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Giverny, França - 1991*****Enfim, em poucos dias, Anytha continuava nas suas angústias. Depois de alguns minutos de agonia, desceria para o restaurante, pois já seria hora de jantar. Alanis escolheu comer no quarto, ainda que sua tipoia tivesse sido retirada naquela altura.
Como não tinha outra saída, resolveu continuar voltando até o templo local com Alanis para orarem por algum socorro. E numa determinada tarde, ambas decidiram que precisavam de um conselho espiritual mais específico, visto que confiavam em Mathieu, que parecia alguém bondoso. Assim que entraram, vieram a ser recebidas pelo próprio Mathieu, que saudou-as efusivamente.— Boa Tarde, Senhora Anytha e Senhorita Alanis! — depois de cumprimentar as duas, indicou um banco próximo. — A que devo essa honra? Estou perguntando, porque não temos culto hoje!— Bem, Senhor Ma*****Costa Azul, França - 1991*****No término de tudo, os bandidos chegaram ao seu abrigo depois de uma longa viagem e mantendo ambas sedadas constantemente. Tiraram Anytha e Alanis do carro ainda inconscientes no momento que Eduardo se preocupou com as duas.— Quando é que acordarão? — Eduardo perguntou. — Será que demorará muito?— Não se preocupe! — o homem respondeu. — Nós não temos nenhuma pressa!Eduardo se sentou próximo de uma mesa e analisou o local. Se conseguisse uma chance, arrumaria um meio de enganar. Melhor, ludibriar aqueles caras. Olhou para a porta e havia duas pessoas armadas perto de Anytha e Alanis. Tinha mais um homem e perto do indivíduo estava o chefe do bando, vigiando-o a cada minuto. Eduardo quis se levantar logo ao ver o cara tentando acordar Anytha, mas veio a ser impedido pelo líder, que
*****Giverny e Costa Azul - França, 1991*****Murillo nem dormiu direito, pensando num modo de ter Anytha de volta. Logo mais cedo, decidiu ir até o aeroporto de Paris, indo com o carro alugado para pegar Mark. Por via das dúvidas, o carro serviria para o resgate de Anytha e Alanis também. Assim chegando no lugar, esperou surgir o voo das oito horas da matina, pois Mark tinha que estar lá. Mais tarde, o avião pousaria e em alguns minutos, Murillo avistou Mark no meio dos demais passageiros. Ambos estavam usando óculos escuros pelo sol estar meio quente naquele momento. Os dois se cumprimentaram e caminhando até o carro, seguiram rumo à pousada. Ali receberiam alguma notícia de Anytha e Alanis. Durante o trajeto por causa do trânsito barulhento, Murillo deixou suspense sobre o que estava ocorrendo à Mark realmente. Só que quando Murillo pediu as chaves ao recepci
*****Giverny e Costa Azul - França, 1991*****E na pousada, Murillo se inquietava cada vez mais, vendo Mark se munir como se pretendesse participar da Terceira Guerra Mundial.— O que houve? Alguma coisa errada? — Mark encarou Murillo ao notá-lo com seu rosto cheio de espanto, pois não deveria estar acostumado com aquilo, mas estendeu-lhe uma das armas de grosso calibre. — Tome! Tem alguma experiência nisso?— Servi no exército durante minha mocidade! — Murillo segurou a metralhadora, averiguando a trava de segurança e olhando pela mira. — Estou pronto para tudo sim! Então, vamos nessa?— Ótimo! — Mark disse, se levantando. — Mas esqueci de um detalhe! Preciso constatar se Anytha e Alanis estão naquele endereço realmente!— Como assim? — Murillo já estava perdendo a paciência por tanta
*****Costa Azul, França - 1991*****— Está demorando tanto! — Anytha se desesperou dentro daquela casa. — O que será que aconteceu?— Tome seu café com leite! — logo Eduardo olhou-a, meio calmo. — Enquanto estamos soltos, permanecemos bem!