AIDEN Lentamente, sentei-me, retornando do paraíso que me envolveu ao sentir Ana em meus braços. Minha mente estava enevoada, recusando-se a clarear enquanto eu olhava para a porta por onde ela fugira e a fechara com força. Eu desejava desesperadamente nossa reconciliação, queria que nosso amor florescesse novamente, mas não dessa maneira. Não que eu não tivesse gostado do que aconteceu. Eu amei cada segundo. Queria que ela não tivesse surtado e saído correndo, mas eu queria que remendássemos as coisas aos poucos. Queria que ela entendesse que tudo não passara de um grande mal-entendido. Que eu nunca a teria traído de maneira tão mesquinha. Talvez, até mostrasse a gravação de voz para ela. Quando senti uma presença ao meu redor e um toque em meu rosto, abri os olhos e fiquei chocado ao vê-la. Até o momento em que seus dedos se enterraram nos meus cabelos e ela me beijou de volta, eu estava convencido de que estava sonhando. Quando a vi bem na minha frente, ainda eufórico por es
Balanceei a cabeça e olhei ao longe para os homens, que já haviam se levantado cedo para trabalhar, enquanto recordava os dias sombrios após sua partida, murmurando: — Tudo desmoronou depois disso.Martin permaneceu em silêncio, e eu quase podia sentir a culpa e o arrependimento emanando dele.— Sinto muito mesmo, Aiden.— Vamos, isso já passou. Está tudo bem. Forcei um sorriso rígido para amenizar a culpa do rapaz, mas acho que ele percebeu através dele.— Não, não está.Ele balançou a cabeça. — Por ter me tratado do jeito que tratou, mesmo correndo o risco de uma punição justa da polícia, você me obrigou a revelar a verdade de todas as maneiras possíveis. Ele sacudiu a cabeça novamente, suspirando, — Eu arruinei algo belo por tão pouco.Eu já não conseguia mais manter o sorriso falso. Ele estava certo. Ele arruinou algo belo… ele e o canalha que o mandou fazer algo tão perverso. Como está a vida dele agora? Como ele tem se saído depois de tudo o que fez? Será que ele está vivend
ANASTASIANão consegui dormir nem um cochilo depois que retornei ao meu quarto inundado. Você pensaria que um quarto alagado me incomodaria, mas essa era a última coisa em minha mente enquanto eu me deitava na cama que, felizmente, não havia sido submersa na poça d’água. Não havia outro lugar para dormir no meio da noite; além disso, eu não estava a fim de passar o resto da noite cercada por outras pessoas naquele momento.Não conseguia tirar da cabeça o que havia acontecido no quarto do Aiden e o que quase deixei acontecer. Ao mesmo tempo, não parava de me repreender.— Por quê, Ana? Por quê? — dissera eu para o quarto vazio, enquanto fitava o teto marrom, franzindo as sobrancelhas ao sentir uma dor pulsante nas têmporas.Suspirei alto e me remexi na cama, parando por um instante quando cheguei tão perto da borda que temi cair.— O que isso significa? Eu pensei que já tinha superado ele. Achei que o retorno dele não faria diferença na minha vida.Eu devia saber que estava longe de ter
Esperei ouvir a voz do Aiden, mas ele não disse nada. Houve um longo silêncio, e quase pensei que eles já haviam terminado de conversar, até que a outra voz voltou a falar. Presumi, então, que o dono da voz era o Martin.Ele disse:— Ainda posso ajudar, se você me deixar.— Como você faria isso? Perguntou o Aiden quase imediatamente. Pressionei minha mão lentamente contra a parede enquanto me perguntava sobre o que eles estavam falando. A princípio, pensei que não seria adequado bisbilhotar a conversa, mas não consegui evitar, principalmente depois de ouvir que algo belo havia sido arruinado.— Eu confessaria a ela que encenei tudo. A voz do Martin retumbou naquela manhã, e um franzir de sobrancelhas se formou em meu rosto. — Ainda me lembro de todos os vestidos baratos que comprei e até de como os organizei.Sobre o que eles estavam falando? O que ele queria ajudar o Jordan a fazer? E por que o Jordan soava tão ferido? O que foi encenado?Tinha tantas perguntas, mas suas respostas
ANASTASIAO zelador apareceu à minha porta, por volta do meio-dia, depois que o encanador foi embora, e perguntou, com o rosto marcado pela preocupação:— Você está bem? O encanador disse que você estava chorando.Forçei uma risada, respondi:— Eu sabia que ele entrou em pânico. Estou bem. É só o meu período. Fico tão emotiva quando chega essa época.— Ah — murmurou ele. Sinto muito por isso.— Não, estou acostumada.— Quando você se sentir melhor, o encanador voltará para terminar o serviço.— Obrigada — agradeci. Assim que ele se virou para sair, meus lábios se curvaram para baixo. Meu peito doía ainda mais e eu recomecei a chorar.Naquela noite, a Amie ligou e perguntou, com as adoráveis sobrancelhas franzidas e o rosto pálido:— Mamãe, você está chorando?Neguei com a cabeça, enxugando o nariz e, sorrindo através das lágrimas, disse:— Estou bem, querida. E você, está bem?Mas franzi minha testa ao notar que ela não parecia tão animada quanto de costume desde que a deixei.— Estou
No dia seguinte, no trabalho, finalmente reuni coragem para falar com o Aiden sobre tudo. Preparei-me para assumir meus erros, pedir desculpas por tê-lo magoado e dizer o quanto desejava consertar as coisas.Quando cheguei ao trabalho naquela manhã, não o vi chegar, mas quando perguntei, a Rachel me disse que ele tinha chegado cedo. Devido à viagem que fizemos, ele, assim como todos nós, tinha trabalho para resolver. Essa é a questão de sair de férias sendo empregado: você tem seu descanso, e depois volta para encarar mais trabalho. Cada funcionário que participou da viagem deixou suas tarefas e se juntou aos colegas que não puderam ir, começando a contar como foi toda a experiência.Decidi esperar até o final do expediente para ir falar com o Aiden. Eu não sabia como as coisas iriam se desenrolar, então preferi ter menos olhares ao redor quando conversasse com ele. Além disso, embora agora todo o escritório soubesse que o Aiden era meu ex, eu não queria que escutassem nossa conversa.
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro