Cap.70 cavernaParecia ter acontecido algo irreal, olhos fechados, oração? Quem se lembrou de orar? O carro parou assim que bateu em uma árvore assim ficando destruído todo seu capô.Braston ainda segurava Molly com firmeza quando sentiu a última batida, e agradeceu aos céus Finalmente por aquilo ter acabado, o precipício acidentado deixou o carro em petição de miséria e os dois atordoados, Braston estava literalmente tonto após capotar três vezes.— Molly? — chamou Braston preocupado ainda sentindo o abraço da mesma ainda o sufocando. — Você está bem?— A gente acabou de capotar, não sei se estamos no céu ou no inferno, mas pelo menos morremos sem sentir muita dor — Confessou sem o soltar.— Molly, me libere, eu preciso… Nós precisamos sair do carro— Estamos vivos? — perguntou Finalmente levantando o rosto para olhar ao redor.— Na verdade, estamos pior que vivos, porque a minha vontade de te bater agora nunca foi tão grande, você tem muita sorte que eu te amo, — Confessou se encost
Envolta em segredos e perigos, Molly foi criada de uma forma rara para alguém que crescia dentro da máfia, como uma burra inerte a qualquer perigo, eu diria. Aos 17 anos, a caçula de Caio e Matheus, assassinos profissionais a serviço do falecido Don Teodoro que era todo o problema ali, ela era um enigma para seus irmãos. Apesar de ter crescido sob a sombra do crime, ela permanecia alheia aos negócios da família, uma inocência que os preocupava profundamente. Criada em isolamento, Molly era uma jovem de estatura mediana, adornada por longos cabelos castanhos que emolduravam seu rosto angelical. Seus olhos, ainda que carregassem a ingenuidade da juventude, escondiam uma inteligência aguçada e uma perspicácia incomum. Era como se, por trás da fachada de uma jovem inexperiente, existisse uma alma perspicaz pronta para desabrochar. Filha da cafetina da máfia, sua mãe nutria o desejo de que ela conseguisse manter um homem bom e que a protegesse na máfia, assim como ela mesma fizera, molda
Cap.2 Molly encontra uma solução. Filha, minha pequena flor, pode sair, por favor? Espere lá fora. — Pediu seu pai gentilmente. A expressão de Madson escureceu como se desconfiasse ter algo a ver com ela. Sem debater, ela saiu e seguiu até o quarto da sua mãe, mantendo-se desinteressada em relação ao assunto dos homens. — Você não vai entregá-la, nenhum de nós dois se casou e você só pode fazer isso quando um de nós se casar. — o relembrou Matheus com um ar seguro. — Vocês estão fazendo de propósito! — Bradou seu pai esmurrando a porta do quarto limitado. — Vamos apenas seguir o plano, se sairmos agora, não vamos ter que confrontar ninguém. — Vocês podem ir! — ouviu a voz feminina em seguida. Matilde abriu a porta, entrou no quarto e trouxe Madson pela mão. — Não me diga que você ainda vai trabalhar de cafetina? — perguntou Matheus descrente. — Óbvio que vou! Minha conta foi a única que não foi bloqueada. Se não repararam, tenho que carregar três marmanjos nas costas e minha pri
Cap.3 Quase capturadas. Molly pulou da cama, jogando todas as coisas suspeitas longe, sem que sua mãe percebesse. — Mãe, aconteceu algo? — perguntou assim que sua mãe entrou, visivelmente nervosa. — Já entregou todas as encomendas? — perguntou Matilde, demonstrando preocupação. — Já. — Vamos embora! — anunciou ela, puxando-a apressada como se estivesse fugindo. Madson não tinha ideia do que estava acontecendo. Seguiram para o carro e saíram em alta velocidade. Sua mãe sempre mantinha os olhos na estrada pelo espelho retrovisor, certificando-se de que ninguém as seguia. Madson apenas se encolheu no banco, amedrontada, sem perguntar mais nada. — Parece que alguém nos seguiu. — sugeriu Molly, assustada. — Que droga! — bradou Matilde ao ver uma moto atrás delas. — Aqui! — jogou o telefone no colo de Molly. — Ligue para Matheus, agora! Madson fez sem questionar. Em seguida, recebeu um pedaço de tecido lançado em seu rosto. — São os homens que querem matar nossa família? — pergunto
