Marcamos de nos encontrar próximo à minha casa por volta de 16:30 h, pois o culto começaria às 17 horas. A igreja que estávamos visitando não era a que ele realmente frequentava, pois a mesma ficava bem longe dali. Porém, estávamos visitando uma igreja de mesma denominação, pois o importante era a Palavra que eu receberia naquela tão adiada noite. Comecei a me arrumar cedo, pois não queria me atrasar. Prendi meu cabelo, fazendo um rabo-de-cavalo; ao contrário de todas as minhas outras maquiagens para saídas noturnas, na de hoje passei apenas um batom gloss. Vesti uma calça jeans e uma blusa de manga rosa – Estava uma noite quente para blusa de manga, mas como roupas compostas não eram muito o meu forte, o jeito era sentir calor mesmo.
Chegando na igreja, as pessoas vieram nos receber e nos dar as boas vindas. No começo, me senti um peixe fora d’água, mas com o tempo fui me sentindo um pouco melhor, apesar de estar estranhando o som alto da voz do pastor. Posteriormente, o pastor estava expondo os projetos da igreja para os que o assistiam, e ele falou algo pelo qual eu tinha preconceito: o dízimo. Ele disse que era chegada a hora das ofertas e para que os fiéis fossem generosos. Eu não tive outra reação a não ser olhar para o Gabriel e cair, baixinho, na gargalhada, pois já tínhamos conversado abertamente sobre isso há alguns dias atrás. Ele também não conseguiu segurar o riso, e ficamos rindo juntos, feito dois patetas.
Ao final do culto, Gabriel me perguntou – você gostou? O que achou?
– Gostei sim, só que ainda não consegui me livrar do preconceito com o dízimo, parece que é algo obrigatório. Acho que preciso de mais tempo.
– Sim, com o tempo as coisas vão se esclarecendo. Você vai conhecendo e entendendo melhor as coisas. E vai ver que não é este absurdo que está pensando.
– Sim, espero. – Fiz uma pausa. – Bem, obrigada por me levar para a igreja. Gostei bastante.
– Eu que agradeço a sua companhia. Na próxima semana podemos conhecer outra. Talvez você se identifique mais, e queira frequentar.
– Verdade. Quem sabe, né?
– Espero que sim. – Respondeu ele, sorrindo.
– Então até amanhã na faculdade. Boa noite.
– Até. Boa noite.
Chegando em casa, e enquanto me preparava para dormir, fiquei lembrando do primeiro culto que assisti. Foi bom, mas ainda não foi o suficiente para mudar minhas opiniões. Talvez o Gabriel esteja certo... Talvez eu precise de mais tempo, afinal as pessoas não reagem da mesma maneira. Para alguns, a conversão pode acontecer de forma mais rápida, para outras, de forma mais lenta. Eu fiquei surpresa comigo mesma, pois não esperava de aceitar visitar uma igreja evangélica, e agora estou até topando conhecer outra e pensando realmente em frequentar. É... Acho que as coisas estão mudando.
Ao longo da semana, nos encontramos na faculdade e novamente marcamos de ir ao culto no domingo, mas dessa vez em outra igreja de mesma denominação, ainda próxima da minha casa.
– Acho que poderíamos marcar algo no sábado. Talvez uma volta na praia, o que acha? Perguntou ele.
– Pode ser, seria bom.
– Então podemos nos encontrar às 8 horas?
– Pode. Em que praia iremos?
– Qual você prefere?
– Gosto bastante de Ipanema e Leblon.
– Então pode ser Ipanema. Posso passar na sua casa para te buscar? Vamos de moto.
– Pode ser. Combinado. – Confirmei, animada.
No sábado, o despertador tocou às 07 horas e naquele momento, me bateu uma onda de arrependimento: – por que eu marquei algo tão cedo em pleno sábado? – levantei com o humor de uma pessoa acordando de madrugada para trabalhar numa segunda-feira, mas logo me animei, afinal, eu queria realmente ir à praia. Estava um dia lindo de sol, então vesti meu biquíni preto, e preparei minha bolsa de palha. Ela tinha um lenço amarelo amarrado na alça. Nela coloquei tudo o que provavelmente precisaria, canga, protetor solar, saída de praia, toalha, óculos de sol, pente de cabelo e, claro, meu celular.
