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Giverny, França - 1991*****Assim que ouviu os passos de Mark no corredor, notou Anytha bater à porta do quarto de Alanis. Com isso, resolveu aguardar um pouco e quando viu Anytha ter terminado, vendo-a do lado exterior, se aproximaria devagar.
— Não pretende jantar? — Murillo perguntou, todo solícito. — Não está com fome?— Ah, é você? — Anytha se assustou com a voz de Murillo, pois estava com a mente muito longe. — Nem sei direito!— Eu acho que já passa do momento, pois são oito horas da noite! — Murillo insistiu. — Não quer comer alguma coisa?— Eu? — Anytha estava tão completamente aérea, que não estava entendendo praticamente nada. — Estou sim! Claro!— Então, que tal irmos até o restaurante? — Murillo compreendia cada vez*****Giverny, França - 1991*****Já de madrugadinha, Anytha acordou mais cedo do que Murillo e resolveu sair de mansinho, pois precisava pensar em sua vida e com aquele homem por perto, só conseguia sonhar acordada. Sendo assim, desceu as escadas e tomou seu desjejum, pedindo para avisarem Alanis que tinha dado uma saída. Ao olhar as ruas pela vidraça, se sentiu desanimada, tendo que esquecer o que estava passando dentro de seu âmago.Então Murillo despertou, se sentindo cansado devido não haver dormido bem. Logo teve vontade de ver Anytha. Se levantou e se encaminhando até o quarto de sua amada, bateu umas duas vezes levemente e não conseguindo resposta, resolveu descer as escadas quando avistou-a já saindo da pousada.— Para onde pensa que vai sozinha, Senhora Anytha Wilson? — indagou, espantando de notá-la com aquela intenção. &md
*****Giverny, França - 1991*****Enfim, em poucos dias, Anytha continuava nas suas angústias. Depois de alguns minutos de agonia, desceria para o restaurante, pois já seria hora de jantar. Alanis escolheu comer no quarto, ainda que sua tipoia tivesse sido retirada naquela altura.Como não tinha outra saída, resolveu continuar voltando até o templo local com Alanis para orarem por algum socorro. E numa determinada tarde, ambas decidiram que precisavam de um conselho espiritual mais específico, visto que confiavam em Mathieu, que parecia alguém bondoso. Assim que entraram, vieram a ser recebidas pelo próprio Mathieu, que saudou-as efusivamente.— Boa Tarde, Senhora Anytha e Senhorita Alanis! — depois de cumprimentar as duas, indicou um banco próximo. — A que devo essa honra? Estou perguntando, porque não temos culto hoje!— Bem, Senhor Ma
*****Costa Azul, França - 1991*****No término de tudo, os bandidos chegaram ao seu abrigo depois de uma longa viagem e mantendo ambas sedadas constantemente. Tiraram Anytha e Alanis do carro ainda inconscientes no momento que Eduardo se preocupou com as duas.— Quando é que acordarão? — Eduardo perguntou. — Será que demorará muito?— Não se preocupe! — o homem respondeu. — Nós não temos nenhuma pressa!Eduardo se sentou próximo de uma mesa e analisou o local. Se conseguisse uma chance, arrumaria um meio de enganar. Melhor, ludibriar aqueles caras. Olhou para a porta e havia duas pessoas armadas perto de Anytha e Alanis. Tinha mais um homem e perto do indivíduo estava o chefe do bando, vigiando-o a cada minuto. Eduardo quis se levantar logo ao ver o cara tentando acordar Anytha, mas veio a ser impedido pelo líder, que
*****Giverny e Costa Azul - França, 1991*****Murillo nem dormiu direito, pensando num modo de ter Anytha de volta. Logo mais cedo, decidiu ir até o aeroporto de Paris, indo com o carro alugado para pegar Mark. Por via das dúvidas, o carro serviria para o resgate de Anytha e Alanis também. Assim chegando no lugar, esperou surgir o voo das oito horas da matina, pois Mark tinha que estar lá. Mais tarde, o avião pousaria e em alguns minutos, Murillo avistou Mark no meio dos demais passageiros. Ambos estavam usando óculos escuros pelo sol estar meio quente naquele momento. Os dois se cumprimentaram e caminhando até o carro, seguiram rumo à pousada. Ali receberiam alguma notícia de Anytha e Alanis. Durante o trajeto por causa do trânsito barulhento, Murillo deixou suspense sobre o que estava ocorrendo à Mark realmente. Só que quando Murillo pediu as chaves ao recepci
*****Giverny e Costa Azul - França, 1991*****E na pousada, Murillo se inquietava cada vez mais, vendo Mark se munir como se pretendesse participar da Terceira Guerra Mundial.— O que houve? Alguma coisa errada? — Mark encarou Murillo ao notá-lo com seu rosto cheio de espanto, pois não deveria estar acostumado com aquilo, mas estendeu-lhe uma das armas de grosso calibre. — Tome! Tem alguma experiência nisso?— Servi no exército durante minha mocidade! — Murillo segurou a metralhadora, averiguando a trava de segurança e olhando pela mira. — Estou pronto para tudo sim! Então, vamos nessa?— Ótimo! — Mark disse, se levantando. — Mas esqueci de um detalhe! Preciso constatar se Anytha e Alanis estão naquele endereço realmente!— Como assim? — Murillo já estava perdendo a paciência por tanta
*****Costa Azul, França - 1991*****— Está demorando tanto! — Anytha se desesperou dentro daquela casa. — O que será que aconteceu?— Tome seu café com leite! — logo Eduardo olhou-a, meio calmo. — Enquanto estamos soltos, permanecemos bem!— Tem certeza, Eduardo? — se intrometendo, Alanis questionou. — Devo declarar que você parecia mais nervoso!Depressa, Anytha compreendeu a inventiva tranquilidade de Eduardo ao ver o líder do bando se aproximar de todos.— Esse seu marido é um osso duro de roer realmente! Até agora nenhuma notícia sequer! — o bandido se impacientou. — Mas não pretendemos nem mesmo encostar no local, já que pode ser alguma emboscada que Mark preparou! E nem pense, boneca, que vocês permanecerão vivos para avistá-lo aqui!— Não di
*****Costa Azul, França - 1991*****Terminada a guerra e com Alanis já restabelecida, Mark respirou intensamente e veio até Eduardo finalmente. Ambos se olharam, interrogando à si mesmos.— Quem é você? — Mark perguntou, franzindo a testa. — Pode me contar tudo! Vamos!— Eduardo Gomes de Lima, Senhor Mark! — logo se identificou, estendendo-lhe a mão direita. — Terceiro Sargento da Marinha Naval Brasileira!— Não seria exatamente isso que eu soube de você! — ainda assim Mark cumprimentou-o, cheio de suspeita e declarando também. — E não escutei boas coisas! Tenha ciência disso!— E o que soube pode até ser verdade! — Eduardo evidenciou, pois não adiantava tentar esconder suas práticas. — Não posso nem mesmo negar!— É sim! — Mark
*****Costa Azul, França - 1991*****Assim que toda aquela agitação acabou, Anytha e Alanis se ajoelharam num canto, agradecendo a Deus que tudo tivesse terminado bem. Uniram suas mãos umas nas outras e colocaram suas testas bem coladas, chorando em prantos e em uníssono, conversando com Jesus e pedindo que nada demais acontecesse novamente.— Obrigada, meu Deus! Te agradeço pela misericórdia e livramento dessa tarde! — Anytha disse baixinho. — Perdoe-nos por qualquer coisa e continue guiando nossas vidas para sempre! Amém!— Sim, meu Jesus! Eu peço que mostre como devemos obedecer suas ordens e apontar os sinais que nunca devem ser desprezados! — Alanis continuou. — Que eu, Anytha e quem amamos, encontremos sua graça todos os dias quando acordamos! Amém!No momento que oraram, Anytha e Alanis se sentiram fortalecidas realmen