POV: ARCHERSai em meio a noite para uma de minhas corridas noturnas, gostava de dar voltas pela casa e ir em direção ao jardim, refrescava a mente a cada passada, conseguia clarear a mente. Ao passar em frente ao seu quarto, notei a porta se abrindo e seu pequeno corpo batendo de encontro com o meu, amparei antes que caísse sentindo os tremores percorrerem por sua pele arrepiada. Avril ergueu os olhos azuis intensos fitando-me com intensidade, notei a vermelhidão em volta como se ela tivesse chorado, questionei-me sentia dores ao ponto de levá-la a lágrimas ou se havia rompido sua relação e isto a tivesse afetado!Em nossos embates, ficou claro seu anseio em correr em direção ao homem que valia a sua dor, talvez, a pessoa que um dia eu já fora para ela e isto me incomodou, de um jeito inesperado. Incapaz de me conter, indaguei:— Você o ama? — As palavras escaparam an
POV: ARCHERAvril, tomada pelo desespero, tentou correr em direção ao pai, mas eu a contive, segurando firmemente seus ombros. Senti seu corpo tremer sob minhas mãos, a tensão e o medo irradiando dela como uma onda sufocante.— Me solta, Archer! Preciso ajudá-lo! — Gritou ela, alarmada e agitada, lutando contra meu aperto, seu desespero visível em cada movimento.Ela lutou contra meu aperto, mas sua força parecia esvair-se diante da cena que se desenrolava à nossa frente. Andrew estava visivelmente ferido, e eu precisava garantir que Avril não agisse impulsivamente, colocando-se em risco também.— Vamos o ajudar, porém, você não está em condições de erguê-lo. — Reforcei, batendo no vidro do carro para o motorista descer. — Me ajude a colocá-lo no carro, vamos levá-lo ao hospital.
POV: ARCHER— Sr. Cooper, eu já me perguntava quando o desgraçado do ex-detetive apareceria para alimentar as especulações ridículas da mídia. — Falei com frieza, girando nos calcanhares para encará-lo de longe, mantendo um meio sorriso sarcástico nos lábios. — Se gosta tanto de conspirar, talvez devesse considerar mudar de carreira, já que você mesmo afundou a sua.— Sr. Stone, pode sorrir como se tivesse vencido, mas você e eu sabemos por que minha carreira foi interrompida. — Henry respondeu, um tique nervoso contraindo o canto de seus olhos. — É só uma questão de tempo até a verdade vir à tona!— Isso foi uma ameaça ou apenas mais uma tentativa patética de me desestabilizar? — Dei um passo à frente, aproximando-me da barreira de segurança do
POV: AVRILDespertei encarando um teto branco, meus olhos lentamente percorrendo a sala até se fixarem na bolsa de soro pendurada ao meu lado.— Eu desmaiei? — Sussurrei, virando abruptamente em direção à sua voz firme.— Desmaiou, de novo. — Archer respondeu, parado em pé, com uma mão pensativa no queixo e a outra no bolso. — Estou começando a achar que deveria ter incluído no contrato uma cláusula para mantê-la presa à cama até se recuperar completamente após cada procedimento.— Gostaria de ver você me fazer assinar essa idiotice! — Retruquei, puxando o corpo para sentar-me, enquanto olhava ao redor. De repente, tudo voltou à memória, e meu cenho se franziu. — Meu pai, onde ele está?Ameacei levantar-me, mas Archer foi mais r&aa
POV: AVRIL— Há repórteres rondando o hospital. Quando saímos daqui você vai se declarar como minha prima, Avy Stone. — Como se tivesse percebido suas ações, Archer mudou o tom e postura mudando o assunto.— Vai usar o apelido que costumava me chamar? Por que não usar meu nome verdadeiro? — Perguntei, franzindo o cenho.— Se usarmos seu nome verdadeiro, eles vão investigar e expor sua vida. É isso que você quer? — Archer colocou o travesseiro na ponta da cama, sua expressão séria.— Não. — Suspirei, refletindo. — Mas poderíamos pensar em outro nome, algo que não sugira tanta intimidade.— Já enviei uma nota ao jornal com esse nome. Não temos como mudar agora. — Archer começou a caminhar lentamente de um lado para o outro
POV: AVRILOs dias passaram arrastados após minha total recuperação. Na sala de doação, como eles chamavam aqui, eu havia finalizado mais uma doação de bolsa de sangue e tomava o soro com as vitaminas.— Sinto-me como uma vampira, mas ao invés de sugar sangue, sou eu quem está sendo drenada — comentei, vendo Archer me lançar um olhar divertido. Ele insistia em estar sempre por perto, como uma sombra. Será que tinha medo de que eu fugisse no meio da coleta? Suas atitudes eram sempre estranhas.— Então, você seria a presa de um vampiro, um petisco, para ser mais exato — disse ele, enquanto mordia uma maçã que deveria ser minha após o procedimento.— Sério? Além de roubar minha comida, você não tem nada mais de CEO para fazer? Negócios para fech
POV: ARCHERComecei a observar a postura de Avril com mais atenção, percebendo sinais sutis que me colocaram em alerta. Sua desconfiança crescente, somada à menção do investigador sobre estar ciente do acordo, fez um alarme soar em minha mente. Talvez minha adorável ex-namorada estivesse envolvida nesse contrato por razões muito mais complexas do que apenas dinheiro. O que exatamente ela estava escondendo?Lancei um olhar de soslaio, tentando decifrar seus pensamentos, mas Avril parecia imersa em seus próprios devaneios. Ela não parecia notar que cantarolava baixinho, um hábito que eu sabia surgir quando estava inquieta ou tentando se distrair. Ela fitava a janela do carro como se procurasse alguma resposta no mundo lá fora, mas o que quer que estivesse acontecendo em sua mente estava bem guardado.Não era de se surpreender que Avril estivesse me intrigando m
POV: AVRILSaí do carro sem olhar para trás, correndo em direção ao café. Tudo parecia em ordem. Eduardo estava preparando os aperitivos quando ouviu o sino da porta. Com um sorriso caloroso, ele declarou:— Bom dia, Sra. Fox, estava aguardando a senhora.Para um rapaz jovem, Eduardo era extremamente educado e responsável. Filho único, cuidava da avó, uma senhora de idade avançada.— Segui todas as suas instruções à risca — continuou ele, com orgulho. — Já limpei as mesas e o chão, mantive todas as louças lavadas e assei os salgados que a senhora deixou congelados na temperatura e tempo adequados.— Por favor, não me chame de senhora, me sinto velha assim — disse, rindo de forma descontraída. — Parece que está tudo sob controle