Me remexo e sinto o meu corpo todo dolorido, minha mão latejando, tento abrir os meus olhos mais não consigo, estão pesados, e começo a ficar desesperada mais não desisto aos poucos vou me forçando abrir mesmo lacrimejando eu consigo abrir, tento me acostumar com a claridade e fico frustrada ao perceber que eu estou em um quarto branco, isso me faz ficar com raiva, começo a chorar eu não quero ficar aqui eu preciso ir embora...
Eu só queria acordar e perceber que não passou de um pesadelo, mais ao sentir as dores em meu corpo eu sei que não passou, ainda tenho que viver nesse inferno de lugar, escuto um barulho e vozes chegando e volto a fechar meus olhos. E não demora e a porta se abre.
— Como ela passou a noite?— eu reconheço essa voz é a mesma voz do homem que me jogou no porão.
— Durante a madrugada ela ficou muito inquieta, mais até agora não despertou, aos poucos estou diminuindo a dosagem da medicação que é forte e ela vai acordar.
— Assim que ela acorda peça para o segurança me ligar. E atenção redobrada, quando ela estiver acordada, ela pode ficar agitada, então se precisar pode dar um calmante para controlar.
— Não se preocupe senhor Green aviso e tomarei todos os cuidados necessários. — a mulher diz e sinto alguém se aproximando. Ele vem em direção da cama e consigo sentir a presença dele mais tento me manter imóvel. Para ele não perceber. Não demora e ouço a porta bater e tento manter do mesmo jeito, pois a mulher ainda continua aqui perto de mim. Ela meche em algo no soro e não demora para ela sair.
Só depois que ela saí consigo respirar melhor.
Merda como vou sai desse lugar se tem um segurança na porta?
Fico com essa pergunta latejando na minha cabeça.
Eu preciso tentar, mas como?
Se ainda me sinto fraca?
Eu não chegaria tão longe assim.
Vou ficando sonolenta mais uma vez e acabo adormecendo.
Acordo, e mesmo me sentindo cansada, assim que abro os meus olhos, vejo aqueles olhos pretos como a noite me analisando, começo a temer, merda era para ter ficado atenta se tinha alguém por aqui. Fechos os olhos com força quem sabe não é só uma miragem, quando volto a abrir ele continua ali parado me olhando, sério.
— Como você está se sentindo?— não entendo a sua preocupação.
— Preferia está morta, quem sabe estaria no lugar melhor.
— Quem te garante que você ficaria bem morta? Não fale de algo que não sabe. — ele diz sem paciência alguma.
— O que eu sei, é que não quero voltar para aquela casa! Eu fui enganada e só em pensar no que pode acontecer comigo tenho pavor... — confesso e não consigo segurar o medo que estou sentindo.
— Você fala como se fosse tão difícil assim. Aqui você poderá ter tudo que deseja, você precisa abrir a sua mente criança e ver que pode sair ganhando e ser muito feliz. — ele diz em forma de ironia.
— O senhor fala como se eu fosse desse tipo! Prestou atenção no que disse? Eu ainda sou uma adolescente e vocês querem que eu seja escrava para matar esses desejos sujos para ter dinheiro, isso é crime! Eu nunca me renderia dessa forma imunda.
— Não se preocupe criança, você vai gostar! E pode ter certeza que as mulheres que estão lá gostam do que fazem. Só quero deixar claro que não vou admitir outra fuga sua, e tem sorte que seja eu a ter esses cuidados com você, se fosse com um dos homens do meu pai te garanto que seria bem pior. — ele diz e eu engulo seco. Não vai adiantar nada debater com esse monstro, não vejo benefícios nenhum em ele está cuidando de mim, aí que vontade de fugir, fecho os meus olhos para conter a minha raiva e quando eu abro ele está alisando minha bochecha, me sinto estranha ao sentir o seu toque eu tento me afastar e no mesmo instante ele afasta sua mão.
— Mas tarde voltarei para leva lá de volta. Só não seja atrevida, ou perderei a paciência e não vai gostar do que vai ter que enfrentar.
— Preferia que você morresse. — falo cheia de raiva. Ele dar um sorriso sombrio que chego a me arrepiar de medo, ele sai. Eu tento conter a raiva, não demora a enfermeira entra e retira o soro do meu braço, e fica latejando, ela traz uma bandeja, e eu fico temorosa.
— Farei o curativo de sua mão, preciso que fica parada. — ela diz e eu apenas aceno. Ela vai retirando a faixa que está em minha mão, quando ela retira a faixa, vejo que levei pontos.
— Quantos pontos eu levei? Foi profundo?— porque com a escuridão eu não me lembro de tamanho, só a quantidade de sangue encharcando o pano?
— Foi superficial mais levou três pontos, você teve sorte, ou poderia perder o movimento dos dedos se pegasse algum ligamento. — ela diz e eu engulo seco com medo, ela começa a limpa, arde mais tento conter o gemido de dor. Não demora ela finaliza, e colocar uma faixa limpa.
— Tente não fazer esforço com essa mão, vou trazer o seu almoço precisa se alimentar ou ficará doente. — ela diz e eu gosto da ideia de ficar doente, quanto mais eu der trabalho, menos interesse eles terão comigo, é isso. Aceno e ela sai, volto a me deitar e fico pensando no que ela falou, merda eu por pouco fico sem mexer meus dedos, o medo é tão grande que fico movimento mesmo doendo. Não demora ela traz uma bandeja e eu estou com fome, porém com medo que eles tenham colocado remédio como estavam fazendo esses dias todos. Vejo que ela foi boazinha comigo e me atrevo a pergunta que data é.
— Que dia é hoje?— pergunto fingindo inocência.
— Hoje é 13 quinta-feira. — ela diz depositando a bandeja em meu colo.
— Obrigada. — agradeço, e começo a comer devagar sem tocar no suco. — Minha boca está muito seca, você poderia me dar um copo d’água?
— Sim, tente comer tudo. — ela diz saindo e eu como mais meu estômago começa a doer eu só remexo na comida para ela pensar que comi muito e não tomo o suco e não demora e ela traz um copo de água, na água não dá para colocar remédio sem quer eu vejo, olho discreta e começo a beber, sinto que posso beber todo. Escuto uma discussão vindo de fora, e a enfermeira já fica de pé, e eu fico em alerta.
— Menina deite e finja que está dormindo, ande.— ela diz retirando a bandeja do meu colo e tomo água toda, enxugo minha boca e me deito, tento controlar a minha respiração, e não demora para a porta ser aberta.
— Alguma novidade? Ela ainda não acordou?— eu reconheço a voz do velho asqueroso.
— Ela continua dormindo, tem hora que tenta abrir os olhos, mais nada, mais o senhor Green já me pediu para cortar o remédio, acredito que logo ela acorde.
— Você está comendo aqui?— ele pergunta rude com enfermeira e merda eu não posso fazer nada.
— Sim, me desculpe, mais o senhor Green me pediu para não sair de perto da paciente, e como já retirei o soro e fiz o curativo da mão parei para almoçar, mais prometo que isso não vai ser repeti.
— É o que eu espero. Qualquer novidade peça que me avise.
— Sim, senhor. — ela diz e sinto a presença dele andando pelo arredor de mim, e tento me manter bem. Fico me corroendo, pois meu nariz começa a corsa, eu tento me segurar pedindo a Deus que ele sai logo do quarto. E não demora para ouvir a porta se abrindo e ele falando com segurança no lado de fora, corso o meu nariz e só agora consigo respirar aliviada. Olho para enfermeira que parece respirar aliviada.
— Fiquei quieta, vou ver se ele foi embora. — ela diz e eu apenas aceno e volto a ficar quieta, por que será que ela está me ajudando? Ela demora um pouco, ela volta a entrar. — Pode relaxar, ele já saiu. — quando ela diz solto um suspiro.
— Por que você está me ajudando?— pergunto ainda confusa.
— As ordens do senhor Green foram claras, só ele pode ver você acordada, eu só não sabia que o pai dele viria até aqui.
— São todos iguais, uns monstros sem coração, que só querem o meu mal.— Confesso chorando.
— Não fale assim, eu vi como o senhor Green ficou quando a trouxe. Eu sei do que eles são capazes, mas tenha fé, você ficará bem.
— A verdade que eu queria voltar para minha cidade, eu não aguento mais viver nesse inferno, já se passou oito dias que cheguei aqui e de tudo já passei. — falo sem esperança.
— Eu sinto muito, agora preciso que você fique quieta, pois os seguranças foram mudados e tenho certeza que o senhor Green não sabe sobre isso. — ela diz e eu volto a deitar, e fico olhando para o teto sem paciência nenhuma.
Já se passou um tempo e a enfermeira não voltou e estou apertada para ir ao banheiro, eu não aguento mais esperar, e vou andando devagar, pois ainda me sinto fraca, mas aos poucos consigo ficar de pé, mesmo ficando um pouco tonta, vou me segurando nas paredes mais consigo chegar até o banheiro, solto um suspiro quando eu consigo fazer minhas necessidades.
