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Thomas de Albuquerque

Não tem melhor expressão para ver no rosto de César do que essa de espanto ao olhar para mim vestido apenas em uma cueca boxer e sua filha do outro lado, deitada na cama apenas enrolada em um lençol. Paula, ao ouvir o gritinho de susto de Cecília, também entra no quarto e olha para nós dois com os olhos arregalados.

— Ah, meu Deus. O que está acontecendo aqui?

— Acho que você sabe muito bem, Paula. — Antes que eu possa prever, a mulher se aproxima de mim e acerta um tapa muito forte na minha cara.

— Mamãe! — Cecília grita, mas a mulher permanece me olhando enquanto levo a mão até o rosto, chocado.

Como ela ousa?

— Você pode ter a briga que for com o meu marido, vocês dois podem se odiar e fazerem o que quiserem da vida, mas quem você pensa que é para tocar na minha filha? O que você fez com ela? Ela é uma menina!

Olha como você fala comigo, Paula — falo e aperto o maxilar para

conter a raiva que sinto.

— Vou falar do jeito que eu quiser, porque te considerei meu
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