Não tive opção a não ser trazer Lira para morar na minha casa depois dela ter sido expulsa pelo próprio pai, de qualquer modo terei que passar um ano casado com ela, mas a proíbe de se aproximar da Nina, mas ela não me ouviu.
Quando passo pelo corredor vejo que a porta do quarto da Lira entre aberta, ouço Nina conversando com ela, ouço apenas o trecho que Lira explica que a minha ausência é porque trabalho demais, mas que eu a amava demais e que ela é muito importante na minha vida, fico com a consciência pesada, pois a mesma poderia colocar a minha filha contra mim, mas não! Lira fez o inverso, fico admirando como elas se deram muito bem.Entrei no seu quarto, a mesma se assustou, mas pedi a Nina que fosse para o seu quarto.— O que pensa que está fazendo?— Nada, a sua filha que veio ao meu encontro.Sair batendo a porta do seu quarto, e fui para a empresa e Will liga para saber se já estamos pronto para o casamento que já vai ser final de semana, tenho que dizer para os mais próximos que resolvi me casar e apresentá-la como a minha esposa, nunca imaginei que o meu avô iria fazer uma sujeira dessa comigo.O que as pessoas irão pensar, eu que já estou a anos sem ninguém aparecer com outra assim do dia para noite com uma mulher sem classe.Não posso me ausentar muito de casa, e quando voltei no fim de tarde, descubro que Lira foi acompanhar Nina no seu ensaio, pois a governanta lhe deu o endereço da escola da minha filha, fiquei furioso, pois percebi que ela não tem medo de mim e não me obedece, é a primeira mulher que não cumpre as minhas ordens.Ligo para o motorista que avisa que já estão chegando trazendo Nina e Lira, quando desliguei o telefone ela puxando na mão da minha filha toda feliz e sorridente, chamo por Nalva para que a leve para o seu quarto.Levei ela até o meu escritório e discutimos porque Lira o que tem de sonsa tem de língua grande, passou na minha cara como devo exercer o meu papel como pai da Nina, fiquei possesso quando ela diz que foi fazer o meu papel de pai num simples ensaio de balé.— Lira, você está proibida de sair sem a minha permissão, está ouvindo.— Estou.— O casamento será final de semana e irá vir vários vestidos para você experimentar.— Agora pode se retirar, não queira me desobedecer de novo se não mando lhe trancar no porão até o dia do casamento.Ela sai e fico pensando nas palavras dela, a minha raiva é que ela tem razão não tenho dado atenção a minha filha, mas daqui a pouco iremos jantar todos juntos para anunciar Lira como a minha esposa, só em pensar que terei que casar no modo tradicional com uma desconhecida e como as fofocas andam rápido recebo um telefonema da ex sogra perguntando quem é a mulher com quem irei me casar novamente e explico a ela quem é Lira só não falei que ela é pobre, espero que Lira tenha ao menos bons modos e saiba se portar no meio da sociedade.E na hora do jantar mando chamar Lira e Nina seguro na sua mão.— Quero apresentar Lira como a nova senhora dessa casa, final de semana casaremos é isso.— Papai, como estou feliz que terei uma mamãe que gosto muito, posso ser a dama de honra, diz que sim, papai.— Sim filha. — Como poderei dizer não para ela na frente de todos.Nina abraça Lira que está emocionada.— Posso te chamar de mamãe Lira, gostei muito de você e agora sendo esposa do meu pai amo mais ainda.— Por mim pode.Lira olha para mim e os olhos de Nina brilham como nunca vi antes, parece que ela gosta mais da Lira do que de mim, jantamos em silêncio, queria muito acreditar que estou vivendo um pesadelo, elas duas conversam feito duas adultas, vejo empolgação.— Papai vamos sair para tomar um sorvete, somos uma família agora!— Nina depois nós iremos o seu pai trabalhou muito hoje ainda teremos muitos passeios para fazer e garanto que ele irá conosco.Olho para Lira a fuzilando com os olhos, ela saiu puxando a mão da Nina rumo a sala de brinquedos, respiro fundo que caos esta a minha vida, olho para o retrato da minha querida falecida esposa, peço mil perdões, mas não poderia deixar o meu avô rir de mim e me deixar sem nada.Vou para o meu escritório e fico bebendo, me sinto sufocado com tudo que está acontecendo, ontem estava sozinho e hoje estou com uma desconhecida morando comigo, a minha filha apaixonada por ela, me sinto desarmado.Silvio me liga avisando que já está organizando tudo para a cerimônia do meu casamento.Arremesso o copo contra a parede espalha vidro para todos os lados, que ódio de mim, dessa m*****a herança, meu avô conseguiu o que queria me destruir com um casamento com a secretária.No dia seguinte me acordo cedo, desço devagar as escadas e Lira já está organizando o lanche da escola da Nina, ela está se alimentando sentada na mesa, fico bem atento ao que elas conversam.