Bianca
Quando recebi a mensagem de Marcos para ir ao um piquenique, eu sabia ele me queria do seu lado como anfitriã , e isso era importante para ele, talvez ele quisesse só fazer ciúmes para Liz, mas pouco me importa, a verdade é que eu serei a esposa de Marcos, eu sempre soube que faria parte da família Oliveira, a família com maior poder na cidade, não por ser a mais rica, Luís tinha uma riqueza mais considerável, e logo depois vinha a minha família, mas os Oliveiras eram os populares, a família a qual todos queriam pertencer, os donos das melhores festas, e em uma cidade pequena o nome vale mais do que dinheiro. Eu sempre quis ser um deles, era como se eles fossem perfeitos, nunca vi a senhora Suzane com um fio de cabelo fora do lugar, ela sempre era perfeita, como se sua família fosse a orquestra e ela o maestro, tudo funcionava naquela casa. Eu fui algumas vezes para lá, no geral sempre muito bem aceita, claro eu não era a Liz, a filha que ela sempre sonhou, mas sempre foi gentil comigo, assim como Leila, a garota tem um temperamento do cão, mas é sempre gentil comigo. Me imagino estando lá como uma delas, às tardes de chá e os jantares requintados. Apesar de Marcos não ser o Ceo, todos sempre souberam que ele seria o anfitrião já que Luan sempre demonstrou pouco interesse em ser simpático.— Lila!!! — Gritei, e em menos de um menino Lila apareceu.— Senhorita Bianca, o que precisa? — Lila era a governanta da casa,ela era mais nova do que eu, tinha no máximo dezenove anos, mas por anos ela morou aqui com sua mãe e a três meses sua mãe morreu, e eu decidi deixá-la como governanta, o salário ajudaria com a faculdade, já que era sua mãe que pagava.— Pode me chamar de Bia, como sempre. — Falei para ela, ela sempre foi adorável, não que eu dava muita atenção admito, quando mais nova eu estava em minha adolescência, lembro pouco de Lila, mas sempre foi gentil comigo, e ela me chamava de Bia, adorava me ver me maquiando e sempre que eu tinha tempo a maquiava também.— Seu pai não gosta, além do mais agora sou governanta, tenho que demonstrar respeito para incentivar as demais. —Ela diz seria, Lila tinha se transformado em uma mulher tão severa quanto sua mãe, ela usava o mesmo coque severo e agora usava as roupas que por anos viu sua mãe usar.— Ele nem fica por aqui. — Falo revirando os olhos, todos sabiam que meu pai tinha outra família na cidade ao lado, algo não mencionado, mas sabido por todos.— Mesmo assim, me diga o que quer? — Ela enfim deixa cair a máscara de boa governanta.— Marcos me chamou para se anfitriar com ele em um piquenique, acha que devo ir ousada ou como uma dama requintada e cheia de frescura?— O dia ta quente e é um piquenique, vá confortável, não deixe de ser você, já te falei que esse Marcos não te merece né.— Lila, uma boa governanta não se mete na vida dos patrões — Falei a frase que a mãe dela falava quando Lila decidia dar seus concelhos ácidos.— Não sou uma boa governanta. — Ela fala indo até meu guarda-roupa.— Se quer enlouquecer Marcos e matar Liz de ciúmes, vá com um short colado, afinal vocês não são nada e para todos os efeitos é só mais uma convidada.Lila tinha razão, eu sei como é ser uma dama,não preciso provar isso, então o melhor é provocar e se eu puder provocar a todos é isso que eu faria. Peguei um short curto e uma blusa que deixava minha pele a mostra, eu seria a pessoa mais cobiçada nesse piquinique e essa era a minha intenção,teria que puxar o saco das esposas para não me excluírem, mas nada que eu já não tenha feito antes, no geral as mulheres me odeiam, mas isso eu sei desviar.Quando cheguei todos já estavam à espera,Marcos estava bonito como sempre, ele sorri e vem em minha direção. Ele usava camisa branca e uma bermuda clara.— Que enlouquecer todos os homens? — Ele sussurra.— Apenas você, mas é o único que parece não querer me carregar lá para cima. — Eu sussurro de volta, ele sorrir, Marcos não me leva a sério, algo que simplesmente não sei como mudar, claro que já transamos algumas vezes,mas não passou disso, nunca sentir o desejo nos olhos dele como nos outros, talvez porque ele abia que era fácil demais me ter, eu sempre estava ali disponível.— Falta apenas Liz, nossas mães a forçaram a ir. — Ele fala com certo descontentamento.— Por isso me chamou?— Sabe que gosto da sua companhia. — Ele fala cinicamente.— Não me importo, ela o magoou tem que pagar. — Liz o abandonou no dia do casamento, não que eu não seja grata a ela por isso, mas Marcos sempre foi um amigo acima de tudo, e eu o vim no chão chorando feito uma criança, ela merece sofrer, e se ele queria me usar para isso não me importo, mas sempre deixei claro para ele, sempre ser sincero ou eu seria seu inferno particular. — Vou beber uma água, está calor, será que ela irá demorar muito?— Talvez ela nem apareça, e nós ficaremos aqui feito tontos. — Ele fala dando um sorriso, mas eu conseguia ver o quanto aquilo ainda o afetava.Fui andando para a cozinha, ouvir as vozes de Suzane e de Lucrécia mãe de Liz, estavam organizando as coisas do piquenique, decidir não entrar na cozinha, Lucrécia possivelmente arrumaria um jeito de me fazer ajuda-las e me prender ali até o fim do piquenique.— De quem está se escondendo? — Luan pergunta, ele estava entrando pela porta do fundo, parecia ter saído para cavalgar.— Da sua tia, queria um copo d' água, mas sabemos que ela vai me fazer ficar a tarde toda ali, apenas para Marcos e Liz ficarem a sós.— A conhece bem. — Ele sorrir, e se eu não fosse apaixonada por Marcos, Luan entraria na minha lista, mesmo Lorena me odiando depois.— O como conheço.
— Posso buscar para você.— Ele fala já andando em direção à cozinha, me impedindo de recusar, ele volta rápido com uma jarra e um copo.
— Obrigada! — Falei e ele me serve água e por um momento sinto seu olhar em meus seios, ele engole seco e então se afasta de súbito.— Piquenique não é, minha mãe inventa cada coisa, ainda bem que não me envolveu nisso.— Deveria ir, acho que nunca o vi nadando.— Falei imaginando se ele era ou não sarado como Marcos.— Não, o melhor é eu ir e tomar um banho gelado, o calor ta demais. — Ele fala se afastando completamente, como se quisesse fugir.— Claro, não irei perturbá-lo mais. — E talvez e só talvez eu tenha ouvido “ tarde demais” saindo do seus lábios, mas saiu tão baixo que posso ter entendido errado.— Obrigada novamente.— Ao seu dispor. — Ele fala se virando e indo embora.Luan Nem mesmo as horas andando a cavalo e percorrendo todo o local, não conseguir parar de pensar em Bianca, algo insano, nunca me aconteceu algo assim, pareço um adolecente com sua primeira paixão. E nem sei o porquê disso agora, mas também fazia tempo que uma mulher não me tocava, isso é só um desejo momentâneo, logo tudo volta ao normal, levei meu cavalo nos estábulos. — Achei que não voltaria mais cedo. — José fala olhando o cavalo. — Ele deve está cansado, o levou para beber água? — Claro, não o maltratei o deixei descansando percorri um pouco apé. — José estava na família há muito tempo, e por isso nos dava bronca como se ainda fossemos moleques, Marcos às vezes tenta lembrá-lo de sua idade, eu já desisti. — Há sim, que bom estamos sem veterinário, ter que buscar um em outra cidade não seria bom. — Ele fala avaliando as patas do cavalo, queria ter certeza que eu não menti.— Seu filho está no último ano da faculdade, não é? — Felipe sempre foi um garoto esperto, meu pai p
