A noite estava clara no reino de Sarindhia. A lua e as estrelas brilhavam e sabiam que tinha chegado o momento. Enquanto o vento cantava e as árvores balançavam em sincronia, a terra tremia e as águas dançavam.
No castelo, a rainha Eve gemia deitada em sua cama e mesmo com todas a dores ela estava feliz, em meios as lágrimas ela se alegrava, afinal seu bebê, seu lindo e precioso bebê estava reclamando a sua vinda.
A hora do seu nascimento tinha chegado. Em seu quarto deitada cama enorme em muitos lençóis já manchados de sangue, o suor descia pelo seu rosto branco e pálido, seus longos cabelos ruivos estavam desgrenhados e suas mãos fortes e ao mesmo tempo delicadas seguravam a cabeceira da cama.
Ela gritava porque afinal sabia que precisava dar tudo de si para que seu bebê saísse. Ao seu lado suas criadas ajudavam porque ali não estava naquele momento apenas uma rainha, mas uma mulher que dava a luz, trazia ao mundo o que só uma mulher seria capaz de dar, a vida. Em sua frente estava sua fiel ama Bertzs, sua criada, uma aliada, confidente e auxiliadora de todas as horas e ali ela insistia entre suas pernas que sua rainha não desistisse, gritava e estimulava para que mais um dos tantos partos que tinha acompanhado desse resultado.
- De novo Majestade! - Pedia Bertzs. - Força! Mileide consegue. Vamos! Eve, empurre.
- Aiiiiii! - Gritava a Rainha Eve. - Não aguento mais Bertzs. O que está acontecendo? Porque não quer sair? - indagava a rainha para sua amiga.
- Ela não é só a futura rainha majestade, pelo visto é também uma guerreirinha muito resistente.
- Algo de errado está acontecendo Bertzs, eu sinto. Esse bebê está tomando meus poderes e mais que isso, sugando minha vida. Tomando para si. Aiiiiiiiiii! - Gemia a rainha entre suas contrações e fraca respiração. - O que vamos fazer?
- Vá busca mais água quente, toalhas e lençóis limpos. - Disse Bertzs para sua afilhada e criada Lily que a ajudava.
No corredor encontravam-se o rei Evan e seu filho de cinco anos, o príncipe Henry. Ambos temerosos sem saber o que fazer. O rei andava de um lado para o outro esperando como no nascimento do seu primogênito, desesperado e ao mesmo tempo ansioso pelo nascimento do seu mais novo bebê. O rei era alto, forte e nesse momento puxava seus cabelos pretos pra trás e apertava seus olhos castanhos com força esperando o melhor.
- Pai, o que está acontecendo? Porque a mamãe está gritando e chorando? - Perguntou o príncipe Henry.
- Sua mãe está lutando para trazer seu irmãozinho ao mundo filho. Ou uma irmãzinha, quem sabe? - Disse abaixando e pegando seu filho nos braços.
O menino coçou o olho já com sono por ser alta madrugada e perguntou entusiasmado - Posso brincar com ela?
- Claro querido! Você deseja que seja uma menina? O rei indagou curioso.
- Sim. Eu quero e sei que ela vai me amar porque sou muito bonzinho, não é papai?
- Sim Henry, ela vai te amar. E você irá ajudar a cuidar dela e a protegê-la, está bem? - O rei abraçou seu filho e o apertou com todo amor em seus braços. Não ignorando o frio que passou pelo seu corpo e o arrepio que subiu pela sua nuca.
Enquanto isso dentro do quarto Bertzs diz para a rainha que elas não tem muito tempo. Bertzs era uma mulher por volta de 1,60, magra, mas não menos forte, com cabelos loiros dourados amarrados longos em uma trança, branca, tinha olhos verdes doceis e ágeis. Também era uma poderosa bruxa branca e curandeira dominadora das ervas. Bertz era sobretudo uma mãe para Eve e doía seu coração por saber que o fim da sua amada rainha e bruxa estava chegando ao fim.
- Eve, você sabe o que está acontecendo. Os elementos entraram em harmonia. - O céu chicoteou com um raio e trovão ensurdecedor. - Por favor, temos que ser rápidos e você precisa dizer as palavras ou será o fim.
- Bertz, eu não quero que meu bebê morra. - Chorava em desespero a rainha.
- Não vai. Eu prometo. - Afirmou Bertz.
- Prometa que cuidará dela como sua filha assim como fez comigo. Prometa que a ajudará a ser forte quando chegar a hora e que ela conseguirá lutar até o fim pelo bem. Que ela nunca se voltará para o mal, prometa que só contará no tempo certo sobre seu dom mais precioso. Me prometa Bertzs. - Clamava a rainha Eve.
- Eu prometo minha senhora. Eu prometo com minha própria vida, agora empurreeee. Isso força, empurre Eve, vamos! Empurre.
E de repente em um último suspiro de dor, ouve silêncio. Nenhum Elemento lá fora cantou e somente ouviu-se um respirar, um cantar, o choro de uma nova vida a brotar. A rainha começou a rir e chorar de alegria. Bertzs a pegou cortando com uma faca seu cordãozinho que ainda ligava a sua mãe, enrolou no lençol, entregou a rainha e exclamou: - Rainha Eve, sua filha. - Disse emocionada.
- Olá! Pequenina. - Riu com dificuldade a rainha. - Oi meu bebê. Minha pequenina. Você conseguiu. Viu?! Você é mais forte do que eu.
As portas do quarto se abriram fazendo entrar o rei e o príncipe. Chegando perto da cama da sua amada não se conteve em lágrimas. Olhando radiante para sua esposa com o mais belo ser em seus braços.
- Veja majestade, temos uma linda menininha para alegrar nosso reino. - Falou a rainha feliz.
O rei tomou em seus braços a criança e não se conteve de alegria. Abaixou-se para seu filho e disse emocionado - Parece que você acertou meu filho, é uma menina, uma linda menina. Agora você vai ter que cumprir o que me disse e a amar e proteger, certo?
- Certo papai. - O menino pegou na mãozinha do bebê e disse todo contente - Oi! bruxinha. - Ao olhar em seus olhos, uma conexão forte os ligou e os olhos de ambos brilharam fazendo o bebe e o menino rirem.
Porém tão rápido quanto veio a alegria chegou o desespero, pois ao seu lado a rainha começou a gritar de dor.
- Eve querida o que houve? Você está bem? - Indagou o rei aflito.
- Mamãe, porque está chorando, você está bem? - Perguntou seu filho choroso.
- Para fora do quarto todos agora. Preciso cuidar da rainha. Ela virou em direção ao rei que a olhou confuso e disse - Me perdoe pelos modos majestade, mas a rainha precisa de cuidados.
- Cuidados? Que cuidados? O que houve Bertzs?
- Ela perdeu muito sangue e se esforçou mais que o esperado alteza. Agora preciso que nos deixe a sós, por favor. Leve o príncipe sim? - Falou Bertz autoritária.
- Não entendo Bertz, sou o rei e desejo ficar, você não pode me impedir. - O rei disse nervoso.
- Evan. - Falou a rainha com dificuldade. - Tudo bem. Pode ir.
- Meu amor, você pode precisar de mim. - Fala ainda com a criança nos braços e sentando ao lado da sua esposa na cama.
- Eu vou ficar bem. Agora me dê a menina, ela precisa se alimentar e ficar limpa.
O rei olhou desconfiado, mas a entregou. Ele segurou a mãozinha da sua filha, olhou para sua mulher com carinho beijando seus lábios e com muito medo disse: - Eu te amo meu amor. você fez um ótimo trabalho, agora aguente firme sim? Temos um filho e uma linda menininha para criar.
