capítulo 1

Séde da cosa nostra 9 anos atrás...

Alerta de gatilho.

Em toda minha vida, nunca vi sentido em quase nada, eu fazia as coisas por fazer, aquelas lembranças ainda perseguem a minha mente, não é fácil olhar para a sua cicatriz e não sentir mais dor.

Mas, nem nos meus piores pesadelos, imaginei que tudo isso se repetiria de novo, e de forma ainda mais dolorosa.

(...)

__ Senhor Romano pode me acompanhar por favor.__ o instrutor de tiro ao alvo, me olhava da mesma forma que aquele imbecil, mas aqui eu não era ninguém, o peso do nome do meu pai, não valia de nada, então o acompanhei até uma sala.

__ sente-se!__ ordenou e eu o fiz, em seguida algemou meus braços e pernas, eu pensei que era alguma forma de treinamento, mas não! Não era nada disso, ele deslizou a sua mão pelo meu peitoral.

__ por favor, senhor, pare!__ pedi e ele deu um meio sorriso, e continou, desceu sua mão até a minha parte íntima, e eu me segurei para não chorar, as vezes acho que o problema sou eu, talvez tenha dado a impressão que queria algo a mais.

Mas eu não o queria, não mesmo.

__ acha que não sei, o que você é,  do tipo de coisa que você gosta.__ disse me apertando.

__ senhor, não sei do que está falando, me solte por favor.

__ a máfia, não tem lugar para bichinhas, então me divertirei com você e depois me livrarei do seu corpo, dizendo que houve um acidente na cadeira elétrica, vamos ver o quanto você aguenta. __ ele disse e eu respirei fundo.

Como havia mencionado antes, eu vivo por viver, se ele vai tirar a minha vida pouco me importa eu só não quero me sentir sujo novamente, ter que passar todo aquele tormento de novo.

O homem sorria igual à um psicopata, caminhou até a alavanca onde liga a cadeira.

__ está na hora de ver se você é duro na queda sua bichona.__  desdenhou e deu um beijo na minha bochecha.

Meus olhos não expressavam nada, ainda não tinha ido para cadeira elétrica, Pietro me disse que é horrível, mas não será pior do que a dor que aflige a minha alma e atormenta a minha mente.

Olhei para o homem, na esperança que ele pensasse melhor e encerrasse aquilo, mas foi inútil, ele sorriu e logo em seguida puxou a alavanca.

Meu corpo estava tremendo, parece várias agulhas perfurando a minha pele, meu cérebro, parece que está fritando, pensei naquele momento que eu realmente iria morrer, na verdade, desejava que fosse bem rápido que todo o sofrimento acabasse ali naquele momento, eu já aceitava isso, eu não estava mais vivo por dentro, morrer por fora era só um detalhe.

Ele desligou e veio até mim novamente, acariciando meus lábios, com a sua mão imunda, depois o meu rosto, dizendo que  era um rapaz bonito, senti tanto nojo, não queria nada do que estava acontecendo, e pedi, implorei para que ele me soltasse, meus olhos queimavam pelas lágrimas que agoram ameaçam cair.

O homem sorria, e estava desafivelando o cinto, depois desabotoou a calça colocando seu membro para fora, no exato momento senti anciã de vômito,  queria morrer.

__ chupa ele sua bichona.__ ordenou e me recusei, e o mesmo bateu com o cinto em meu rosto, em seguida iria forçar a minha cabeça para que eu abrisse a boca, quando escutei um barulho na porta, e depois ela sendo arrombada.

__ o que caralhos, você está fazendo com ele seu  verme imundo?__Pietro questiona e o homem retrucou, mas o meu amigo, não tem escrúpulos algum para ouvir a versão dele.

__ eu vou te mostrar, o que acontece com pédofilos na máfia, ninguém vai saber, ninguém vai sentir a sua falta seu porco.__ disse irado,  tirando a arma da cintura e atirou no membro dele gritou pedindo que ele parasse.

Agora era Pietro que estava rindo igual um psicopata.

__ quando o Romano pediu que você parasse, você parou seu desgraçado? Não venha me pedir piedade quando você não teve.__ disse e atirou no pé dele.

__ eu vou te matar bem rápido, mas vai ser tão doloroso para você.__ disse e atirou em todo o corpo do  homem que alguns minutos depois, estava com o corpo todo perfurado, e caiu no chão.

Pietro me encarou fazendo que não com a cabeça e em seguida, libertou-me das algemas.

__ obrigada!__ falei e ele fitou-me por alguns segundos, em seguida  me abraçou.

__ por favor, não tire a sua vida, não deixe que um merda desse ganhe o jogo, não sou muito bom com palavras, mas você não merece isso, deixe-me ajudar você, minha família tem psicólogos que nos devem favores, eu sei que um trauma assim não é fácil ser esquecido, mas você pode tentar, faça isso pela Sarita e pela Georgie, elas vão precisar de você.__ disse e por alguns segundos, iria ignorar, mas, pensei nas minhas irmãs, e eu não irei perder nada se tentar.

__  tudo bem, eu aceito!__ falei e vi ele esboça um meio sorriso.

__ agora vai, vou me livrar desse desgraçado.__disse eu concordei, saí o mais rápido que pude, o deixando sozinho.

Eu não sei o que teria acontecido, ou pior, eu sei muito bem, se não fosse ele a me salvar.

Pietro era considerado frio e sem escrúpulos, mas quase sempre ele me protegia, o considero um irmão de coração.

E não importa o quanto falem por aí, que ele é uma pessoa ruím, para mim foi o único amigo que escolheu não julgar a minha sexualidade, quem me dera, se todos fossem assim, a famiglia não pode sonhar que sou bissexual ou estarei morto, e agora que quero tentar, não desejo isso.

As minhas irmãs não merecem esta vergonha, eu sempre falo para que elas sejam fortes, e não vale de nada se eu desistir, que exemplo daria?

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