Lucinda estava esperando uma resposta. Daniel estava calado na sua frente com cara de espanto, parecia até que tinha visto um monstro ou coisa parecida.
— Não posso fazer isso. — recusou logo de início.
— Claro que pode.
—
Claudinha estava usando uma blusinha cor-de-rosa com rendinha nas pontas, com uma estampa de um desenho animado da Disney, saia jeans comprida, até a altura dos joelhos e sapatilhas cor-de-rosa. Seus cabelos soltos e desarrumados, sem maquiagem e de unhas cuidadas, mas sem esmalte. Serviu um pouco de chá de erva-doce para Daniel e depois para seu pai, em uma xícara branca com flores azuis claras e borda dourada de porcelana. Depois de servir os dois, sentou-se ao
Quando foi buscar seu poodle da tosa que sua mãe havia deixado, Sabrina não esperava dar de cara com Daniel no petshop. Ele estava usando aquele ridículo avental amarelo de borracha, com luvas e um pouco de espuma de banho no rosto, mas Sabrina sentiu os joelhos perderem a força e derreteu-se.—
O celular de Nice estava tocando insistentemente em cima de sua cabeceira. Ela estava decidida a ignorar, ao ver que a ligação era de Daniel e cumpriria a promessa que fizera a Ângelo, simplesmente evitando o sorriso perfeito de Daniel, os olhos brilhantes, os lábios carnudos, o rosto de anjo, a voz sensual, as mãos seguras, as costas definidas. Enfim, evitar Daniel e tudo o que ele representava. Não ia mais se dobrar pela aparência perfeita de Daniel, especialmente porque era só a aparência que era perfeita. Daniel era um mentiroso nato, mulherengo, enganador, arrogante. Ele não tinha qualidades. Nenhuma! Ele não pagava a conta da sorveteria porque queria agradar, mas para se sentir poderoso com todo o dinheiro que tinha. Ele também nunca dizia coisas fofas e não se preocupava com
Bento saiu do banho, secou o cabelo com a toalha, o corpo, se vestiu com sua melhor camiseta de hibiscos amarela, uma bermuda branca, All Star sem meia nos pés e muito perfume. Estava incrivelmente animado naquela tarde, trocando SMSs românticos e fofos com Carol.Carol era incrível! Parecia entender ele perfeitamen
Não demorou muito para Nice se arrepender do que tinha feito. Quando foi lavar o rosto, viu a aliança em seu dedo. Ela havia traído o namorado! Estava aí algo que Nice nunca tinha feito: trair. Tudo bem, ela gostava de brincar com os garotos e sexo nunca foi um campo minado em sua vida — ela sabia o que era já havia feito algumas vezes, usava as proteções necessárias como camisinha e anticoncepcional e não achava um bicho de sete cabeças falar sobre isso. — mas agora ela estava traindo… ou tinha traído.Não era porque sua amiga Lucinda tinha traído Bento e que Daniel traíra Sabrina com ela, que Nice aprovava esse tipo d
O bedel estava em pé na porta da enfermaria, cuidando para os dois garotos não recomeçarem a brigar. A notícia voava pela escola e ricocheteava nos corredores: todo mundo que viu o baixinho e magricelo do Ângelo espancar o invejado deus grego chamado Daniel estava em êxtase. Muitas fãs de Daniel viraram fãs de Ângelo, mas Ângelo também conseguiu algumas haters Depois de tudo o que ouviu e presenciou Carol não deveria mais se importar com nada. Ver Nice chorando que nem uma criancinha enquanto Lucinda tentava animá-la, ali encostada na porta do quarto, foi um negócio maluco. Quer dizer, sempre teve aquela imagem de que o grupinho top da escola era intocável: tinham uma vida perfeita, eram perfeitos, e não tinham problemas. Mas não era verdade, parecia até que eles tinham mais problemas do que o normal! Embora tenha visto Patrícia, sua amiga, se esbugalhar de chorar porque Daniel nem tinha lhe dado atenção; ver Nice chorar por toda aquela história complicada era uma barra muito mais pesada.— Claudinha estava no caixa, espiou Daniel que na quinta vez no último minuto suspirava chateado enquanto organizava as prateleiras de shampoo canino e felino.— Ih, o que te deu Dani? — perguntou no sexto suspiro, enquanto ele se equilibrava para alcançar a última prateleira. — Aconteceu algo com você e com a Nice?— Ah… foi. — adCapítulo 30
Capítulo 31