Capítulo 1
- O sonho de um coração tempestuoso.
Onde estou? Porque estou a acordar Nesse caixão, nesse lugar?
Isso parece um pesadelo, seria real? Sinto uma energia como se fosse algo forte.
Algo a chamar pela minha alma. Sinto uma trilha de sangue sendo feita
Bem dentro no profundo de minha mente, como um poema deve ser.
Lido e desvendado, uma dor que queima como essas chamas azuis
Que iluminam esse necromântico lugar. Será que estou realmente a sonhar?
Isso parece uma dimensão infernal. Estou cansado desses pesadelos...
Lugares e sentimentos sombrios E ideias apocalípticas vagam minha mente.
Ensinando-me a dominar o ódio e o medo. Mas tudo que eu realmente apenas queria é acordar.
Como combater esses sonhos infernais? Como uma explosão, ele surgiu, serpentes
De fogo atravessando esse lugar, e eu deitado Escutando uma voz sombria, dizendo-me algo...
-Ei poeta, vamos levante-se!
Disse o homem, todo de preto, com uma face
Gélida, cabelos brancos como a neve, compridos, parado em minha frente, não entendi muito bem e fiquei surpreso,
Mas ele conversava comigo tão atencioso, telepaticamente.
-Perdoe-me por entrar em sua mente, mas você precisa continuar.
Confie em mim, se quiser viver aqui.
Venha até mim, deixe-me guiá-lo
Através de minha alma, lhe mostrarei o caminho.
Para fora desse inferno, que você mesmo pode entrar
Se cometer o erro em sua missão, e possivelmente falhar...
Sinta minhas palavras e as siga, não as deixe sangrar.
Irei lhe possuir e dominar, mostrar a dor desse lugar
E o desespero, através do seu próprio olhar.
Seja forte para não perecer ou fraquejar!
-Quem é você?
Gritei alto, querendo resposta.
Ele murmurou algo baixo:
-Prazer sou Sefyride de saga.
-Porque está me ajudando?
Ele se afastou apenas um com brilho vermelho nos olhos.
-Preciso fazê-lo entender poeta...
-Me fazer entender o que?
-Ryan, não é?
-sim, respondi ofegante, ele não parecia suspeito.
Isso me irritava um pouco.
-Você precisa sair daqui acordar
Antes que fique preso!
-Vamos cada segundo aqui vale uma vida, ele bufou.
Isso me parecia estranho, porém esse lugar era maligno.
Realmente parecia o inferno, devo eu acreditar nele?
Logo nessa dimensão confiar em alguém pode ser suicídio.
Mas pareço não ter outra opção...
-E você é o poeta perdido, certo?
Ele encarou meu rosto com um olhar sombrio.
-Sim, respondi com frieza.
-Certo vamos logo, ele apelou.
-Ok. Disse decidido, mesmo sem confiar muito.
Mas o que mais queria realmente era sair desse lugar, desse sonho.
De minha própria mente, e assim seria mesmo sendo impossível de acordar.
Continuei andando pelas fontes feitas de ossos, ele sempre na frente guardando proteção.
Meu corpo estava fraco, mas não podia cair aqui, havia muita lava debaixo de nós...
Eu podia sentir o poder dele, nenhum demônio era capaz de nos enfrentar.
Lutamos e lutamos diversas vezes, contra bestas de várias cabeças, cachorros infernais, serpentes gigantes, mas era estranho onde estava meu florete?
Isso parecia brincadeira de criança para ele.
Só me restava uma inútil pistola.
Sefyride, nome interessante, procurei não pensar
Muito em detalhes apesar de ser familiar, aqui nesse lugar, não podíamos parar muito para pensar...
Ele possuía uma foice, com lâmina em chamas, bastava um corte
e todo ser que cruzasse em nosso caminho, perecia instantaneamente!
Realmente me senti protegido, importante, era bizarro.
Seria ele um anjo mandando para um pesadelo meu?
Perguntei novamente a ele...
-Quem realmente é você?
Ele mais uma vez deu de ombros, sem se comprometer muito.
-Desculpe poeta, não posso lhe dizer muita coisa...
-Minha missão é apenas de protegê-lo agora.
Fiquei confuso ao mesmo tempo aliviado.
Será que ele tinha algum lado sombrio que eu não conhecera?
