▪︎4° Capítulo▪︎

Raika

Depois do ocorrido no barzinho decido realmente passar o fim de semana na casa da Stefanini, deixando meu titio um pouco em paz.

Eu vi que ele ficou perturbado e assim que voltei para minha mesa ele foi embora sem mulher nenhuma e me senti vitoriosa por isso.

Agora só falta ele admitir que me quer, tanto quanto eu o quero também. Mas sei que isso não será tão rápido ou fácil. Primeiro pelo fato de eu ser menor de idade e segundo por eu ser a sua sobrinha. Contudo sou paciente e aquilo que eu desejo sempre consigo. E com Kevin não será diferente. Eu o quero, o desejo e não vejo a hora de senti-lo dentro de mim. Esse homem vai ser meu custe o que custar e depois que ele provar tudo o que tenho a oferecer nunca mais vai me deixar... E ainda vai se arrepender amargamente por ter demorado tanto a ficar comigo.

[***]

DOIS MESES DEPOIS

Pensei que seria mais fácil fazer meu tio admitir que me deseja também, só que me enganei e realmente ele está resistindo bravamente e isso está me deixando puta da vida. Que homem cabeça dura!

Nesses dois meses o vi pelado três vezes e ele me viu nua duas vezes e nada dele amolecer. E como sempre ele me ignora e me chama de menina mimada e temperamental.

Hoje faço dezessete anos e meus pais organizaram uma festa para mim, em um salão super badalado.

Assim que todos os convidados chegam, fico na expectativa de vê-lo e ele está demorando tanto!

Será que ele não vai vir?

Após uma espera torturante, o vejo entrando no salão com todo seu charme e gostosura, com o Pedrão ao seu lado e do outro uma mulher e quando olho para baixo, vejo suas mãos entrelaçadas.

Que PORRA! Ele tá pensando o que? Que pode sair esfregando todas as vadias de Brasília na minha cara?

"A meu amigo você não me conhece mesmo!"

Saio em direção a ele bufando de raiva, não acredito que ele trouxe uma cretina, a tira colo na minha festa, isso é muito desaforo.

— Que merda é essa Kevin? — Ele olha assustado para minha cara e vê que estou puta da vida com ele

E Pedrão tenta botar panos quentes na nossa discussão para ninguém perceber

— Parabéns! — Pedrão me abraça. — Não faça isso, depois vocês discutem. Mas não faça isso, mostre que você é superior. — Fala em meu ouvido para me acalmar

Balanço a cabeça em concordância.

Assim que me afasto dele, sinto meu pai atrás de mim com a mão no meu ombro.

— Que bom que você chegou meu irmão, pensei que não fosse vir. — meu pai dá um abraço em meu tio e depois no Pedrão, que acabou se tornando um amigo da família e meu também

— E quem é essa bela moça? — Meu pai pergunta, olhando-a curioso, já que meu tio nunca tinha aparecido lá em casa com mulher nenhuma nesses meses todos

— Bom... — Ele limpa a garganta. — Essa é Elena minha namorada. — Assim que ele a apresenta fica me olhando

— Muito prazer em te conhecer Elena, seja bem vinda a família. — Meu pai aperta sua mão e depois minha mãe lhe dá um abraço

— Muito obrigada pela recepção, também estou muito feliz em conhecê-los, o Kevin fala muito de você. — Ela vira para mim, com um presente na mão

— E esse presente é para você Raika. Parabéns! — Pego o presente e a agradeço sem nenhum abraço e também não pego em sua mão

Já estou sendo bastante educada com ela.

— Seu tio me disse que você era uma menina. Já vi que ele é daqueles protetores que ainda não viu que a sobrinha cresceu e virou um mulherão. Você é muito bonita Raika. — Olho para ele e solto um sorriso cínico

— É... Às vezes eu acho que ele é cego. — falo com sarcasmo. — Muito obrigada pelo presente e fiquem à vontade, tenho que ver meus outros convidados com licença.

Vou para o jardim e me sento em um banquinho, pego o presente que ela me deu e abro. Quando olho não acredito no que vejo. Um ursinho de pelúcia!

"Que ódio dessa vaca!"

Pego o urso e jogo no lixo.

"Até que combinou! Vacalena!"

É por isso que a vacalena se justificou, sobre pensar que eu fosse uma menina. Idiota! Poxa! Me dá um ursinho de pelúcia!

Seco as lágrimas e vou em direção a minha festa, afinal sou a anfitriã e não posso fazer feio.

Fui dançar e me divertir com meus amigos, não quero saber desse idiota, hoje ele ultrapassou toda minha barreira de tolerância, pelo menos só por hoje quero esquecer que ele existe.

Coisa que não consigo, pois toda vez que olho para sua mesa ele está me olhando, e como não sou boba e nem nada começo a dançar sensualmente, passando a mão no meu corpo. Vejo ele se mexendo desconfortável na cadeira.

Quando ele se levanta indo em direção aos banheiros, não perco tempo e vou atrás.

Vou em direção a um corredor que leva aos banheiros masculinos e sinto uma mão me puxar para dentro de uma sala.

E para minha surpresa é meu tio quem me puxou e me prensou na parede.

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