CAPÍTULO 5 RANGEL

Não tive opção a não ser trazer Lira para morar na minha casa depois dela ter sido expulsa pelo próprio pai, de qualquer modo terei que passar um ano casado com ela, mas a proíbe de se aproximar da Nina, mas ela não me ouviu.

Quando passo pelo corredor vejo que a porta do quarto da Lira entre aberta, ouço Nina conversando com ela, ouço apenas o trecho que Lira explica que a minha ausência é porque trabalho demais, mas que eu a amava demais e que ela é muito importante na minha vida, fico com a consciência pesada, pois a mesma poderia colocar a minha filha contra mim, mas não! Lira fez o inverso, fico admirando como elas se deram muito bem.

Entrei no seu quarto, a mesma se assustou, mas pedi a Nina que fosse para o seu quarto.

— O que pensa que está fazendo?

— Nada, a sua filha que veio ao meu encontro.

Sair batendo a porta do seu quarto, e fui para a empresa e Will liga para saber se já estamos pronto para o casamento que já vai ser final de semana, tenho que dizer para os mais próximos que resolvi me casar e apresentá-la como a minha esposa, nunca imaginei que o meu avô iria fazer uma sujeira dessa comigo.

O que as pessoas irão pensar, eu que já estou a anos sem ninguém aparecer com outra assim do dia para noite com uma mulher sem classe.

Não posso me ausentar muito de casa, e quando voltei no fim de tarde, descubro que Lira foi acompanhar Nina no seu ensaio, pois a governanta lhe deu o endereço da escola da minha filha, fiquei furioso, pois percebi que ela não tem medo de mim e não me obedece, é a primeira mulher que não cumpre as minhas ordens.

Ligo para o motorista que avisa que já estão chegando trazendo Nina e Lira, quando desliguei o telefone ela puxando na mão da minha filha toda feliz e sorridente, chamo por Nalva para que a leve para o seu quarto.

Levei ela até o meu escritório e discutimos porque Lira o que tem de sonsa tem de língua grande, passou na minha cara como devo exercer o meu papel como pai da Nina, fiquei possesso quando ela diz que foi fazer o meu papel de pai num simples ensaio de balé.

— Lira, você está proibida de sair sem a minha permissão, está ouvindo.

— Estou.

— O casamento será final de semana e irá vir vários vestidos para você experimentar.— Agora pode se retirar, não queira me desobedecer de novo se não mando lhe trancar no porão até o dia do casamento.

Ela sai e fico pensando nas palavras dela, a minha raiva é que ela tem razão não tenho dado atenção a minha filha, mas daqui a pouco iremos jantar todos juntos para anunciar Lira como a minha esposa, só em pensar que terei que casar no modo tradicional com uma desconhecida e como as fofocas andam rápido recebo um telefonema da ex sogra perguntando quem é a mulher com quem irei me casar novamente e explico a ela quem é Lira só não falei que ela é pobre, espero que Lira tenha ao menos bons modos e saiba se portar no meio da sociedade.

E na hora do jantar mando chamar Lira e Nina seguro na sua mão.

— Quero apresentar Lira como a nova senhora dessa casa, final de semana casaremos é isso.

— Papai, como estou feliz que terei uma mamãe que gosto muito, posso ser a dama de honra, diz que sim, papai.

— Sim filha. — Como poderei dizer não para ela na frente de todos.

Nina abraça Lira que está emocionada.

— Posso te chamar de mamãe Lira, gostei muito de você e agora sendo esposa do meu pai amo mais ainda.

— Por mim pode.

Lira olha para mim e os olhos de Nina brilham como nunca vi antes, parece que ela gosta mais da Lira do que de mim, jantamos em silêncio, queria muito acreditar que estou vivendo um pesadelo, elas duas conversam feito duas adultas, vejo empolgação.

— Papai vamos sair para tomar um sorvete, somos uma família agora!

— Nina depois nós iremos o seu pai trabalhou muito hoje ainda teremos muitos passeios para fazer e garanto que ele irá conosco.

Olho para Lira a fuzilando com os olhos, ela saiu puxando a mão da Nina rumo a sala de brinquedos, respiro fundo que caos esta a minha vida, olho para o retrato da minha querida falecida esposa, peço mil perdões, mas não poderia deixar o meu avô rir de mim e me deixar sem nada.

Vou para o meu escritório e fico bebendo, me sinto sufocado com tudo que está acontecendo, ontem estava sozinho e hoje estou com uma desconhecida morando comigo, a minha filha apaixonada por ela, me sinto desarmado.

Silvio me liga avisando que já está organizando tudo para a cerimônia do meu casamento.

Arremesso o copo contra a parede espalha vidro para todos os lados, que ódio de mim, dessa m*****a herança, meu avô conseguiu o que queria me destruir com um casamento com a secretária.

No dia seguinte me acordo cedo, desço devagar as escadas e Lira já está organizando o lanche da escola da Nina, ela está se alimentando sentada na mesa, fico bem atento ao que elas conversam.

— Meu amor tome o seu café da manhã, soube que você não quer se alimentar.

— Hoje comerei porque estou muito feliz, vou dizer a todos da minha escola que tenho uma mãe, pois todos os meus amigos me insultar porque não tenho mãe e nem pai.

— Olha, não fale isso, você tem um pai, sim, ele é só ocupado demais, lembre-se do que lhe falei, ele te ama e eu também.

Apareço diante delas e Lira se assusta com a minha presença.

— Papai bom dia!

— Bom dia, filha. — Ela me abraça e me beija com tanto carinho e Lira nos observa.

— Nina termine o seu café porque se irá se atrasar.

Lira organiza toda a sua mochila e quando fui buscar o celular que está no meu quarto Lira aproveitou esse momento e foi deixar Nina na escola, bufei de raiva como pode uma mulher não me obedecer, mas ela vai se ver comigo.

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