Ela engasgou e cobriu a boca com as duas mãos.— Tem dois de você. — Sua mão se moveu no ar ao lado da minha cabeça, e ela engasgou ainda mais alto, seus olhos se arregalaram. — Uau, você tem um irmão gêmeo!Balancei a cabeça e desisti de tentar entender suas palavras. Peguei sua bolsa que estava sobre a mesa, ao lado de duas bandejas, cada uma com três copos e mais um separado.— Senhor, ela ainda não pagou pela quarta bebida. — Avisou o barman.— Deixe por minha conta. — Respondi e me apressei a ajudar Ana a sair.Ao destravar a porta e ajudá-la a entrar no carro, ela continuava insistindo para que eu deixasse “meu irmão gêmeo” entrar também.Enquanto eu dirigia até a casa dela, ela continuou balbuciando palavras sem sentido até que, aos poucos, foi silenciando e acabou adormecendo.Lancei um olhar para ela e sorri ao ver ela tão tranquila e bonita dormindo. Mas, em seguida, meu sorriso desapareceu ao me perguntar por que ela havia se embriagado daquele jeito.Estacionei em frente ao
AIDENHavia tantos cenários na minha cabeça, tantas palavras que eu já não conseguia mais prestar atenção na estrada enquanto dirigia. Depois de quase bater na lateral de um carro, puxei bruscamente para o lado da estrada.Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos com força. De todos os pensamentos que assolavam minha mente, o que mais me confundia eram as palavras de Sharon.Franzi as sobrancelhas enquanto murmurava para mim mesmo:— Uma mulher casada com uma criança?Depois das mentiras que ela contou para o Aba e o fato que ela sequer quis admitir que havia feito algo errado, parei de ouvir ela, estava tão irritado que nem conseguia olhar para ela, mas aquelas palavras em particular me atingiram. Quase parei para perguntar o que ela queria dizer quando disse que eu estava indo atrás de uma mulher casada com uma criança, mas não o fiz. Pelo que eu sabia, ela poderia estar inventando mentiras.Mas eu não conseguia parar de pensar naquilo. Não podia simplesmente tratar aquelas palavr
Subindo a entrada da garagem, avistei o mesmo carro que tinha visto no estacionamento da minha empresa um tempo atrás. Parecia ter se passado uma eternidade, mas eu ainda me lembrava vividamente do rosto daquele homem.De repente, parei no meio do caminho. Finalmente, consegui me lembrar do nome dele.Dennis. Sim. Aquele homem era Dennis, um colega da universidade. Ele não havia mudado muito, apenas sua aparência e modo de se vestir estavam diferentes. Nós não éramos amigos nem conhecidos, mas eu sabia quem ele era. Todo mundo conhecia Dennis.Meu coração se partiu. Cerrei os dentes e continuei andando em direção à porta da frente.Como aquilo podia estar acontecendo? Por que justamente ele acabou ficando com ela?"Não tire conclusões precipitadas.", lembrei a mim mesmo. Eu precisava descobrir se o que eu havia visto e concluído era realmente o que parecia ser.A porta da frente estava entreaberta. Resistindo ao impulso de simplesmente entrar, bati levemente os nós dos dedos contra a m
ANASTASIAPela primeira vez em cinco anos, acordei com os braços de alguém ao meu redor e uma dor de cabeça latejante.Imediatamente soube que a dor era consequência da minha bebedeira imprudente no dia anterior, mas franzi a testa ao notar o braço forte e musculoso sobre minha barriga. Tentei me lembrar do que havia acontecido na noite passada, mas nada me veio à mente.Com uma expressão confusa, me virei no abraço da pessoa e fiquei cara a cara com Dennis, que dormia tranquilamente. Então minhas lembranças voltaram. As memórias vieram como uma onda avassaladora, fazendo meus lábios se curvarem em um sorriso enquanto eu o observava.Eu estava envolvida em seu abraço, minhas costas apoiadas contra seu peito firme, enquanto um cobertor cobria nossos corpos nus.Imagens vívidas de tudo o que ele havia me feito passaram rapidamente pela minha mente, me fazendo desviar o olhar como se ele pudesse ver meus pensamentos. Senti minhas bochechas esquentarem e corei sozinha.Eu sempre acreditava
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e afrouxei a gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, algo que e
Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp