Sabrina Marques
Agora
Amarro o cardaço do meu tênis branco na frente do espelho, ajeito minha calça jeans azul escura e minha blusa branca de seda com decote nas costas, ela não é muito grande e por isso deixa meu umbigo a mostra com meu pircieng vermelho que coloquei um pouco antes do casamento. Toco o pequeno rubi, me pergunto se vou precisar tirá-lo, antes que eu pudesse chegar em alguma resposta sinto as mãos quentes do meu marido rondar minha barriga acompanhado de seus beijos doces tocando meu pescoço.
— Você é tão cheirosa, no final dessa noite só será nós dois mais uma vez e não posso esperar por isso.
— Hmm sabia que eu estava pensando nos nomes do nosso bebê?
— Pensando? Pra quê? Vai se chamar Germino ou Gemima!
Me viro e bato no seu peito, totalmente chocada, ele gargalha.
— Não esses nomes são feios!
— São dos meus avós! — ele responde em tom sério e eu faço careta.
— Mesmo é?
— Não! Claro que não, você pode escolher o nome do nosso bebê, que seja um nome mais português também, já posso ver que vou amá-lo tanto quanto você.
Ele me solta sentando na cama, está bem arrumado com uma blusa preta de mangas longas, calças jeans e sapatos e a cada minuto confere o relógio.
— Espero que ele chegue para a luta na televisão, você tinha que ver como era cômico nossa infância, mesmo ele sempre sendo tão quieto.
— Eu posso imaginar, quer dizer, não tão bem, mas da para sentir! Esse seu amigo, você está mais ansioso por ele do que pelo seus pais!
— Não é verdade, pimentinha. Só não vejo-o a um bom tempo, e hoje vai ser um dia marcante. Só isso.
Volto até minha penteadeira rosa e abro a caixa de tiaras, pegando uma branca de lacinho e colocando na cabeça, posso sentir os olhos de Victor em mim e mentalmente agradeço a todos os deuses e santos por ter esse amor totalmente presente! O que mais eu poderia desejar em minha vida? Todas as tabelas estão preenchidas. ✔️
— Não se preocupe! Eu arrumei a sua sala. Tem pipoca, cerveja! Ahh eu adoro vinho, agora só vou poder beber a daqui nove meses! Mas enfim, vocês dois vão poder assistir a luta tranquilamente, ou não já que você sabe como é a Renata.
— Por falar nela...
Nós dois damos risada quando escutamos o som alto de um carro tocando CandyShop se aproximando, era quase inevitável sua chegada alucinante em todos os lugares, e se ela não viesse comigo no carro até a capela no dia do meu casamento, seria bem desta forma como uma apresentação ilustre.
— Não se preocupe, vou atender! Te amo!!!
— Também te amo, pimenta!
Beijo seus lábios e corro até a porta em risos logo escutando aquelas vozes familiares, assim que abro a porta dou de cara com Renata segurando balões de corações com desenhos de chupeta e mamadeira, com mais duas amigas que estivera no casamento. Felipe o namorado loiro dela, está segurando um compartimento de cerveja e luzes coloridas, mas nem é isso que me choca e sim uma Van com pessoas chegando.
— Ai meu Deus, Renata! Isso não era pra ser uma balada.
— Ores só! Por que não? Podes ser a BALADA DO BEBÊ! O que achares do nome, Felipe? Ou dos bebês! Que pode ser gêmeos, trigêmeos...
— Não, não! — rio abrindo a porta para todos. — um só! Ou dois...
— É eu disse pra ela. — Felipe comunica.
Minha nossa já estou vendo a bagunça penso rapidamente, saio para fora e sorrio ao ver o carro dos pais de Victor chegando e como de se esperado minha mãe chegara com eles.
— Mãe!!! — recebo minha mãezinha com um abraço forte assim que ela chega até a porta, segurando pratinhos com Beijinhos, Salame de chocolate e Serradura!
— Mamãe! Adoro Serradura é meu favorito!
— Sei disso, por isso trouxe!
— Ahh fixe, fixe!
Seguro os pratinhos e pego a bolsa que minha mãe, uma senhorinha ruiva, estava usando. No entanto logo escutei a voz de Nahomi, a mãe de Victor.
— Esses doces serão uma diversão para você não é, menina? — pode até parecer gentil, mas a voz grosseira de Nahomi não me enganava, ela nunca foi afavor do meu relacionamento com seu filho, e só aceitou o casamento graças a James o pai de Victor, um advogado aposentado e muito gentil.
— Seja mais calma, amor — ele diz pra esposa que bufa arrumando a gola do seu blazer preto.
— Pais! Que bom que vinheram e não linguem pra bagunça, não vai ter drogas... Eu espero — Victor chega comprimentando nossos pais e me olhando de soslaio para a bagunça que Renata fazia na sala.
— Eu cuido disso, agora cuide deles!

Renata e eu arrumamos os balões, e as luzes coloridas e led's colocadas para brilhar em meio a escuridão, adverti apenas que cada um poderia tomar apenas três cervejas para não criar bagunça por conta de todos os convidados, e a música teria que ser mais baixa. Até que não foi difícil de controlar, inventamos jogos e demos risadas com piadas. Era quase o início da noite, quando Victor me chamou para a Varanda que estava Sophia, minha mãe e, os pais deles conversando.
Fiz questão de levar uma lasanha que preparei mais cedo, a qual, Nahomi negou totalmente.
— Sabe que não posso comer e não gosto!
— Ah me desculpe senhora, eu realmente...
— Tudo bem, é de se esperar de jovens como você, olha só a bagunça que estão fazendo. Em um momento desses. — ela responde com a voz evasiva de sempre. Respiro fundo e coloco a lasanha na mesa de varanda na qual mamãe estava.
— Deixe disso Nahomi, Sabrina está tentando ser simpática. — James retrocede e Victor volta a conversar com os pais, eu por outro lado volto a atenção a minha mãe:
— E como está Caleb, mamãe?
— Seu irmão? Eu não tenho ideia, deve estar fazendo besteiras por aí eu já não tento ligar pra ele a tempos.
— Espero que não, mesmo ele sendo difícil eu gosto dele...
— Claro meu amor, agora você tome cuidado com Nahomi — ela sussurra as últimas palavras, tirando risos de mim.
Sorrio levemente para mãe de Victor que como sempre me ignora, mas eu não levo rancor, ela só toma cuidado com o que mais ama na vida, o único filho.
— Bem pessoal, vocês já sabem! Estamos casados e vamos ter um filho, então espero que todos... Eu digo todos respeitem a mulher que eu escolhi pra vida, pois não vou abandoná-la nunca.
Victor me puxa pela cintura na frente dos pais e aquele momento como todos os últimos me parece, mágico! Ele sempre demonstra nosso amor quando aparece oportunidade.
— É sabemos... Mas bem que poderia escolher uma mulher menos...
— Menos o quê, mãe? Ela é minha mulher, eu a amo!
— Nahomi...
— James! Eu só digo que nunca aceitarei isso, já suportei o casamento e agora tenho que ficar calada? Eu vejo que essa mulher será a destruição do meu filho.
— Não fale assim da minha filha, ela é uma menina honrada! Eu realmente não entendo, Sabrina nunca demonstrou nada ruim.
— Esse seu preconceito idiota vai acabar com essa família, isso sim Nahomi! — James se irrita com a esposa e Victor assim como eu ficou desnorteado, já estava pra partir com grosseria com sua própria mãe e se não fosse a música todos escutariam o escândalo.
Eu apenas saí do local, corri para cozinha vazia. Acendi as luzes e peguei um copo de água gelada, mas logo Victor veio atrás de mim.
— Você está bem?— É que eu tento ser legal com sua mãe, acho que ela nunca vai me aceitar. — tento sorrir de canto, fracassando.Victor me toma nos braços em um abraço apertado, escuto as batidas do seu coração e inalo seu cheiro ainda com o copo em mãos e uma lágrima correndo pelo rosto.— Não, ela logo vai superar isso! Sabe por quê? Porque eu te amo.— Ela disse, disse outra vez Victor, que eu vou ser sua destruição. Lembra na vez que você foi me apresentar a eles? Ela me olhou como um animal vulgar, disse que eu seria sua ruína, destruição, que acabaria com você.— Você sabe bem que não é verdade, você só me trouxe alegrias e amor até agora, ela só é exagerada! Está
Hector WeyneSabrina Marques o nome gruda na minha cabeça como um imã, olhando para aquela mulher, aquela gostosa que me enfeitiçou como uma sereia. Aquele traseiro que eu quero abusar, aquela boca gorda que eu quero devorar. Fungo tentando entender que caralho de porra está acontecendo nessa merda, aperto o maxilar para não cometer um atentado nesse exato momento. Puxar a vadia pelo braço e levá-la para meu carro até matar todos, principalmente aquele que chamei de amigo me parece perfeito.— Estão muito felizes, pelo visto. — pondero para Scott, ele sorri recebendo mais um beijo da safada! Causando um erupção de ódio enstantaneo no meu corpo, aperto o isqueiro no meu bolso com tanta zanga que posso sentir o álcool esquentar. Miserável. Dessa vagabunda eu não vou abrir mão.— Rec&
