CAPÍTULO 4 LIRA

Cruzar com Rangel na porta da minha casa só me confirmou que ele aceitou casar comigo, só não contava com a ira do meu pai em relação a mim.

Ele me humilhou tanto, me igualou a uma mulher qualquer na frente do Rangel que já pensa que sou uma impostora.

Sei que o meu pai não está errado, pois sei que Rangel jamais olharia para mim se não fosse o contrato imposto pelo, o seu avô e está claro a culpa cairá tudo sobre mim.

Ainda me expulsou de casa, e Rangel não teve outra saída a não me levar logo para a sua mansão, me despedi dos meus irmãos, e na saída o meu pai me perguntar.

— Sua mãe já sabe dessa loucura?

— Não sabe, mas irei contá-la como estava planejando, mas o senhor estragou tudo com o seu ódio me humilhando e saiba que não sou uma qualquer e você vai se arrepender do que falou comigo.

Saio por aquela porta com o coração apertado, preciso salvar a minha mãe e no caminho pergunto a Rangel.

— Porque apareceu assim de surpresa, está satisfeito pelo estrago que causou.

— Que estrago! Você que acabou com a minha vida, fui te fazer um favor em aceitar casar e não sei para que o choro a sua casa parece mais uma choupana, ao invés de me agradecer por concordar com essa loucura que você e o velho meu avô armaram para mim, fica cheia de doce faça mil favor.

E quando cheguei na sua casa, me deparo com uma bela menina, chamando Rangel de papai, fiquei muito surpresa, ela é linda, parece uma boneca. Mas ele não quer que eu tenha contato com a Nina, ele me leva até o meu quarto, olho através da janela, com uma vista para o jardim, sento na varanda do quarto olhando para o nada e noto que a porta se abriu e quando olho para trás é a pequena Nina.

— Como é o seu nome?

— Me chamo Lira e o seu?

— Me chamo Nina, o que você é do meu pai?

— Depois ele vai te explicar o que nós somos assunto de adulto é chato, ser criança é a melhor coisa do mundo.

— Então vou te chamar de tia Lira, vamos brincar, pois não o meu papai não brinca comigo, ele diz que nunca tem tempo, tenho uma apresentação de balé na escola ele não vai em nenhum ensaio, os meus colegas dizem que não tenho pai, ele nunca foi me buscar na escola.

— Ah não fica triste Nina o seu papai é um homem muito ocupado, mas ele te ama demais, sabe nós adultos somos assim vivemos correndo, mas saiba que o seu pai faz de tudo por você.

— Ela me abraça e Rangel aparece.

— Nina, por favor venha!

— Papai deixa eu brincar com a tia Lira.

— Ela vai organizar as coisas dela, estou resolvendo a questão da sua nova babá.

Como pode existir um homem tão insensível desses nunca foi buscar a menina no colégio, mas irei acompanhá-la no seu ensaio, ele gostando ou não, desci para buscar uma água e a governanta está na cozinha.

— Seja bem-vinda senhorita Lira.

— Obrigada quero saber o horário do ensaio do balé da Nina, quero acompanhá-la.

— Sim, é no fim da tarde, lhe darei o endereço e o motorista está a sua disposição.

Aproveito que não vejo Rangel, ligo para o Will, conto para ele, sobre o casamento e desabafo para o mesmo sobre a minha mãe que está necessitando urgentemente de um tratamento e exames, ele me pediu que eu compareça ao seu escritório.

— Entre Lira, sei que o correto é lhe entregar o cartão de crédito somente quando assinar os papéis, mas Rangel já está agilizando tudo, confio em você Lira e cumpra o que prometeu, vá até o hospital e veja todas as despesas Hospitalares da sua mãe e me ligue que depositarei imediatamente o valor.

— Obrigada senhor Will me casarei com Rangel, não se preocupe.

Fui até o hospital, recebi a notícia que a minha teve uma piora, peço imediatamente o melhor tratamento para a minha mãe quando a recepcionista me repassar o valor, fico de boca aberta como é caro senhor, mas aguentarei tudo o que for possível para vê-la curada ainda contrato uma enfermeira para cuidar da minha mãe até a sua saída.

Compro flores para ela e quando entro no quarto de hospital ela acorda, os médicos já estão ajeitando ela para a troca de quarto.

— Filha, que bom te ver, vou ser transferida para outro quarto e a minha cirurgia irá ser feita.

— Que bom mãe.

Dei-lhe um abraço apertado e com lágrimas nos olhos por que não tive coragem de dizer a verdade para ela que casei por dinheiro, a enfermeira que cuidará dela vem até a mim, avisando que cuidará da minha muito bem e que eu, não me preocupasse e o senhor Will me manda a mensagem que tanto a enfermeira como todas as despesas serão pagas.

As horas se passam e a cirurgia foi um sucesso e as chances de cura cresceram, já estava quase na hora do ensaio da Nina, me despedi dela e antes de ir embora peço descrição a enfermeira, minha mãe não sabe que tudo foi pago por mim, ela disse que posso ficar tranquila.

Saio antes que o meu pai chegue, seguro o endereço da escola da Nina e quando cheguei, ela está sozinha, me sento onde tem outras mães, aceno para ela me ver que abre um sorriso enorme, começa a coreografia ela é tão perfeita meu Deus como pode um pai não tirar um tempo para vir olhar uma beleza dessas como ser criança é bom.

Quando termina o ensaio, ela corre para os meus braços.

— Como você foi perfeita, você dançou melhor que todos.

E uma mulher vem em nossa direção, deve ser a diretora.

— Bom dia, você é a madrasta da Nina

— Eu e o pai dela ainda não casamos.

— Hoje é a primeira vez que alguém acompanha Nina em algo na escola.

— Sim, sei, mas sempre irei vir acompanhá-la.

— Lira, você será a minha nova mamãe?

— Vamos tomar sorvete e depois vamos para a casa.

Ele confirma que sim e o motorista já nos espera e tomamos sorvete juntas e quando chegamos na mansão Rangel me olha com raiva, pede a governanta que leve Nina para o quarto e segura forte no meu braço.

— Está me machucando Rangel.

Ele me arrasta até o seu escritório…

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