Jay carregou Angeline até o quarto e a colocou delicadamente na cama. Embora soubesse que a moça não se encontrava exatamente em condições de escutá-lo com perfeição, ainda tentava obter seu consentimento sobre a necessidade de lhe dar um banho. — Hora de tomar banho, querida. — Quando ele estendeu a mão para tirar sua roupa, Angeline segurou o botão da blusa e se recusou a soltar. Com receio de que a jovem entendesse mal as suas intenções, Jay se aproximou de seu ouvido e sussurrou: — Vou te dar um banho. Tudo bem? —Angeline era muito tímida, por isso corou. Jay soltou um sorriso carinhoso, exaltando sua beleza divina e exercendo sua atração magnética.— Está com vergonha, Angeline? — Disse enquanto acariciava a bochecha dela com delicadeza.As reações da moça o permitiram entender que ela, de fato, conservava certo grau de audição. Na verdade, nunca deixou de escutar uma só palavra, apenas se sentia mal e por isso se comportava de maneira pouco reativa. Pensava que acabaria
Angeline caiu na gargalhada. Tudo era apenas uma brincadeira para deixar Jay aflito. Instantaneamente, o homem soltou um sorriso aliviado. Ele a pegou e disse: — Vamos tomar banho! —Angeline enterrou a cabeça em seu peito, sentindo toda timidez do mundo, e Jay não resistiu à vontade de provocá-la. — A propósito, eu fui ao shopping outro dia e comprei uma roupa de dormir linda, para você. Vou te vestir mais tarde, ok? — Angeline era tão tímida que seu rosto ficou vermelho como um tomate. Jay trouxe a roupa de dormir, que na verdade era uma lingerie muito reveladora e erótica.— Não! — Ela protestou.Em pouco tempo, as vozes dos dois vinham do banheiro, revelando como se sentiam bem por estarem juntos novamente e compartilhando bons e simples momentos. Naquela noite, Angeline se aninhou nos braços de Jay e dormiu profundamente.No dia seguinte, Zayne apareceu no Garden of a Diary bem cedo, pela manhã. Pelas batidas agressivas na porta, Jay pensou que uma desgraça acontecera, m
Fora da casa havia dois carros de luxo. Josephine saiu de um deles, mascando chiclete, usando um par de óculos escuros e um vestido sexy. Então, pisando elegantemente com seus saltos, a mulher caminhou até o luxuoso Rolls-Royce preto estacionado atrás e deu pancadinhas no vidro. e gritou: — Ei! —O vidro baixou e Jenson a encarou, zombeteiro, mas sem dizer nada. Josephine supusera que encontraria Jay, já que o carro era dele. Já não via Jenson há mais de três anos, e agora ele era um rapaz elegante e bonito. Seus traços faciais já portavam o charme de um homem, principalmente por conta do desinteresse natural que demonstrava por tudo. Jenson era, simplesmente, uma cópia mais jovem de Jay. Josephine exclamou, surpresa: — Jenson! — O rapaz franziu a testa e respondeu: — Você ainda grita muito, não é? — Ele saiu do carro graciosamente e caminhou em direção ao portão da mansão. Josephine ficou desgostosa com o comentário, mas aturou.‘O garoto me repreendeu? Já fui mais respe
— Uma lunática. — Depois de ouvir o que o jovem disse, Zayne não pretendia mais abrir a porta. A feição de Jay demonstrou alguma tensão, enquanto ele suspirava. — Você está falando da tia Josephine? — Jenson, relutante, assentiu. Zayne achou um absurdo e rapidamente correu para abrir a porta. Josephine segurava os sapatos nas mãos e berrava enquanto apertava a campainha. Quando a porta se abriu, a mulher entrou correndo, desviando de Zayne, pronta para acertar os calçados no jovem.— Jens, seu malcriado! Faz tantos anos desde a última vez que te vi, mas você não me cumprimentou e ainda me fez tropeçar. O tombo doeu, viu!? Seu peste! — A mulher caçou Jenson, fula da vida, mas o jovem correu escada acima e pulou direto da metade dos degraus para o segundo andar. Josephine não conseguiu acompanhar. — Que pulo absurdo foi esse?! Você é algum animal?! — Jenson apenas respondeu: — Não gosto que as pessoas me toquem! —A mulher rebateu: — Mas eu sou sua tia! Você não vai per
