Fora da casa havia dois carros de luxo. Josephine saiu de um deles, mascando chiclete, usando um par de óculos escuros e um vestido sexy. Então, pisando elegantemente com seus saltos, a mulher caminhou até o luxuoso Rolls-Royce preto estacionado atrás e deu pancadinhas no vidro. e gritou: — Ei! —O vidro baixou e Jenson a encarou, zombeteiro, mas sem dizer nada. Josephine supusera que encontraria Jay, já que o carro era dele. Já não via Jenson há mais de três anos, e agora ele era um rapaz elegante e bonito. Seus traços faciais já portavam o charme de um homem, principalmente por conta do desinteresse natural que demonstrava por tudo. Jenson era, simplesmente, uma cópia mais jovem de Jay. Josephine exclamou, surpresa: — Jenson! — O rapaz franziu a testa e respondeu: — Você ainda grita muito, não é? — Ele saiu do carro graciosamente e caminhou em direção ao portão da mansão. Josephine ficou desgostosa com o comentário, mas aturou.‘O garoto me repreendeu? Já fui mais respe
— Uma lunática. — Depois de ouvir o que o jovem disse, Zayne não pretendia mais abrir a porta. A feição de Jay demonstrou alguma tensão, enquanto ele suspirava. — Você está falando da tia Josephine? — Jenson, relutante, assentiu. Zayne achou um absurdo e rapidamente correu para abrir a porta. Josephine segurava os sapatos nas mãos e berrava enquanto apertava a campainha. Quando a porta se abriu, a mulher entrou correndo, desviando de Zayne, pronta para acertar os calçados no jovem.— Jens, seu malcriado! Faz tantos anos desde a última vez que te vi, mas você não me cumprimentou e ainda me fez tropeçar. O tombo doeu, viu!? Seu peste! — A mulher caçou Jenson, fula da vida, mas o jovem correu escada acima e pulou direto da metade dos degraus para o segundo andar. Josephine não conseguiu acompanhar. — Que pulo absurdo foi esse?! Você é algum animal?! — Jenson apenas respondeu: — Não gosto que as pessoas me toquem! —A mulher rebateu: — Mas eu sou sua tia! Você não vai per
Angeline começou, com dor no coração: — Seus instintos estavam certos, Josephine. Você foi gravemente ferida naquela época. Aquela pessoa, além de tudo, te extraiu um rim. — Os olhos de Josephine se arregalaram de horror quando ela murmurou: — Se for esse o caso, de quem é o rim no meu corpo agora? — Os olhos de Angeline ficaram úmidos e sua voz saiu embargada, mas finalmente disse: — Zayne. — Os lindos olhos de Josie não podiam piscar, enquanto lágrimas brotavam, antes de finalmente escorrerem por seu rosto. Ela se ajoelhou e deitou a cabeça no colo de Angeline, chorando com cada vez mais intensidade. Em seguida, colocou um dos punhos em frente a boca, tentando se conter. Angeline, muito compreensiva, estendeu a mão, gradualmente, até o ombro trêmulo de Josephine. — Chore o quanto precisar, Josie. Pode chorar, meu bem. — A moça, então, abraçou Josephine e chorou copiosamente, como se as lágrimas viessem da alma.— Por que ele não me contou antes? Por tantos anos eu o
Zayne percebeu que Josephine o encarava e, com ceticismo, perguntou: — Que olhar é esse em sua cara Josephine? Eu fiz alguma coisa? Não me deixe apavorado assim! — Josephine, surpreendida, deixou escapar: — Como está Shirley?! — A mulher sentiu uma onda de emoções e sentimentos, especialmente gratidão e respeito, quando citou o nome do anjo, Shirley, que, tão silenciosamente, deu a ela e a Zayne uma nova chance na vida, e agora no amor.Zayne respondeu: — Shirley fará uma cirurgia amanhã. Estou confiante que tudo dará certo! Assim, ela definitivamente ficará bem! —Josephine sorriu levemente. Quando viu o quanto Zayne se importava com Shirley, não sentiu ciúme. Pelo contrário, uma sensação de calma e alívio tomou conta de seu coração.— Depois me informe qual o melhor horário para que eu possa ir fazer uma visita. Quero aparecer, para dar apoio. — Zayne estranhou, mas não protestou. Angeline complementou: — Você pode levar meu recado a Shirley, então, Josie? Diga a ela
