Capítulo -1 Scarlett

Logo quando cheguei acabei dormindo de tanto chorar desesperada, quero sair, em alguns momentos tenho flash de um senhor entrando no quarto com a Marta, mas fica tudo embasado, eu não consigo falar nada e nem gritar. Foram duas noites ou dias nem sei como definir, desde que cheguei não sai desse quarto, às vezes consigo ouvir vozes, mais parece que ninguém consegue me ouvir...

Não sei o que está acontecendo, mas não aguento ficar aqui! Preciso de ajuda!

Já faz dias que estou presa nesse quarto, eu sinto como se eu estivesse sendo vigiada, é uma sensação ruim, já revirei o quarto todo para ver se acho algo para fugir desse inferno e percebi que nenhuma tomada funciona, e o cabo da tv é embutido na parede.

Merda parece que tudo foi calculado para não ter acesso daqui de dentro desse quarto, e já tinha percebido que sempre quando eu como me sinto cansada e acabo pegando no sono e quando eu acordo tem sempre uma bandeja de comida, já perdi a noção de quantos dias estou aqui presa nesse quarto, que parece não passar a hora, fica se arrastando não sei o que estar acontecendo no lado de fora, o por que eu continuo nesse inferno, mas não vou desisti eu preciso me preparar para quando vierem trazer comida eu tentar fugir, não sei o que eu fiz para merecer ficar dentro desse quarto presa.

Peço a Deus todos os dias para me tira daqui.

Eu não aguento mais viver dentro desse quarto, ás vezes me sinto sufocada, e não sei por que toda vez que eu como me b**e um sono forte.

É isso, será que estou sendo dopada? Fico com essa pergunta em minha mente, eu preciso fingir que estou tomando o suco deve ser nele que estão colocando remédio.

Bendita hora que fui aceitar vir para esse emprego.

Começo a comer pouco e no final eu tomo o suco mais não engulo, tento desfaça e vou para o banheiro cuspindo todo suco que está em minha boca, lavo minhas boca escovo os meus dentes. E tento manter a minha respiração tranquila, eu preciso fingir que estou com sono, como de costume pego a bandeja e coloco na mesinha e me deito de qualquer jeito, que seja a Nana que venha buscar a bandeja assim eu vou conseguir fugir, começo a ouvir vozes do outro lado da porta, ficam em silêncio com os meus olhos fechados e a respiração tranquila, pois se estou sendo vigiados, eles devem perceber, e não demora e ouço a porta destravar. Alguém entra vai ter o banheiro deixa algumas coisas e vejo que só está a Nana vou até a porta do banheiro e fecho, saio do quarto e aproveito e fecho a porta com a chave que estava pendurada e merda está de noite, eu preciso fugir. Vou tentando me esconder, e sigo em direção da saído dos fundos, vou em direção de trás da casa ouço a Nana gritando por socorro, essa é a oportunidade toda atenção vai para dentro da casa essa é a minha deixa para fugir, eu preciso ser muito rápida de longe vejo um portão pequeno, é por lá que eu vou fugir, tenho certeza que está fechada mais eu posso pular o muro, e com a escuridão ninguém vai me ver.

 Começo a correr e do nada fica um clarão, que chega a doer meus olhos, fecho com força e quando eu abro e vou correndo até chegar ao portão, fico sem fôlego e quando me arrisco olhar para trás tem um homem segurando um cachorro que parece mais um monstro grande e raivoso, eu fico paralisada, com medo que ele me ataque. Tento controlar minha respiração para ele não perceber que eu estou com medo.

E fico encarando o cachorro e o homem que está segurando.

Se eu fosse você não faria isso! — o homem diz, com a voz baixa, porém rude, eu tento controlar a minha respiração, e chega mais segurança armados. Apontando em minha direção. Fazendo-me estremecer por dentro, eu prefiro morrer a viver nesse inferno.

— Como eu não sou você, quero que você se dane. — falo cheia de raiva. E me viro para subir no portão, mas o filho da puta ordena para o monstro do cachorro para me atacar.

— Ataca trovão! — ele diz alto e cachorro começa latir, eu tento subir o mais rápido que consigo e por pouco o cachorro não pega o meu pé, ele segura a corrente do cachorro que começa a latir chego a estremecer por dentro com o latido desse monstro que faz eco dentro de mim. — Vamos ver quantas vidas você tem!— ele diz, e sinto algo em meu braço, começo a ficar tonta não consigo compreender mais sinto alguém me puxar pelo meus cabelos, chega a doer com a força que ele está fazendo. — Você é uma coisinha insistente, agora vou te ensinar a nunca mais tentar fugir. — Ele diz e sinto o meu corpo sendo arrastando pelo chão eu tento me debater para ele soltar meus cabelos, ele me j**a no chão com força me fazendo bater minha cabeça no chão e eu fico ainda mais tonta.

— Essa vadia está dando muito trabalho, se não fosse pela beleza dela já tinha a matado! Marta cuide para ela ficar pronta logo, não quero perder tempo, vou preparar o leilão para me render dinheiro. — mesmo fraca levanto a minha cabeça para encara o velho asqueroso que está em minha frente, vejo a Marta de cabeça baixa.

— Vadia é a sua mãe, seu velho escroto, seu monstro. — me levanto mesmo com dificuldade e vou com tudo para cima desse velho. Antes que eu pudesse chegar nele, ele alcança o meu pescoço, me fazendo ficar sem.

— Gosto de menina atrevida assim, se eu não fosse ganhar tanto dinheiro, eu te mostraria quem é o velho escroto!— ele diz e aperta ainda mais o meu pescoço tento soltar a mão dele, mais eu estou ficando fraca. — Brandon leve essa vadia para o porão, vamos ver se ela será tão afoita quando sair di-la. — o velho diz e eu começo a temer pela minha vida, sinto alguém puxando os meus cabelos, eu não aguento e começo a chorar, eu só queria morrer. Eu não aguento esse inferno, tento solta dele, mais ele é muito forte, eu não consigo enxergar para onde eu estou indo quando ele abre a porta, o lugar tem um cheiro forte de esgoto, ele solta o meu cabelo e segura minha nuca para o encarar e mesmo com os olhos ardendo eu vejo seus olhos pretos como a noite.

— Você é tão linda, se não fosse à pedra preciosa do meu pai, até teria o prazer de me divertir com você, mas você não colabora agora terá que lidar com a escuridão! — ele diz e arrasta seu dentes sobre meu ombro e seu rosto fica perto do meu me fazendo ficar com medo, ele encosta sua boca na minha eu tento sair, mas eu não consigo, e quando menos espero ele me j**a para dentro da porta, eu caiu por cima de algo que deixa meu corpo dolorido e logo a escuridão toma de conta, e eu fico desesperada por não ver nada ao meu redor, tento me levantar mais o meu corpo não corresponder, me ajeito saindo de cima de algo e sinto algo molhado, e começo a chorar, eu já não aguento mais!

Por que ele não me matou, eu não quero virar uma mulher da vida, eu não quero que esses homens me toquem, eu não quero! Começo a chorar em desespero...

Não sei quanto tempo se passou, mas consigo respirar e o odor que estou sentindo é muito forte, mais não consigo identificar, ouço barulho de ratos e isso me faz desesperar com nojo desse bicho.

Calma Scarlett, você precisa se acalmar... 

Fico repetindo para tentar me acalmar, consigo ficar de pé, e merda não consigo lembrar em que direção é a porta, vou andando de vagar, e tatear a parede para saber onde estou indo e acabo batendo numa pilastra.

Merda!

Vou andando e passando a mão na parede e quando ouço outro barulho me distraio e algo corta a minha mão, merda isso doe, porra! Tento passar a mão, para ver se tem algo, e não sinto nada, rasgo um pedaço da minha blusa e enrolo na minha mão para tentar estancar o sangue. Eu não quero morrer aqui nesse lugar.

Tento tatear o lugar para me sentar e perto da parede, me encosto e fico sentada segurando minhas pernas, minha mão estar doendo muito, eu tento pensar em coisas boas ou vou surtar aqui nessa escuridão. Começo a sentir frio, tento esfregar a minha pele e só percebo que o pano que enrolei na minha mão estar encharcada de sangue, merda, minha mão doe, tento ficar quietinha, fico ouvindo o som dos ratos correndo pelo lugar e não sei identificar se o lugar é pequeno ou grande mais o meu desespero fica ainda maior a cada segundo que passa.

Eu sei que já passou algumas horas, tem momentos que cochilo, mas acordo sentindo muita dor, eu estou com fome, sede.

Será que eles vão me deixar morrer aqui? 

Fico com essa pergunta em minha cabeça que já estar doendo e muito. Eu não tenho coragem de sair de onde eu estou, eu não quero machucar ainda mais, ouço um barulho na porta eu fico desesperada com a possibilidade de sair desse inferno, a porta é aberta mais não consigo ver direito, uma luz forte vem em minha direção, tento enxergar quem está vindo mais não consigo, pois a luz ofusca a minha visão.

Sinto alguém me puxando de qualquer jeito, eu não consigo nem falar, estou fraca, com fome e sede, quando chego na porta o mesmo homem que me jogou aqui está parado com o cachorro, eu travo no lugar. Ele me olha e faz uma cara estranha mais eu estou com tanto medo que nem me mexo.

— Que Porra você fez?— ele pergunta cheio de raiva.

— Por favor, só me tira daqui... — e a única coisa que consigo dizer e sou engolida pela escuridão...

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