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▪︎1° Capítulo▪︎

Raika

2 anos atrás

— Raika, Raika... — Ouço mamãe batendo na porta para me acordar

Nossa será que o mundo está caindo?

Pra que esse escarcéu todo! Só pode alguém ter morrido e se não morreu deveria. O primeiro pecado de um adulto é no fim de semana acordar um adolescente cedo gente, isso é o fim da picada.

Abro a porta mal humorada.

— O que foi mãe? Alguém morreu?

— Não acredito que você se esqueceu que seu tio chega hoje para morar conosco. E seu pai te pediu tanto, para que quando ele chegar estivéssemos todos reunidos para recepciona-lo... — Coloquei a mão para cima interrompendo-a

— Entendi mãe não precisa mais explicação. Vou me arrumar e te prometo que quando meu tio chegar estarei lindíssima para recebe-lo e de braços abertos.

Digo com sarcasmo, em seguida caindo na gargalhada. Minha mãe balança a cabeça em reprovação, porém não diz nada e fecha a porta do quarto em seguida.

A última vez que vi meu tio, eu tinha dez anos. Não me lembro muito dele, tomara que não seja um daqueles adultos chatos que pega no pé. Basta meus pais para fazerem isso, mais um vai ser foda. É duro ser filha única, porque é muita cobrança, porém já me acostumei e no fim não preciso dividir nada. E esse é o lado bom.

Tomo um banho e visto um vestidinho florido e bem fresquinho, pois o calor de Brasília está escaldante esses dias.

Ao descer ouço vozes e risadas na sala e quando chego me deparo com os olhos mais lindos que já vi na vida.

Que Deus grego é esse?

Não é possível que seja meu tio.

— Desceu na hora certa minha filha. — meu pai vem em minha direção e me dá um beijo na testa. — Seu tio acabou de chegar. — Fala me pegando pela mão me levando em direção ao pecado em pessoa

Ele é alto deve ter 1,90m, cabelos castanhos escuros, olhos cor de mel iguais aos do meu pai e o que me chamou à atenção não foi seu rosto que parece de ator de cinema e sim seu corpo escultural. Um pecado em pessoa!

Depois de acomoda-lo em seu quarto que coincidentemente é de frente com o meu e perto do banheiro, pois o único com suíte é dos meus pais.

Passamos uma semana agradável e hoje a noite fiquei de leva-lo a um luau que estará acontecendo no pontão do lago.

Ouço alguém bater na porta e olho para o relógio e são 19:30h. Peço para entrar, deve ser minha mãe me chamando para descer. Meu tio já deve estar me esperando para irmos e é melhor me apressar pois tenho hora para chegar em casa. Não sei se com ele poderei chegar mais tarde, espero que sim.

— Entra — Grito pensando que é minha mãe e quando vejo é meu tio que leva um susto pois estou de calcinha e sutiã corro e pego minha toalha morrendo de vergonha — Desculpa tio pensei que fosse minha mãe.

— Tudo... Bem... — fala gaguejando sem graça — Sua mãe pediu para chama-la. — Diz virado para a parede e sai em seguida

O apresentei para meus amigos e eu acho que por mais que tentamos ele não curtiu muito, deve ser por quase todos termos as idades entre dezesseis a vinte anos o vi um pouco deslocado. Ele foi dá uma volta sozinho e combinamos de nos encontramos duas horas depois em frente ao carro do meu pai.

Assim que termino de me despedir dos meus amigos sigo meu caminho por entre as árvores indo em direção ao carro do meu pai e o que vi quase me fez dar um infarto de tão excitada que fiquei.

Fico escondida entre as árvores e assisto a tudo de camarote. Kevin está agarrado a uma lambisgoia. E que beijo é esse meu Deus! Não dá para passar um mosquito.

— Ai! Não acredito ela está pegando na frente a calça dele. É isso mesmo que estou vendo?

Fico com a cabeça um pouco mais elevada para ter uma melhor visão da pegação dos dois.

Puta merda! Que isso?

Meu tio a puxa pelo braço e em seguida beijavam-se de uma forma explicita e sem pudor.

É nesse momento que desperta uma coisa estranha dentro de mim, uma mistura de sentimentos até então desconhecidos. Não sei se é tesão apenas ou um algo mais. Só sei que queria muito provar esse beijo do meu tio.

Assim que os vejo se recompor e trocar telefones, saio de fininho para que não percebam minha presença, só que um galho filha duma mãe quebra, me delatando a meu tio. O vejo fazendo uma cara espantada e muito sem graça vindo rapidamente em minha direção.

— Oi Raika! O que está fazendo aqui?

— Eu... Eu, estava passando agora e indo em direção ao carro foi uma coincidência vê-lo indo pela mesma direção se tivesse marcado aqui não teria dado tanto certo. — Faço uma brincadeira para tentar distrai-lo

— Hum sei! — Fala um pouco desconfiado. — Então vamos, já está tarde e seu pai deve estar preocupado com você.

— Sim titio... Vamos então. — respondo o acompanhando e com um único pensamento:

Preciso sentir o mesmo ou muito mais do que aquela lambisgoia sentiu a pouco com ele. E faria de tudo para conseguir isso o quanto antes, mas ele vai ser meu... Ah! Se vai!

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