Angeline começou, com dor no coração: — Seus instintos estavam certos, Josephine. Você foi gravemente ferida naquela época. Aquela pessoa, além de tudo, te extraiu um rim. — Os olhos de Josephine se arregalaram de horror quando ela murmurou: — Se for esse o caso, de quem é o rim no meu corpo agora? — Os olhos de Angeline ficaram úmidos e sua voz saiu embargada, mas finalmente disse: — Zayne. — Os lindos olhos de Josie não podiam piscar, enquanto lágrimas brotavam, antes de finalmente escorrerem por seu rosto. Ela se ajoelhou e deitou a cabeça no colo de Angeline, chorando com cada vez mais intensidade. Em seguida, colocou um dos punhos em frente a boca, tentando se conter. Angeline, muito compreensiva, estendeu a mão, gradualmente, até o ombro trêmulo de Josephine. — Chore o quanto precisar, Josie. Pode chorar, meu bem. — A moça, então, abraçou Josephine e chorou copiosamente, como se as lágrimas viessem da alma.— Por que ele não me contou antes? Por tantos anos eu o
Zayne percebeu que Josephine o encarava e, com ceticismo, perguntou: — Que olhar é esse em sua cara Josephine? Eu fiz alguma coisa? Não me deixe apavorado assim! — Josephine, surpreendida, deixou escapar: — Como está Shirley?! — A mulher sentiu uma onda de emoções e sentimentos, especialmente gratidão e respeito, quando citou o nome do anjo, Shirley, que, tão silenciosamente, deu a ela e a Zayne uma nova chance na vida, e agora no amor.Zayne respondeu: — Shirley fará uma cirurgia amanhã. Estou confiante que tudo dará certo! Assim, ela definitivamente ficará bem! —Josephine sorriu levemente. Quando viu o quanto Zayne se importava com Shirley, não sentiu ciúme. Pelo contrário, uma sensação de calma e alívio tomou conta de seu coração.— Depois me informe qual o melhor horário para que eu possa ir fazer uma visita. Quero aparecer, para dar apoio. — Zayne estranhou, mas não protestou. Angeline complementou: — Você pode levar meu recado a Shirley, então, Josie? Diga a ela
Para pai e filho aquela era uma notícia péssima. Jenson, ainda por cima, tinha TOC. Jay gritou: — Lave a tampa, Josephine! Por favor! — Josephine inspecionou a tampa a olho nu e berrou de volta: — Mas está limpa! Não vejo sujeira nela. — Morrendo de vontade de escapar, Jenson se levantou, quase em pânico. — Mãe, pai, vou buscar Zetty, na escola. — Angeline perguntou, curiosa: — Ainda não é um pouco cedo para sua irmã sair da aula? — Sabendo que Jenson definitivamente nunca experimentaria a comida do casal desastroso, Jay o ajudou a sair da situação:— Jens esteve ocupado lidando com os assuntos da empresa o dia todo ontem e ainda nem pôde ver sua irmã. Vá, meu filho! — — Está bem, então. — Angeline concordou. Na cozinha, Zayne e Josephine se atrapalhavam, completamente, enquanto tentavam articular suas funções. A essa altura, toda a pia já estava cheia de água e um monte de panelas desnecessárias estavam fora do lugar. Os dois se entreolharam e caíram na gargalhada
Josephine e Zayne esperavam obter reconhecimento por seu trabalho com os pratos fritos, mesmo que parecessem queimados. Jay, no entanto, recusou-se a comer a gororoba. Josie, sem escolha, recorreu à bela e gentil Angeline. — Experimente a couve-flor, Angeline, minha irmãzinha do coração. — Assim que a sua irmã pegou a couve-flor, Jay a impediu de alimentar Angeline, como se o alimento fosse veneno. Com a reação, um pouco da comida caiu na mesa.— Eu me esforcei muito para fazer isso, Jay! — Josephine protestou.Jay não se comoveu por ter magoado a irmã e tratou apenas de pegar a sopa que serviria a Angeline. No entanto, a esposa o surpreendeu com um pedido.— Eu quero experimentar a comida de Josie. — Josephine encarou Jay um olhar presunçoso, mas o homem negou o pedido da amada, com tato. — Angeline, a comida deles não foi cozida direito, e quando entrei na cozinha, estavam fritando legumes com detergente. Deixei passar sem dizer nada, mas isso daí nem é comestível. — Ang