Estou com a minha garganta seca, parece que passei muito tempo sem beber água, começo a me mexer e sinto algo macio embaixo do meu corpo, abro os meus olhos, e estou no quarto escuro, só as luzes vindo de fora, fechos os meus olhos e abro novamente, tento olhar ao meu redor, e quando me viro, sinto alguém deitado ao meu lado, eu engulo seco, fico com medo de quem possa ser.
Como eu vim parar aqui?
Retiro o lençol e eu estou vestida com uma camisa grande, merda eu não me lembro de ter vestido algo, minha cabeça dói. Tento sair da cama e meu corpo está todo dolorido, solto um suspiro de dor. Mas tento sair e quando consigo colocar os meus pés no chão, sinto a frieza, com dificuldade consigo ficar fora da cama, mas uma voz me assusta me fazendo parar.
— Para onde você vai? — sinto meu corpo gelar. Tento me manter tranquila. Para me virar e ver de quem é essa voz que quase não consigo reconhecer. O abajur é aceso e consigo ter o vislumbre do homem com os olhos da noite. Ele fica me olhando esperando responder.
— É, e o que eu estou fazendo aqui?— pergunto temorosa. Porque eu não me lembro de nada.
— Você precisa voltar para cama, continua fraca! — ele diz calmo, mas não me responde, o que eu estou fazendo aqui.
— Você não me respondeu. — enfrento para saber o que está acontecendo.
— Você não pode simplesmente me agradecer e ser obediente e voltar a deitar para se recuperar! — ele diz, mas não gosto da forma que ele fala, nem parece que já me machucou outras vezes.
— Não tenho nada para lhe agradecer, prefiro morrer a estar aqui com você! — falo cheia de raiva e ele levanta da cama e fica parado em minha frente e segura em meus braços.
— Nunca mais repita uma merda dessa entendeu? Nunca mais repita!— ele diz alterado e sou desperta com o Latido do monstro que agora chega perto da cama e fica me encarando.
Merda por que esse monstro estar aqui?
— Você não respondeu? Não sei por que se importa tanto, para vocês sou apenas uma moeda de troca. Para vocês ficarem ainda mais ricos. — falo e não consigo segurar minhas lágrimas.
— Scarlett, eu ainda não tenho as respostas, mais, por favor, só tente se recuperar e no momento certo eu prometo responder qualquer pergunta que você tenha em sua cabeça. — ele diz mais calmo e enxugando as minhas lágrimas que estão banhando minhas bochechas, ele não desvia os seus olhos do meu, e isso me deixa inquieta. — Agora volte para cama, amanhã você vai estar bem melhor. — ele diz e deixa um beijo em minha testa.
— Está bem, eu estou com a boca seca, pode pegar um pouco de água para mim?— pergunto olhando para ele, que está preso com o olhar dele na minha boca. Eu o vejo engolir seco.
— Se deite que eu vou buscar, me prometa que não vai levantar dessa cama?
— Eu prometo. — eu falo e pela primeira vez eu o vejo com ar de sorriso. Ele me ajuda a deitar na cama e na hora que me acomodo o monstro também sobe me fazendo soltar um grito pelo susto.
— Trovão, desça! — Ele diz, mas o cachorro fica olhando de um jeito como se quisesse ficar na cama e amolecer o coração dele. — Trovão! — ele diz mais uma vez e o cachorro desce e fica do meu lado na cama o fazendo ficar com ar de riso. — Não se preocupe que ele não vai machuca, só está aqui para te proteger. — ele diz e eu duvido muito.
— Só manter ele longe de mim e ficarei bem.
— Pode não parecer mais ele gostou de você. — eu apenas aceno. Ele vai em direção da saída do quarto e liga a luz e agora eu vejo onde eu estou, o quarto é grande e alguns móveis escuro, com um contraste azul-claro. Agora eu fico com a pergunta em minha mente.
Por que ele me trouxe para sua casa?
Fico com essa pergunta em minha mente e sou desperta com ele vindo com uma bandeja, e ele estar sem camisa, merda ele tem um corpo lindo, tento focar em outra coisa para ele não perceber, coloca a bandeja do meu lado, tem uma garrafa de água, uma fatia de bolo e frutas.
— Eu trouxe para você comer um pouco. — ele diz e eu pego a garrafa de água e bebo, eu realmente estava precisando de tomar água. Após saciar minha sede fico com água na boca de ver esse pedaço de bolo mais o medo de ter algo nele para me fazer dormir é maior. Coloco a garrafa de volta na bandeja e viro meu rosto. — Pode comer, o bolo está bom.
— Não quero, obrigada. — falo e ele fica olhando para o bolo e fico surpresa quando ele pega o prato com a fatia de bolo e olha para mim, e come um pedaço do bolo mostrando que não tem nada dentro, abro um sorriso pela primeira vez desde que cheguei aqui.
— Você pode comer, não tem nada no bolo. — ele diz e pega um pedaço no garfo e me dá direto na minha boca, me fazendo ficar sem graça, recebo o pedaço do bolo que está uma delícia... Ele se senta próximo a mim, e começa a comer o bolo e intercalar para me dar, mesmo eu tentando pegar o garfo, mas ele não permite. Fico satisfeita e aceno que não, pego a garrafa de água e bebo, quando eu retiro da minha boca me surpreendo quando ele pega a garrafa e toma o restante da água. Me fazendo analisar cada movimento que ele está dando, engulo seco quando percebe que estou o olhando. Tento disfarça, ele acaba e coloca as coisas na bandeja.
— Se você precisar ir ao banheiro me chame, pois da última vez você desmaiou.
— Está bem. — me ajeito para deitar e ele dá a volta na cama para deitar também, procuro uma posição para sentir menos desconfortável, e tento descansar, ele desliga a luz, porém deixa o abajur aceso. O monstro ainda continua do lado da minha cama, e acabo fechando meus olhos para descansar um pouco mais.
Se isso é possível. Com as perguntas gritando em minha cabeça o porquê ele está tendo todo esse cuidado comigo. Acabo me rendendo ao sono… E quando eu acordo me sinto até um pouco melhor, olho ao meu redor e não o vejo, e nem o monstro. Preciso ir para o banheiro, mais não sei onde é, mais vejo duas portas, uma delas deve me levar para o banheiro, me levanto devagar e vou até a primeira porta e de cara acerto, o banheiro é grande. Faço minhas necessidades e aproveito para lavar o meu rosto e quando para de frente para a pia me olho no espelho, e eu vejo o quanto os meus olhos estão fundo e escuro, minha aparência está muito abatida.
Quando eu vou volta ao normal?
Fico com essa pergunta e lavo meu rosto e tento fazer a minha higiene. Quando eu acabo, me arisco a sair do quarto, a casa é grande no corredor tem mais portas mais não me atrevo abrir ao sair do corredor vejo a sala grande e do outro lado uma cozinha tem uma senhora mexendo nas panelas, mesmo sem graça, pois continuo com uma camisa dele, vou até ela, e antes que eu chegue nela, se vira e abre um sorriso.
— Bom dia, menina! Como você está se sentindo? — ela parece se importa comigo.
— Bom dia, estou melhor sim. — respondo sem graça.
— Venha você deve está com fome, logo o senhor Green chega! — ela diz ajeita as coisas na bancada me chamando para sentar na bancada, eu vou e quando estou preste a sentar ele entra na casa acompanhado do seu monstro, e como ontem eu não consigo tirar os meus olhos de cima dele, que está apenas de tênis e um short folgado, sua pele está suada, eu engoli o nó em minha garganta.
O que está acontecendo comigo?
Dei agora para me interessar pela pessoa errada?
Eu não posso me interessar por ele! Não posso! Sou desperto dos meus pensamentos com ele falando.
— Como você está se sentindo?— ele me pergunta parando bem perto de mim.
— Estou melhor. Me desculpe, sei que me pediu para não sair da cama, mais eu estou com fome e como você não estava acabei saindo. — confesso, pois não quero receber seus gritos ou grosseria.
— Não tem problema, se sente preciso só de um banho e venho para fazer companhia. — ele diz e mexe em meus cabelos. Me afasto do seu toque e me sento na bancada que já tem pão, bolos, frutas e uma jarra de suco. Fico olhando e sou desperta com a senhora falando.
— Pode comer menina. Senhor Green gosta mesmo de você. — ela diz me fazendo olhar para ela.
— Não sei o porquê, só quer me fazer mal.— falo e me sirvo com uma fatia de bolo e algumas frutas, e não demora para ele voltar agora vestido e o seu monstro vem em minha direção e fica sentado perto de mim.
— Maria vou precisar trabalhar, cuide da Scarlett, ela continua se recuperando, então não deixe que ela faça nada, e a ordem continua não é para sair, meus homens estão cientes da ordem, tentarei voltar na hora do almoço. Scarlett tente descansar e coma bem para se recuperar. — ele diz deixando claro que agora que sou a sua prisioneira.
— Não se preocupe senhor cuidarei dela. — a mulher responde e ele se senta ao meu lado.
— Não precisa se preocupar, eu sei que só mudei de prisão. Não farei nada se é isso que está preocupado.
— Scarlett. — ele diz com um tom de repreensão. Eu não falo nada e continuo comendo. — Maria comprei algumas coisas e fique atenta para receber. — ele fala e mulher só acena que sim. Eu fico saciada e decido voltar para o quarto, o monstro também fica de pé me fazendo travar no lugar. — Não precisa ter medo, ele gosta de você. — ele diz mais uma vez.
— Não foi isso que vi da última vez, quando você o mandou me atacar. — falo com raiva por me lembrar. Escuto ele batendo na bancada e xícara que ele estava tomando café se quebrar. Ele fica de pé e fica me encarando e vejo a raiva espantada em seu rosto.
— Você parece gostar de me provocar! — ele diz com o tom de voz baixo. E fica me encarando.
— Eu só não sou idiota, eu sei o que passei e o que venho passando. Eu nunca vou esquecer o que você e seu pai me fizeram! — eu falo e sinto o peso de sua mão em meu rosto! No mesmo instante o cachorro lati, ficando entre mim e ele.
— Prefiro quando a pessoa mostra quem é de verdade, seu covarde! — grito e saio de perto dele...
Não concordo de como senhor Austin gosta de trabalhar. Somos muitos ricos, nossa empresa cresce a cada dia, mais não tem aquele ditado: quanto mais se têm, mais se quer. Infelizmente essa frase é referência do meu pai. Nossa empresa cresce, pois temos boates e casa de show privativa. Onde oferece as melhores e as mais belas moças, delas entre nova ou com a idade que nossos clientes desejam.Já tinha chegado uma remessa de moças lindas, com beleza exótica que deixa qualquer homem babando. Falo por experiência própria vi de perto de como elas são exuberantes! Iria nos render uma boa grana, e o bom que elas já tinham ciência para o que veio e estavam de acordo com tudo, desde dias trabalhados, valores e até bônus caso algum dos clientes vips gostem das belas moças. Não sou de ir para a casa central, é um casarão grande onde só os clientes vips frequentam, e atrás do casarão tem a casa onde algumas mulheres moram. Fica até prático para elas, seguranças 24h, casa confortável e onde elas se
Eu tenho vontade de voltar lá e devolver essa bofetada que ele me deu, eu não vou admitir que ele me toque outra vez. Quando chego ao quarto me viro para fechar a porta o monstro vem e me impede de fechar a porta.— Não vai entrar! — falo e no mesmo instante ele se senta na beira da porta. E fica me encarando. Sem paciência fico andando de um lado para outro para tentar acalmar a raiva que estou sentindo desse covarde.Eu preciso sair dessa casa, eu só quero uma oportunidade para fugir para longe desse covarde.Meu Deus por que eu estou passando por isso tudo? Já não basta ter perdido a minha mãe? Fico com essa pergunta em minha cabeça.Volto para cama e me deito, e me deixou levar pelo choro, eu não sei até quando eu vou aguentar passar por tudo isso... Fico com isso em minha cabeça e me perco em pensamento para tentar fugir desse lugar e acabo adormecendo…Acordo com uma dor de cabeça e ao me virar vejo o monstro deitado nos meus pés. Como ele veio parar aqui? Fecho meus olhos
Sei que agir por impulso batendo em seu rosto, mas tenho que controlar os meus nervos. Só espero que a Maria tenha razão. Por que ela tem que ser bem atrevida? É ter que me enfrentar? Não custar ser submissa e compreender tudo que estou fazendo para salvar a vida dela? Jogo meus pensamentos para longe quando a Mia chega em minha sala. Preciso encerrar o que tínhamos, por que eu quero a Scarlett e as nossas saídas quando estamos exaustos e cheios de problemas teremos que acabar quanto antes... — O que acha de saímos hoje? Estou precisando de uma noite quente que só você pode me dar?— ela diz vindo em direção da minha cadeira e se senta em meu colo. — Não dá, tenho compromisso! Precisamos conversar Mia. — falo já a retirando do meu colo, ela fica confusa. — O que mudou Brandon? — O que tínhamos não vai rolar. — Por que não? Já estamos assim alguns meses, pensei que estivesse gostando. — Mia você é linda, gostosa. Mas estou pensando em me casar e continuar saindo com você não é um
