Bruno
Três meses antes
Acabei de entrar em meu escritório, tive uma reunião com alguns fornecedores. Sento em minha mesa, a reunião foi longa, precisávamos para resolver algumas pendências. Alguém bate na porta.
─ PODE ENTRAR! ─ Grito.
─ Licença senhor, Writer. Enquanto o senhor estava em reunião, alguém ligou para o senhor. ─ Disse a Laís, a minha secretária.
─ Pode me dizer quem ligou? ─ Pergunto. Ela se aproxima da minha mesa.
─ Quem ligou foi Amin Al... Al... Maquile? ─ Ela informa depois de ler o papel em suas mãos com o nome anotado. E tentei conter o riso ao ver ela lendo.
─ Amin AL – Makki. ─ A corrijo, ela balança a cabeça sem graça. ─ Tudo bem Laís, eu também às vezes me enrolo para falar. ─ Digo com suavidade. ─ Pode ir, já está tarde. Vai lá almoçar antes que desmaie por não ter almoçado.
─ Está bem, estou com muita fome mesmo. E o senhor Makki? Quer que eu ligue para ele? ─ Pergunta.
─ Não precisa, pode ir tranquila. ─ Faço o gesto para ela ir, que balança a cabeça concordando. Assim que sai fechando a porta, pego o meu celular que estava no bolso e ligo para o meu amigo. Está chamando, não demora ele atende.
─ Marhabaan Bruno! Finalmente conseguir fala com você! ─ Disse o Amin. Faz um ano que nos vemos, passou um tempo aqui no Brasil, mas teve que voltar para Dubai para resolver assuntos de família.
─ Nem me fale, estou exausto. Agora me diz o motivo da sua ligação, porque não é todo dia que um sheik liga para mim. ─ Estico as pernas sobre a mesa, estou muito cansado, depois de ficarem horas em pé naquela reunião chata.
─ Vou voltar para o Brasil e queria saber se ainda está de pé aquele pedido que você me fez em nossa última ligação? ─ Na mesma hora, dou um pulo da cadeira. Não estou acreditando nisso? Faz uma semana que liguei para ele desabafando que estava com problemas aqui na empresa, o último sócio roubou todo o dinheiro do financiamento que conseguimos deixando a empresa com dívidas e perguntei se ele toparia ser meu sócio para ajudar a empresa sair do vermelho.
─ Sim, sim. Sério mesmo Amim? Não está zoando né? — Pergunto incrédulo.
─Claro que não, sadiq. Estou falando sério, já estava querendo investir em algo no Brasil e como, já conheço você, não é de hoje. ─ Levo a minha mão no rosto e solto um sorriso. É melhor notícia que poderia receber.
─ E quando você vem para resolvermos isso? — Questiono ansioso.
─ Cheguei ontem, podemos nos encontrar amanhã? Pode ser às duas horas? ─ Indaga, encosto-me à mesa.
─ Sim claro. ─ Ergo o pulso para ver a hora. ─ Então, fica combinado assim nos encontramos amanhã às duas horas, pode ser naquele restaurante de sempre? ─ Ele disse que sim. Despeço-me do meu amigo, finalizo a chamada e coloco o celular no bolso da calça. Ainda sobre a mesa tiro o telefone do gancho para falar com a minha secretária, peço para cancelar qualquer reunião amanhã, porque vou encontrar com meu grande amigo. Se der tudo certo vou poder resolver os meus problemas.
BrunoJá estou no restaurante, vou até à hostess, informo que tenho uma mesa reservada, em seguida ela me leva até à mesa onde Amin já está me esperando. Agradeço a hostess e quando me aproximo da mesa, noto que tem uma mulher está ao lado do meu amigo. Noto que ela é muito bonita. Meu amigo ao me ver, se levanta para me cumprimentar.— Akhiraan! Pensei que não vinha mais! — Meu amigo comenta.— Desculpa a demora. Tive que resolver algumas coisas lá na empresa. — Puxo a cadeira para me sentar. A morena não para de me encarar. Olho para o meu amigo.— Nossa já estava esquecendo. Essa é a minha irmã, Samira. Antes de vir para o Brasil quando te conheci, ela estava em Dubai estudando e prometi que quando voltasse novamente traria ela p
Bruno— O SENHOR NÃO PODE ENTRAR! — Ouço a voz da minha secretária. Levanto-me para ver o que está acontecendo. A porta se abre e entra o meu amigo, o Amin. Parece irritado, mas por quê? ─ Desculpa senhor Write tentei impedir...— Tudo bem Laís. — Faço um aceno para ela deixando pra lá. — Pode ir.— Ela assentiu e fecha a porta nos deixando a sós. ─ O que hou... ─ Ele me corta.— COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO? ISSO FOI UMA TRAIÇÃO! — Olho para ele sem entender.— O que está dizendo? ─ Me aproximo e ele dá um soco em meu rosto, me pegando de surpresa. — AMIN?! Que merda! Por que fez isso?— Esqueceu o que fez com a minha irmã? — Ele esbraveja. E logo me recordo da
