Depois do almoço, no sábado, Nice se beijava com Ângelo em seu quarto. Ambos estavam deitados na sua cama por cima dos lençóis de estampa de gatinho. Enquanto beijava os lábios de Ângelo, Nice não conseguia pensar em mais nada a não ser em Daniel. Era como se beijar Ângelo fosse errado e seus lábios macios pareciam asquerosos. Por isso, afastou-se de Ângelo interrompendo o beijo.
— O que foi? — Ângelo perguntou estranhando a atitude da menina.
Ângelo e Claudinha trocavam beijos em cima de sua cama no domingo à noite. Eles estavam de alianças e Claudinha, com um vestido azul florido e folgado no corpo, por onde as mãos de Ângelo passavam acariciando seu corpo. As luzes estavam apagadas e a porta fechada. A garota estremeceu e interrompeu o beijo.— Espera, espera… ainda não estou pronta.—
Como todos os dias, Lucinda e Nice se encontraram para conversar antes do intervalo, no banheiro feminino. Dessa vez Sabrina não estava com elas.— Não acredito que você chamou o Daniel para segurar vela para você e o Ângelo, Nice! Você perdeu a noção?— Ai, Lucinda, chega desse papo. O Daniel me esqueceu, está óbvi
Lucinda estava esperando uma resposta. Daniel estava calado na sua frente com cara de espanto, parecia até que tinha visto um monstro ou coisa parecida.— Não posso fazer isso. — recusou logo de início.— Claro que pode.—
Claudinha estava usando uma blusinha cor-de-rosa com rendinha nas pontas, com uma estampa de um desenho animado da Disney, saia jeans comprida, até a altura dos joelhos e sapatilhas cor-de-rosa. Seus cabelos soltos e desarrumados, sem maquiagem e de unhas cuidadas, mas sem esmalte. Serviu um pouco de chá de erva-doce para Daniel e depois para seu pai, em uma xícara branca com flores azuis claras e borda dourada de porcelana. Depois de servir os dois, sentou-se ao
Quando foi buscar seu poodle da tosa que sua mãe havia deixado, Sabrina não esperava dar de cara com Daniel no petshop. Ele estava usando aquele ridículo avental amarelo de borracha, com luvas e um pouco de espuma de banho no rosto, mas Sabrina sentiu os joelhos perderem a força e derreteu-se.—
O celular de Nice estava tocando insistentemente em cima de sua cabeceira. Ela estava decidida a ignorar, ao ver que a ligação era de Daniel e cumpriria a promessa que fizera a Ângelo, simplesmente evitando o sorriso perfeito de Daniel, os olhos brilhantes, os lábios carnudos, o rosto de anjo, a voz sensual, as mãos seguras, as costas definidas. Enfim, evitar Daniel e tudo o que ele representava. Não ia mais se dobrar pela aparência perfeita de Daniel, especialmente porque era só a aparência que era perfeita. Daniel era um mentiroso nato, mulherengo, enganador, arrogante. Ele não tinha qualidades. Nenhuma! Ele não pagava a conta da sorveteria porque queria agradar, mas para se sentir poderoso com todo o dinheiro que tinha. Ele também nunca dizia coisas fofas e não se preocupava com
Bento saiu do banho, secou o cabelo com a toalha, o corpo, se vestiu com sua melhor camiseta de hibiscos amarela, uma bermuda branca, All Star sem meia nos pés e muito perfume. Estava incrivelmente animado naquela tarde, trocando SMSs românticos e fofos com Carol.Carol era incrível! Parecia entender ele perfeitamen
Não demorou muito para Nice se arrepender do que tinha feito. Quando foi lavar o rosto, viu a aliança em seu dedo. Ela havia traído o namorado! Estava aí algo que Nice nunca tinha feito: trair. Tudo bem, ela gostava de brincar com os garotos e sexo nunca foi um campo minado em sua vida — ela sabia o que era já havia feito algumas vezes, usava as proteções necessárias como camisinha e anticoncepcional e não achava um bicho de sete cabeças falar sobre isso. — mas agora ela estava traindo… ou tinha traído.Não era porque sua amiga Lucinda tinha traído Bento e que Daniel traíra Sabrina com ela, que Nice aprovava esse tipo d