E por que estamos tanto a demorar, para saída desse maldito lugar, encontrar?
Nessa esperança de ter encontrado a saída, caímos em uma armadilha.
Malditos demônios, disse ele irritado.
-Vamos precisar voar.
Apelou ele com fé na voz que me fazia assustar.
Com coragem mesmo desacreditando gritei.
-Faça o que for certo!
Ele atentamente olhou para cima, rápido criando
Um ser celeste de asas vermelhas para que saíssemos logo de lá.
Havia muito mais demônios aqui do que poderíamos contar.
Em cima de aquele ser de asas de fogo conjurado por ele, Ao voar alto
Pude observar o exército de demônios que nos assolava em embaixo, tentando fazer com que caíssemos...
Finalmente conseguimos sair daquela m*****a escuridão.
As asas que ele criou, desapareceram no vento, logo depois de nos comandar
Pelo céu negro daquele lugar.
Jamais havia sentido tal sensação de liberdade e fuga.
Um sorriso sombrio se abriu em seu rosto cor de gelo.
Quando pousamos em um lugar deserto apenas com uma parede
Gigante, impenetrável parecia cercar tudo em volta.
Havia um espelho em nossa frente, seu reflexo não aparecia.
Olhei atento, só conseguia enxergar a mim mesmo.
Maldição, como eu estava acabado, calça negra de couro suja de sangue, minha amada jaqueta de couro, que era de meu pai, arruinada.
Senti um ódio grande vindo de dentro, estraguei minha única lembrança...
Enfim ele disse algo que ajudou.
-Você está pronto!
Eu não posso atravessar daqui em diante.
-Por que não? Reclamei.
-Sou um ser da noite, não vê?
Eu sabia, era poder demais para um ser do bem, era por isso que ele estava aqui nessa dimensão infernal.
Concordei friamente mesmo sem acreditar
No que meus olham viam, ou literalmente não viam.
-Certo, suspirei.
Ele explicou...
-Entre, siga até uma velha sala com um piano rústico.
Lá você encontrará o príncipe desse lugar, seu nome é Lulu.
Esse demônio terá aparência de um simples monge, mas jamais
o subestime, derrote-o e estarei lhe esperando no outro lado.
Minha confiança nesse momento parecia se quebrar em mil pedaços.
Isso tudo está tão confuso, não consigo acreditar, devo agora derrotar o príncipe do inferno?
É apenas um sonho, parecia mais como um maldito teste, e o pior muito real.
Sefyride foi desaparecendo, ficando para trás, numa névoa vermelha.
Senti o vidro entrando em todo meu corpo, mas para minha surpresa ele não machucava, parecia líquido, enfim cruzei a passagem.
Quando me deparei surpreso, realmente havia ali um monge com uma toca branca na cabeça, o peito nu apenas com um colar cheio de dentes.
As pernas cobertas com pele de uma besta desconhecida.
Ele parou de tocar aquela melodia que para minha surpresa era linda!
Virou o seu corpo em uma velocidade assustadora, criando-me pavor.
Caminhou até minha direção e disse...
-Você pensa que pode derrotar o príncipe do inferno?
Poeta foi jogado aos leões e nem se deu conta disso, essa será última melodia que escutará.
O encarei sem medo, que monge mais patético, será que era para eu ter medo?
Simplesmente retirei minha pistola das costas e atirei em sua face demoníaca sem piedade...
Ele se afastou uns dez metros.
Não parecia ter danificado muito seu rosto que mostrava cada cicatriz desse lugar, tirando pela dimensão em que está...
-Não vê? Você não pode me derrotar...
-vê? Você lhe mais um tiro de fogo bem no coração.
Ele ajoelhou, seu corpo em chamas e sua voz toda destorcida gritou...
-Isso é tudo que é capaz de fazer?
-Ele ria tão diabolicamente e subitamente desaparecendo, mas sua risada ecoava...
De repente o lugar começou a desmoronar, nunca havia presenciado
Tal fogo grandioso em minha vida, era terrivelmente assustador, senti o inferno todo gritar de desespero.
O que devo fazer?
Tão subitamente senti que fui erguido por duas mãos, era lindo aquela sensação de luz.
E uma voz sublime dominou-me, você é capaz!
Era a visão de uma linda garota, de manto branco.
Como se ela tivesse ali exatamente no momento para me puxar do inferno...
Lembrei-me da cruz que meu pai carregava sempre no peito, ele dizia que sentia próximo de mim e protegido... Era só ter fé!
Seu corpo tentando se recompuser sem sucesso algum
Lulu enfim gritou num ódio tremendo!
-Vá para o inferno, morra!
-Já estou no inferno, idiota!
E disparei... Sua cabeça estourou em pedaços como aquele lugar.
Seu corpo caiu num grande rio de lava atrás do piano, que estava a sucumbir sobre aquele fogo impiedoso.
Ele gritava de desespero...
O fogo o engolindo completamente assim como seu piano, que desperdício de piano...
De repente o lugar todo ficou escuro e uma porta surgiu no fim.
Entrei correndo, sem acreditar na coragem que tive naquela luta e como foi incrível, luzes surgindo no chão em cada passo meu.
Sefyride parecia surpreso do outro lado agora.
Encarava-me orgulhoso, era engraçado, devido às circunstâncias!
-Bom trabalho, disse ele apenas resmungando que eu demorei demais.
-O que espera que eu faça? Reclamei, desculpa se caso eu demorei, só estava derrotando o príncipe do inferno, ele parecia não gostar muito de ironias.
Estávamos em uma sala de cristal, cheia de livros e maravilhosas estátuas de anjos por todo lado.
Belos quadros de paisagens e musas enfeitavam as paredes escuras.
-Apenas mais um teste final, murmurou ele!
-Eu faça? Reclamei estar feliz.
-Entre nessa porta e converse com o anjo no epicentro
Da sala, ele te ajudará a finalmente acordar, adeus poeta!
Isso foi triste pensei esse fim...
-Adeus e muito obrigado, gritei!
Ele desapareceu sombriamente.
Entrei na porta que diante de mim que parecia a saída de minha mente.
Lá dentro era uma sala metade iluminada, e na outra metade apenas sombras.
Havia cinco estátuas, de cada lado com cinco poemas pendurados.
O anjo negro do meio clamou por meu nome.
-Ryan Rainheart.
Ele era alto, estava em uma armadura prateada com uma espada branca grande como um trovão, cravada no chão.
Atentamente olhava para meus olhos, medindo as palavras ele dizia.
-Muito bem, mais uma vez provaste seu valor, você já irá acordar apenas não se esqueça de sua missão.
Não deixe se levar pela paixão, não deixe a escuridão lhe cegar.
Muitas vezes você pensa que o amor é uma rosa que desabrocha linda e bela, mas não percebe seus espinhos, seu veneno, e a serpente do ódio por trás da flor...
-Ryan, tome cuidado com suas escolhas.
-Como assim? Duvidei.
Você ainda escreverá muitos pergaminhos poéticos, assim você poderá derrotar aquilo que é imortal, vencer e alcançar o inalcançável, fiquei abismado!
Não esquecerei essas palavras, mas diga-me quem és?
-Quem eu sou?
Posso ser seu inferno, seu pesadelo...
Ou apenas sua imaginação!
-Nós escrevemos essa história.
Muito sangue foi derramado, talvez muito ainda seja.
Agora você está em um lugar, que só você mesmo, pode encontrar
e com o tempo você irá.
-Ryan, decida quem você é!
-O que quer dizer com isso, por que tudo é tão confuso?
Você precisa escolher o caminho da sua alma.
Você precisar tomar lugar no mundo.
No fundo sei que sentes algo diferente dentro de ti.
Seja bom ou mal, você certamente mudará o mundo.
-O que preciso fazer?
-Porque elo encarei.
Ele respondeu cético, é a maldição
De sua família, sabe disso, é como o amor...
Demonstre por fora, use seu dom da palavra
Esse que você recebeu, do Altíssimo poder que vale.
E assim você terá encontrado sua essência.
Completado sua missão, quando isso acontecer...
Venha me procurar.
-Não pode partir assim, preciso de mais respostas, eu encarei com olhar
Que precisava de mais luz que as palavras dele ofereciam...
-Adeus Ryan Rainheart.
-Você é o poeta enviado.
Ele desapareceu envolvendo suas asas se cobrindo, deixando cair apenas um bilhete e uma pena prateada ao chão...
