Depois de ouvir a revolta de Rosa e deixar que ela xingasse Patrick a vontade, me virei para Alejandro que comia me encarando, não havia mais o sorriso presunçoso em seus lábios, ele apenas comia a minha frente, me analisando com aqueles olhos enigmáticos.— Calma Rosa, eu ainda não o perdoei. — murmurei envergonhada de mais com aquele homem me encarando sem falar nada, sem dúvida era mais fácil quando ele abria aquela boca e dizia o que pensava de uma vez. — Eu sai de lá dizendo que precisava de um tempo pra pensar no que faria, ainda não sei o que vou fazer.— Você pode ficar aqui o tempo que precisar e se decidir não voltar vou adorar ter você morando comigo, sabe que eu sempre quis te tirar daquele inferno e te criar, agora finalmente tenho condições pra isso! — ela falou parando atrás de mim e envolvendo meus ombros com os braços calorosos.— Obrigada Rosa, você sempre foi tudo o que eu tive. — senti o beijo dela no topo da minha cabeça e os olhos de Alejandro se encontraram com
Eu não podia acreditar no que estava vendo! Aquele filho da puta estava tocando ela, tocando a minha Sophie! Porra, eu ia matar o desgraçado!— Antes que você quebre a tela do computador, volta tudo e escuta a conversa deles. — a voz de Cris soou no alto falante do celular.Ele tinha me mandado imagens da câmera de segurança da oficina, e graças a Deus meu amigo tinha sido rápido em rackear o sistema e me mandar aquilo. Cris mandou os minutos exatos quando Sophie e o stripper entraram na oficina e a cada segundo de vídeo meu sangue ferveu ainda mais.— Eu não quero saber que porra eles conversaram, o que me importa é ele tocando nela!— Bem se você escutasse entenderia o que tem que fazer para reconquistá-la. — ele falou de forma condescendente. — Ou talvez apenas deixe esse cara te chamar de babaca na frente da sua esposa e diga a ela o quanto ele pode ser melhor que você.Trinquei meu maxilar com tanta força que meus dentes rangeram batendo um contra o outro. Tinha ficado tão absort
Eu tinha entrado e tentado ajudar Rosa, manter minha cabeça ocupada me livraria de pensar em Patrick ou no que quase tinha acontecido na oficina.Depois que terminamos tudo Rosa fez meu bolo favorito e me mandou para fora da cozinha, ela insistiu que eu precisava descansar um pouco.Ela me colocou no quarto do filho, o que eu insisti que não precisava, podia muito bem ficar no sofá, mas ela não me ouviu apenas me obrigou a entrar ali e descansar. Eu tomei um banho e voltei para o quarto tentando não pensar em como minha vida estava uma bagunça.Há um mês atrás eu ainda sonhava com o dia de completar vinte e um anos e me ver livre do meu tio, podendo tomar minhas decisões e fazer minha vida. Mas então eu me casei com Patrick, me mudei para uma mansão na montanha gelada e tanta aconteceu de lá pra cá.Fiquei bêbada pela primeira vez, me perdi em uma floresta, me apaixonei, perdi a virgindade e fui traída. Agora estava ali sem saber se colocava um ponto final no nosso casamento tão recen
— Eu vim aqui porque nós precisamos conversar! — eu menti, tinha ido ali para levá-la de volta, mas olhando para a cena na minha frente não podia arrancá-la dali. — É sobre os negócios da sua família, surgiram mais coisas na investigação e você precisa decidir o que quer fazer daqui em diante.Joguei a primeira coisa que veio a cabeça, porque vê-la ali tão a vontade com aquele homem que conheceu há pouco tempo acabou comigo. Sophie parecia uma menina feliz e tranquila, com os pés no colo dele enquanto estava sentada na mesa, com um celular na mão e sorrindo de algo que ele disse.Porra, aquilo fez o incomodo no meu peito voltar e o gosto amargo na boca. Como se eu estivesse vendo um casal apaixonado bem na minha frente e eu fosse o único filho da puta que não tinha ninguém.Mas não era essa a realidade, Sophie era minha mulher e nada daquele merdinha ali. Porém o fato dos papéis parecerem invertidos me dizia que eu estava fazendo muita coisa errada com ela. Eu encarei ela com o incomo