- Eu também te amo Evan. Nunca esqueça disso ouviu. Você foi o melhor que poderia ter acontecido em minha vida. - Disse a rainha respirando com dificuldade.
- Mesmo sendo bruxa? Mesmo abrindo mão do seu reino e dos seus poderes poderes rainha das bruxas? - Brincou tenso o rei.
- Nenhum desses títulos e poderes são maiores que o meu amor por você e a prova está aqui, nos nossos filhos. E olhou para o príncipe que se aproximou da sua mãe. - Eu te amo querido. Você agora terá que ajudar a cuidar da sua irmã, entendeu? Você sempre será seu guardião.
- Sim mamãe. Eu vou ajudar. - Falou Henry estufando o peito.
- Muito bem Henry. Aiiiiii! - Gritou de dor a rainha.
- Eve querida. - Exclamou o rei assustado.
Lily entrou no quarto e Bertzs pediu que o rei e o príncipe saissem. - Majestade nos deixe agora, por favor.
O rei sentiu mais um calafrio como se aquele fosse um adeus, abraçou sua mulher e sua menina e disse - Eu te amo Eve. - Saindo com seu filho.
- Rápido. Me ajude aqui Lily. Eve você está morrendo, por favor aguente mais um pouco. - Falou Bertz preocupada.
- Aiiiiii! - Chorou a rainha olhando para Bertzs sabendo que chegara seu fim. Apertou sua filha em seu peito e disse:
- Pelo sangue você nasceu e pelo sangue viverá. Elementos que controlei em você pulsará. Meus dons, meu legado, minha magia e talentos tudo você herdará. Bruxa, guerreira, mãe de todos você será. Uma escolha será feita, uma escolha você fará. - Aiiiii! Bertzs me ajude.
- Venha pequena, venha aqui. Pegue-a Lily, cuide da menina.
Lá fora todos os elementos começaram a se agitar e um vento impetuoso entrou abrindo bruscamente as janelas de todo o castelo. Em toda cidade, em cada floresta tudo e todos começaram a sentir uma força maligna se formar. O rei e o príncipe entraram novamente no quarto e uma escuridão em forma humana se fez presente diante de todos. O rei tomou a sua espada colocando seu filho por trás dele. A escuridão os arremessou contra a parede os fazendo desmaiar, virou em seguida para a rainha e riu.
- Olá! Eve. Quanto tempo não nos vemos. - Cantou uma voz feminina e maligna.
Bertzs tentou dizer um feitiço, mas foi impedida.
- Ora! Bertzs, você sabe que não pode me impedir. A arrancando do lado da rainha e a arremessando contra a parede também. - Sabemos que esse dia chegaria Não é Eve?!
- Você nunca não vai tê-la , nunca. - Disse aremessando seu último poder contra aquela sombra demoníaca. - Disse a rainha.
A criatura recuou só por um momento, o suficiente para Bertz levantar e jogar sua luz protetora sobre a rainha. A força maligna gritou, mas não foi o suficiente para detê-la ela devolveu com uma força absurda a luz fazendo tanto Bertzs quanto a rainha caírem no chão.
Então, de repente ela se transformou numa bela mulher de cabelos loiros quase brancos até os joelhos presos numa trança, seus lábios eram vermelhos puro sangue, sua pele tão branca quanto a lua cheia, seus olhos tão azuis quanto o profundo mar. Vestida em um longo vestido vermelho e em seu pescoço um rubi tão vermelho quanto seus lábios.
- Bruxa vermelha! Exclamou Eve surpresa. - Não pode ser! Não é o tempo, não é possível... Você foi banida.
- Estava Eve de fato, mas despertei assim que sua filha nasceu. - Chegando perto de onde Lily se encontrava abaixada protegendo a menina. - Ela irá me escolher Eve, você sabe disso. É o destino.