Agora é criar coragem para voltar para cama, me sinto ainda mais tonta eu preciso chegar até a maca, e quanto mais avanço cada passo, mais parece distante, quando estou no meio do quarto à porta é aberta quando eu me viro para ver de quem se trata acabo me desequilibrando espero o meu corpo cair no chão, porém ele o homem dos olhos pretos como a noite, me segura. Fico ofegante só em pensar que não sentirei a dor devido à queda.
— Você não devia sair da cama! Continua fraca! Ela estar pálida me ajudem aqui! — Eu não consigo responder e nem mesmo ver nada, acabo desmaiando e volto para escuridão, acho que faz parte da minha vida...
Sinto meu corpo sendo levado, as vozes mais, não compreendo, não sei por que isso acontece e do nada não consigo ouvir mais nada, só aquele pi...
Estou com a minha garganta seca, parece que passei muito tempo sem beber água, começo a me mexer e sinto algo macio embaixo do meu corpo, abro os meus olhos, e estou no quarto escuro, só as luzes vindo de fora, fechos os meus olhos e abro novamente, tento olhar ao meu redor, e quando me viro, sinto alguém deitado ao meu lado, eu engulo seco, fico com medo de quem possa ser.Como eu vim parar aqui?Retiro o lençol e eu estou vestida com uma camisa grande, merda eu não me lembro de ter vestido algo, minha cabeça dói. Tento sair da cama e meu corpo está todo dolorido, solto um suspiro de dor. Mas tento sair e quando consigo colocar os meus pés no chão, sinto a frieza, com dificuldade consigo ficar fora da cama, mas uma voz me assusta me fazendo parar.— Para onde você vai? — sinto meu corpo gelar. Tento me manter tranquila. Para me virar e ver de quem é essa voz que quase não consigo reconhecer. O abajur é aceso e consigo ter o vislumbre do homem com os olhos da noite. Ele fica me olhando
Não concordo de como senhor Austin gosta de trabalhar. Somos muitos ricos, nossa empresa cresce a cada dia, mais não tem aquele ditado: quanto mais se têm, mais se quer. Infelizmente essa frase é referência do meu pai. Nossa empresa cresce, pois temos boates e casa de show privativa. Onde oferece as melhores e as mais belas moças, delas entre nova ou com a idade que nossos clientes desejam.Já tinha chegado uma remessa de moças lindas, com beleza exótica que deixa qualquer homem babando. Falo por experiência própria vi de perto de como elas são exuberantes! Iria nos render uma boa grana, e o bom que elas já tinham ciência para o que veio e estavam de acordo com tudo, desde dias trabalhados, valores e até bônus caso algum dos clientes vips gostem das belas moças. Não sou de ir para a casa central, é um casarão grande onde só os clientes vips frequentam, e atrás do casarão tem a casa onde algumas mulheres moram. Fica até prático para elas, seguranças 24h, casa confortável e onde elas se
Eu tenho vontade de voltar lá e devolver essa bofetada que ele me deu, eu não vou admitir que ele me toque outra vez. Quando chego ao quarto me viro para fechar a porta o monstro vem e me impede de fechar a porta.— Não vai entrar! — falo e no mesmo instante ele se senta na beira da porta. E fica me encarando. Sem paciência fico andando de um lado para outro para tentar acalmar a raiva que estou sentindo desse covarde.Eu preciso sair dessa casa, eu só quero uma oportunidade para fugir para longe desse covarde.Meu Deus por que eu estou passando por isso tudo? Já não basta ter perdido a minha mãe? Fico com essa pergunta em minha cabeça.Volto para cama e me deito, e me deixou levar pelo choro, eu não sei até quando eu vou aguentar passar por tudo isso... Fico com isso em minha cabeça e me perco em pensamento para tentar fugir desse lugar e acabo adormecendo…Acordo com uma dor de cabeça e ao me virar vejo o monstro deitado nos meus pés. Como ele veio parar aqui? Fecho meus olhos
Sei que agir por impulso batendo em seu rosto, mas tenho que controlar os meus nervos. Só espero que a Maria tenha razão. Por que ela tem que ser bem atrevida? É ter que me enfrentar? Não custar ser submissa e compreender tudo que estou fazendo para salvar a vida dela? Jogo meus pensamentos para longe quando a Mia chega em minha sala. Preciso encerrar o que tínhamos, por que eu quero a Scarlett e as nossas saídas quando estamos exaustos e cheios de problemas teremos que acabar quanto antes... — O que acha de saímos hoje? Estou precisando de uma noite quente que só você pode me dar?— ela diz vindo em direção da minha cadeira e se senta em meu colo. — Não dá, tenho compromisso! Precisamos conversar Mia. — falo já a retirando do meu colo, ela fica confusa. — O que mudou Brandon? — O que tínhamos não vai rolar. — Por que não? Já estamos assim alguns meses, pensei que estivesse gostando. — Mia você é linda, gostosa. Mas estou pensando em me casar e continuar saindo com você não é um
