Levantei da cama e fui até o banheiro. Fiz minha higiene e fui pra sala. Tudo estava em silêncio, Gabriel deveria ter ido trabalhar. Peguei o celular e mandei uma mensagem pra ele marcando um almoço.Sophie: vamos almoçar?Gabriel: claro.Sophie: te encontro daqui a pouco tá? Tenho que falar com você algo importante.Gabriel: tá bom. Aconteceu algo?Sophie: sim, mas te falo depois.Deixei o celular de lado e fui me arrumar. Tomei um banho, hidratei meu cabelo e fui colocar um vestido vermelho que me deixava mais bonita do que eu era. Se ele pensa que vou deixar barato, está enganado. Precisei passar por todo o inferno pra me tornar uma pessoa mais segura, que não abaixa a cabeça pra ninguém. Peguei um salto e coloquei, parei novamente em frente ao espelho e sorri me vendo tão arrumada e linda. Fiz uma maquiagem de leve nos olhos e arrumei o meu cabelo, deixando o mesmo solto. Peguei uma bolsa colocando minhas coisas e fui até o lugar marcado com o Gabriel. Entrei no meu carro e fui p
Gabriel narrando.Depois de tudo o que aconteceu, eu só queria deitar em minha cama, ficar com minha mulher e meu filho. Mas o meu filho eu só iria buscar amanhã, já que o dia hoje foi cansativo e estressante demais. Sophie foi calada o caminho todo pra casa, parecia estar em outro mundo. Quando chegamos em casa, ela foi pro banheiro tomar um banho pra relaxar e eu fui pra cozinha preparar algo pra comer. Eu já nem tinha idéia de horário, mas já estava escurecendo e eu estava com fome. Peguei uma lasanha e coloquei no micro-ondas. Enquanto não ficava pronto, fui até a sala e sentei no sofá.Sophie apareceu na porta da sala e fico me olhando.- Vem cá. - Falei, fazendo gesto com o dedo. Andou até mim e sentou no meu colo, me dando um beijo na boca. O nosso beijo era lento e gostoso, do jeito que ela gostava.Ela me deitou no sofá e veio por cima de mim, o nosso beijo que era calmo, fico sem ritmo e alucinante. Afastei-me descendo beijos pelo o seu pescoço, enquanto apertava sua cintura
Sophie narrando.- É o que? - perguntei assustada. Gabriel tinha me falado sobre a mensagem da Marcela.Meu coração se apertou quando eu soube disso. Sei que no início não foi fácil eu aceitar o bebê aqui, mas eu estava passando por muita coisa e eu não saberia lidar com um bebê também. Arrependo-me todos os dias de ter o tratado mal, mas agora tudo mudou. Eu me esforcei pra saber cuidar dele, eu já o amava como se fosse meu filho e eu não queria ela de volta pra tirar ele de nós.- Ela não vai pega-lo Gabriel. Você entendeu?- Eu não vou deixar. Amanhã mesmo vou buscá-lo na minha mãe.- Isso. Não quero que ela chegue perto dele. - Sussurrei.Por um momento me deu medo, tristeza. Abaixei a cabeça e fiquei olhando pro chão. Não quero de jeito nenhum ela chegando perto dele.- Calma, ela não vai chegar perto dele, entendeu? Eu não vou deixar, e não vai tirá-lo de mim!- Tá bom. - Sorri de lado, olhando ele.Levantei e fui até a cozinha. Bebi um copo d'água e voltei pro quarto. Gabriel e
Sophie narrando.- Senhoras e senhores, depois de tudo que aconteceu, sobre termos ouvido todos presentes aqui, quero informar que a guarda definitiva de Arthur Ferreira ficará com o pai Gabriel Ferreira. Encerrado. - Juiz terminou.Alguns meses depois estávamos todos no tribunal pra uma audiência de guardar do Arthur. Marcela não desistiu de Arthur, tentou de tudo pra conseguir ficar com o garoto e o motivo que ela voltou? O marido queria cuidar do filho dela e ai ela tinha que estar com o menino. Quando soubemos disso, a raiva que eu sentia por ela aumentou mais e Gabriel não queria nem saber de amizade, entrou na justiça pra ter a guarda total de Arthur.Hoje foi o grande dia, eu e Gabriel tínhamos ganhado a guarda do Arthur. Abracei com força o Gabriel que sorria todo contente. Até porque a mais errada foi ela e agora não adianta querer voltar querendo mudar tudo ou fazer do jeito dela, como se ninguém tivesse sentimentos. Olhei pra ela, que pegou a bolsa e saiu. Recebi compriment
