Horas depois
Tomei um banho gelado, acendi meu cachimbo bulldog sentado no sofá da sala da minha grande mansão. Peguei meu notebook e acessei a pasta que Junior havia me mandado. O dossiê estava completo com exatamente tudo sobre a vida de Sabrina Marques Palumo. Desde a hora que ela saia pra trabalhar, as roupas que usará nos últimos anos até mesmo os seus gostos que ela compartilhara na internet. E, pra minha maior surpresa, o seu irmão. Caleb Marques, eu havia conhecido-o dois anos atrás e essa surpresa me fascinava ainda mais, da forma que eu queria ela está totalmente em minhas mãos.
Criei uma conta no Instagram, a qual eu passei minutos observando fotos do casal no perfil de Victor. Medíocre, como eu pude me aproximar de um verme como esse? Sempre estando no meu caminho, uma pedra no sapato que eu já deveria ter me livrado a muito tempo. E ela n&at
Sabrina Marques— Amor? Amor, acorda pimentinha.— Filha, acorde.Escuto vozes familiares em preocupação e aos poucos abro meus olhos, tentando me levantar em um solavanco com as lembranças intensas dos últimos momentos. Não posso deixar acontecer.— Victor! — gemo apreensiva.— Calma, eu estou aqui. — meu marido responde, percebo que estou sentada em uma cadeira ainda na cozinha deixando claro pra mim que os instantes anteriores poderiam ser muito bem reais. Aí meu Deus, aquilo realmente aconteceu?— Por que estão todos aqui? — pergunto me referindo a mamãe, Renata e Felipe que estão inquietos a minha frente.Minha amiga logo esclarece nervosa:— Você desmaiastes! Não parece nada fixe.&mda
Minutos depoisPara nossa azar o trânsito estava até bem grande e demorou bem mais que dois minutos para um fim de samana, e tudo isso por causa justamente do acidente que ocorrera. Deixando Victor ainda mais inquieto e nervoso e eu mais preocupada tentando me manter alerta no celular enquanto ele dirigia. Ou tentava.— Parece que seu pai, está pior... — respondo desligando a ligação.—Pior?— Foi o que diceram, está bem grave.— Porra!Coloco a mão em sua coxa acariciando-a e tento olhar em seu rosto nada sereno agora.— Vai ficar tudo bem.— Um caminhão, a porra de um caminhão? Isso é muito estranho. Isso é fatal...— Não, não diga essas coisas! Logo dona Nahomi estará me en
Horas depoisNo momento que chego em casa, vou para meu laptop e pesquiso o nome do sujeito que é melhor amigo do meu marido. Victor nunca me falou nada demais sobre ele, apenas que é seu melhor amigo, o cara que ele mais confia ahh meu Deus! E um homem muito importante. Talvez um empresário, com certeza um.Vários sites e informações surgem sobre ele, mas nada que me pareceu suspeito. As empresas Weyne são uma grande franquia com um renomado nome mundialmente, que surgiram a anos e anos atrás, é de linhagem e ele é um grande bilionário dono de tantos impérios que pra mim é quase como um rei, considerado um do homens mais ricos da América. King, aquela tatuagem. Alguns sites diziam sobre sua família ter entrado em vários problemas com a justiça e até serem investigados pelo FBI! Mas nada levou a nada
Sabrina MarquesSeus gritos não importaram, meu choro muito menos os policiais leveram meu marido à força e eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava vendo. Entrei dentro de casa aos prantos, mal consegui fechar a porta com a dor que apunhalava meu peito, apenas olhei para aquelas velas, escutei a música ficando na ilusão da noite amorosa que eu criei! E que não, não poderia jamais acabar assim. Encostada na porta, abraçando meus joelhos e gritando em cima do meu próprio choro de dor me veio na cabeça o delegado da cidade, o Sr Tallow era um dos caras mais próximos de Victor no trabalho e com certeza não deixaria ele ser preso dessa forma.— Ele o conhece... — Ele deve saber que tudo isso não passa de um equívoco e seja lá o que for, pegaram o homem errado. Todos sabem que Victor jamais cometeria qualquer tipo
Saber que o tal Hector estava ajudando-o me deu um rápido alívio, mesmo sem conseguir dormir eu me senti tranquila por isso. Só que não foi bem assim, no dia seguinte meu marido não dormiu comigo e nem no outro. Se passaram dois dias e nada havia acontecido, fui até a delegacia mais de cinco vezes só nesses dias! E não me deixaram vê-lo, crescendo cada vez mais minha fúria e meu sofrimento.Chego em casa totalmente transtornada na última tentativa.— Não me digas que não conseguistes vê-lo.— Não, nada! E a droga daquele delegado disse que não vai me deixar vê-lo até o fim de semana e que se eu tentar novamente vai me tirar para fora com os seguranças. — conto totalmente injuriada para Renata, que está sentada na sala, ela tem me ajudado o máximo
Duas horas depoisO cheiro de mar é quase inebriante e se eu apurar bem os ouvidos talvez escute as ondas batendo na areia, mas o cheiro era quase como uma cachoeira forte diferente da que eu sentia nos perfumes de Victor, é quase como natural... Feita por uma água divina. Estou deitada em uma estrutura tão fofinha e quentinha que poderia ficar aqui a noite toda, dormindo como estou e não tenho vontade de acordar, mas o cheiro é logo substituído, uma mistura de mar com nicotina me fazendo querer abrir os olhos. Escuto passos pesados o cheiro gostoso ficando cada vez mais próximo, mesmo com a fumaça de cigarro presente. Murmúro tentando acordar totalmente:— Victor... É você? Amor...— Não. — uma voz pesada, calorosa e sedutora é tocada na minha orelha fazendo meu corpo se arrepiar e logo eu abrir os olhos assu
Sabrina MarquesEu gritei, chorei, tentei a todo custo sair da cama em que estava presa, mas nada foi feito. O meu medo cresceu conforme o sol descia pelo mar dando lugar a uma tarde fria apesar do calor que está fazendo. Eu percebi que já não havia mais nada a se fazer, eu sei que estou nas mãos de um homem na qual não conheço e nem sei o porquê de tudo. A cada segundo que se passa estando nessa cama, nesse quarto lindo sendo rodiada por todo esse silêncio as cenas nas quais eu vivênciei sua presença, rebobinam na minha cabeça. Ele estacionado na farmácia, quando ele apareceu na festa, e claro, o que ocorrera naquela cozinha! Aquilo aconteceu, eu deveria fazer alguma coisa, como? Como eu saberia que esse louco é um psicopata? As lágrimas escorrem pelos meus olhos, aliso minha barriga a única coisa que ele não pode fazer comigo é tirar meu fi
Por alguma razão do destino eu estava em Madrid, onde passei minha lua de mel, eu estava sorrindo segurando meu bebê no colo em um gramado verde e límpido, infinito no qual eu só conseguia ver pequenas flores silvestres desabrochando no chão aonde estava sentada com um pote de serradura, o céu sem nuvens, apenas a imensidão azul e um clima gostoso. Meu pimpolho é fortinho, é um lindo menino com covinhas.— Henry, mamãe te ama — digo beijando suas bochechas. Ele está vestido de verde, minha cor favorita. Seus olhos são azul, um azul quase transparente como os meus, mas sua pele é negra igual a do pai, seu cheiro é tão bom que me mantém feliz brincando com uma girafinha para ele. Meu coração bate tão forte que posso escutar na mesma sintonia do dele. Henry bate as mãozinhas no meu peito, eu rio, sorrio e canto