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Giverny, França - 1991*****— Anytha, saia um pouco desse quarto, pois quero conversar a sós com Mark! — exigiu enquanto os dois se olharam com medo. — Não inventarei dramas, apenas quero deixar algumas coisas claras para esse homem aqui!
Assim Anytha, toda vencida, saiu e avisou que estaria no quarto de Murillo. Permaneceu em sua companhia por alguns minutos na medida que Alanis conversava com Mark. Antes do diálogo, Alanis pediu que quando terminassem, Anytha poderia procurá-la.— Bem, pode me atravessar como um tanque de guerra! — Mark se entregou à culpa, já que sabia que estava cometendo os piores desacertos de sua vida. — Eu tenho discernimento que preciso consertar muito mais do que parece!— Você terá que se portar muito melhor do que isso! Canalha! — Alanis encarou-o com ódio. — Já que voc&ecir*****Giverny, França - 1991*****E no restaurante, todos se encontraram e Mark pediu que Anytha escolhesse o menu com um prato especial para si mesma, pois pretendia conversar em separado com Murillo.— Mas Mark... — sentiu uma inquietude sem tamanho pela situação do momento. — Acho que...— Por favor, querida! Já te entreguei a chave de seu quarto! Você deve permanecer aqui! — Mark interrompeu Anytha, como quem não queria estender nenhum assunto mais delicado. — Está tudo bem! Fique aí, nessa mesa, porque tenho que discorrer em particular com Murillo!Estava tão calmo e decidido, que Anytha imaginou que Mark arrancaria Murillo da outra mesa. Só que enquanto analisava o cardápio, ambos iniciaram uma conversa estranha assim que selecionaram seus pratos, que seriam batatas gratinadas.— Qual é seu nome? &mdash
*****Giverny, França - 1991*****Enquanto Murillo tentava tirar alguma palavra positiva de Anytha, sem saberem, Mark subiu as escadas como um autômato, totalmente vencido, pretendendo ir conversar com Alanis, para dizer que obedeceu-lhe as ordens realmente. Assim que chegou na dianteira de sua porta, Mark bateu de leve, esperando que Alanis estivesse acordada, ouvindo sua linda voz do outro lado enquanto Hellen abria, sorrindo-lhe como uma criança.— Quem está aí? — Alanis perguntou antes de vê-lo, se arrumando contra os travesseiros. — É você, Anytha?— Sou eu! Mark! — respondeu, todo aturdido, olhando Hellen com desespero e entrando como um transtornado. — Preciso conversar com você, Alanis! Por favor, Hellen, saia por alguns minutos!— Tudo bem, então! — Alanis autorizou, estranhando por querer vê-la no quarto na m
*****Paris, França - 1991*****E numa outra extremidade da França, ou seja, no Aeroporto da Marinha Francesa, que estava localizada em Paris, se achava Eduardo. Como não havia desistido, aproveitou os números que pegara do helicóptero de Mark e descobriu onde a aeronave se encontrava. Assim pegou sua moto e partiu para aquele destino. Chegando ao local, começou a inspecionar o espaço à procura de algumas informações. Sendo Eduardo da Marinha também, achava que tinha esse direito igualmente. Como o aeroporto era grande, Eduardo saiu percorrendo os cercados, onde tudo era deserto. Até que mal esperando ao chegar na porta de entrada, recebeu uma pancada na nuca, que deixaria-o desmaiar na hora, se vendo lançado dentro de um carro escuro por dois homens.Quando Eduardo retornou da inconsciência, estava numa sala e amarrado vigorosamente a uma cadeira, al
*****Giverny, França - 1991*****À noite, Anytha acordou com algumas batidas na porta. Pensou até que seria Murillo, mas ao abrir os olhos devagar e olhando no relógio, notou que passavam das seis horas da tarde. Só poderia ser Mark e era realmente, sentindo uma sensação esquisita no peito ao analisar tudo cruamente.— Boa Noite, querida! Está tudo bem? — Mark olhou-a de modo carinhoso. — Estava dormindo?Os olhos de Anytha não negavam que estiveram chorando. Por isso, dissimilou um bocejo e responderia como quem nada queria.— Sim! — na medida que respondeu, Mark entrou e trancou a porta. — Estava muito cansada!— Bem... — Mark parecia inquieto com tudo aquilo. — Acho que você está melhor agora...— Eu estou melhor sim! — Anytha tentou sorrir, mas falhou miseravelmente. — S&oacut
*****Giverny, França - 1991*****Assim que ouviu os passos de Mark no corredor, notou Anytha bater à porta do quarto de Alanis. Com isso, resolveu aguardar um pouco e quando viu Anytha ter terminado, vendo-a do lado exterior, se aproximaria devagar.— Não pretende jantar? — Murillo perguntou, todo solícito. — Não está com fome?— Ah, é você? — Anytha se assustou com a voz de Murillo, pois estava com a mente muito longe. — Nem sei direito!— Eu acho que já passa do momento, pois são oito horas da noite! — Murillo insistiu. — Não quer comer alguma coisa?— Eu? — Anytha estava tão completamente aérea, que não estava entendendo praticamente nada. — Estou sim! Claro!— Então, que tal irmos até o restaurante? — Murillo compreendia cada vez
*****Giverny, França - 1991*****Já de madrugadinha, Anytha acordou mais cedo do que Murillo e resolveu sair de mansinho, pois precisava pensar em sua vida e com aquele homem por perto, só conseguia sonhar acordada. Sendo assim, desceu as escadas e tomou seu desjejum, pedindo para avisarem Alanis que tinha dado uma saída. Ao olhar as ruas pela vidraça, se sentiu desanimada, tendo que esquecer o que estava passando dentro de seu âmago.Então Murillo despertou, se sentindo cansado devido não haver dormido bem. Logo teve vontade de ver Anytha. Se levantou e se encaminhando até o quarto de sua amada, bateu umas duas vezes levemente e não conseguindo resposta, resolveu descer as escadas quando avistou-a já saindo da pousada.— Para onde pensa que vai sozinha, Senhora Anytha Wilson? — indagou, espantando de notá-la com aquela intenção. &md
*****Giverny, França - 1991*****Enfim, em poucos dias, Anytha continuava nas suas angústias. Depois de alguns minutos de agonia, desceria para o restaurante, pois já seria hora de jantar. Alanis escolheu comer no quarto, ainda que sua tipoia tivesse sido retirada naquela altura.Como não tinha outra saída, resolveu continuar voltando até o templo local com Alanis para orarem por algum socorro. E numa determinada tarde, ambas decidiram que precisavam de um conselho espiritual mais específico, visto que confiavam em Mathieu, que parecia alguém bondoso. Assim que entraram, vieram a ser recebidas pelo próprio Mathieu, que saudou-as efusivamente.— Boa Tarde, Senhora Anytha e Senhorita Alanis! — depois de cumprimentar as duas, indicou um banco próximo. — A que devo essa honra? Estou perguntando, porque não temos culto hoje!— Bem, Senhor Ma
*****Costa Azul, França - 1991*****No término de tudo, os bandidos chegaram ao seu abrigo depois de uma longa viagem e mantendo ambas sedadas constantemente. Tiraram Anytha e Alanis do carro ainda inconscientes no momento que Eduardo se preocupou com as duas.— Quando é que acordarão? — Eduardo perguntou. — Será que demorará muito?— Não se preocupe! — o homem respondeu. — Nós não temos nenhuma pressa!Eduardo se sentou próximo de uma mesa e analisou o local. Se conseguisse uma chance, arrumaria um meio de enganar. Melhor, ludibriar aqueles caras. Olhou para a porta e havia duas pessoas armadas perto de Anytha e Alanis. Tinha mais um homem e perto do indivíduo estava o chefe do bando, vigiando-o a cada minuto. Eduardo quis se levantar logo ao ver o cara tentando acordar Anytha, mas veio a ser impedido pelo líder, que