Bianca

Claro que me apaixonar pelo irmão do meu noivo não estava em meus planos. Eu sempre amei Marcos, sempre sonhei o dia em que seria pedida em casamento por ele, mas ele sempre amou Liz, e passar a vida esperando por alguém que ama outra é algo que não desejo a ninguém. E mesmo assim eu aceitei o casamento, aceitei a condição de nunca ser amada por ele.

Mas então Luan apareceu e se mostrou tão gentil, agradável, tão cordial e disposto a me defender e quando vi eu já estava lá.... o beijando e sentindo pela primeira vez na vida as malditas borboletas que todos sempre falaram, eu sempre achei que as minhas estavam mortas e ele me fez vê que não estavam.

Claro que preferi ir embora, não que Marcos tivesse se importado, ele já estava na cama de Liz aquela altura, mas amar Luan era novamente escolher o homem que ama outra, dessa vez uma que não tenho como competir, não se compete com um fantasma.

Então decidi tirar um ano sabático, conhecer outras culturas, me entender, porque não posso passar a vida querendo quem obviamente não me quer, mas minha mãe teve outra crise e preciso voltar para Codonelia e lidar com as consequências das minhas escolhas.

Luan

Eu estava pegando um simples café, era apenas um maldito café, quando ouvi seu nome “Bianca” uma mulher fala em um tom de surpresa, quase me virei para olhá-la, mas apenas continuei esperando na fila “achei que ela nunca mais pisaria os pés aqui” a outra então se aproxima como se fosse contar um segredo, eu tive que que inclinar um pouco o pescoço para ouvir. “A mãe enlouqueceu de vez, ela chegou hoje pela manhã.” A mulher fala e então sinto meu coração acelerar, não estava pronto para encontrá-la. A lembrança de espera-la no carro, de ficar ali com a mão no volante à sua espera enquanto ela fugia para longe de mim, ainda estava vívida.

Bianca havia feito uma escolha e não fui eu, nunca seria eu. E agora ela está de volta e eu terei que vê-la andando por aí como se não tivesse pisando em meu coração e o jogado fora.

"M*****a seja"