— Meu amor tome o seu café da manhã, soube que você não quer se alimentar.— Hoje comerei porque estou muito feliz, vou dizer a todos da minha escola que tenho uma mãe, pois todos os meus amigos me insultar porque não tenho mãe e nem pai.— Olha, não fale isso, você tem um pai, sim, ele é só ocupado demais, lembre-se do que lhe falei, ele te ama e eu também.Apareço diante delas e Lira se assusta com a minha presença.— Papai bom dia!— Bom dia, filha. — Ela me abraça e me beija com tanto carinho e Lira nos observa.— Nina termine o seu café porque se irá se atrasar.Lira organiza toda a sua mochila e quando fui buscar o celular que está no meu quarto Lira aproveitou esse momento e foi deixar Nina na escola, bufei de raiva como pode uma mulher não me obedecer, mas ela vai se ver comigo.Depois que cheguei aqui nessa mansão fui muito bem recebida por todos menos por Rangel, ele já me apresentou como a sua noiva e Nina ficou radiante com a notícia quando ela me pediu para me chamar de mãe, fiquei feliz ainda bem que existe uma criança para me alegrar nessa solidão (Rangel) me ameaça a toda instante para não me aproximar da Nina, mas ignoro as suas ameaças.Ele quer que eu seja indiferente a uma criança, faça de conta que ela não precisa de mim como ele faz, jamais serei assim nem que ele me mate.Pela manhã acordei, e fui acordar Nina para ir à escola. — Bom dia. Nina, vamos à escola.— Mamãe, você pode me levar, quero provar para os meus amigos que não estou mentindo quando disse que tenho uma mãe.— Está bem, vamos nos arrumar. — Fico emocionada quando ela me chama de mamãe, ela é muito carente de afeto e como faz falta uma figura feminina nessa casa, Rangel desce para tomar café e Nina o trata com tanto carinho, ele mal retribui o mesmo sentimento por ela mesmo ele
Não tem nem dois dias que Lira veio morar comigo e já tem me tirado o juízo e a paciência, olhar nos seus olhos verdes só me fizeram enxergar o quanto ela é bela e atrevida de uma língua grande demais e na nossa discussão ela me irritou a um ponto que cometi uma loucura a empurrei fazendo ela bater na quina de uma mesa caindo no chão perdendo os sentidos por um momento pensei que ela estaria inventando quando gritei por seu nome e ela não se move.— Lira, fala comigo, Lira. — A sua mão gelada, o seu corpo todo mole. — O que fiz, fala comigo, por favor passo a mãos nos cabelos, desesperado.A seguro nos meus braços e corro até o carro, pedindo o motorista que dirija o mais rápido possível, ela desmaiada nos meus braços, sua face branca, bato levemente no seu rosto, nunca pensei que ficaria assim de novo por uma mulher quando chegamos no hospital a levo para emergência os médicos a colocaram urgentemente numa maca, não me deixando entrar com ela.— Por favor me deixem entrar com ela, so
Me acordei numa cama de hospital e um médico vem até mim, perguntando se estou sentindo dor e o que realmente aconteceu que me fizeram ficar nessa cama de hospital. — Senhorita, como foi o seu acidente? Como quebrou duas costelas?Lembro de tudo o que aconteceu e tive que mentir.— Cai da escada. — Falo tentando disfarçar o meu desespero.— Em qualquer caso de dor me chame.Em alguns minutos Rangel entra por aquela porta como se nada tivesse acontecido, um ódio toma conta de mim, virei o rosto para não vê-lo, é muito cinismo. O seu olhar é de desespero, mas não o perdoarei pelo que ele fez comigo, expulsei ele do meu quarto e uma enfermeira contratada por ele veio me ajudar na noite em que ficarei aqui e no dia seguinte tive alta médica e voltei para aquele lar onde só existe uma luz, luz essa que se chama Nina.Se não fosse por ela não sei se aguentaria viver aqui por um dia, quando chego Nalva me ajuda e Nina corre eufórica na minha direção e ela a interrompe.— Por que não posso
Me arrependi amargamente por passar do ponto com Lira já não éramos unidos e agora então ela não quer nem me ver.Só fica na minha frente devido à Nina que a cada dia que passa se apega mais a Lira e Nina me questiona nesta manhã o porquê eu não durmo no mesmo quarto que Lira, lógico tive que pensar muito bem antes de responder e expliquei a ela que namorados só dormem juntos depois que casam ela pareceu entender o que me faz pensar em forçar Lira vir dormir no meu quarto só assim ela irá parar de fazer esse tipo de perguntas.Lembro que lá ainda tem muitos pertences da minha amada Clice, sinto que a cada dia Lira vai ocupando o lugar da verdadeira dona da casa.Fui convidado para uma festa de um grande amigo meu e ele exigiu que eu a levasse para ele conhecê-la, tenho medo que ela possa me fazer vergonha. Lira não passa de uma secretária golpista, não sei nem se ela já frequentou festa da alta sociedade, prometi a Enzo que a levaria tenho que cumprir com a minha promessa.Liguei para
Rangel não perde a oportunidade de me infernizar, estou chorando bastante por não aceitar a hipótese de dormir no mesmo quarto que ele por mais que não temos nada de verdade.E Nina tem sido a minha luz nessa escuridão, a mesma saiu do meu quarto voltando com uma caixa de bombom nas suas mãos, dizendo que é um presente dela e do seu pai, não acredito que ele teve a coragem de usar uma criança para pedir desculpas no seu nome.— Mamãe Lira não gostou do presente?— Adorei meu amor, estou só um pouco pensativa, vamos desfrutar dessa caixa que tal?— Sim.Se ela a tristeza que toma o meu coração, o que irei fazer para não ir dormir com ele, não quero…Ajudei Nina no seu banho e descemos para o jantar, e Rangel não está, fico aliviada por não vê-lo, mas a minha alegria durou pouco, pois Nalva anuncia que em instantes ele irá se juntar o homem que não suporto.— Boa noite a todos. Ele fala me olhando sério, não consigo encarar aquele olhar estranho dele, esse homem é imprevisível, uma hora
Tentei forçar Lira a dormir no mesmo quarto comigo, mas ela se recusou, a golpista exigiu que eu tirasse a foto da minha amada Clice, nunca que irei tirar a fotografia do meu anjo, e ainda me desafiou dizendo que não tem medo de mim. Ela sai batendo a porta do quarto depois que ela saiu fiquei andando de um lado para outro não consegui dormir.No dia seguinte sai muito cedo, não quis saber de nada e nem ninguém, desmarquei reunião e fui até a casa de férias, lugar que há muito tempo não vinha aqui desde a morte da minha falecida esposa, tudo ainda está no mesmo lugar, fui andar a cavalo tentando esfriar a cabeça, odeio ser desafiado por Lira, mas tenho que me controlar se não farei besteira novamente, minha vida está totalmente descontrolada.Um ano é demais para ficar do lado dela, mas o celular começa a chamar e resolve atender.— Chefe descobrimos, sobre o dinheiro que a senhorita Lira recebeu.— Fale logo.— Senhor Will forneceu o dinheiro a senhorita Lira.Desliguei o telefone e
Não suportei as palavras do Rangel, para mim foi a gota d'água ele pensar que estou tendo um caso com o Will, não consigo ficar aqui, mas tive que me manter tranquila porque Nina veio até o meu quarto, dei toda atenção a ela, porque o meu coração me dói em ir embora deixar ela sozinha aqui.Coloquei ela para dormir, joguei algumas roupas na mala e fui em busca de alguma hospedagem, ainda tenho um dinheiro, pagarei uma pousada barata mesmo, saio chorando daquela casa e fui embora, estou muito magoada. Busco um táxi e me hospedei num lugar simples e pequeno o bastante para mim e fui até o cemitério visitar o túmulo do homem que causou toda essa bagunça na minha vida.— O que o senhor fez com a minha vida, querendo me juntar ao lado de um homem ruim que me odeio, mas que tudo nessa vida, não sei o mais o que faço, eu e ele não temos diálogo um com outro, sempre acabamos nos agredindo, só tem algo bom nisso tudo que é a Nina tão pura, está doendo ter deixado ela ali naquele lugar triste.
Lira inventou de sumir, mas conseguimos rastrear o seu celular, vasculhei em todos os lugares e ela inventou de se instalar numa pousada de quinta categoria e enquanto, mas amanhã farei uma surpresa para ela, enquanto isso Nina me atormenta a todo momento por Lira, tive que inventar uma mentira para ela que a sua mãe passou precisou da mesma.Não dormi de jeito nenhum, ansioso para amanhecer, mas acabei cochilando e adormeci, acordei pelo toque do celular. — Alô — Falo cansado!— Chefe a senhora Lira está em um hospital, pelo rastreamento indica que a localização de um hospital.— Hospital! Perdi a hora e mande a localização imediatamente.Me arrumo rapidamente, faço minhas higienes e sigo para o local indicado, entro no local acompanhado de dois seguranças. Lira chora na recepção do hospital ao me ver ela se assusta, uma senhora a acompanha e um médico chega onde a mesma está e em nossa presença o mesmo relata que o pai da Lira corre de vida, a mesma fica desolada e a chamo para con