- Isso é o que vamos ver. - Uma luz enorme surgiu ao redor dela e como se todos os elementos a obedecessem, lá fora terra, água, ar e fogo começaram a tremer em comando a sua voz.
- Elementos que tanto amo, elementos que sempre cuidei, juntem suas forças e expulsem o mal daqui outra vez. - O céu começou a derramar uma chuva junto com relâmpagos e trovões, um raio invadiu o pátio do castelo, águas correram por entre os corredores, fogo começou a surgir das mãos da rainha e o vento envolveu violentamente a bruxa vermelha.
- Você não vai conseguir me impedir Eve, pois quando ela completar dezoito anos eu voltarei e a encontrarei e ninguém poderá nos deter Eve, ninguém. - Disse a bruxa vermelha com ódio.
A rainha Eve arremessou sua mão em direção a bruxa vermelha e todos os elementos a envolveram fazendo com que ela desaparecesse no ar. Bem a tempo de Bertzs segurar Eve que já estava caindo no chão.
- Eve. - Grita Bertzs.
- Traga minha menina aqui Bertzs, rápido. Não temos mais tempo. - Disse ofegante.
O rei acordou e viu sua mulher no chão, correu para o seu lado a tomando nos braços.
- Eve, por favor meu amor. - O rei geme em desespero. - O que houve?
- Evan não há mais tempo. - Bertzs colocou sua menina no seus braços.
- Olá! pequena - Sussurrou perto do ouvido da criança - Um luz começou a surgir das suas mãos e envolveu sua filha.
- Controle os ventos controle o ar, controle as águas e todos os seres que nele há, controle a terra, controle o fogo fazendo tudo queimar, Tome meus dons que agora invoco e te dou. Possua controle absoluto dos poderes dos reinos e dos poderes do mundo. Eu invoco o maior elemento que existe, eu invoco o espírito.
- Eve o que está fazendo? - Indagou Bertz se ajoelhando ao seu lado.
- Eve, o que você está fazendo? Indaga o rei assustado. - Fale comigo.
- Você não só escolherá por você, mas também por todos. Aos dezoito anos você despertará e todos seus instintos florescerá.
- Eve não faça isso... - Pediu Bertz.
- Desperte e vença com o espírito, desperte e derrote todo o mal que no mudo existirá. Guerreira em lutas, mãe de todos, rainha das bruxas, Moira seu nome será.
A luz se apagou e assim no último suspiro, a rainha Eve desfaleceu deixando seu espirito, a terra e sua vida para sua filha reinar.
- Eve. Eve acorda, não por favor Eve. Não vá. - Chorou em desespero o rei com sua amada qu segurava sua filha nos braços. - Eve não me deixe, eu imploro. Eveeee!
- Meu rei. - Tocou Bertz no ombro do rei. - Ela se foi.
- Não, ela não pode ir. Eve volte para mim. - Chorou.
Henry despertou e ao vê seu pai chorando perto da sua mãe, correu despeserado para perto dele. - Papai, por que a mamãe está no chão? O que aconteceu? - Indagou tocando nos cabelos da sua mãe. - Mamãe acordaaaa. - Pediu em vão. Mamãe? Pai o que houve com a mamãe?
- Lily, leve o princípe para o quarto. - Pediu Bertz com la´grimas nos olhos.
- Não, eu não vou, quero ficar com a mamãe, o papai e minha irmãzinha. - Disse abraçando seus pais e segurando a mão de sua irmã.
- Eve, não faça isso comigo, volte meu amor. - Chorou alto o rei apertando sua mulher no colo.
Bertz pegou a criança em seus braços beiou sua testa e sussurrou. - Eu cuidarei de você pequenina, eu cuidarei de você. - Falou chorando. - Ah Eve, o que você fez?