Quando ele chegou na minha casa para me buscar, percebi que estava com uma camiseta preta e uma bermuda vermelha – ele estava muito bonito – e realmente estava dirigindo uma moto. – Sobre um veículo de duas rodas, ficou mais rápido chegar em Ipanema. – Chegamos na praia e, pelo horário, podíamos considerá-la cheia. Alugamos uma barraca com duas cadeiras. E enquanto eu pegava a canga na bolsa e a esticava na areia, ele perguntou – Vou dar um mergulho, quer ir?
– Não. Pode ir lá, que eu fico aqui de olho nas coisas.
– Está bem. – Respondeu ele, animado.
Peguei a bolsa e passei protetor solar no meu rosto e nos ombros. Depois de um tempo, coloquei minha cadeira no sol para tentar me bronzear um pouco, pois eu poderia ser confundida com uma vela.
Percebi que já tinha um tempo que Gabriel tinha ido mergulhar, e até agora não retornara. Comecei a ficar preocupada, e pensei em pedir alguém ao meu redor para tomar conta da bolsa enquanto eu ia dar uma olhada no mar para ver se o encontrava.
– Oi, boa tarde! Poderia, por gentileza, dar uma olhadinha rápida na minha bolsa? Eu já volto. – Perguntei a uma senhora muito simpática que estava próxima a mim.
– Olho sim. – Respondeu ela.
– Obrigada. Será rápido.
Levantei e caminhei pela areia em direção ao imenso e encantador mar azul à minha frente e não o via. – Meu Deus, cadê esta criatura? Será que se afogou, e eu não vi? – Continuei verificando ao longe, mas não via nem sinal dele.
De repente, ele aparece do meu lado, do nada, e me dá um enorme susto: – Nossa! De onde você saiu? Estou te procurando há séculos e nada de te encontrar! Aparece do nada, parece fantasma! – Reclamei, preocupada e zangada pelo susto que acabara de levar.
– Estou aqui te observando há um tempão! – Respondeu, dando várias risadas.
Voltamos para a barraca, compramos um sanduíche natural e naquele momento estava passando um vendedor ambulante, oferecendo caipirinha, a qual era feita na hora. – Só pode ser perseguição! – Comentei em voz alta e Gabriel caiu na gargalhada.
– Então aproveita a tentação para vencê-la! – Respondeu ele, dando risadas.
– É... – Concordei, desanimada.
Olhei o relógio e já era quase meio dia. Estava muito quente e eu estava querendo voltar para casa.
– Que horas você pretende ir embora?
– A hora que você quiser. Por quê? Quer ir agora?
– Estou querendo sim. Está muito calor aqui.
– Tudo bem, vamos então. Vou tomar um banho no chuveirão de água doce e já vamos, pode ser?
– Sem problemas.
Enquanto sacudia a canga para tirar a areia, e a guardava na bolsa, ele voltou e vestiu a bermuda para irmos embora.
– Animada para o culto de amanhã? – Perguntou ele.
– Sim. Estou ansiosa.
Enquanto caminhávamos em direção à moto, que ficou estacionada um pouco distante de nós, havia uma barraquinha com vários vestidos lindos e que não eram curtos ou colados. Por incrível que pareça me interessei por um deles. Gabriel percebeu que eu estava olhando e perguntou: – Você o quer?
– Não. Estava só olhando, mas é bonito o vestido. Claro que eu o queria, mas não vou falar nada, né?
– Por que não o experimenta? De repente fica bom. Se você gostar, eu o compro para você.
– Tudo bem.
Experimentei o vestido e percebi que era completamente diferente dos que eu tinha. E que atualmente, eu não podia nem pensar em ir ao culto com algum dos meus vestidos. Por incrível que pareça, gostei do estilo do vestido.
– E aí, gostou?
– Gostei. Muito bonito.
– Pronto. É seu.
– Obrigada. – Respondi, envergonhada.
Finalmente alcançamos a moto e fomos embora. Chegando em casa, tomei um banho e fui descansar um pouco. Fiquei pensando em como seria o culto de amanhã, e acabei adormecendo. Estava muito cansada. Quando despertei já tinha anoitecido. Jantei e fui dormir novamente.
No domingo me arrumei, dessa vez usei o vestido comportado que Gabriel havia me dado de presente, e uma maquiagem suave, apenas um batom gloss e novamente prendi o cabelo em um rabo-de-cavalo. Já próximo do horário do culto, nos encontramos e chegamos juntos na igreja.
