As acusações de Sera pesavam cada vez mais.— Você sabia de toda a questão com Angeline e que seria impossível arrancar Jay dela, mas, para mostrar seu suposto amor maternal, você não apenas não me impediu, mas também me incentivou a mergulhar de cabeça nessa história. Você me mandou até aceitar os caprichos de Jack. Sua cabeça é doentia! Não vou levar a culpa sozinha por toda merda que aconteceu até aqui. — Madame Ares não sabia como responder aos berros da filha, então paralisou. Sera se levantou, ainda um pouco grogue, e cambaleou para fora. Sua mãe caiu em um dolorido choro silencioso.Enquanto o mundo das duas arruinava, Jay vivia a mais angustiada ansiedade. Pensava em como sua natureza muito crédula em relação ao que vinha ocorrendo, provocou consequências que não podia imaginar. Acometido pela culpa excruciante, poderia se espancar, caso conseguisse.Depois que saiu do Ryleigh Hospital, correu como um louco até o Garden of a Diary. No entanto, o lugar estava vazio. Não se
Sem escolha, agora que revelara, sem querer, a mentira, Zayne abriu o portão. Jay passou correndo pelo cunhado, e o choque entre os ombros derrubou o irmão de Angeline, facilmente. O Ares subiu as escadas correndo, como se entrasse em sua própria casa. Zayne ainda sentia vontade de impedi-lo, mas Lady Severe, percebendo a inquietude dele, balançou a cabeça e disse: — Deixe-o ir. Sua irmã está apaixonada e precisa ser tratada com amor. Por mais que não aprove, esse homem pode ser o antídoto para ela. — Zayne bateu os pés com raiva. — Antídoto?! Está mais para um veneno! — Lá em cima, Jay chegou no quarto de Angeline e abriu a porta, receoso. A moça estava deitada em sua cama, com seu cabelo escuro e brilhante bagunçado sobre sua linda face. No entanto, Jay a achou pálida, além de perceber que emagrecera. De olhos abertos, seus belos olhos pretos, como obsidiana, se revelavam. No entanto, suas olheiras profundas indicavam que a mulher estava extremamente abatida, complementando
Jay anunciou: — Estou levando Angeline para nossa casa. —Zayne, rapidamente, assumiu uma postura defensiva.— A casa dela é aqui! Ela já está em casa! — Jay segurou Angeline com firmeza. Embora o homem tivesse um histórico de agressividade, não pretendia arrumar uma briga com os Severe, ainda mais com Angeline naquele estado. Assim, sua voz demonstrou algum nível de compreensão e concessão, diante do que o cunhado dizia:— Zayne, não vamos brigar. Principalmente na frente de Angeline, que precisa de conforto para se recuperar. Por favor, nos dê licença. — Zayne chegou a ficar um pouco confuso com a postura de Jay. Não esperava que o homem demonstraria, tão explicitamente, alguma preocupação com os sentimentos de sua irmã, mesmo que ele a carregasse no colo, naquele momento.— Você, por acaso, recuperou as suas memórias? — Zayne indagou.Jay assentiu. — Pode-se dizer que sim. — Zayne, então, virou-se e perguntou à própria Angeline: — Meu bem, tem certeza de que quer
Jay estendeu a mão e moveu uma mecha solta para atrás da orelha dela, acariciando seu lindo rosto. O homem disse com dor no coração: — Você está tão magrinha, Angeline. Vou te alimentar melhor. — Zayne, que já tinha motivos para desgostar daquele homem, detestou testemunhar a cena. Além disso, era péssimo segurar vela como se fosse mesmo um motorista particular. Então, fitando Jay pelo espelho, berrou: — Não aja feito um bobalhão! Isso me causa vergonha alheia! — Jay franziu a testa. — Está incomodado com o quê? — O cunhado protestou: — Como não ficaria irritado por dirigir para o canalha que arruinou a vida de minha irmã? Parece que estou levando Angeline para um abatedouro! — Jay o encarou, com o semblante muito duro. — Zayne, você esquece que Angeline não é uma posse de sua família. Além disso, ela me escolheu. — O motorista temporário ficou mudo por um instante, então disparou:— Você é louco! — O homem, então, revelou a sua personalidade dominadora, completa
