Capítulo 4

Capítulo 4

- A floresta espiritual

E

u sabia que uma maneira havia

De continuar sem medo de morrer

E principalmente de novamente errar.

Mas o que é essa floresta?

Para onde parece querer me carregar?

Pois o que preciso é entender esse mistério

Que não deixa de ser um prazer...

Quero acreditar que ela irá aparecer.

E quando a chuva parar, comigo aqui ela ficará.

Sem tempestade, sentimento atemporal.

Será que ela virá sempre para mim?

Entro nessa floresta escura.

Onde o perigo tem olhos.

E a escuridão caminha normalmente

Pelas árvores, arranhando a noite.

Frias sensações me passam pelo corpo.

Vejo secas folhas morrerem e caírem.

Animais muito maiores devem estar aqui.

Será que ela novamente me salvará

Das presas da morte?

Caminho cautelosamente em meio essa escuridão verde.

Onde sei que posso enxergar melhor, simplesmente sei.

Escuto lobos ferozmente uivarem para o luar, como símbolo

De sua contemplação e paixão por tal brilhante anoitecer.

Enquanto caminho a essa a floresta caótica, sinto presenças

Como demônios devorando a carne alheia, e isso não são nada bons.

Eu sentia que se eu prosseguir daria de cara com algo sobrenatural.

Mas de qualquer maneira, sem medo, ao menos do sobrenatural... Eu fui para a luta nas sombras da natureza, onde ela apenas aguarda, observa, essa floresta é o lar de muitos seres misteriosos, ocultos seres da noite, percorrendo pela mata,

Como se procurasse algum tipo de caça.

Eu sabia que alguma hora teria que lutar, sacando meu florete, eu sinto até orgulho de usar tal arma, dentre tantas vitórias, o sangue já faz parte da lâmina quase escarlate.

Caminhando com muito sigilo e precisão, não importava mais o silêncio e sim o jeito de encarar as feras da escuridão.

Em cada passo meu eu via as folhas ao meu lado se mexerem. Também sendo um labirinto mortal para eu continuar aqui.

De repente ao passar tal ponto da floresta, reparei que esses seres possuíam a sombra mais intensa, como isso é possível?

Subitamente empurrado pelas costas como uma grande apunhalada sem tempo de reagir, caio de frente, meu sabre voando a algum metro de distância apenas por sua lâmina de sangue conseguia enxergá-la em meio essa imersa neblina de trevas.

Quando estou prestes a ser atacado novamente, percebo que são gigantescos lobos, belíssimos pelos ouriçados ao luar mesclando-se com o brilho da prata em seu corpo, intensamente arranhado, sou jogado a uma distância suficiente para me machucar e cair em terra instável, o chão cedendo caio em um buraco escuro, com morcegos com aquele olhar sedento de sangue, por sorte minha espada caiu também, pude pegá-la e sabia que precisava partir mesmo com meu corpo arranhando e sangrando, lá eu não podia ficar, não mesmo com animais piores que a superfície, eu resolvi correr e encontrar a saída deste lugar...quando percebo que existem mais de um animal bloqueando minha passagem e uma pequena vala de água ao lado, escondendo-me dentro dela sendo jogado buraco á fora do outro lado da caverna, como se fosse um rio subterrâneo, sinto ser a saída logo a mais próximo, as coisas não iam teme eu sabia disso, parei um pouco para descansar, consegui acampar e arranjar comida, foi preciso matar os ratos que estavam ao redor e água potável tinha de sobra naquele rio lindo.

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