Eu não sabia bem o que estava sentindo naquele momento, mas dentro de mim, um frio cortante dilacerava meu interior por partes, lenta e dolorosamente ao escutar as palavras ameaçadoras de Sebastian. No fim das contas ele conseguiu o que tanto queria, se casar comigo e consumar a nossa união em lua de Mel. Achei que isso seria suficiente para entretê-lo por horas e esquecer de suas tramas contra mim, de me subjugar e punir por cada ousadia e desobediência. Enquanto ele conseguia o que tanto queria, me tratava como uma égua que acaba de conquistar após uma luta árdua e cansativa. Me xingava e me humilhava em palavras enquanto me fodia, então como esperado eu o enfrentei como se fosse um incapaz, e talvez, só talvez tenha o feito lembrar do que precisa fazer comigo. Estou nua na cama, no meio do mar da Sicília, longe da terra e de qualquer coisa que me pudesse ajudar contra ele. Sebastian está na minha frente, nu e virial como que acabara de acabara de sair de um longo e prazeroso
Sou despertada ouvindo a sua voz bem próxima de mim. Aos poucos vou acordando e abrindo os olhos que imploram para permanecer fechados, recém-abertos eu percebo que o ambiente está iluminado, mas não com uma luz costumeira, era vermelho. Em minha frente estava Sebastian, com suas partes de baixo coberta por uma calça moletom que passava do seu tornozelo, quanto ao seu peitoral, estava completamente exposto aos meus olhos. Olhei para os lados e notei que era um quarto grande e quase vazio, deduzi que fosse, pois assim que fui forçada a entrar neste quarto e quando trocamos algumas palavras, ouvia-se apenas o eco. Pelo pouco que pude virar a cabeça, vi que continha uma cama coberta com um simples lençol de cetim vermelho, algumas cômodas ao lado decorando o leito, um armário de vidros transparente e dentro dela havia várias cintas de couro, da fina a mais grossa, com tiras e resquícios de vidro, um verdadeiro terror. — Que horas são? — Foi a única coisa que eu perguntei. — É hora de
— Ocupado, me pediu que buscasse vocês.— Ocupado é? Tudo bem. Encarei seu corpo de relance antes de entrar de vez no carro, Dante estava coberto por um terno admirável, parecia vir assim de algum lugar. Até passar pelos portões o trajeto até chegar em casa foi em completo silêncio, uma das meninas cochilaram e a outra não conseguia descansar os olhos de tanta preocupação por sua vida e medo. O veículo estacionou e todas nós descemos, passamos pela grande porta até chegar na sala principal, onde Tereza me esperava para saber como foi o casamento da nossa amada Alice.— Boa noite, senhora. — Boa noite, Tereza. Por favor, peça para uma das empregadas que arrume dois quartos para nossas hóspedes, elas passaram uma temporada aqui.— É claro, senhora. Mas antes disso eu me atrevo perguntar... Quem são?— Amigas de Alice, da Califórnia. Tereza as encarou e abriu um enorme sorriso acolhedor, mas antes que pudesse dizer algumas palavras, ela andou rapidamente atrás das empregadas. Assi
Virei-me para encará-lo outra vez fui surpreendida ao vê-lo tão próximo de mim, seu rosto, seu corpo, estava tão perto que me saltou oxigênio. Desci meus olhos para o seu peitoral nu, sem esperar, Dante me estendeu um copo de bebida, eu peguei e bebi o líquido de uma vez.— Você veio. — Ele disse. — Você chama, eu venho. — Respondi, andando até a mesa e depositando o copo em cima. — E também eu não ia conseguir dormir esta noite. — Por quê? Preocupada com sua filha?— O que você acha? — Perguntei com arrogância. — Agora ela está casada com o Mortalla. Foi difícil vê-la beijar aquele desgraçado.— Não adianta se lamentar, não há mais nada que você poça fazer. — Você sabe que há uma coisa que posso, mas é arriscado para todos, até mesmo para Alice, por isso estou insegura de fazer. — Nem você se salvou, por que quer salvá-la desta vida a todo custo? — Porque ela é a minha filha! E é isso que as mães fazem, elas protegem as crias, fazem de tudo para mantê-las longe do perigo. — Al