"Vou te dar o que você quer Sophie!" Foi o que ele falou e as palavras se repetiam em minha mente, eu o mandei embora e foi exatamente o que ele fez. Patrick não ficou comigo e se abriu, não se negou a ir e me obrigou a ouvir sobre o quanto gostava de mim e me queria. Ele não fez nada disso, apenas me deu o que eu queria saindo dali.— Você está bem? — ouvi a voz de Alejandro na porta do quarto. — Minha mãe disse que você se trancou aqui depois que ele foi embora.Eu não estava querendo papo, nem mesmo ver ninguém, só queria ficar sozinha um pouco. Sentia como se minha cabeça estivesse ainda pior, a confusão não tinha se resolvido e ter ido até a oficina aquela hora só fez aumentar minhas dúvidas e inseguranças.— Não estou no clima pra conversar. — resmunguei torcendo para que ele entendessem e me deixasse em paz.— Estou achando que é mais do que isso. — ele retrucou escorando o corpo na porta, mostrando que não cederia tão fácil. — O que ele falou foi tão grave assim? Vi como ele s
Depois que eu saí deixando Sophie naquela casa eu fui direto conversar com quem vinha me aconselhando a mudar. Eu tinha visto de perto que ela estava apaixonada por mim e mais do que isso, Sophie estava querendo mais de mim, queria que eu me abrisse com ela, que deixasse ela entrar.Logo eu, a pessoa que acreditava já anos que o amor não existia, que meu coração tinha sido destroçado e que nada daquilo foi real. Mas ali estava ela me mostrando que era diferente, que eu ainda tinha a porra de um coração e que ele estava batendo por ela.Percebi da pior forma isso, quando vi ela confortável com ele eu quis aquilo, mas vê-la pulando da mesa e deixando ele lá só para conversar comigo mexeu comigo, pois mesmo depois de tudo o que eu fiz Sophie estava disposta a me perdoar. E quando ela tentou tirar minha máscara ficou claro o que eu precisava fazer para tê-la de volta de vez.Foi por isso que disse que ia dar o que ela queria, eu ia dar um jeito de me abrir com ela, já que eu não conseguia
Eu ainda estava chocada em saber que estava grávida, não tinha a mínima ideia e se não tivesse passado mal hoje, eu iria continuar sem ter a menor noção.Sem falar na forma como eu estava agindo, sem comer, sair ao ar livre e dormir direito, como se meu estado de saúde já não era dos melhores graças aos anos de negligência enquanto eu crescia.Mas agora eu ia fazer tudo certo, aquele bebê dependia de que eu tomasse as decisões corretas por nós dois. E Patrick também estava ali para garantir que eu ia andar na linha, ele já tinha feito um show no primeiro hospital e não tinha se contido em querer dar ordens na médica aqui também.— Ei, você deveria se acalmar. — murmurei da varanda do hospital encarando ele andando de um lado para o outro do quarto, esperando pelos para fazer nossa primeira ultrassom.Ainda não tínhamos tido tempo para conversar sobre tudo o que aconteceu, sobre esse tempo que ficamos longe e da confissão dele em dizer que não me deixaria ir e que tinha sentido minha f
O caminho todo eu mantive seu corpo junto ao meu, não conseguia tirar minhas mãos dela e saber que ela estava carregando meus filhos me deixava ainda mais possessivo, como se eu fosse a porra de um animal tentando proteger sua companheira.E eu não me importava se iriam me chamar de maluco, de grosseiro ou qualquer outra coisa, não ia sair do lado de Sophie nunca mais.Quando chegamos em casa foi a maior festa, Holly, John, mamãe e papai comemorando, até mesmo Cris ligou dizendo que já sabia das notícias. Foi uma tremenda bagunça, todos nós almoçamos juntos e eu queria ter colocado Sophie no meu colo, como fazíamos na ilha, mas todos me mandaram parar de sufocá-la e só por isso a deixe ficar na cadeira ao meu lado.Mas quando Sophie me deu um olhar sugestivo, apontando para cima eu soube que ela queria. Ela já não estava prestando atenção na conversa de todos na mesa, ela queria que eu bancasse o ogro e a tirasse dali com qualquer desculpa e a arrastasse para cima.— Venha querida, va