Em um mundo cheio de magia exisita cinco reinos, houve uma grande batalha entre o bem e o mal. Nimesys, conhecida como a bruxa vermelha tentou usurpar o trono da rainha do reino das bruxas, seu nome era Eve.A bruxa vermelha uniu seus poderes com a força mais poderosa das trevas entregando sua alma em troca do governo de toda a terra e assim travando por um inverno uma guerra espalhando morte e desespero por onde passava. Ela contou com a ajuda de um poderosa guerreira do reino das florestas, Cadenlyse
Desessete Depois.A morte pode nos fazer evoluir ou nos fazer esmorecer. Desessete anos se passara e o rei ficou tão desolado que não conseguiu mais governar o reino dos humanos. Então, seu irmão mais novo o príncipe Efilin assumiu o trono em seu lugar. O príncipe Efilin era alto como o irmão, branco, também tinha cabelos pretos, porém um pouco mais longos até a altura do ombro e seus olhos eram azuis como um céu claro
Sentada no penhasco olhando o horizonte com os cabelos soltos e o vento dançando no seu rosto, essa era uma das sensações mais prazerosas que Moira gostava de compartilhar com seu primo, que estava deitado ao seu lado contemplando o sol que estava a si pôr. Seus cavalos descansavam um pouco ao lado e ali, eles dois sabiam que podiam como sempre rir, conversar, confidenciar segredos e contemplar todo o reino.- Você nos deu um susto ontem princesa. - Falou Edward quebrando o silêncio.
- Quem ela pensa que é para me trancar aqui? Isso não é justo, é um ultraje. E porque o titio concordou? Ele não é meu pai e Bertz não é minha mãe. - Bufou a princesa Moira andando de um lado para o outro em seu quarto arrastando seu vestido.- Quer dizer... Claro que ela é minha mãe, uma segunda mãe. Uma amiga, quer dizer...uma mãe. Uma professora, uma bruxa que se recusa a usar seus poderes e neste momento usou de sua autoridade de mãe para me manter trancada aqui a noite inteira. - Falou sentando na beirada da sua enorme cama bufando de novo. - E o Henry porque ele não interferiu, afinal ele é meu irmão, o príncipe e fut
Moira acordou pela manhã se sentindo forte, apesar do que tinha ocorrido na noite passada não encaixar perfeitamente nos seus pensamentos. Estranha, porém muito forte. Levantou da cama e viu Lily sentada, lendo um livro. Quando a viu se levantou mais do que pronta para lhe servir.- Princesa, vejo que acordou. Deseja tomar seu banho ou que eu traga algo para comer?
Moira Resolveu dá uma volta pelo castelo, mas sabia que seu coração a fazia caminhar em direção a um único lugar. O quarto do seu pai, o rei Evan de Sarindhia.Bateu na porta como sempre mesmo sabendo que ele não responderia, a abriu devagar e mais uma vez o quarto estava escuro, sem luz do sol a brilhar por entre as janelas que dava na lateral da sua cama. As vezes deitado ou sentando em sua poltrona ao lado da cama, era assim que ele sempre ficava, porém com os olhos po
Moira Sentiu seu cheiro mesmo antes de abrir os olhos. Era inconfundível. Ela sabia que ele viria, como todos anos. Ele a despertava com uma flor, mais do que isso a despertava com seu amor.Henry estava ali, deitado ao seu lado, de lado olhando para Moira. Abriu os olhos e pousou sobre aquele par de olhos castanhos mais uma vez abrindo um sorriso caloroso para seu irmão.
Quando lily finalizou os cabelos de Moira ela mal pôde acreditar. Ela não os prendeu totalmente numa trança como havia pedido. Seus cabelos caiam em ondas pelas suas costas lembrando os da sua mãe. Se vendo agora no espelho com o vestido longo e verde que apertava em sua cintura se senti pela primeira vez muito bonita. Com o colar que Henry lhe dera em seu pescoço e a pulseira escondida na manga que cobria seus braços se sentia completa, deslumbrante como nunca. Parecia uma rainha, de verdade.
Último capítulo