Gabriel narrando.Os meses que passaram muito estranho pra mim. Sophie chegava do trabalho assustada, parecia estar triste, não falava quase nada e quando se deitava, se cobria até a cabeça. Eu queria saber o que estava acontecendo, mas não tinha como saber, ela sempre dizia que não era nada e às vezes até brigávamos por causa disso. Eu já estava agoniado, e a noite eu sempre ia pra boate, eu tomava alguns copos de cerveja, conversava com o Lucas e depois vinha embora. Algumas vezes, cruzei com Letícia, mas logo a dispensei. Não quero nenhum envolvimento com ela, o que tive com ela foi passado e não voltará acontecer. Ela ficou brava nas vezes que cruzamos, mas ela tem que entender que o melhor é cada um ficar no seu canto e que eu tenho uma família pra cuidar.Acordei e fiquei observando Sophie por um bom tempo. Ela dormia e sempre se mexia, mas aí voltava a dormi tranquilamente. Tranquilamente entre aspas, pois ela se mexia muito e tenho certeza que estava acontecendo algo. Levantei
Sophie Narrando.Acordei um pouco atrasada e fui correndo me arrumar pra mais um dia de trabalho, mais um dia naquele inferno. Enquanto eu me arrumava, fiquei pensando o quanto eu dormi bem essa noite. Claro, aquele homem não mexeu comigo, então tudo ficava bem.Despedi-me correndo do Gabriel, e nem parei pra comer nada, já que eu estava super atrasada. Não entendi o porquê de o Gabriel ter levado Arthur pra casa da mãe dele, mas não questionei.Quando cheguei à empresa, coloquei a bolsa do meu lado e sentei na cadeira, ligando o computador. Lidi, a mulher da faxina, passou do meu lado, me olhou.- Olha, acho melhor você ir até o seu chefe. Ele já sabe que você chegou atrasada, e está furioso. - Falou, saindo logo de perto.Suspirei e cocei a cabeça. Coisa boa não ia vim, e eu não queria isso logo cedo. Resolvi ir depois até a sala dele. Comecei a fazer o que tinha que fazer e quando vi a hora já estava perto do almoço. O telefone tocou me dando susto, eu já sabia que era ele.- Sim s
Levantei da cama e fui até o banheiro. Fiz minha higiene e fui pra sala. Tudo estava em silêncio, Gabriel deveria ter ido trabalhar. Peguei o celular e mandei uma mensagem pra ele marcando um almoço.Sophie: vamos almoçar?Gabriel: claro.Sophie: te encontro daqui a pouco tá? Tenho que falar com você algo importante.Gabriel: tá bom. Aconteceu algo?Sophie: sim, mas te falo depois.Deixei o celular de lado e fui me arrumar. Tomei um banho, hidratei meu cabelo e fui colocar um vestido vermelho que me deixava mais bonita do que eu era. Se ele pensa que vou deixar barato, está enganado. Precisei passar por todo o inferno pra me tornar uma pessoa mais segura, que não abaixa a cabeça pra ninguém. Peguei um salto e coloquei, parei novamente em frente ao espelho e sorri me vendo tão arrumada e linda. Fiz uma maquiagem de leve nos olhos e arrumei o meu cabelo, deixando o mesmo solto. Peguei uma bolsa colocando minhas coisas e fui até o lugar marcado com o Gabriel. Entrei no meu carro e fui p
Gabriel narrando.Depois de tudo o que aconteceu, eu só queria deitar em minha cama, ficar com minha mulher e meu filho. Mas o meu filho eu só iria buscar amanhã, já que o dia hoje foi cansativo e estressante demais. Sophie foi calada o caminho todo pra casa, parecia estar em outro mundo. Quando chegamos em casa, ela foi pro banheiro tomar um banho pra relaxar e eu fui pra cozinha preparar algo pra comer. Eu já nem tinha idéia de horário, mas já estava escurecendo e eu estava com fome. Peguei uma lasanha e coloquei no micro-ondas. Enquanto não ficava pronto, fui até a sala e sentei no sofá.Sophie apareceu na porta da sala e fico me olhando.- Vem cá. - Falei, fazendo gesto com o dedo. Andou até mim e sentou no meu colo, me dando um beijo na boca. O nosso beijo era lento e gostoso, do jeito que ela gostava.Ela me deitou no sofá e veio por cima de mim, o nosso beijo que era calmo, fico sem ritmo e alucinante. Afastei-me descendo beijos pelo o seu pescoço, enquanto apertava sua cintura