— Tem certeza, Eduardo? — se intrometendo, Alanis questionou. — Devo declarar que você parecia mais nervoso!Depressa, Anytha compreendeu a inventiva tranquilidade de Eduardo ao ver o líder do bando se aproximar de todos.— Esse seu marido é um osso duro de roer realmente! Até agora nenhuma notícia sequer! — o bandido se impacientou. — Mas não pretendemos nem mesmo encostar no local, já que pode ser alguma emboscada que Mark preparou! E nem pense, boneca, que vocês permanecerão vivos para avistá-lo aqui!— Não di
*****Costa Azul, França - 1991*****Terminada a guerra e com Alanis já restabelecida, Mark respirou intensamente e veio até Eduardo finalmente. Ambos se olharam, interrogando à si mesmos.— Quem é você? — Mark perguntou, franzindo a testa. — Pode me contar tudo! Vamos!— Eduardo Gomes de Lima, Senhor Mark! — logo se identificou, estendendo-lhe a mão direita. — Terceiro Sargento da Marinha Naval Brasileira!— Não seria exatamente isso que eu soube de você! — ainda assim Mark cumprimentou-o, cheio de suspeita e declarando também. — E não escutei boas coisas! Tenha ciência disso!— E o que soube pode até ser verdade! — Eduardo evidenciou, pois não adiantava tentar esconder suas práticas. — Não posso nem mesmo negar!— É sim! — Mark
*****Costa Azul, França - 1991*****Assim que toda aquela agitação acabou, Anytha e Alanis se ajoelharam num canto, agradecendo a Deus que tudo tivesse terminado bem. Uniram suas mãos umas nas outras e colocaram suas testas bem coladas, chorando em prantos e em uníssono, conversando com Jesus e pedindo que nada demais acontecesse novamente.— Obrigada, meu Deus! Te agradeço pela misericórdia e livramento dessa tarde! — Anytha disse baixinho. — Perdoe-nos por qualquer coisa e continue guiando nossas vidas para sempre! Amém!— Sim, meu Jesus! Eu peço que mostre como devemos obedecer suas ordens e apontar os sinais que nunca devem ser desprezados! — Alanis continuou. — Que eu, Anytha e quem amamos, encontremos sua graça todos os dias quando acordamos! Amém!No momento que oraram, Anytha e Alanis se sentiram fortalecidas realmen
*****Costa Azul, França - 1991*****— Alanis, preciso agradecer-lhe por haver salvado minha vida! — Mark declarou, com os olhos verdes vibrando chispas douradas e vermelhas. — Devo muito mais que minha existência a você! Não tem ideia realmente!— Mark, você não me deve nada... Pare com isso... — Alanis assegurou e virou o rosto do outro lado, tentando dissimular. — Faria isso por qualquer pessoa que amo...Ao ouvir aquilo, Mark se levantou e se encaminhando até Alanis, segurou suas mãos delicadas e macias como cetim, alisando-as e segurando com suavidade. Mark notou como estavam frias e tentou esquentá-las, mas Alanis, muito incomodada com aquilo, retirou-as ligeiramente. Só que Mark obrigou Alanis a encará-lo diretamente, deixando-a perder seu oxigênio. Mark aproveitou para contar-lhe as mesmas coisas que revelou para Anytha
*****Costa Azul - França — Londres - Inglaterra — Rio de Janeiro - Brasil, 1991*****Graças a Deus, tudo correu muito bem para Anytha, Alanis e Mark. Os três, depois de almoçarem em Paris, embarcaram no mesmo voo em direção da Inglaterra, onde Mark resolveria as papeladas da anulação de seu casamento no Consulado do Brasil e outra parte em Londres com auxílio de algum bacharel também. Em pouco tempo, o casamento seria dissolvido e para espanto daqueles que se encontravam lá, ambos sorriram radiantes da vida enquanto Alanis se sentia uma estranha, sem saber como tudo rumaria após aquele desenlace, pois tinha conhecimento que estava envolvida até o pescoço com Mark agora na medida que era devorada pelos seus olhos famintos constantemente. Aproveitando a oportunidade, Mark se encontrou com os pais de Anytha quando partiram para o Brasil em seguid