Capítulo 2
- Uma amizade poética.
M
inha casa é distante da cidade.
Ainda mais nessas épocas frias, os caminhos ficam todos
Bloqueados pela neve, apesar de eu amar tempos frios.
Prestes a sair deparo-me com meu grande amigo, Abel.
Meu maior amigo, tímido, brincalhão, ajudou-me a construir esta casa.
Nossos pais eram grandes amigos e caçava junto, o pai dele o senhor Albert.
Era um homem bem devoto ao Altíssimo, diferente de meu pai pelo visto que sei.
É bom saber que essa fé e coragem foi passada para seu filho.
Não sei se posso dizer o mesmo de mim...
Sempre fui um cara muito durão, não entendendo a vida, isso não me faz ser um cara mal me creio, enfim só a poesia mesmo me salva.
O pai dele pereceu, na mesma caçada que meu pai desapareceu.
Sempre serei grato a mãe dele, por me ajudar diversas vezes.
Abel me fitou, esperou eu parar e disse, sem pensar duas vezes.
-Onde está indo Ryan?
-Preocupado que parecesse algo sério ou urgente, ele insistiu querer ir comigo.
-Estou apenas indo caçar na floresta espiritual, respondi friamente, (mas era um chamado
(Exclusivo a mim...)
-Que horas você pretende voltar? Disse ele duvidoso.
Menti sobre o horário, mas o que eu poderia fazer?
Não suporto que me controle, eu cresci como um rei solitário, ou talvez
Um bobo da corte de coroa quebrada, que satisfações eu tinha que dar a ele?
-Hoje é a festa de mil anos de Camysidian Abel?
Estava ansioso á dias por essa festa, sempre fazem uma grande apresentação.
Parecem deuses comemorando no céu, o tempo fica inteiramente diferente.
-Sim será a noite toda a disse com mais entusiasmo que eu nos olhos, irei inaugurar
Uma nova catedral na cidade também, e Lurya estará lá cara.
Oh senhor, Lurya a garota que ele ama de coração, mas ela parece
Não corresponder muito bem seus sentimentos, diríamos que ela parece
Gostar de um poeta solitário amigo de Abel... Jamais me insinuarei meus sentimentos
São totalmente inválidos e Abel é como um irmão para mim, jamais faria isso com ele!
-Você precisa aparecer por lá Ryan.
Ele quase gritou de alegria!
Compramos um novo piano lindo para você tocar e inaugurar a catedral fará a honra?
E vidraças feitas com desenhos e quadros por dedos dos deuses, precisas verem.
Impressionante, fiquei chocado só de imaginar tanta beleza.
-Claro amigo, com certeza tocarei, sabes que amo, tanto quanto escrever!
Fico realmente feliz às vezes assim com tanta irmandade que criamos, Abel é aquele amigo que enfrenta qualquer problema contigo, só não entendo por que geralmente a igreja era um lugar sagrado que eu não sentia tão confortável, como até mesmo um pub; seria errado demais isso?
Parei de refletir, sobre um despertar de Abel.
-Ei acorda cara, parece estar sempre sonhando, ele riu.
-Desculpe Abel, estou indo caçar, preciso me apressar senão escurece.
-Está bem, preciso preparar a catedral toda ainda!
Esses cuidados dele; eu achava incrível, como alguém pode se dedicar tanto
Com cruzes, bíblias e outras coisas religiosas?
Eu sempre amei escrever poemas, ler, aprender latim também, deve ser algo que meu pai passou, e Abel
Sempre me ajuda nessa parte, por ele ser um grande exorcista da vila.
É ótimo ter um sempre por perto ainda mais em caçadas bem perigosas, nunca sabemos quando podemos precisar de um, pois demônios estão em todo lugar.
Abel, é a única pessoa que conheço realmente assim á tempos como uma família e que confio tanto!
O mais admirável é quanto que ele não tem medo, nem dúvidas de seus demônios
Interiores, como eu tenho dos meus, às vezes...
Que ele seja sempre uma admiração de luz para todos, para a cidade toda.
Conhecemo-nos a aproximadamente á doze anos atrás, antes ele vestia uma jaqueta e calça branca e uma camisa preta com um pentagrama vermelho, parecia enfraquecer as criaturas, que caçara.
Agora sempre está com um, sobretudo branco, e suas inseparáveis relíquias.
O grande exemplo de amizade.
-Abel, eu preciso ir, até mais amigo.
Disse apressadamente por passar de meio dia.
Despedi-me com uma voz cética, mas sem a intenção.
-Até mais Ryan, cuide-se se mantenha na luz amigo.
Venha logo para a festa, e não esqueça suas armas.
-Certo pode deixar!
Minha pistola estava carregada, meu florete afiado.
Eu o olhei firmemente até que ele desapareceu a pé
Em meio a rota única para nossa grande catedral.
Peguei o outro caminho inteiramente com neblinas para enfim
A floresta espiritual, O que seria tão importante que estranhamente algo parecia me chamar?
Cada vez mais intensamente.
Capítulo3- O anjo vermelhoA
Capítulo4- A floresta espiritualE
Capítulo5- A gótica mansão do édenE
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