Sophie narrando.- É o que? - perguntei assustada. Gabriel tinha me falado sobre a mensagem da Marcela.Meu coração se apertou quando eu soube disso. Sei que no início não foi fácil eu aceitar o bebê aqui, mas eu estava passando por muita coisa e eu não saberia lidar com um bebê também. Arrependo-me todos os dias de ter o tratado mal, mas agora tudo mudou. Eu me esforcei pra saber cuidar dele, eu já o amava como se fosse meu filho e eu não queria ela de volta pra tirar ele de nós.- Ela não vai pega-lo Gabriel. Você entendeu?- Eu não vou deixar. Amanhã mesmo vou buscá-lo na minha mãe.- Isso. Não quero que ela chegue perto dele. - Sussurrei.Por um momento me deu medo, tristeza. Abaixei a cabeça e fiquei olhando pro chão. Não quero de jeito nenhum ela chegando perto dele.- Calma, ela não vai chegar perto dele, entendeu? Eu não vou deixar, e não vai tirá-lo de mim!- Tá bom. - Sorri de lado, olhando ele.Levantei e fui até a cozinha. Bebi um copo d'água e voltei pro quarto. Gabriel e
Sophie narrando.- Senhoras e senhores, depois de tudo que aconteceu, sobre termos ouvido todos presentes aqui, quero informar que a guarda definitiva de Arthur Ferreira ficará com o pai Gabriel Ferreira. Encerrado. - Juiz terminou.Alguns meses depois estávamos todos no tribunal pra uma audiência de guardar do Arthur. Marcela não desistiu de Arthur, tentou de tudo pra conseguir ficar com o garoto e o motivo que ela voltou? O marido queria cuidar do filho dela e ai ela tinha que estar com o menino. Quando soubemos disso, a raiva que eu sentia por ela aumentou mais e Gabriel não queria nem saber de amizade, entrou na justiça pra ter a guarda total de Arthur.Hoje foi o grande dia, eu e Gabriel tínhamos ganhado a guarda do Arthur. Abracei com força o Gabriel que sorria todo contente. Até porque a mais errada foi ela e agora não adianta querer voltar querendo mudar tudo ou fazer do jeito dela, como se ninguém tivesse sentimentos. Olhei pra ela, que pegou a bolsa e saiu. Recebi compriment
Flávia narrando.Depois de tudo que aconteceu com Sophie, eu só queria estar em paz e na minha casa, na minha segurança. O que levava uma pessoa como Letícia ter feito tudo aquilo? Era amor de verdade? Se for amor, eu não quero viver assim. Não quero ser obcecada a um homem, não quero ficar sofrendo por um. E acho que até hoje não conseguir alguém por causa disso. Eu até tive um caso com o amigo do Gabriel, cheguei até pensar que iríamos ficar meses ou até anos juntos, mas não foi nada disso. Ele é cafajeste, é de todas e não se apega. Um típico homem que toda mulher quer mudar um dia, e não é todas que conseguem isso. Eu sou uma dessas que não conseguir mudar alguém por amor. Mas fazer o que, é a vida.Joguei minha bolsa no sofá quando cheguei em casa depois de um dia longo de faculdade e trabalho. Tirei o sapato e joguei longe, e fui pra cozinha. Peguei uma garrafa de vinho que tinha ali e coloquei numa taça. Prendi o cabelo em um coque e escutei meu celular tocando me avisando que
Três meses depois...Hoje é o meu grande dia. O dia que será meu casamento de verdade com Gabriel. Passava um filme passando em minha cabeça sobre o que aconteceu alguns meses atrás quando eu tive um casamento forçado. E hoje eu tenho um de verdade, com amor. Eu estava linda com o vestido branco. Meu casamento seria na praia, seria só pra os mais chegados. E estava perfeito. O Arthur estava cada vez maior, e já tentava andar. Tão pequeno e tão esperto.- Ei amiga, tá bem? - Flávia perguntou, entrando no quarto.- Estou sim. E você?- Tudo. Bom, eu queria te falar uma coisa. - Ela disse.- O que é?- Eu estou namorando o Rafael. - Choquei!- O que? Como assim? Mas ele é gay. - Fiz uma cara de espanto.- Ele era, só que a gente ficou e fomos ficando, deu nisso que estamos hoje.- Bom... Isso é meio estranho. Mas se vocês estão felizes, também estou. Vocês merecem toda felicidade do mundo. - Rir.- No inicio foi difícil pra nós também, mas nossos sentimentos falaram mais altos.- Então f