A algo em Dante que me faz questionar as palavras que acabaram de sair da minha boca, seu olhar antes fixo em mim se distanciaram dos meus olhos e voltaram-se para a garrafa de vinho próxima da cama, sua atitude não me passou confiança. Dante e eu já fizemos parceria quando eu servia secretamente ao Juliano, mas quando mencionei em acabar com Marco, sua expressão foi diferente quando falei o mesmo de Sebastian Mortalla. Ele se levanta e se serve com um pouco de bebida e toma todo o líquido de uma vez, assim que me encarou, questionei:— O que houve? — Uma coisa é matarmos o Marco, e outra muito diferente é tentar matar o Sebastian Mortalla.— Está com medo?— Estamos falando de Sebastian Mortalla! O cara é o chefe de toda a Cosa Nostra, é rodeado de seguranças leais, tem aliados por todas as partes. Acha mesmo que vai conseguir matá-lo?— Está duvidando de mim, Dante? Esquece quem sou?— Você fez algumas missões secretas para Juliano, eu sei disso. Mas inimigos treinados já tentara
— Só vim tomar um banho, estava com calor. — Antes que agisse naturalmente e andasse para o closet, Marco jogou o copo em minha direção e bateu na parede, onde se quebrou em pedaços antes de chegar ao chão. — Você é tão ordinária quanto a sua filha. Tem coragem de mentir na maior cara de pau, quando eu sei, sua puta imunda, estava fora dando a sua buceta para outro? Marco se levanta da cadeira e vem na minha direção. Meu coração acelera conforme ele avança para mim, meu corpo congela e permaneço no mesmo lugar em que estou. — Está louco! Não saí da propriedade desde que cheguei do casamento!— Mentirosa! — Gritou Marco, ao agarrar meu braço e sacudi-lo. — Faz algumas horas que cheguei e a vi sair do carro em frente à casa! Em ato de fúria, me livrei do seu braço e o enfrentei, tomada de coragem:— Estive fora, e daí? Desde quando se interessa para onde vou e o que vou fazer? — Nunca houve esse interesse da minha parte, mas você está casada comigo e me deve respeito!— O mesmo
— O que está fazendo? — Perguntei com a voz eufórica e trêmula.— Com medo? — Questionou com ar de sorriso. — Não se preocupe, é algo bastante doloroso, não vai matá-la, mas vai desejar morrer. Com isso, Sebastian voltou a parar na minha frente, mas desta vez acompanhado por uma injeção. — O que é isso?— Já ouviu falar do soro da verdade? Meu sangue gelou. Ao me questionar, um arrepio forte e doloroso subiu pela minha espinha, e ao vê-lo se aproximar, me desesperei. O choro antes preso saiu e escapou dos meus olhos, não queria que ele conseguisse o que queria, não dessa vez. — Fica longe de mim! — Gritei completamente fora de mim. — Este soro foi modificado em meus laboratórios especiais, mandei que acrescentassem além de obrigá-la a dizer a verdade, que o líquido forçasse seus músculos e os machucassem lenta e dolorosamente até que não suporte e me revele tudo o que eu queira saber. Causará fraqueza e um sono incontrolável. — Isso não funciona. Eu não vou te contar nada!—
Na manhã seguinte, sou acordada com a sensação de estar flutuando por ouvir o barulho das ondas bater contra o Iate, na intenção de voltar a dormir, sou impedida ao ver que o ambiente estava todo iluminado e não havia cortinas para cobrir as pequenas janelas. Frustrada, me forcei a levantar da cama, assim que o fiz, senti minhas costas pesar e doer pelos cortes que embora fossem finos e rasos, queimavam. De pé, encarei o ambiente, estava o mesmo como na noite anterior, e para minha sorte permanecia sozinha. Desde que adormeci não presenciei mais nada, estava tão cansada que não sei se ele voltou para o quarto ou se estou sozinha desde que saiu. Ignorando e aproveitando meu momento a sós, andei para a janela e abri o vidro, o vento cortante do mar acertaram a minha pele como uma onda revigorando para que tudo em mim despertasse. Aproximei a cabeça mais na janela, o vistoso barulho da água contra o Iate mostrava que estávamos navegando muito rápido, e pelo que pude ver, para o mais