JulianaNem acredito que estou no Rio de Janeiro. Confesso que estou nervosa e ansiosa. Estou no táxi, falta pouco para chegar ao apartamento da minha melhor amiga, a Laís. Faz seis meses que não a vejo, depois que me informei como secretária executiva, trabalhei por três meses em uma empresa aqui onde moro em Itacoatiara. Mas decidi sair, pois, o meu chefe estava me assediando. E quando minha amiga me chamou para vir ao Rio de Janeiro, nem pensei duas vezes. Sei que coisas boas vão acontecer aqui. Sinto isso.— Chegamos. — Informa o taxista. Abro a minha bolsa para pagar a corrida. Em seguida ele sai do carro, vai até o porta-malas para pegar a minha mala e a deixa na calçada. Saio do carro fechando a porta. Me despeço do taxista que vai embora. Vou puxando a minha mala em direção ao interior do prédio e falo com o porteiro. Logo pergu
JulianaSaio às pressas do apartamento depois da noite de ontem quase perco a hora. Droga Juliana, logo no seu primeiro dia de trabalho vai chegar atrasada! Consigo pegar um elevador vazio, enquanto está descendo dá tempo de me arrumar, pego a necessaire e começo passar um rímel, em seguida um batom. Pronto! Uso meus dedos como pente para deixar meus cachos mais volumosos. Estou ótima. O elevador chega ao primeiro piso, cumprimento o porteiro e vou até à calçada, onde já tem um Uber me esperando, já tinha solicitado, enquanto estava no elevador.Acabei de chegar à empresa, olho a hora no celular, em cima da hora. Que sorte! Saio do carro, com o telefone na mão dou cinco estrelas pela rapidez que cheguei ao trabalho. Passo pela porta de vidro do prédio vou direto para recepção onde está uma loira e me identifico.<
BrunoEla sai e em seguida fecho a porta. Gostei dela... Escuto o meu celular tocar, vou até à minha mesa. Vejo que é Samira, o que ela quer? Melhor atender.— Oi Samira, estou no trabalho. O que você quer? — Pergunto, curto e grosso.— Só queria saber se está vindo para o jantar? — Solto ar e encosto na mesa.— Não precisa, quando chegar, vou à cozinha comer algo. E não precisa me esperar, pode ir dormir. — Digo, tentando ser gentil, mas ela insiste e acabo cedendo. Quando Samira quer uma coisa ela consegue. Me despeço dela, desligo o celular e vou pego alguns papéis que estão na mesa, não deixo de olhar o currículo da Juliana. Vem à minha mente como ela olhava para mim, com uma cisma..., mas por quê? Será isso que tem a ver com seu antigo t
JulianaO celular começa a tocar, me viro para o lado para desligar o alarme. Me levanto dando aquela espreguiçada e vou para o banheiro me arrumar para ir para trabalhar. Depois de sair do banho e os cabelos já penteados, volto para o quarto escolher a roupa. Pego no guarda-roupa o vestido tubinho justo reto social manga curta e os sapatos da mesma cor do vestido. Já estou pronta, vou para cozinha comer algo, pois,o meu estomago está roncando, quando chego à cozinha minha amiga está sentada tomando café.— Nossa! Como está linda! — Minha amiga e elogia e puxo a cadeira para me sentar.— É meu o primeiro dia de trabalho, não posso ir largada. Já basta ontem... — Tiro o pão do saco e passo manteiga.— Não acredito que aquela vaca da Ana Paula fez isso! &mdash
Bruno— Fala Amin o que você quer? — Ergo o braço para ver a hora. — Daqui uns quinze minutos tenho uma reunião com os fornecedores.— Vim convidar você para jantar, assim comemoramos... — O corto.— Comemorar o quê? — Questiono e ele se aproxima sorrindo.— A Samira me mostrou a ultrassonografia do bebê e é um menino! — Olho para ele não acreditando. Como assim?─ Você foi com ela nesse ultra? Desculpa, não acredito nessa gravidez, ela não me chama para ir para esses ultras e sem contar que a barriga dela não cresce que é bem estranho? — Dou as costas para ele indo à minha mesa e me preparo para reunião.─ Está insinuando o quê? Que Samira está inventando isso? — Pergunta
Juliana— Licença, senhor Write. — Abro a porta. Ele está mexendo no computador, parece cansado.Também teve duas reuniões, teve que sair às pressas para resolver a construção de uma nova loja de jóias no centro do Rio de Janeiro. Esse homem não para.— Olá Juliana, pode entrar. O que posso ajudar? — Encosta na cadeira e abre um sorriso quando me vê.— Hmm... — Encolho o ombro sem graça. — Queria saber se posso ir? Ou vai precisar de mim? —Levanta o braço para ver a hora.— Nossa! Já são 22h00! Pode sim, estava tão ocupado que não vi a hora passar. — Ergue a mão no seu cabelo jogando para trás. Senhor, esse homem está me provocando só pode! Me despeço e vou em dire&