— Ei, vocês ainda estão por aqui?Eu falei as primeiras palavras que me vieram à mente enquanto me afastava para deixá-los entrar, agradecendo a Deus por minha voz não ter tremido, como normalmente acontecia.— Sim, estamos dando o nosso melhor no projeto que o chefe nos pediu para trabalhar. Quem não quer impressionar o novo chefe? Respondeu uma delas enquanto apertava o botão para o andar que iriam.— Meu Deus, vamos todos para o último andar. Agora não há esperança de ficar sozinha novamente. Mais um motivo para que eu realmente precise sair daqui.As outras deram respostas matizadas que eu nem consegui acompanhar.Então, uma delas franziu o cenho:— Estou surpresa que você ainda esteja aqui, você normalmente sai mais cedo.Ah, eu geralmente saio cedo para buscar minha filha na escola, mas agora ela está presa em uma cama de hospital e está brava comigo porque não tem pai.— Também estou trabalhando até tarde. Sabe, com a viagem e tudo mais, uma parte do meu trabalho ficou sem aten
ANASTASIAVirei-me de repente, curiosa para ver quem era e o que eu tinha deixado cair. Olhei ao redor por um tempo e meus olhos rapidamente se fixaram na mulher absolutamente deslumbrante que desfilava em minha direção, vindo do edifício TasteTech, como se estivesse em uma passarela, com seu olhar me paralisando. Seus quadris balançavam de um lado para o outro com um ritmo hipnotizante, conferindo um toque extra de elegância a cada passo. Não pude deixar de ficar encantada com a fluidez de seus movimentos, inspirada na total confiança de cada passo que dava. Meu olhar percorreu seu corpo da cabeça aos pés novamente, absorvendo o balanço de seus quadris e examinando o sorriso amigável, porém irônico, que adornava seus lábios, e então eu soube, sem dúvida, quem ela era. Mas outra coisa que reconheci foi o traje que ela usava: calças e blazer de veludo vermelho, exatamente aquele que a Clara lamentara. O mesmo blazer que a mulher com o Aiden, há pouco, havia deixado jogado sobre a
— Isso mesmo! Ela exclamou, animada. — Estou muito feliz.Ela suspirou sonhadoramente: — O Aiden é um homem tão bom e um amante tão carinhoso; sou tão sortuda por estar prestes a me casar com ele.— Vamos nos casar em breve. Espera um segundo.Ela fez uma performance, revirando sua bolsa de grife por um tempo, até que seu rosto se fechou em um franzir de sobrancelhas.— Sinto muito, Ela fez um biquinho, com uma expressão de pesar no rosto. — Eu ia te dar o convite do casamento, mas não trouxe nenhum. Mas não se preocupe.Ela bateu palmas, com os olhos se arregalando num misto de empolgação. — Vou me certificar de te convidar para o casamento como uma convidada VIP! Porque você merece. Sinto que, de certa forma, você ajudou a moldar o Aiden no homem que ele é hoje. É tão triste que vocês dois não tenham dado certo.Engoli um enorme nó na garganta. Eu vinha engolindo tudo isso desde que ela começou a falar, lutando para segurar as lágrimas e não desabar ali em público, na frente da
AIDENReduzi o passo e finalmente parei diante das fileiras de cubículos. No quinto cubículo da quarta fileira, Ana estava sentada, com as costas eretas e concentrada no trabalho. Sabia disso porque alguns funcionários próximos notaram minha presença e me lançaram sorrisos tímidos acompanhados de acenos, às vezes sussurrando entre si enquanto fingiam estar focados em suas tarefas. Em meio a tudo isso, a cabeça de Anastasia permanecia baixa, com os dedos trabalhando freneticamente enquanto ela digitava, às vezes parando para revisar um arquivo volumoso ao seu lado.Fiquei ali, por alguns minutos, apenas observando-a. Queria poder me aproximar e conversar com ela. Queria pedir desculpas pelo que aconteceu, mas não conseguia. Pelo menos, sabia que ela não desejaria isso. Mesmo agora, tomava cuidado para não demonstrar que meu olhar se fixava em Ana mais do que nos outros. Alguns dos rumores sobre nós já tinham chegado aos meus ouvidos, e o último que eu queria era que isso se intensificas
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e desapertei a minha gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, al
Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp