Eu ainda encarava a escada por onde Sophie subiu correndo segundos atrás, não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Tudo na nossa viagem parecia um mar de rosas, cada dia que passamos juntos, casa momento, todas as vezes que ela se abriu para mim contando seus traumas e as vezes que a fiz rir por algo bobo, tudo tinha sido perfeito. Mas tinha que acabar dando merda colossal ou não seria minha vida.Porra eu tinha vacilado feio em não contar a ela e por mais que eu lhe explicasse que foi antes de consumirmos o casamento, isso não era realmente uma justificativa, porque se ela tivesse sido tocada por qualquer outro depois de eu tê-la tocado, eu não encararia isso tão pacificamente.Mas agora minha mente martelava que ela poderia ser tocada por qualquer um enquanto estivesse longe de mim e tudo graças a minha estupidez. Sophie tinha razão, eu deveria ter confessado tudo de uma vez e enquanto estivéssemos naquela ilha a foderia até que ela esquecesse o assunto.— O que diabo
Eu não precisei pensar para onde iria, o único lugar onde eu podia ir era para a casa de Rosa, eu tinha certeza que ela não me deixaria na rua e me deixaria em paz para pensar e tomar minhas decisões.Ela tinha me aconselhado a dar uma chance a Patrick, para que eu encontrasse um pouco de felicidade na vida, mas agora eu não tinha mais certeza se eu encontraria isso algum dia. Tudo o que eu precisava agora era ficar longe dele enquanto penso sobre minha vida sobre todos os problemas que me aconteceram ao longo dessa semana.Enquanto o carro que Audrey chamou, me levava até a casa de Rosa, eu só conseguia pensar o quanto fui boba, fui tola e me encantei facilmente. Eu já estava fazendo o nosso casamento funcionar, enquanto ele estava pagando para uma mulher transar com ele.Cada vez que esse pensamento voltava a minha mente e a foto da bela mulher nua preenchia meus pensamentos, eu tinha uma vontade de me encolher e vomitar ao mesmo tempo. Nunca pensei que seria tão burra assim na vida
Eu estava em agonia esperando pelas notícias do homem que Cris tinha colocado atrás dela, Jason estava seguindo ela desde que o carro deixou a montanha e por mais que eu tentasse me distrair enquanto esperava as atualizações, eu não conseguia.Nem mesmo o novo relatório que Suzie mandou sobre o babaca do tio de Sophie, estava conseguindo me distrair, tudo o que eu queria era saber onde minha mulher estava e como estava.Aquela altura eu estava até querendo que minha mãe viesse aqui encher meus ouvidos com seu sermão habitual. Mas ela não apareceu, nem mesmo me direcionou um olhar torto desde que colocou Sophie naquele carro, ela simplesmente decidiu me ignorar e aquilo de certa forma era ainda pior do que se ela tivesse gritado comigo.Meu celular tocou me distraindo dos meus pensamentos e eu fui rápido em abrir as mensagens me deparando com Sophie conversando com um homem que eu nunca tinha visto na vida, seguida de fotos dela abraçando uma senhora e então entrando na casa com eles.
Depois de ouvir a revolta de Rosa e deixar que ela xingasse Patrick a vontade, me virei para Alejandro que comia me encarando, não havia mais o sorriso presunçoso em seus lábios, ele apenas comia a minha frente, me analisando com aqueles olhos enigmáticos.— Calma Rosa, eu ainda não o perdoei. — murmurei envergonhada de mais com aquele homem me encarando sem falar nada, sem dúvida era mais fácil quando ele abria aquela boca e dizia o que pensava de uma vez. — Eu sai de lá dizendo que precisava de um tempo pra pensar no que faria, ainda não sei o que vou fazer.— Você pode ficar aqui o tempo que precisar e se decidir não voltar vou adorar ter você morando comigo, sabe que eu sempre quis te tirar daquele inferno e te criar, agora finalmente tenho condições pra isso! — ela falou parando atrás de mim e envolvendo meus ombros com os braços calorosos.— Obrigada Rosa, você sempre foi tudo o que eu tive. — senti o beijo dela no topo da minha cabeça e os olhos de Alejandro se encontraram com
Eu não podia acreditar no que estava vendo! Aquele filho da puta estava tocando ela, tocando a minha Sophie! Porra, eu ia matar o desgraçado!— Antes que você quebre a tela do computador, volta tudo e escuta a conversa deles. — a voz de Cris soou no alto falante do celular.Ele tinha me mandado imagens da câmera de segurança da oficina, e graças a Deus meu amigo tinha sido rápido em rackear o sistema e me mandar aquilo. Cris mandou os minutos exatos quando Sophie e o stripper entraram na oficina e a cada segundo de vídeo meu sangue ferveu ainda mais.— Eu não quero saber que porra eles conversaram, o que me importa é ele tocando nela!— Bem se você escutasse entenderia o que tem que fazer para reconquistá-la. — ele falou de forma condescendente. — Ou talvez apenas deixe esse cara te chamar de babaca na frente da sua esposa e diga a ela o quanto ele pode ser melhor que você.Trinquei meu maxilar com tanta força que meus dentes rangeram batendo um contra o outro. Tinha ficado tão absort
Eu tinha entrado e tentado ajudar Rosa, manter minha cabeça ocupada me livraria de pensar em Patrick ou no que quase tinha acontecido na oficina.Depois que terminamos tudo Rosa fez meu bolo favorito e me mandou para fora da cozinha, ela insistiu que eu precisava descansar um pouco.Ela me colocou no quarto do filho, o que eu insisti que não precisava, podia muito bem ficar no sofá, mas ela não me ouviu apenas me obrigou a entrar ali e descansar. Eu tomei um banho e voltei para o quarto tentando não pensar em como minha vida estava uma bagunça.Há um mês atrás eu ainda sonhava com o dia de completar vinte e um anos e me ver livre do meu tio, podendo tomar minhas decisões e fazer minha vida. Mas então eu me casei com Patrick, me mudei para uma mansão na montanha gelada e tanta aconteceu de lá pra cá.Fiquei bêbada pela primeira vez, me perdi em uma floresta, me apaixonei, perdi a virgindade e fui traída. Agora estava ali sem saber se colocava um ponto final no nosso casamento tão recen
— Eu vim aqui porque nós precisamos conversar! — eu menti, tinha ido ali para levá-la de volta, mas olhando para a cena na minha frente não podia arrancá-la dali. — É sobre os negócios da sua família, surgiram mais coisas na investigação e você precisa decidir o que quer fazer daqui em diante.Joguei a primeira coisa que veio a cabeça, porque vê-la ali tão a vontade com aquele homem que conheceu há pouco tempo acabou comigo. Sophie parecia uma menina feliz e tranquila, com os pés no colo dele enquanto estava sentada na mesa, com um celular na mão e sorrindo de algo que ele disse.Porra, aquilo fez o incomodo no meu peito voltar e o gosto amargo na boca. Como se eu estivesse vendo um casal apaixonado bem na minha frente e eu fosse o único filho da puta que não tinha ninguém.Mas não era essa a realidade, Sophie era minha mulher e nada daquele merdinha ali. Porém o fato dos papéis parecerem invertidos me dizia que eu estava fazendo muita coisa errada com ela. Eu encarei ela com o incomo
"Vou te dar o que você quer Sophie!" Foi o que ele falou e as palavras se repetiam em minha mente, eu o mandei embora e foi exatamente o que ele fez. Patrick não ficou comigo e se abriu, não se negou a ir e me obrigou a ouvir sobre o quanto gostava de mim e me queria. Ele não fez nada disso, apenas me deu o que eu queria saindo dali.— Você está bem? — ouvi a voz de Alejandro na porta do quarto. — Minha mãe disse que você se trancou aqui depois que ele foi embora.Eu não estava querendo papo, nem mesmo ver ninguém, só queria ficar sozinha um pouco. Sentia como se minha cabeça estivesse ainda pior, a confusão não tinha se resolvido e ter ido até a oficina aquela hora só fez aumentar minhas dúvidas e inseguranças.— Não estou no clima pra conversar. — resmunguei torcendo para que ele entendessem e me deixasse em paz.— Estou achando que é mais do que isso. — ele retrucou escorando o corpo na porta, mostrando que não cederia tão fácil. — O que ele falou foi tão grave assim? Vi como ele s