ANASTASIA— Amie... — Gemi enquanto ria. — Você ainda não terminou? Minha mão está doendo.Amie riu baixinho.— Mantenha o rosto do jeito que estava antes. Preciso acertar os seus lábios.Com um suspiro, ergui as mãos no ar e abri um sorriso enorme. Eu não entendia por que ela queria me desenhar desse jeito.Naquele momento, no quarto de hospital de Amie, eu estava sentada de pernas cruzadas, com as mãos erguidas e um grande sorriso no rosto.Fiquei naquela posição por mais alguns minutos até que Amie largou seu caderno de desenho e bateu palmas.— Terminei! Mamãe, você ficou muito bonita.Amie passava tanto tempo no hospital desenhando que estava melhorando cada vez mais. Então, quando me joguei ao lado dela na cama para ver o desenho, fiquei chocada ao me deparar com uma figura esquelética rabiscada no papel. Tinha os braços erguidos, as pernas cruzadas em um X e dentes que quase ocupavam todo o rosto.Olhei para Amie, me perguntando se ela tinha feito aquilo de propósito ou se realm
ANASTASIAO rosto de Clara se virou para o lado com o impacto da palmada retumbante que eu acabou de dar em suas bochechas.Ela recuou, se agarrou ao rosto e ficou olhando para o chão por um longo tempo.Aquela palmada foi a coisa mais insignificante que eu queria fazer com ela. Eu estava literalmente me segurando para não jogar insultos em sua cara enquanto a espancava. Mas o que adiantaria? Absolutamente nada. As coisas já tinham acontecido, já tinham passado.— Você descobriu. — Veio sua voz baixa. — Dennis te contou, não foi?— Eu não consigo acreditar que você o chantageou para que ficasse quieto sobre algo assim. Você acha que ele é como você? Uma fingida? Você sorri para mim, mas lá no fundo você me odeia por... — Fiz aspas no ar com os dedos. — Levando o Aiden para longe de você.Clara permaneceu ali, sem dizer nada.— Clara, como você pode fazer isso? Você era minha amiga! Eu confiei em você. Eu te contei tudo, busquei seus conselhos em literalmente tudo o que eu fazia.Levant
Eu acho que ambas estavam erradas de certa forma, mas Clara não deveria ter feito aquilo. Ah, ela não deveria. Ela foi longe demais. Ela sabia que eu tinha engravidado dele e não disse nada. Se não fosse por mais nada, pelo menos pelo bem do bebê, ela deveria ter me contado a verdade. Mas não, ela me viu lutar sozinha para criar a Amie.Ela estava lá todas as noites em que eu chorava em silêncio para não acordar a Amie, porque tudo estava ficando demais. Ela estava lá o tempo todo. Ela estava lá para ver brutalmente a Amie crescer sem um pai. Meu Deus! Ela porra costumava acariciar a Amie para ela parar de chorar pedindo pelo pai!E aquilo só me deixava mais furiosa. Como ela ousava dizer que amava a Amie quando ela tirou uma parte importante da vida dela.— Você não tem justificativa para suas ações, Clara. — Minha voz tremia, mas eu continuei falando. — Se não fosse por nada, deveria ter pensado na Amie e me contado, mas você fez a menina crescer sem pai!— O Dennis estava lá, não es
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e afrouxei a gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, algo que e
Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp
Ponto de vista da Sydney— Joguei aquele maldito acordo no triturador. Ele falou, logo depois acrescentando: — Já cancelei uma reunião importante por você, não posso perder mais tempo.Ele não tinha mudado nada. Continuava sendo o mesmo homem raivoso e impaciente que eu havia deixado para trás, que pensava que o mundo girava a volta dele. Ou, melhor falando, “que o meu mundo girasse a volta dele”. Se ele não queria perder seu precioso tempo, então por que diabos ele me seguiu até ali?Se ele jogou os documentos no triturador, queimou com um isqueiro ou guardou em qualquer lugar, nada daquilo era problema meu.Afastei-me da porta e o encarei com raiva.— A minha intenção de me divorciar é séria e solene. Se você não aceitar um divórcio amigável, então eu terei que entrar com um processo de divórcio. Isso só vai desperdiçar mais do seu tempo ‘precioso’, ‘grande homem’! — Deixei isso bem claro.Em certo ponto, a minha mente vagou para pensar no homem que ainda estava escondido nalgum luga