas compartilharam de encontrar alguém especial para passar a vida juntas eram segredos conhecidos apenas por elas duas. Portanto, o cartão postal só podia ter sido enviado por Jaqueline.Lavínia ficou confusa.
Simão pegou o envelope das mãos de Lavínia, seus olhos se arregalando de surpresa ao ver o carimbo postal do País C. Havia algo mais naquela imagem do País C, algo que parecia estranhamente familiar, como um dejà-vu. Mas antes que ele pudesse se concentrar na imagem, Lavínia interrompeu seus pensamentos.- De qualquer forma, tenho certeza de que a Jaque não está morta. – Disse Lavínia com firmeza, seus olhos brilhavam com determinação e uma pontada de teimosa que Simão conhecia bem. - Se você não acredita, eu vou sozinha para encontrar ela. Você pode ficar aqui no país.- Não, não, meu amor. - Simão disse rapidamente, a ansiedade transparecia em sua voz e seus dedos tremiam levemente ao segurar a mão dela. - Como posso deixar você ir sozinha para um país estrangeiro? Se você não me levar, para que serve ter um namorado? Estou aqui para te proteger e te acompanhar.Não querendo que ele a acompanhasse, como ele poderia ficar tranquilo? - Assim está melhor. – Disse Lavínia, com um sorris