Ando pelo corredor tentando evitar os malditos quadros na parede, chego na entrada da sala e fico parado alisando minha barba ao ver acidentalmente aquela ruiva. Ela estava rindo com uma menina atrapalhada de franja acompanhada de mais amigos, que a pouco estava descutindo com o namorado, marido a porra que for. Meus olhos se aliviam totalmente na doçura de Sabrina, minha cabeça está tomado por essa mulher, preciso sentir seu calor, preciso beber seu suco e experimentar o seu sabor e mais do que nunca está na minha cabeça que quero possuir essa safada totalmente. Vou matar quem for necessário, vou destruir um de cada vez só pra tê-la ardendo em minhas mãos e não me arrependerei de nada.Ela coloca a amiga no sofá, ajudando-a se deitar e prometendo-a um copo de água, quando dou por mim já estou seguindo-a até a porta da cozinha.Ela en
Horas depoisTomei um banho gelado, acendi meu cachimbo bulldog sentado no sofá da sala da minha grande mansão. Peguei meu notebook e acessei a pasta que Junior havia me mandado. O dossiê estava completo com exatamente tudo sobre a vida de Sabrina Marques Palumo. Desde a hora que ela saia pra trabalhar, as roupas que usará nos últimos anos até mesmo os seus gostos que ela compartilhara na internet. E, pra minha maior surpresa, o seu irmão. Caleb Marques, eu havia conhecido-o dois anos atrás e essa surpresa me fascinava ainda mais, da forma que eu queria ela está totalmente em minhas mãos.Criei uma conta no Instagram, a qual eu passei minutos observando fotos do casal no perfil de Victor. Medíocre, como eu pude me aproximar de um verme como esse? Sempre estando no meu caminho, uma pedra no sapato que eu já deveria ter me livrado a muito tempo. E ela n&at
Sabrina Marques— Amor? Amor, acorda pimentinha.— Filha, acorde.Escuto vozes familiares em preocupação e aos poucos abro meus olhos, tentando me levantar em um solavanco com as lembranças intensas dos últimos momentos. Não posso deixar acontecer.— Victor! — gemo apreensiva.— Calma, eu estou aqui. — meu marido responde, percebo que estou sentada em uma cadeira ainda na cozinha deixando claro pra mim que os instantes anteriores poderiam ser muito bem reais. Aí meu Deus, aquilo realmente aconteceu?— Por que estão todos aqui? — pergunto me referindo a mamãe, Renata e Felipe que estão inquietos a minha frente.Minha amiga logo esclarece nervosa:— Você desmaiastes! Não parece nada fixe.&mda
Minutos depoisPara nossa azar o trânsito estava até bem grande e demorou bem mais que dois minutos para um fim de samana, e tudo isso por causa justamente do acidente que ocorrera. Deixando Victor ainda mais inquieto e nervoso e eu mais preocupada tentando me manter alerta no celular enquanto ele dirigia. Ou tentava.— Parece que seu pai, está pior... — respondo desligando a ligação.—Pior?— Foi o que diceram, está bem grave.— Porra!Coloco a mão em sua coxa acariciando-a e tento olhar em seu rosto nada sereno agora.— Vai ficar tudo bem.— Um caminhão, a porra de um caminhão? Isso é muito estranho. Isso é fatal...— Não, não diga essas coisas! Logo dona Nahomi estará me en
Horas depoisNo momento que chego em casa, vou para meu laptop e pesquiso o nome do sujeito que é melhor amigo do meu marido. Victor nunca me falou nada demais sobre ele, apenas que é seu melhor amigo, o cara que ele mais confia ahh meu Deus! E um homem muito importante. Talvez um empresário, com certeza um.Vários sites e informações surgem sobre ele, mas nada que me pareceu suspeito. As empresas Weyne são uma grande franquia com um renomado nome mundialmente, que surgiram a anos e anos atrás, é de linhagem e ele é um grande bilionário dono de tantos impérios que pra mim é quase como um rei, considerado um do homens mais ricos da América. King, aquela tatuagem. Alguns sites diziam sobre sua família ter entrado em vários problemas com a justiça e até serem investigados pelo FBI! Mas nada levou a nada
Sabrina MarquesSeus gritos não importaram, meu choro muito menos os policiais leveram meu marido à força e eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava vendo. Entrei dentro de casa aos prantos, mal consegui fechar a porta com a dor que apunhalava meu peito, apenas olhei para aquelas velas, escutei a música ficando na ilusão da noite amorosa que eu criei! E que não, não poderia jamais acabar assim. Encostada na porta, abraçando meus joelhos e gritando em cima do meu próprio choro de dor me veio na cabeça o delegado da cidade, o Sr Tallow era um dos caras mais próximos de Victor no trabalho e com certeza não deixaria ele ser preso dessa forma.— Ele o conhece... — Ele deve saber que tudo isso não passa de um equívoco e seja lá o que for, pegaram o homem errado. Todos sabem que Victor jamais cometeria qualquer tipo