Chegando lá, percebi que seu púlpito era bem ornamentado, com lustres pendentes, várias jarras de flores, e umas letras grandes na cor prata escrito “JESUS”. Próximo ao nome, tinha um telão, onde eram mostradas as passagens Bíblias para os fiéis acompanharem. Enquanto observava o telão, percebi que a mensagem daquele culto parecia ser destinada a mim, pois pregava a oportunidade que Deus dá àqueles que desejam iniciar a caminhada, buscando-O do jeito que estamos, mesmo tendo praticado, durante toda a vida, coisas que desagradam a Ele, mas que a partir de agora estão dispostos a mudar seu jeito de pensar e agir.
Todos nos receberam muito bem, assim como na anterior, e ficamos ali assistindo. Senti-me melhor, apesar do som alto ainda me incomodar, mas deixei este incômodo de lado e prestei atenção realmente no que interessava: a Palavra de Deus.
Conforme o pastor pregava, acompanhávamos a seguinte passagem referente à pregação:
“28Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)
Após ouvir esta mensagem, meu coração ficou cheio de alegria e esperança, pois me dava a certeza de que Deus não desiste de nós.
Durante a pregação, percebi algo que nunca tinha visto antes e que me intrigou um pouco. Vi que o pregador falava às vezes de um jeito diferente. Fiquei com esta dúvida na cabeça, então, olhei para o Gabriel e perguntei baixinho: – por que o pregador está falando desse jeito?
– Este é um dom. O dom de falar em línguas estranhas. Depois eu te mostro na Bíblia e te explico melhor. – Respondeu ele, sussurrando.
– Está bem.
Finalizado o culto, enquanto caminhávamos em direção à minha casa, conversamos sobre a mensagem transmitida no culto, e que todo o culto era baseado conforme os textos lidos na Bíblia. Pensando assim, isso acabou me remetendo a uma Bíblia muito bonita que eu tinha visto há uns dias atrás e fiz um comentário.
– Esses dias eu vi uma Bíblia, cuja capa era completamente diferente das que eu já tinha visto anteriormente. A capa era rosa... Estranhei, pois eu sempre as vi de capa preta ou azul escuro. Quando a vi com uma capa rosa, achei linda – Respondi, dando risada.
– Ah sim! Já vi. São para as mulheres.
– Como assim? Não são todas iguais?
– Sim, a Palavra é a mesma, mas nestas, existem explicações que são voltadas para facilitar o entendimento feminino.
– Ah sim. Entendi. Bem, chegamos, gostei muito do culto de hoje. Obrigada por me acompanhar.
– Fico feliz que tenha gostado. Até amanhã na faculdade. Boa noite.
– Até. Boa noite.
Como nos encontrávamos sempre na faculdade, continuávamos sempre conversando sobre seus conhecimentos da Bíblia, o que eu achava muito interessante e me admirava bastante. Mas alguns dias depois, mais para o final da semana, Gabriel me surpreendeu. Estávamos estudando na biblioteca da faculdade, e de repente ele abre a mochila, retira um embrulho e imediatamente me entrega, dizendo, com alegria: – Olha o que eu comprei para você.
Fiquei muito surpresa com sua atitude. Enquanto desembrulhava, perguntei: – o que é?
– Abre que você vai ver. – Respondeu ele, com alegria.
Quando retirei todo o embrulho, fiquei ainda mais surpresa e numa alegria tão grande, que mal dava para se medir.
– Uau! Não acredito! – Respondi chocada, mas muito contente com que acabara de receber. Uma Bíblia com a capa rosa pink com ramos de flores delicados em alto relevo! Voltada para nós mulheres! Ainda mais linda do que a que eu tinha visto anteriormente! PER-FEI-TA! Suas páginas tinham os títulos na cor rosa, tinha duas fitas de cetim nas cores rosa-bebê e lilás para serem utilizadas como marcadores de página, e havia desenhos rosa claro, como marcas d’água, que a deixavam ainda mais charmosa.
– Gabriel, não sei nem o que te falar! Muito obrigada de verdade! Amei! Foi uma surpresa e tanto. – Agradeci, admirada.
– Que bom que gostou! Ela tem explicações no rodapé de cada página, e tem alguns quadros informativos da época, que auxilia na interpretação e entendimento de algumas passagens, pois às vezes é importante conhecermos um pouco da cultura do lugar, e da época.
– Nossa! Muito obrigada mesmo. Vou começar a ler hoje mesmo!
– Como você ainda não tem o hábito de ler a Bíblia, aconselho que comece pelo Novo Testamento, pois é a parte que retrata o nascimento e o ministério de Jesus. Na minha opinião, é mais interessante.
– Está bem. Mas eu tenho muita curiosidade em saber sobre a criação do mundo; a história de Adão e Eva, e a construção da arca de Noé. Então talvez eu dê uma lida primeiro em Gênesis.
– Sem problemas. Se puder, leia o texto bíblico e logo após, a explicação que fica no rodapé da página, para não ter interpretações erradas.
– Tudo bem.
– Já são 21:30 h e em breve a biblioteca vai fechar, vamos descendo?
– Vamos sim.
Depois de descermos a rampa, chegamos na porta da faculdade e nos despedimos, e ele disse: – Boa noite, até a próxima. – Fez uma pausa, e prosseguiu: – Se quiser ir ao culto neste próximo domingo, fique a vontade. Talvez eu não consiga ir, pois vou ter que trabalhar.
– Está bem. Devo ir sim. Obrigada mais uma vez pela Bíblia.
– De nada. Boa noite.
– Boa noite.
Enquanto caminhava em direção à minha casa, pensava na minha depressão, com a qual eu sofria há alguns anos e que os médicos sempre diziam que eu deveria tomar remédios para controlá-la, porque na verdade ela não tem cura. Mas só de pensar nessa doença tão cruel, meu semblante já se entristecia e eu ficava tentando conter as lágrimas, que insistiam em inundar meus olhos.
Pensei nos filmes que assistira de Jesus quando era criança e lembrei dos milagres que Ele havia feito, como fazer o cego de nascença enxergar, o coxo andar, entre outros. Então pensei, se Ele fez tudo isso por aquelas pessoas, porque Ele não me curaria desta depressão? Ele pode me curar, basta Ele querer. Então decidi que no próximo culto que eu fosse com Gabriel, eu iria orar a Deus para que me curasse da depressão.
Chegando em casa, tomei um banho, jantei e peguei o meu presente para começar a ler. Não seguindo os conselhos de Gabriel, comecei pelo primeiro livro, Gênesis, no Antigo Testamento, para matar minha curiosidade a respeito da criação do mundo. Naquele dia, estava cansada, então li apenas os quatro primeiros capítulos. E conforme os dias passavam, eu ficava ainda mais curiosa para saber mais profundamente sobre Caim e Abel, pois sempre escutei as histórias, logo, as conhecia superficialmente, mas nunca tinha lido.Naquela final de semana, não fui à igreja, pois Gabriel estava trabalhando e eu gostaria que ele estivesse indo comigo. Por isso deixei para o domingo seguinte. Mas na faculdade, quando nos encontramos, ele me perguntou: – E aí, foi na igreja no domingo?– Não. – Respondi, envergonhada.– Por quê? – Perguntou ele, desanimado.&nd
No sábado, conforme combinamos, Gabriel chegou à minha casa às 14 horas. Ele sentou-se à mesa, e dessa vez, já disparei: – Antes que eu me esqueça, aceita um copo d’água? – Perguntei, dando risadas.– Aceito sim. – Respondeu, dando risadas. – Fez uma pausa e prosseguiu: – Você andou lendo a Bíblia durante a semana?– Li sim. A cada dia um pouquinho. – Respondi, enquanto pegava a garrafa d’água na geladeira, enchia seu copo e o entregava.– E tem dúvidas, ou está tudo muito claro? – Perguntou ele, enquanto bebia sua água.– Tenho dúvidas, sim. Não do que está escrito, mas o por quê de certas coisas acontecerem. – Respondi, sentando-me à mesa em frente a ele.– O que, por exemplo?– Eu li sobre as dez pragas do Egito.&n
Ao longo da semana, fomos conversando como de costume, e no sábado, como já havíamos combinado, estava esperando por ele na minha casa.Estava ansiosa, pois ia aprender mais com meu amigo. Às 14 horas, pontualmente, ele chegou. Sentou-se à mesa e já foi pegando a Bíblia.– Aceita alguma coisa? Água? Suco?– Aceito um copo d’água, por favor.– Ok. – Respondi, enquanto trazia o copo com a garrafa de água gelada.– Obrigado. – Agradeceu, e logo depois perguntou: – Você chegou a ler algo sobre o livro de 1ª Samuel durante a semana?– Não. – Respondi, envergonhada.– Tudo bem, – Respondeu ele, dando risadas. – É bom que nós aprenderemos juntos hoje.– Aprendermos juntos? – Respondi, assustada. – Eu que tenho que aprender, você sabe