Cap.4: até me deixarem ir! — É inaceitável te ver indo sozinha àquele lugar, você só tem 17 anos, mal sabe se defender! — seu pai a repreendeu com veemência. — Família… — murmurou Matilde de cabeça baixa, com receio. Todos a encaravam, esperando entender o que havia de errado. — Tem algo mais que vocês não sabem… — ela mordeu os lábios, sem coragem de falar. — O que está querendo dizer? — perguntou Lincoln, desconfiado, desviando sua atenção para sua mulher. — Alguém terá que ir até lá, não temos outra escolha. O cartão, o dinheiro… os passaportes, tudo ficou no momento da fuga. — Comentou com a respiração pesada. — Não temos ninguém aqui além de nós — completou Caio. — Lisaura é de confiança — ponderou Matheus. — Ela é, mas o cofre só abre por digital e… as únicas que têm as digitais registradas sou eu e Madson. — concluiu Matilde. — Está feito então! Eu vou buscar o que é preciso — Molly se ofereceu sem exitar, como se fosse um soldado pronto para a batalha. — Volte a se sen
4: teimosia de Matheus. Molly o encarou com tristeza em seus olhos. — Mas isso significa que todo mundo vai morrer? — Sim, minha filha! — Seu pai respondeu, ansioso. — Entende como seu irmão é louco? — Ele só está fazendo o que pensa que é certo, — ela ponderou, — e… ele está certo. Mas se eu tiver que me sacrificar para salvar a todos… eu faço. Matheus bateu o punho na mesa, impaciente. — Não precisa! Eu vou morrer lutando pela nossa família! Não vou deixar ninguém encostar em você! — Por quê as coisas tem que ser assim, Matheus? — Molly resmungou, batendo o pé. — você não escolheu essa vida e não precisa se sacrificar por ninguém enquanto ainda tem a chance de seguir uma vida limpa longe da mafia, deveria pensar em sua felicidade e em seus planos futuros. — Quando foi que você ficou tão sentimental? É isso que acontece no nosso mundo, as moças são entregues o tempo inteiro! — Lincoln interveio, com um tom áspero em sua voz. — Mas não essa garota, — Matheus retrucou, seguran
Cap.5: Pronta para o mafioso Assim que seus vultos se dissiparam no horizonte, disparou em direção ao quarto de Lisaura. A maçaneta quase cedeu sob a força de seus dedos impacientes, mas a porta estava trancada." — Estou indo! — alarmou Lisaura, abrindo a porta com força. — Molly? — ela se surpreendeu ao ver o rosto em pânico da menina, que parecia ter envelhecido anos em minutos. — O que está acontecendo? — perguntou Molly, entrando no quarto e examinando tudo com olhos frenéticos. Na cama de Eloah, a roupa que ela usaria estava organizada, junto com a peruca. — Você vai encontrar esse tal lobo hoje? — Sim... — respondeu Lisaura com a voz arrastada, o peso da culpa e do medo pesando sobre seus ombros. — Mas o que você está fazendo aqui? A cafetina fugiu e você está se arriscando. — Eu precisava te pedir uma coisa — anunciou Molly sem delongas, a voz embargada pela angústia. — O que você quer? — Lisaura viu o olhar amedrontado da menina se dirigir à cama, pegando a peruca e encar
Cap.6 Nas mãos do mafioso. O coração de Molly batia forte, um tambor ecoando em seu peito. Ela apertou os punhos, concentrando-se em conter a náusea que subia pela garganta. Olhares curiosos a acompanhavam, alguns carregados de reprovação, outros apenas intrigados. Molly ignorava todos, mas sua mente tinha apenas um pensamento que guardava seu objetivo. Uma figura perigosa, que ela precisava encontrar a todo custo. — Essa peruca rosa! — fez uma voz rouca surpresa, um homem baixinho terno branco de chapéu preto, dentes de ouros e anéis caros, sua aparência fez o estômago de Molly revirar. — Eloah! Quanta surpresa, venha comigo o chefe mudou de quarto dessa vez — avisou enquanto Molly agradecia mentalmente enquanto alguns homens a encaravam com malícia dos pés à cabeça. — Quando vamos nos divertir de novo? Sabe que posso pagar bem mais que aquele Playboy mimado lá em cima, não é? — perguntou enquanto seguia na frente, mas Molly apenas deu um forçado sorriso, e ele parecia não está esp