BiancaO piquenique foi chato, Marcos queria fechar negócio com os Matins, não tive sorte mal conseguimos nos falar, decidi ir para casa assim que voltamos, estava exausta da noite anterior, mas assim que coloquei os pés dentro de casa me arrependi, minha mãe gritava. — O tire daqui!! — E sem ninguém me falar eu soube que meu pai estava em casa, olhei para minha mãe, seus cabelos negros estava bagunçados, seus olhos verdes como os meus, não tinha luz, ela estava magra, fazer com que ela coma algo é uma luta, as enfermeiras a seguravam, ela estava tacando os objetos da casa no chão e gritando para tirarem meu pai de lá. — Onde ele está? — Perguntei para Lila. — No escritório. — Apenas respirei fundo, meu pai não vinha muito, na verdade fazia uns dois anos que ele não vinha, bati na porta. — Pode entrar! — Ele fala, meu pai continuava o mesmo, era um homem velho e gordo, como ele conseguiu conquistar a beldade da cidade, a resposta é simples, ele era o mais rico, bem não que o cas
Luan Bati na porta de Liz, ela tinha que dedurar tão rápido? Ela abriu a porta de um sorriso, ela sabia o que tinha feito. — Minha herança está ameaçada, então melhor que não tenha mudado de ideia. — Falei entrando no quarto e indo direto para as malas dela.. — Porque tinha que falar que eu irei te levar? Tive que ouvir que sou um péssimo irmão.— Você é um péssimo irmão. — Ela fala dando de ombros. — Minha mãe não precisava saber disso, minha herança corre risco. — Sim, eu faço o que eu preciso para manter esse título, mas minha mãe tinha que pensar o contrário. — Eu te amo, sabia. — Ela disse me dando um beijo estalado na bochecha, Liz e sua maninha de demonstrar amor. — Isso não compensa minha herança. — Falei me afastando se eu me encontrasse com minha mãe seria outro drama, vejo Leila na porta, ela me olha e sorri. — Como ela consegue fazer todos os meus irmãos de chofer? — Ela pergunta revirando os olhos, Leila odiava Liz, desde que essa quebrou o precioso co
Bianca Me sentei na mesa de jantar, meu pai sorriu ao perceber que ganhou, ele queria algo, ele sempre quer algo. — Fico feliz que tenha vindo. — Estávamos no restaurante favorito de Marcos, na verdade o único decente na cidade, o restaurante do chef Xavier. — Como te negar a companhia da sua única filha. — Ele respira fundo e olha para uma das meninas, logo o cardápio é entregue em nossas mãos. — Marlene quer o reconhecimento da esposa. — Aquela conversa de novo, claro que ela queria, sempre foi seu plano, mas ela não teria o posto da minha mãe até que a mesma não tivesse sido morta. — Eu e sua mãe não temos uma vida de casados há muito tempo, como sabemos. — Ela ainda é sua esposa, ela ainda respira, não pode descartar alguém tão fácil pai, e minha mãe não tem condições de assinar o divorcio como sabe. — Podemos alegar a insanidade da sua mãe. — Ele não iria fazer isso. — Não concordo, não vai abandoná-la, na saúde e na doença se lembra, das promessas feitas no