No dia seguinte, pela manhã, minha amiga Clara me enviou uma mensagem, através do aplicativo de mensagem instantânea, dizendo:– “Amiga, como você está? Você sumiu! Estou com saudades! Mande notícias, beijos.” – Disse ela, na mensagem.No momento em que ouvi o som de mensagem, peguei o celular, esticando meu braço em direção ao criado-mudo, pois ainda estava deitada acabando de acordar, então vi que era a Clara, e na mesma hora me levantei com um misto de sentimentos que nunca havia sentido. Estava envergonhada por, sem querer, ter sumido, e com saudades dela, enquanto estava decepcionada comigo mesma por ter me distraído tanto com os ensinamentos de Gabriel, que me esqueci de enviar mensagens para ela, para saber ao menos como ela estava.Então, me ajeitei no travesseiro e imediatamente respondi, digitando:– “Oi amiga,
Três meses se passaram – voando –, e faltava pouco para o meu batismo. Apenas alguns dias para oficializar meu novo modo de viver. Então aproveitei esta semana para convidar as pessoas evangélicas mais próximas a mim para que eu pudesse compartilhar de um dos momentos mais especiais da minha vida, onde eu tomava a decisão crucial de seguir o caminho do Senhor, através da sua vontade, explicitada na Bíblia.Durante aquela semana, fiquei super ansiosa com o batismo, e por isso, no domingo anterior, já estava convidando as pessoas que não poderiam faltar de jeito nenhum. Tinham as minhas amigas de infância: Helena, uma garota doce, com vinte e dois anos de idade, alta e de presença marcante, de pele clara, olhos verdes, cabelo longo levemente ondulado, em um tom de ruivo escuro, bem disfarçado, e lábios carnudos, o que chamava bastante atenção na sua fisionomia. Gos
Finalmente o discipulado acabou, dando início ao tão esperado dia do batismo.No domingo de manhã, meus pais e eu acordamos bem cedo para nos arrumarmos e estarmos prontos no local e hora marcados para encontrar com minha amiga Geovanna, pois ela nos levaria de carro para a igreja matriz que fica no bairro vizinho. Vesti uma blusa de manga com uma calça jeans e calcei uma rasteirinha, peguei minha Bíblia e minha bolsa que estava super pesada com tantas coisas que eu estava carregando dentro dela. Não demorou muito e Geovanna chegou. Entramos no carro e seguimos em direção à igreja.Enquanto descia do carro, encontrei com Gabriel, que estava estacionando sua moto na calçada à frente. Cumprimentei com um forte abraço e agradeci pela presença. Ele me respondeu me dando um sorriso de volta. Era perceptível sua alegria de estar fazendo parte desse momento tão importante
AgradecimentosAgradeço, primeiramente, ao Senhor Jesus: meu único e suficiente Salvador, que me proporcionou uma história de vida transformada pelo Seu amor.Aos meus pais Dirlene e Fernando, e demais familiares, que sempre me incentivaram na caminhada com Cristo.A minha tia Meri, que sempre conversou comigo a respeito do amor de Jesus. (in memorian)Aos meus amigos, em especial, Fábio Moura (in memorian) que foi um instrumento de Deus muito importante na minha vida, e que, junto aos meus amigos, me ensinou a Palavra e sempre me apoiou em todos os momentos, principalmente na escrita deste livro.PrefácioFoi com muita alegria que recebi o pedido da minha amiga Vanessa para ler, em primeira mão, o seu livro. Na verdade, uma grande honra, num misto de ansiedade com uma pitada de nervosismo, afinal, nunca antes tinha feito algo parecido e sonhava com o mom
Eu sou Emilly. Tenho vinte e dois anos, nascida e criada no Rio de Janeiro, sempre fui muito estudiosa e apaixonada pela minha cidade, onde frequento as praias e as festas com meus amigos.No momento, estou cursando faculdade de Engenharia Civil e estou indo para o segundo período, mas esses últimos dias só tenho pensado na viagem que farei com um grupo de amigos e outros jovens. Vamos passar alguns dias em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Estou muito ansiosa, vai ser muito legal! Estamos com vários planos de ir para diversos pontos turísticos e, claro, uma balada que é super famosa na região.Chegado o tão esperado dia, durante a longa viagem pelas rodovias, partindo do Rio de Janeiro, conheci outras pessoas que curtiam as mesmas coisas que eu. Ainda no ônibus, nos divertíamos muito, consumindo bebidas como vodka, cachaça com refrigerante, enquanto esperávamos ansiosamente p