Aceitar jantar com ele, está tranquilo, e ainda consegui fazer carinho no monstro que parece gostar do meu carinho, até conversamos, sem brigas, eu chego a ficar sem graça com o jeito que ele está me olhando. E quando eu tento sair ele me pede para ficar, pois ainda tem a sobremesa, fico e estava uma delícia como sempre. Amo as comidas da Maria. Fazia um bom tempo que não comia assim.Voltamos a conversar e procuro entender o porquê dessa mudança, eu só não esperava que ele iria me pedir para casar com ele. Eu não queria isso, como também não queria voltar para aquele inferno. Está em seus braços me faz sentir coisas diferentes. E quando ele me lança a proposta fico aérea e ele ainda beija minha boca me fazendo ficar surpresa, sinto coisas diferentes quando ele faz isso e ainda faz carinho em meus cabelos, fecho os meus olhos e começo a mover meus lábios, sentindo sua boca tocar na minha como um beijo. Beijo esse que eu não consigo acompanhar, ele parar me fazendo olhar para ele.— Voc
Precisava agilizar todos os documentos, assim nos casaria, eu sei que ela não queria mais, só assim poderia manter ela a salva, mas ela precisa fica pronta por que assim que o senhor Austin descobrir que ela está bem e está em minha casa ele não vai tolerar.E quando souber que me casei com ela. Não posso cometer o mesmo erro. Não com a Scarlett, por isso preciso mostrar que ela precisa se manter segura e aprender a se defender quando for necessário. Assim não vão nos pegar desprevenidos. Fiz de tudo para driblar os seguranças do meu pai, assim ele não sabe dos meus passos e não sabe que a Scarlett está aqui comigo.Quando um dos seguranças vem até a minha casa a mando dele seria para me questionar sobre a Scarlett, ele não vai esquecer-se dela, e eu não podemos permitir.Nos despedimos da Maria, deixo uma regra para meus seguranças e quatro vão nos acompanhar. Eu sei que fui rude com ela depois que o segurança teve em casa, mas ter essa possibilidade do meu pai encostar nela me irrita
Quando Brandon disse que iríamos viajar, pensei que seria para curtir e até mesmo ficamos momentos juntos. Mas desde a saída do segurança eu sentir que teria problema. Quando chegamos à casa de campo que, na verdade, é uma casa de treinamento, e isso me deixou muito assustada. Por conta da agressividade. A forma que os seguranças lutam, e quando o chefe de segurança dele vem em nossa direção com uma professora eu fico irada! Que merda estava acontecendo.Quando entramos no quarto ele fala daquele jeito frio, eu o vi como seu pai, eu estava com muito medo, isso me deixa fora de mim.Como eu iria fazer isso?Eu sou contra violência, tenho medo de armas, como eu conseguiria segurar uma arma?Sai furiosa do quarto e quando atropelo os seguranças que ficaram no meu caminho. Procuro um lugar para te tentar me acalmar e ver como eu vou me livrar dessa situação, fico olhando ao meu redor, e vejo que realmente eu posso precisar me defender.Eu preciso esconder o medo que sinto, tenho que contro
Vou em direção tentando me conter e quando vejo ela se defendendo do segurança fico em alerta. Quando ela dá um chute nele, chego rápido ao seu lado e ainda a escuto dizendo que vai meter uma bala na testa dele. Não consigo controlar a raiva que estou sentindo, sou desperto da minha fúria com a Scarlett me pedindo para parar.Deixo a ordem mostrando que não vou tolerar que isso se repita por que farei questão de torturar quem encostar ou falar algo para minha esposa. Vou em busca da minha mulher, sei que ela ficou com medo quando me viu daquele jeito, mais eu tinha prometido que iria proteger, eu não vou deixar que nada aconteça com ela. E quando ela sai do banheiro, seus olhos estão vermelhos, demonstrando que ela chorou, mesmo abraçando seu corpo a senti tensa, distante. Mas não queria que ela ficasse assim. Acabei a deixar descansar, deixo um beijo em sua testa e faço carinho em seu rosto. Me repreendendo que nunca mais isso vai se repetir. Saio do quarto a deixando descansando e ap