Peguei o bilhete e atentamente li...
´´Então assim foi o dia que a missão foi iniciada.
Uma grande lenda está para começar.
Um caminho poético de uma família amaldiçoada
Pela escuridão, onde o último filho, busca suas respostas e a salvação.
Ao terminar de ler finalmente percebi...
Não posso mais fingir que estou feliz e sorrir, não posso mais reclamar por dias de dor, muito menos deixar uma lágrima cair.
Preciso ser forte, preciso lutar, pai, mãe, onde quer que estejam ainda irei lhes encontrar, essa dor lentamente me come por dentro, às vezes não consigo me controlar, como se eu não pudesse vencer essa solidão, desejando aquele olhar da garota que me deu as mãos e me salvou da perdição...
Será mesmo o amor o resumo da salvação?
Um sentimento que sem ele de nada vale os sonhos e a força da raça humana.
Senti meu corpo flutuar, acho que estava pronto para acordar.
E lá estava eu, acordando com o corpo todo dolorido.
Não consigo me lembrar de muita coisa, minha cabeça doía
Como montanhas se chocando.
A tempestade no meu coração.
Minha casa é tão grande, onde durmo é muito bagunçado.
O segundo andar da casa situa-se meu piano, meus livros.
Os terceiros andares fizeram em homenagem a nossa velha casa e com uma cadeira igual à que meu pai gostava que ele amasse observar o pôr do sol, e minha escrivaninha velha e sem pintura, onde eu sempre escrevia naquele belo momento.
Minha casa certamente seria mais feliz e com vida, se tivesse minha família e algum tipo de amor... Não apenas minha poesia.
Levantei-me com mau jeito e com uma preguiça pecadora.
Nessa manhã percebi quanto eu estava diferente, o sol estava fraco, mas o céu estava limpo, parecia um quadro a janela do quarto.
Mas que dia mais frio Á qualquer hora uma tempestade poderia desabar, sinto algo diferente dentro de eu queimar.
Alguma coisa está chegando e não parece ser nada bom.
Por que não consigo lembrar algo concreto, nesses malditos sonhos, estão mais para pesadelos...
Onde aparecem esses anjos e demônios, dizendo-me que devo escrever o poema do meu coração, pois uma profecia quando se inicia sempre há sinais, não é possível isso acontecer no crepúsculo de hoje.
Preciso me levantar, não apenas caçar, escrever, todo dia, solitários dias de poesia e melodia, estou cansado dessa vida.
Será que meu pai realmente teve que partir?
É tão duro ver o túmulo de minha mãe e não imaginar o homem que ela queria que eu me tornasse...
Pai por que me deixaste?
Espero um dia lhe encontrar, tem sido épocas difíceis, parece que os demônios estão mais carregados de escuridão.
É difícil crer numa luz que não vem, mesmo em todo meu amanhecer, quando escrevo, penso em ti e na mamãe.
Não é fácil me levantar e enfrentar mais um dia, sem achar que não há nada de errado nesse mundo.
Pessoas parecem não se preocupar com nada mais.
O que devo fazer?
Até quando minha poesia e minha fé irão sobreviver?
Chega de lamentações, nada irá mudar se aqui eu continuar...
Darei uma passada na cidade, ver amigos e talvez ir para floresta espiritual, caçar.
Sinto que a algo lá, malditas premonições, queimando meus pensamentos.
É hora de ser forte, pois uma hora precisaremos encarar nosso destino, o que realmente somos, e o que precisamos nos tornar tudo pela manhã podem mudar.
Ponho-me de pé com vigor, com determinação,
Em frente a porta do quarto pronto para ir, praticamente apenas pensando...
Como se eu tivesse que ser algum tipo de herói, sendo que faz parte de meu dia a dia, poucos conseguem, poucos agradecem e sacrificam seu tempo, a ajudar, a salvar pessoas, usar um tempo vital que podemos ajudar, nunca precisará de uma razão para isso.
Talvez seja um dos lemas de minha família, e um sentimento ainda bonito de se acreditar nesse meu coração... E que coração mais tempestuoso!
Capítulo2- Uma amizade poética.M
Capítulo3- O anjo vermelhoA
Capítulo4- A floresta espiritualE
Capítulo5- A gótica mansão do édenE
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