Estou chegando de uma viagem que fiz ao, Canadá quando recebo o telefonema do Will, melhor amigo e advogado do meu avô, já sei que vem bomba por aí, aquele velho é uma bomba a explodir a qualquer momento, ele pensa que estou com 33 anos e esqueci que ele deserdou o meu pai, não quero saber dele, não atendi o telefone, ele liga novamente algo aconteceu ele não tem costume ligar para mim, então resolvi atender.

— Alô Will.

— O seu avô faleceu hoje pela manha, precisamos da sua presença aqui o mais rápido possível, a leitura do testamento será depois do enterro.

Ele desliga o telefone na minha cara, eu não acredito no que ouvi, só falta eu chegar lá para tomar posse de tudo o que é meu e ele dar a herança a outra pessoa, aquele velho é um doente, visto uma roupa preta e compareço ao centro do velório.

Mandei fazer um velório fechado, odeio falsidade e é só o que se dar nesse momento, detesto falsidade, ele era uma pessoa tão ruim que deserdou o único filho que tinha, mas me chama para vir na abertura do testamento dele.

Meu amigo Silvio me acompanha para ver o que esse testamento diz, enterramos o vovô e depois fomos para a empresa que era do mesmo.

E quando chegamos Will abre o testamento no começo que fiquei curioso para saber o que dizia aqueles documentos, pois se trata de uma imensa fortuna.

— Vamos começar, deixo para o meu neto, Rangel, todos os hotéis que estão no Canadá, todas as fazendas, e metade da minha fortuna e cinquenta por cento das empresas Lídermed Industria de Equipamentos e Artigos Medicos e Hospitalares S.A

— O quê a maior fortuna dele só ficarei com cinquenta por cento não admito e para onde irá os outros cinquenta, para onde irá a outras metades.

— Se acalma que ainda não terminei, para se tornar dono de toda a minha fortuna da Líder terá que se casar com Lira, a minha secretária, caso não aceite casar, não tomará posse dos cem por cento de toda aquele patrimônio, sendo assim doado a outra metade para um orfanato.

— Não posso está ouvindo uma loucura dessas, não acredito, Silvio eu só posso estar sonhado, eu casado com uma secretaria, não isso não, sabia que esse velho estava aprontando para mim, esse testamento devia ser impugnado, e quem diabos é Lira cadê essa mulher, vou enlouquecer se ele queria acabar comigo, conseguiu, mas já era de se esperar.

— Se acalma Rangel, seu avô fez esse testamento bem antes, esta tudo, legalizado e feito tudo dentro, da lei.

Ando de um lado para outro nervoso, estou bastante nervoso, o Will sai da sala para ir chamar a tal Lira que, deve ter se atrasado, precisei tomar uma água porque não aguentei a traição do meu avô nem após morto ele nos deixou em paz, Will entra acompanhado de uma moça do olhar vivo e assustado tímida, simples da para ver que é pobre, mas para ele querer dar toda a sua fortuna a ela deve ser amante do mesmo tenho certeza.

— O que esta acontecendo Will? — Ela pergunta se fazendo de sonsa.

— Ainda se faz de desentendida, vai me dizer que não sabia que o meu querido vovô está deixando uma herança quase inteira para você.

Ela me olha e olha para o Will, não acreditando no que ouve.

— Você só pode estar bêbado, qual avô nesse mundo daria um império a uma secretaria.

— Deixa de ser irônica garota, você deveria ser amante daquele velho.

— Mais respeito comigo, não admito que fale desse jeito, comigo, o seu Will me conhece, sabe que nunca tive nada com o seu avô.

— Silencio, os dois irei reler novamente o testamento e vocês depois tentem conversar depois civilizadamente.

Ele reler todo o testamento novamente para a minha raiva, hoje eu infarto e vou para o inferno com aquele velho, a tal da Lira fica sem acreditar no que houve, mas não acredito, na sua cara de surpresa não me convence.

— Por fim vocês já sabem vocês dois terão que casar para tomar posse desse império, se casando terão que conviver durante um ano debaixo do mesmo teto, não poderão ter namorados fora do casamento, lembrando que a fortuna maior é do Rangel, Lira terá direito a metade dos hotéis de luxo, apartamento, cartão de crédito sem limite, enfim a inúmeras regalias, mas para isso terá que ficar casada com Rangel e Rangel para herdar tudo, quando falo tudo terá que casar com Lira o casamento terá que ser um casamento na igreja e tradicional com direito a dama de honra juramentos e tudo isso mais, terá que apresentar Lira a todos como a sua esposa.

— Não posso aceitar uma coisa dessas. — Lira fala.

— Não pode aceitar, mas esta ai, seu nome bonito e estampado nesse documento, só em pensar que ele deixou cinquenta por cento pendurado para você me dá ódio, isso é mal de pobre, fica se fazendo que não quer o dinheiro, mas tipos como você conheço de longe se fazem de coitadas.

— Não tem ninguém se fazendo de coitada aqui.

Saio daquela sala sem me sentir depois de tanta raiva que passei, vivi até hoje sem esse dinheiro dele, ainda quer que eu apresente a sociedade uma pessoa sem modos, sem classe.

— Rangel, a tal da Lira é uma gata, não será nenhum sacrifício casar com ela e mesmo assim depois que Clise morreu você não quis refazer a sua vida, a pequena Nina precisa de uma mãe, uma figura feminina.

— Nenhuma mulher se compara a Clise, não toque no nome dela e não será nenhum sacrifício mesmo casar com ela, porque não irei colocar uma estranha de baixo do mesmo teto que eu, não casarei com ela.

Quando chego em casa minha filha implora por minha atenção, mas não tenho cabeça para ninguém, entro no meu quarto, não posso casar com aquela estranha, não posso trair a sua memória, falo olhando o porta retrato da minha eterna, mulher por mais que seja de mentira um ano é demais maldito velho, tomo banho e lembro do rosto da tal da Lira.