Para pai e filho aquela era uma notícia péssima. Jenson, ainda por cima, tinha TOC. Jay gritou: — Lave a tampa, Josephine! Por favor! — Josephine inspecionou a tampa a olho nu e berrou de volta: — Mas está limpa! Não vejo sujeira nela. — Morrendo de vontade de escapar, Jenson se levantou, quase em pânico. — Mãe, pai, vou buscar Zetty, na escola. — Angeline perguntou, curiosa: — Ainda não é um pouco cedo para sua irmã sair da aula? — Sabendo que Jenson definitivamente nunca experimentaria a comida do casal desastroso, Jay o ajudou a sair da situação:— Jens esteve ocupado lidando com os assuntos da empresa o dia todo ontem e ainda nem pôde ver sua irmã. Vá, meu filho! — — Está bem, então. — Angeline concordou. Na cozinha, Zayne e Josephine se atrapalhavam, completamente, enquanto tentavam articular suas funções. A essa altura, toda a pia já estava cheia de água e um monte de panelas desnecessárias estavam fora do lugar. Os dois se entreolharam e caíram na gargalhada
Josephine e Zayne esperavam obter reconhecimento por seu trabalho com os pratos fritos, mesmo que parecessem queimados. Jay, no entanto, recusou-se a comer a gororoba. Josie, sem escolha, recorreu à bela e gentil Angeline. — Experimente a couve-flor, Angeline, minha irmãzinha do coração. — Assim que a sua irmã pegou a couve-flor, Jay a impediu de alimentar Angeline, como se o alimento fosse veneno. Com a reação, um pouco da comida caiu na mesa.— Eu me esforcei muito para fazer isso, Jay! — Josephine protestou.Jay não se comoveu por ter magoado a irmã e tratou apenas de pegar a sopa que serviria a Angeline. No entanto, a esposa o surpreendeu com um pedido.— Eu quero experimentar a comida de Josie. — Josephine encarou Jay um olhar presunçoso, mas o homem negou o pedido da amada, com tato. — Angeline, a comida deles não foi cozida direito, e quando entrei na cozinha, estavam fritando legumes com detergente. Deixei passar sem dizer nada, mas isso daí nem é comestível. — Ang
— Ele te evitou por anos porque tinha medo de que uma relação entre vocês se transformasse em um fardo, depois de algum tempo. Quando minha saúde piorou, Zayne quis realizar meu último desejo. Eu cresci em um orfanato e sempre quis um lar, então ele se casou comigo simplesmente porque queria me retribuir. — Shirley explicava a Josie com detalhes. — Quando, graças aos céus, Zayne se recuperou, certamente não tocou no assunto do divórcio porque estava preocupado com minha saúde. Com certeza é um homem meio bobão, mas é muito gentil. Josephine, entende que nada aconteceu entre nós? — — Eu sei, Shirley. Eu sei de tudo. — Josephine chorava.— Fico feliz em ouvir isso. — Shirley se sentiu muito aliviada.Ainda segurando a mão de Shirley, Josie sorriu em meio às lágrimas e disse: — Angeline me contou tudo. De agora em diante, assim como ela, vou te tratar como uma irmã para mim, entendeu? Te considero alguém de minha família! —Shirley concordou, apertando os olhos, emocionada.Quando
Sabendo que um único rapaz não poderia enfrentar sozinho aquele grupo de encrenqueiros, a garota se colocou entre seu salvador e os brigões. Zetty acreditava que a melhor saída seria manipular o grupo, então começou a bajulá-los. — Meu namorado não pode lutar. Por favor, me perdoe. Você só quer que eu vá ao bar com você, certo? Eu vou! —Jenson ficou revoltado e encarou Zetty. — O que você está fazendo? — A garota sussurrou: — Um homem sábio não luta quando as chances estão contra ele. Corra! Eu vou lá, ver qual é a desses idiotas. Se a situação se complicar eu grito por ajuda na rua. Vai embora logo! Eu estou mandando! — Jenson ficou em silêncio, vendo a garota tentar protegê-lo. Resolveu dizer:— Está louca, Zetty? Você sabe o que querem fazer com você. Talvez você nem consiga voltar para casa depois. Que papo é esse de fugir? — A jovem queria chorar, mas não tinha lágrimas. Sabia mesmo o que fariam com ela, caso fosse, mas não via como escapar daquilo. Para sua surpres