Capítulo 05

Luan 

Nem mesmo as horas andando a cavalo e percorrendo todo o local, não conseguir parar de pensar em Bianca, algo insano, nunca me aconteceu algo assim, pareço um adolecente com sua primeira paixão. E nem sei o porquê disso agora, mas também fazia tempo que uma mulher não me tocava, isso é só um desejo momentâneo, logo tudo volta ao normal, levei meu cavalo nos estábulos.

— Achei que não voltaria mais cedo. — José fala olhando o cavalo. — Ele deve está cansado, o levou para beber água?

— Claro, não o maltratei o deixei descansando percorri um pouco apé. — José estava na família há muito tempo, e por isso  nos dava bronca como se ainda fossemos moleques, Marcos às vezes tenta lembrá-lo de sua idade, eu já desisti.

— Há sim, que bom estamos sem veterinário, ter que buscar um em outra cidade não seria bom. — Ele fala avaliando as patas do cavalo, queria ter certeza que eu não menti.

— Seu filho está no último ano da faculdade, não é? — Felipe sempre foi um garoto esperto, meu pai pagou seus estudos e ele conseguiu por conta própria uma bolsa na faculdade.

— Sim, meu menino logo volta, seu pai disse que vai ajudá-lo a montar uma clínica. — José fala todo orgulhoso.

— Meu pai faz bem, será um ótimo investimento. — Meu pai era um homem inteligente, claro que ele não está visando lucro, ele realmente gosta de Felipe. 

— Sim, meu menino será o melhor veterinário que possa imaginar, ele disse que está estagiando em uma grande clínica, mas ele gosta da tranquilidade da cidade.

— Também não me vejo em nenhum outro lugar. — E isso era verdade, gosto da minha vida, claro que seria melhor se Joice e minha filha estivesse aqui, mas ainda assim, não consigo me imaginar longe dessas terras. 

José sorriu e eu decidi entrar pela porta dos fundos, não queria que ninguém me visse nesse estado. E lá estava lá, sendo o pecado em pessoa parai por um momento, não posso ficar feito um moleque tendo ereção só de olhá-la, ela estava excitando entrar na cozinha, como se tivesse pensando em fazer para entrar. 

— De quem está se escondendo? — Perguntei para ela andando em sua direção. 

— Da sua tia, queria uma água, mas sabemos que ela vai me fazer ficar a tarde ali, apenas para Marcos e Liz ficarem a sós.  — Parecendo que já lhe ocorreu isso alguma vez. 

— A conhece bem. — Minha tia queria Marcos com Liz, e ela tiraria qualquer pessoa do seu caminho. 

— O como conheço.  — Ela revira os olhos.  

— Posso buscar para você.  — Falei me virando para ir buscar, a cozinha estava uma loucura, minha mãe me olhou e pelas cestas ela pretendia fazer um piquenique no lago. 

— Oi mãe, só vim pegar água, não pretendo ir ao piquenique.  — Falei abrindo a geladeira e pegando uma jarra e um copo. 

— Eu não disse nada. — Ela fala, mas eu a conhecia bem, Bianca esperava pacientemente, acho que não demorei, dei o copo para ela e servi água. 

— Obrigada!  — Ela fala sem jeito, de fato não éramos amigos, não tínhamos intimidade talvez fosse a primeira vez que estávamos realmente a sós. 

— Piquenique não é, minha mãe inventa cada coisa, ainda bem que não me envolveu nisso. —  Ela não me envolve, Marcos tinha sua função e eu a minha as coisas funcionam assim. 

— Deveria ir, acho que nunca o vi nadando. — Ela diz inclinando a cabeça, ela tinha noção da reação que tem nos homens, a dificuldade que é dizer não para ela. Marcos deve estar louco por Liz, para não ter se pedindo nesse olhar.

— Não, o melhor é eu ir e tomar um banho gelado, o calor tá demais.  — Minha vontade era levá-la lá para cima e tomar um bom banho juntos. 

— Claro, não irei perturbá-lo mais. — Ela fala e por um momento as palavras “tarde demais” sai do meu lábio, porém não houve som, ela me olha confusa. 

— Ao seu dispor.  — Falei saindo o mais rápido dali, ela não é para mim, ela nem pensa em mim assim, e eu até dois dias atrás também não pensava nela. 

Fui para o meu quarto, um banho seria bom, e depois eu poderia descer comer alguma coisa, teria que voltar para a cidade hoje, se Marcos conseguir pegar o projeto novo dos Matins para a construtora terei muito trabalho, e preciso liberar outros projetos.

Vi Liz com a mala na mão saindo do seu quarto, ela estava com raiva podia ver no seu olhar, tão típico de Liz, fazendo drama.

— Estou indo para a cidade, vou tomar um banho e tirar um cochilo, não precisa sair fugida. — Falei entrando no meu quarto e assim que eu peguei meu celular vi as dezenas de ligação. 

Eu gosto de ser o Ceo, mas as responsabilidade sempre caem em cima de mim,Marcos faz sua parte claro, mas mesmo assim é para mim que todos ligam e reclamam e Mathews o outro sócio se nega a fazer alguma coisa, ele diz que é um investidor silencioso, não sou muito fã dele, existe um ar sobrinho há sua volta, mas minha família o adora e ele parece ter de fato um apreço por eles. E quando a empresa estava prestes a abrir falência foi o dinheiro dele a salvar tudo, a questão é quem é ele? Um herdeiro bilionário ou um mafioso fugitivo? Ele veio para a cidade e decidiu ficar, seu passado nunca mencionando, Marcos confia nele, mas eu não. 

O pensamento no trabalho estava me distraindo até que escuto a voz dela chamando o pessoal, vou até a janela, Bianca estava feliz, a ausência de Liz devia ser o motivo, o pequeno grupo parecia feliz, Marcos estava andando com os homens e ela com as mulheres. Então eram o anfitrião, ela e ele agindo como uma casal, aquilo embrulhou o meu estômago, não posso tá com ciúmes de Bianca.

Tomei meu banho e quando conseguir enfim me deitar, escuto uma batida na porta, se for Liz irei atirá-la pela a janela. Me levantei e abri a porta, era minha mãe, ela estava com bandeja de frutas e carnes. 

— Não comeu nada, Leonor me falou que nem café tomou, está tentando se matar? — Ela fala de maneira irritada, não era só isso, respirei fundo. 

— Só iria tirar um cochilo e depois comeria algo, vou dirigir não queria está com sono. 

 — Há é, vai voltar para a cidade não é. — Ela fala desconfiada. 

— Sim. 

— E para isso precisava oferecer carona para Liz? — Então era isso, eu estava estragando os planos dela de manter Liz aqui.

— Ela pretendia fugir andando, eu fui cavaleiro, foi o que me ensinou. — Falei culpando a educação que ela me deu, prefiro isso a ser acusado. 

— Está tentando arruinar as chances de Marcos com Liz. — Ela me acusa. 

— Porque eu faria isso? Tenho Liz como uma irmã, e se ela se case com Marcos seria um sonho realizado para mim. — Eu estava exagerando, mas minha mãe precisava acreditar que o mundo estava do seu lado.

— Tem que ir sem ela. — Minha mãe fala.

— Já prometi mãe, e Liz vai me socar se deixá-la aqui, e não é que eu tenha medo, mas prefiro manter minha integridade física.

— Liz é uma dama. — Eu quase ri.

—  Não, não é, mas enfim se ela e Marcos quiserem ficar juntos vão ficar, não acho que devemos nos intrometer.  — Falei pegando algumas Uvas. 

— É um  filho ingrato. — Ela fala se virando e saindo, talvez ajudar Liz me fez perder uma parte da minha herança. O melhor era ir logo, antes que minha mãe fure os meus pneus.

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