Aceitar jantar com ele, está tranquilo, e ainda consegui fazer carinho no monstro que parece gostar do meu carinho, até conversamos, sem brigas, eu chego a ficar sem graça com o jeito que ele está me olhando. E quando eu tento sair ele me pede para ficar, pois ainda tem a sobremesa, fico e estava uma delícia como sempre. Amo as comidas da Maria. Fazia um bom tempo que não comia assim.Voltamos a conversar e procuro entender o porquê dessa mudança, eu só não esperava que ele iria me pedir para casar com ele. Eu não queria isso, como também não queria voltar para aquele inferno. Está em seus braços me faz sentir coisas diferentes. E quando ele me lança a proposta fico aérea e ele ainda beija minha boca me fazendo ficar surpresa, sinto coisas diferentes quando ele faz isso e ainda faz carinho em meus cabelos, fecho os meus olhos e começo a mover meus lábios, sentindo sua boca tocar na minha como um beijo. Beijo esse que eu não consigo acompanhar, ele parar me fazendo olhar para ele.— Voc
Precisava agilizar todos os documentos, assim nos casaria, eu sei que ela não queria mais, só assim poderia manter ela a salva, mas ela precisa fica pronta por que assim que o senhor Austin descobrir que ela está bem e está em minha casa ele não vai tolerar.E quando souber que me casei com ela. Não posso cometer o mesmo erro. Não com a Scarlett, por isso preciso mostrar que ela precisa se manter segura e aprender a se defender quando for necessário. Assim não vão nos pegar desprevenidos. Fiz de tudo para driblar os seguranças do meu pai, assim ele não sabe dos meus passos e não sabe que a Scarlett está aqui comigo.Quando um dos seguranças vem até a minha casa a mando dele seria para me questionar sobre a Scarlett, ele não vai esquecer-se dela, e eu não podemos permitir.Nos despedimos da Maria, deixo uma regra para meus seguranças e quatro vão nos acompanhar. Eu sei que fui rude com ela depois que o segurança teve em casa, mas ter essa possibilidade do meu pai encostar nela me irrita
Quando Brandon disse que iríamos viajar, pensei que seria para curtir e até mesmo ficamos momentos juntos. Mas desde a saída do segurança eu sentir que teria problema. Quando chegamos à casa de campo que, na verdade, é uma casa de treinamento, e isso me deixou muito assustada. Por conta da agressividade. A forma que os seguranças lutam, e quando o chefe de segurança dele vem em nossa direção com uma professora eu fico irada! Que merda estava acontecendo.Quando entramos no quarto ele fala daquele jeito frio, eu o vi como seu pai, eu estava com muito medo, isso me deixa fora de mim.Como eu iria fazer isso?Eu sou contra violência, tenho medo de armas, como eu conseguiria segurar uma arma?Sai furiosa do quarto e quando atropelo os seguranças que ficaram no meu caminho. Procuro um lugar para te tentar me acalmar e ver como eu vou me livrar dessa situação, fico olhando ao meu redor, e vejo que realmente eu posso precisar me defender.Eu preciso esconder o medo que sinto, tenho que contro
Vou em direção tentando me conter e quando vejo ela se defendendo do segurança fico em alerta. Quando ela dá um chute nele, chego rápido ao seu lado e ainda a escuto dizendo que vai meter uma bala na testa dele. Não consigo controlar a raiva que estou sentindo, sou desperto da minha fúria com a Scarlett me pedindo para parar.Deixo a ordem mostrando que não vou tolerar que isso se repita por que farei questão de torturar quem encostar ou falar algo para minha esposa. Vou em busca da minha mulher, sei que ela ficou com medo quando me viu daquele jeito, mais eu tinha prometido que iria proteger, eu não vou deixar que nada aconteça com ela. E quando ela sai do banheiro, seus olhos estão vermelhos, demonstrando que ela chorou, mesmo abraçando seu corpo a senti tensa, distante. Mas não queria que ela ficasse assim. Acabei a deixar descansar, deixo um beijo em sua testa e faço carinho em seu rosto. Me repreendendo que nunca mais isso vai se repetir. Saio do quarto a deixando descansando e ap
Vejo a raiva estampada em seu rosto com o meu desejo.Sinto ainda o peso da sua mão em minha garganta, e isso só mostra que esse inferno vai continuar. Me tranco no banheiro cheia de raiva e derramou toda raiva, mágoa e dor que estou sentindo.Você não pode prometer algo que você nem mesmo não pode cumprir... grito em pensamento.Me sento no chão do banheiro, e fico tentando ver como eu vou fazer para fugir desse inferno. Eu tô ficando cansada disso tudo, eu só queria poder voltar para o interior onde eu nasci e minha madrinha mora, quem sabe não consigo arrumar um emprego e vou me virando por lá com isso. Fico com essa ideia na minha cabeça e ouço alguns homens batendo na porta que o monstro quebrou.Quando não ouço mais nada, decido sair do banheiro. Lavo meu rosto e amarro o meu cabelo em um coque alto. Saio do banheiro e a porta está nova. Vou até o closet e pego um edredom para me cobrir. Saio para varando e me sento e fico olhando a paisagem e não sei quanto tempo acabei me rende