O café da manhã estava bom,Tabita era a governanta da minha casa e ela fazia seu trabalho com excelência, ela tomou conta da casa depois da morte de Joice, muito falaram para me mudar que as lembranças iriam me consumir e não nego, elas assim o fizeram, mas não telas é tão doloroso quanto tê-las. Eu abri o jornal e por um momento senti como se alguém tivesse me dando um belo de um soco no estômago, eu queria fechar o jornal e fingir que aquilo não me afetou, mas a verdade é que ver mão de joelhos e um anel na mão não era algo bom. E não era algo bom porque eu estava tendo sonhos libertinosos com a sua futura esposa e por si minha cunhada. Ele não tinha me dito nada, não havia me preparado para aquela notícia, logo meu café da manhã tinha se tornado enjoativo, tudo muito enjoativo. Marcos precisava voltar a razão casar com Bianca era uma péssima ideia, imagino que seu propósito seja irritar Liz, mas no meio disso ele envolveu Bianca, claro ele é um idiota egoista, ele quer que ela sa
Marcos me chamou para ir no Xavier, duas noites seguidas, não porque queria me agradar, mas sim porque Liz estava trabalhando lá, ele queria me mostrar feito um troféu para ela, e por um momento pensei em recusar, mas Liz merecia, ela o abandonou, ela teve tudo em suas mãos e jogou fora. Eu a invejo, não pela beleza, com toda a certeza a minha a superar, mas mesmo assim ele a escolheu, e ela o recusou. Eu aprendi há muito tempo que eu não era a primeira escolha de ninguém, meu pai escolheu sua família, minha mãe a insanidade e bem Marcos sempre escolheu Liz, e ela escolheu ir embora. Se tem alguém que merece sofrer é Liz, alguém que tem tudo para jogar tudo pelo ar, a troco de que? O jantar foi um desastre, Liz largou a mesa no meio do jantar, quando terminamos, já vimos com Luís do lado de fora claro que Marcos quis ir lá, ele nem ao menos fingia não ser um cachorrinho para ela. Fiquei encostada no carro o olhando para bancar o macho alfa, Liz enfim entra ele troca algumas palavras
Entrei em minha casa e fui direto para o banho gelado, eu estava enlouquecendo, teria que arrumar uma mulher rápido, nunca paguei uma mulher antes, mas devido as circunstância talvez eu deva tentar. Meu p*** latejava, o desejo por ela doía.“ Ela é a noiva do seu irmão” “ Ela é a noiva do seu irmão” “ Ela é a noiva do seu irmão” Repetir aquela frase por horas, e por um tempo me convenci porém um pensamento perigoso passou pela minha cabeça perigoso demais. “ Mas ele não ama, ele não a deseja como você, ele a largou sozinha na rua” aquela vozinha no meu inconsciente, começou a me atormentar, me levantei e tomei um dos remédios para dormir, havia mais de um ano que eu tinha parado, mas agora estou eu aqui de novo e tudo porque precisava urgentemente de sexo, porque era inrracional aquele desejo todo por Bianca. E foi como se eu tivesse fechado os olhos por um segundo e logo o maldito despetador começou a tocar, e antes de tomar meu cafá da manhã eu soube que tinha feito um pessim
BiancaRamirez não acreditou a princípio para ela não fazia sentido eu querer trabalhar, mas então se lembrou que sou a noiva de Marcos. — Você é bem controladora não é menina? — Ela disse, Ramirez é um mulher de uns cinquenta anos, ela foi por muito tempo secretária do pai de Marcos, muito amiga da família, quando ele precisou sair pediu que ela guiasse seus filhos e os ajudasse após o golpe que ele levou. Ela era baixinha e roliça, seus cabelos eram castanhos e ela tinha pequenas sardas em suas bochechas. — Quero apenas ajudá-los, vejo que precisa de ajuda. — Ela sorri. — Que Deus ajude Marcos, com uma noiva como você e Luan como irmão, ele tá feito nessa vida. — Não seja má, Luan ainda não chegou? — Ela balançou a cabeça. — Mas chegará logo, ao contrário do seu noivo, ele sempre chega cedo. — Ela fala indo se sentar em sua mesa. — Ele é bem sério, não é?— É muita responsabilidade, me lembro dele pequeno aqui sendo levado pelo pai, senhor oliveira gostava de mostr