Flávia narrando.Depois de tudo que aconteceu com Sophie, eu só queria estar em paz e na minha casa, na minha segurança. O que levava uma pessoa como Letícia ter feito tudo aquilo? Era amor de verdade? Se for amor, eu não quero viver assim. Não quero ser obcecada a um homem, não quero ficar sofrendo por um. E acho que até hoje não conseguir alguém por causa disso. Eu até tive um caso com o amigo do Gabriel, cheguei até pensar que iríamos ficar meses ou até anos juntos, mas não foi nada disso. Ele é cafajeste, é de todas e não se apega. Um típico homem que toda mulher quer mudar um dia, e não é todas que conseguem isso. Eu sou uma dessas que não conseguir mudar alguém por amor. Mas fazer o que, é a vida.Joguei minha bolsa no sofá quando cheguei em casa depois de um dia longo de faculdade e trabalho. Tirei o sapato e joguei longe, e fui pra cozinha. Peguei uma garrafa de vinho que tinha ali e coloquei numa taça. Prendi o cabelo em um coque e escutei meu celular tocando me avisando que
Três meses depois...Hoje é o meu grande dia. O dia que será meu casamento de verdade com Gabriel. Passava um filme passando em minha cabeça sobre o que aconteceu alguns meses atrás quando eu tive um casamento forçado. E hoje eu tenho um de verdade, com amor. Eu estava linda com o vestido branco. Meu casamento seria na praia, seria só pra os mais chegados. E estava perfeito. O Arthur estava cada vez maior, e já tentava andar. Tão pequeno e tão esperto.- Ei amiga, tá bem? - Flávia perguntou, entrando no quarto.- Estou sim. E você?- Tudo. Bom, eu queria te falar uma coisa. - Ela disse.- O que é?- Eu estou namorando o Rafael. - Choquei!- O que? Como assim? Mas ele é gay. - Fiz uma cara de espanto.- Ele era, só que a gente ficou e fomos ficando, deu nisso que estamos hoje.- Bom... Isso é meio estranho. Mas se vocês estão felizes, também estou. Vocês merecem toda felicidade do mundo. - Rir.- No inicio foi difícil pra nós também, mas nossos sentimentos falaram mais altos.- Então f
Doze anos depois...Hoje fazia seis anos que Gabriel tinha falecido. Ele sofreu um acidente de carro quando vinha de viajem a trabalho e não resistiu à batida do carro.Depois de quando nos casamos, nossos dias sempre foram de alegria. Em Campos do Jordão descobrir que estava grávida de dois meses, como eu era magrinha, não deu pra perceber muito. Tivemos nossa princesa Maria Gabriela. Ela tinha puxado tudo do pai, assim como era Arthur. Maria Gabriela só tinha o meu jeito, doce e calma. Não trabalhei mais pra me dedicar a minha família e Gabriel tinha feito o mesmo, ficava mais em casa que trabalhando. Mas quando tinha que viajar, não poderia negar de ir. E foi em uma dessas viajem que se despediu e não voltou mais. Depois da morte dele, tive que cuidar dos dois, Arthur estava com seis anos e Maria Gabriela estava com quatro anos.Eles ficaram mal assim como eu fiquei, mas não poderia deixar que a vida parasse. Ele não iria gostar de ver a gente mal, triste, parando nossas vidas por
Maria Gabriela me acordou cedo querendo ir a praia. Tentei convencê-la de ficar em casa, mas nada tirava aquela ideia da cabeça dela de ir à praia. Arthur já estava com quinze anos e já não queria sair tanto com nós duas, então deixei o mesmo dormindo, só deixei avisado que estávamos saindo.O dia tava lindo demais, um sol forte, a praia ainda estava vazio por ser cedo demais. Quando chegamos, pedi uma cadeira e um guarda sol com o rapaz que trabalha no quiosque e me sentei com Maria ali na areia. O rapaz abriu o guarda sol e arrumou tudo pra mim, o agradeci e me sentei ali brincando com Maria. Quando a mesma enjoou de ficar ali, ela se levantou e ficou em pé correndo na minha frente, até que um cachorro vinha correndo com um menininho e a assustou. O cachorro parou do seu lado e cheirou o seu pé, o menininho com os olhos verdes e o cabelo grande sorriu olhando pra Maria. Acabei sorrindo lembrando de como conheci Gabriel. Espantei meus pensamentos.- oi, desculpa pelo o Tom... Eu sou.