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(02%) Fixação Açucarada

Hector Weyne 

Horas antes

Visto a blusa branca indo até a varanda, atendendo a ligação do meu tio:

— Roger...  — minha voz soa. E logo escuto a voz cansada do velho que me encinara muitas coisas. 

— Então meu sobrinho favorito está na cidade? Não esqueça de vir me ver, quero saber como está. 

— Estou ótimo, cheguei a pouco. 

— Agora que realmente vai ficar, já escolheu uma casa? E claro a esposa... 

— Dei uma olhada em algumas propriedades e estou assinando algumas papeladas, mas no momento quero apenas fazer queima de arquivos. Assim como em Washington, quero dominar a Califórnia com um pé direito, qualquer mínimo inimigo que possa existir será queimado vivo.

— Perfeito, a família tem muitos negócios e logo queremos estar no topo da costa dourada, mas não se esqueça dos herdeiros, não podemos contar apenas com os filhos de Chelsea, se ela tiver. 

— Sem problemas, ainda tem tempo. Como disse agora estou ocupado, ligo mais tarde.

— Estarei esperando. 

Desligo o celular olhando para dúzias de hotéis espalhados, e como esse que estou, pertencem a família carregando meu nome. 

A tarde 

Como um bom chefe mafioso é preciso estar a frente dos seus soldados e claro especioná-los em seus deveres. A tarde alcançava o céu, mas ainda o sol brilhava como se fosse meio-dia. 

— George, dirija até a farmácia Golden Garden. — ordeno entrando na minha Mercedes-Benz prateada. 

Com um aceno meu motorista obedece. Anos atrás tive um pequeno desentendimento com o dono da farmácia e como adoro fazer, tenho uma alucinação em ver meus inimigos sofrendo até o último momento, ele não escapará. Amo limpar cidades e fazê-las se tornarem apenas uma parte da minha supremacia criminosa e arcaica. 

O carro estaciona na frente da farmácia, metros de distância o suficiente da fachada. Folgo minha gravata, eu tinha me esquecido o como a Califórnia esquenta nessa época do ano e me faz pensar na mansão a frente da praia particular que havia olhado, com certeza será ela. 

Um Chevrolet vermelho e velho passa pelo meu carro e estaciona na frente, ergo uma sobrancelha, mas ignoro completamente acendendo o meu charuto e quase me irritando com a demora dos meus soldados, realmente eles não tem noção do perigo quando seu chefe não está presente. 

Olhando pela janela vejo a aproximação dos meus três soldados autorizados para o serviço. Saio do carro e coloco os óculos escuros. Atendo o telefonema esperado assim que me viram:

— Demoraram. — digo e posso sentir o temor na voz de Andrew ao responder. 

— Sim, Senhor... Estávamos cuidando, mas não se preocupe. 

— Sejam rápidos, isso é uma ordem qualquer erro e quem serão queimados serão vocês! Eu quero ver esse lugar queimando e ardendo com os donos. 

Desligo pondo o celular no bolso e olhando friamente para o estabelecimento de dois andares, por mais que pareça apenas uma simples farmácia, até uma doceria pode esconder coisas sujas e esse era pra ser um dos meus cavalos de troia na última vez que estivera aqui, infelizmente não foi, agora que voltei pra ficar... As coisas serão diferentes, não admito e jamais aceitarei um não. 

Com as mãos no bolso, olho o relógio que marcava exatamente 16:43. Será que vou ter que entrar e eu mesmo encendiar esse lixo? 

Já estava perdendo a porra da paciência que nunca tive, prestes a andar até o local, quando simplesmente uma magrinha aparece tropeçando e derrubando uma sacola de esmaltes. 

— Droga! — ela reclama com a voz mais doce e calma que já escutei, meus olhos rapidamente engolem cada parte daquele corpo. 

Os cabelos ruivos e longos parecem clamar para serem puxados durante horas e horas de foda selvagem, a porra dos seus lábios avermelhados e cheios parecem balbucionar para meu pau que posso senti-lo endurecer nas calças. Fecho o punho tentando admirar os seios que parecem ser médios e perfeitos, do jeito que me deixa louco. Assim como eu, ela me encara com um belo par de olhos azuis tão claros que podem ser quebrados como vidro, todos os tons da sua pele transmite sensualidade e acato, suas sardas e bochechas coradas rapidamente me fazem ficar alucinado e surpreso com a tamanha agilidade no qual ela me deixara nesse estado. Arqueio uma sombrancelha fazendo suas bochechas ficarem ainda mais rosadas, ela levanta e corre rapidamente para o automóvel velho estacionado na frente do meu. Por meros segundos apertei com mais força os pulsos e respirei com tensão. A gostosa é baixinha, com o cabelo na altura do traseiro gordo e perfeito naquelas calças jeans apertada, a sintura pede por minhas mãos apertando-a com tamanha dominação. Imagens perversas de jogos sexuais atravessam minha cabeça. Pego meu celular no momento que ela adentra o carro, aperto no contato de Junior, meu assistente, que atende no primeiro toque:

— Chefe? 

— Quero que anote uma placa, ache a motorista e me dê um dossiê completo sobre ela e a vida dela. Cada mínimo detalhe!

— Pode falar, já estou nos computadores, mas para um arquivo grande pode demorar alguns dias. 

— O mais rápido possível! Quero ela em minhas mãos.

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