Capítulo 3

Capítulo 3

- O anjo vermelho

A

o caminhar por esse vale frio da floresta,

Praticamente em sua entrada, como um jardim condecorado com belas pétalas brancas

Mostrando-nos a beleza e as boas vindas desse angelical bosque.

Recordo-me claramente de uma história que marcaste minha vida profundamente.

Grandes momentos de medo, inspiração, paixão, sedução e poesia.

Foi quando Abel e eu éramos mais novos.

Adorávamos brincar nessa floresta, sempre nos preparando para o pior, eu praticamente

Sem pais tive que aprender a treinar e caçar cedo e ele geralmente me acompanhava.

Certa vez aconteceu algo foi como um sonho de tão perfeito.

Faz tantos anos, uns dez anos praticamente que chega a ficar obscuro na mente!

Estávamos lá andando pela floresta escura atrás de algum animal ou espírito, quando de repente olho para trás e não enxergo mais Abel, apenas uma grande neblina, onde ele teria ido?

Apesar de ser incrivelmente fácil de nos perder nessa floresta, estranhei!

Fiquei um pouco apavorado por ser pequeno, gritei nome dele bem alto, mas foi em vão, simplesmente quando uma linda mulher de branco apareceu caminhando pela floresta.

Ela parecia flutuar, dominando o lugar todo.

Possuía grandes e belos olhos cor de sangue, um liso cabelo cor da noite, com um

Manto que parecia ser um anjo personificado, a pele clara como o dia e iluminada como o sol

O incrível que ela não parecia também ser tão velha, mas sim como alguma garota de minha atual idade, com seu corpo bem definido.

Uma bela poesia em forma de mulher...

Fiquei impressionado com deslumbre beleza.

Eu recuei a fitei ao profundo de sua pessoa, ela também me encarava, sorrindo como se pudesse sentir meu sangue pulsando, minha veia sobressaltada no pescoço, com um medo que nem mesmo eu conseguia entender o porquê, ela transmitia um frio, mas que me acalmava me paralisava, somente para admirar sua beleza rara.

As árvores balançavam bruscamente, o vento parecia soprar suave algum tipo de nome.

Seu belo cabelo cobrindo todo seu rosto angelical fez como se quando ela o revelasse mostrasse a face do pesadelo, a escuridão por trás da beleza, ela simplesmente se transformou em um demônio, seria essa sua face real?

Mas não me parecia assustador, o mais doentio por eu a achar bela ainda sim que foste como uma leoa com ódio escancarado na face.

Seu rosto mostrava os pecados de sua alma, ela subitamente avançou, e antes de um piscar de olhos quando me dei conta, ela havia dilacerado totalmente um lobo que por frações de segundos não mordeu a minha jugular, fiquei estático!

Jamais havia presenciado uma salvação tão nobre, rápida e tão sanguinária...

Ela se deliciava com o sangue do animal morto, isso parecia lhe excitar,

Banhando-se com o elixir da vida, exibindo a pele de sua presa como troféu, orgulhosa o erguendo e me mostrando.

Arrancando uma presa do pobre animal e com um fio de linha de seu manto o amarrou e suavemente o colocou em meu pescoço, esse foi o dia que podia ter sido meu encontro com a morte, foi minha salvação poética!

Ela estava bem perto, nossos lábios quase se roçaram quando ela subitamente se afastou um pouco, ajoelhando-se perante a mim, delicadamente retirando em uma das mangas de seu manto, para minha surpresa, uma rosa vermelha, tão brilhante e bela como seus olhos.

Ela me fitou tão profundamente, foi um momento tão melancólico e romântico, pude sentir a tristeza no ar ao mesmo tempo em que o amor, seria ela tão sozinha assim, tanto quanto eu?

E que tristeza seria essa que me invadira também?

Como se eu não quisesse que ela partisse...

Não tinha ideia do que tinha acontecido nem que sentimento era esse.

Eu desde pequeno sempre fui meio frio quanto a isso.

Talvez eu tenha gostado dela, parecia ser meiga apesar de sua personalidade

Totalmente sombria, era impossível não ser bela e apaixonante.

Todo esse tempo nós não trocamos uma palavra, mas certas vezes os momentos se eternizam apelas pelas ações e pelo olhar... Aprendi isso esse dia, ela tornando-se desde sempre

Meu anjo da guarda, minha admiração e sonho, quando iria imaginar tal criatura maravilhosa parecia ter caído do céu e me salvar...

Assim ela se a em meio ao breu que me cercava...

Rindo com uma voz sinfônica em meio à floresta, ela não aparentava algo mau, alguma coisa dentro de mim dizia que continhas uma beleza poética, que inspiraria á me tornar o que sou hoje!

Senti meu coração bater tão forte, precisava saborear esse momento, por que a paixão dela por sangue?

Qual mínimo do sobrenatural tínhamos nos encontrado, eu mal se quero sabia que tinha visto minha primeira vampira!

Isso primeiramente marcou-me, lhe escrevi um poema em meus velhos pergaminhos a carregar sempre comigo, recitando-o alto e para minha musa que se estivesse perto ainda, pudesse escutar e sentir meu agradecimento singelo e querido parece que os espíritos das árvores também se vigorizavam

Com meu humilde e obscuro poema para a dama da floresta...

“A noite chegou, e a lua cheia

Apareceu por cima das árvores

Iluminando a terra,

Banhando-a num dia espectral.

E a fagulha primitiva continuou

Acesa e ativa...

Como sangue fervente

Lealdade e devoção eram seus princípios

Coisas vindas de sua terra natal pareciam marcar;

No entanto ela preservava sua selvageria e astúcia.

E das profundezas da floresta um chamado ainda ecoava

E naquele dia trágico uma era chegou ao seu inevitável fim

E ele conheceu o seu anjo e ela o seu guardião da escuridão! ´´

Parei por um instante, sentado a um tronco velho, sentindo ainda forte essa presença bela...

Quando finalmente Abel retorna, todo eufórico e preocupado

Quase em prantos, com uns meros arranhões, teria ele escutado meu mero poema com humildes palavras tentando definir minha diva sombria?

Eu senti como se ela fosse um tipo de sinal, devemos acreditar em um ser superior, em que estive tão perto da morte, essa mulher surgiu como um anjo, salvando-me da fera que devoraria e arrancaria meu coração.

Senti-me como se me fosse dado uma segunda chance, como se pudéssemos nos sentires protegidos sempre, e sem medo de encarar a estrada da vida, sim ela realmente foi um anjo, uma bela garota com um manto branco puro como a neve manchado pelo sangue da fera que covardemente me atacaste, e tinhas perecido diante daquele ser superior, lhe arrancando as presas e o coração.

Desde então carrego essa presa como amuleto inseparável, Abel nunca soube essa história nem o significado desse meu valor sentimental pela presa que tanto carrego!

Assim foi que essa floresta sempre me recordará essa memória, talvez como se fosse algo que vem de dentro.

Meu desejo de a encontrar jamais desapareceu ainda a verei eu sei disso.

Como o poeta que sou eu, agradecerei á ela novamente; ela estaria por aqui? Eu posso sentir sua presença, ao mesmo tempo de saber que estou protegido... É perturbante sentir alguém lhe vigiando, fazendo-me sentir desconfortável, vulnerável, mas talvez seja esse o maior momento que sentimos nosso controle e nossa coragem, sem precisar olhar para trás e sem medo de seguir, pois pode sim ter um anjo conosco, evitando um derramamento de sangue, ou não...

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