Jay carregou Angeline até o quarto e a colocou delicadamente na cama. Embora soubesse que a moça não se encontrava exatamente em condições de escutá-lo com perfeição, ainda tentava obter seu consentimento sobre a necessidade de lhe dar um banho. — Hora de tomar banho, querida. — Quando ele estendeu a mão para tirar sua roupa, Angeline segurou o botão da blusa e se recusou a soltar. Com receio de que a jovem entendesse mal as suas intenções, Jay se aproximou de seu ouvido e sussurrou: — Vou te dar um banho. Tudo bem? —Angeline era muito tímida, por isso corou. Jay soltou um sorriso carinhoso, exaltando sua beleza divina e exercendo sua atração magnética.— Está com vergonha, Angeline? — Disse enquanto acariciava a bochecha dela com delicadeza.As reações da moça o permitiram entender que ela, de fato, conservava certo grau de audição. Na verdade, nunca deixou de escutar uma só palavra, apenas se sentia mal e por isso se comportava de maneira pouco reativa. Pensava que acabaria
Angeline caiu na gargalhada. Tudo era apenas uma brincadeira para deixar Jay aflito. Instantaneamente, o homem soltou um sorriso aliviado. Ele a pegou e disse: — Vamos tomar banho! —Angeline enterrou a cabeça em seu peito, sentindo toda timidez do mundo, e Jay não resistiu à vontade de provocá-la. — A propósito, eu fui ao shopping outro dia e comprei uma roupa de dormir linda, para você. Vou te vestir mais tarde, ok? — Angeline era tão tímida que seu rosto ficou vermelho como um tomate. Jay trouxe a roupa de dormir, que na verdade era uma lingerie muito reveladora e erótica.— Não! — Ela protestou.Em pouco tempo, as vozes dos dois vinham do banheiro, revelando como se sentiam bem por estarem juntos novamente e compartilhando bons e simples momentos. Naquela noite, Angeline se aninhou nos braços de Jay e dormiu profundamente.No dia seguinte, Zayne apareceu no Garden of a Diary bem cedo, pela manhã. Pelas batidas agressivas na porta, Jay pensou que uma desgraça acontecera, m
Fora da casa havia dois carros de luxo. Josephine saiu de um deles, mascando chiclete, usando um par de óculos escuros e um vestido sexy. Então, pisando elegantemente com seus saltos, a mulher caminhou até o luxuoso Rolls-Royce preto estacionado atrás e deu pancadinhas no vidro. e gritou: — Ei! —O vidro baixou e Jenson a encarou, zombeteiro, mas sem dizer nada. Josephine supusera que encontraria Jay, já que o carro era dele. Já não via Jenson há mais de três anos, e agora ele era um rapaz elegante e bonito. Seus traços faciais já portavam o charme de um homem, principalmente por conta do desinteresse natural que demonstrava por tudo. Jenson era, simplesmente, uma cópia mais jovem de Jay. Josephine exclamou, surpresa: — Jenson! — O rapaz franziu a testa e respondeu: — Você ainda grita muito, não é? — Ele saiu do carro graciosamente e caminhou em direção ao portão da mansão. Josephine ficou desgostosa com o comentário, mas aturou.‘O garoto me repreendeu? Já fui mais respe
— Uma lunática. — Depois de ouvir o que o jovem disse, Zayne não pretendia mais abrir a porta. A feição de Jay demonstrou alguma tensão, enquanto ele suspirava. — Você está falando da tia Josephine? — Jenson, relutante, assentiu. Zayne achou um absurdo e rapidamente correu para abrir a porta. Josephine segurava os sapatos nas mãos e berrava enquanto apertava a campainha. Quando a porta se abriu, a mulher entrou correndo, desviando de Zayne, pronta para acertar os calçados no jovem.— Jens, seu malcriado! Faz tantos anos desde a última vez que te vi, mas você não me cumprimentou e ainda me fez tropeçar. O tombo doeu, viu!? Seu peste! — A mulher caçou Jenson, fula da vida, mas o jovem correu escada acima e pulou direto da metade dos degraus para o segundo andar. Josephine não conseguiu acompanhar. — Que pulo absurdo foi esse?! Você é algum animal?! — Jenson apenas respondeu: — Não gosto que as pessoas me toquem! —A mulher rebateu: — Mas eu sou sua tia! Você não vai per