capítulo 3

Depois de tomar banho e me arrumar, sigo para uma lanchonete próxima a empresa, sempre encosto lá, antes de ir para o trabalho, o dia de ontem, foi exaustivo, e a noite foi pior ainda, a mesma rotina de sempre, acordar de madrugada e não dormir mais.

Já que nem todo mundo tem uma Joana na vida, eu até tentei rouba-la para Nova York, mas ela não desgruda de Pietro e Aurora por nada, ainda mais agora que o Dom nasceu.

Estava estacionando meu carro e notei que eu quase atropelo uma maluca, que estava dedicando a sua atenção para um papel em suas mãos, tudo bem que era uma maluca bonita, no entanto, não a isenta de sua tolice.

__ olha para onde anda!__ falo e ela desvia sua atenção dos papéis para mim.

__ olha você seu idiota!__ disse entrando para a lanchonete e eu entrei logo em seguida.

Espero por alguns minutos e adivinha quem veio me atender? Ela, a maluca.

__  o que o senhor vai querer?__  pergunta toda sorridente, nem parece que queria soltar os cachorros em cima de mim cinco minutos atrás.

__ um pedido de desculpas?__ questiono e posso jurar que ouvi, seus dentes rangendo.

__ o que vai querer senhor? __ disse o senhor entre os dentes e eu sorrio.

__ olá mocinha educada, então...- ela nem deixou eu terminar de falar e me encarou com um olhar mortal.

__ eu não trago problemas pessoais para o trabalho.__ fala, de maneira séria e compreendo.

__ Ok, eu quero um café!__ peço e ela sorri.

__ já volto com seu pedido senhor idiota!__ fala e eu queria corrigi-la,  porém não tem como, não quero ser o responsável por sua demissão, mas o sorriso que ela deu, foi estreitamente malicioso, daqueles que dizem "não mecha comigo"

(...)

Alguns minutos depois, ela chega e me serve, e o j**a em mim sorrindo dizendo que foi sem querer, realmente estava a ponto de perder a paciência, até aparecer uma garota muito parecida com a maluca que me atendeu ainda a pouco, e assim que ela viu a minha camisa suja de café, correu para me ajudar.

__ me desculpe senhor, a minha irmã é meio desastrada mesmo.__  disse sorrindo e fiquei encarando o seu rosto ela é bem bonita.

__ irmã? Você é irmã daquela estressada?__ pergunto elas até se parecem, mas a outra não tem nada de gentil.

__ sim somos! Ela é a minha irmã mais velha.

__ esse é o jeito dela? Como você aguenta?

__ faz parte!__ eu eu já havia desistido do café, quando maria estressadinha trouxe outro, e a irmã dela seguiu educamente.

A maluca me encarou e respirou fundo, logo após se senta em minha frente.

__ me desculpe pelo café, foi realmente sem querer.__ pediu, e eu poderia aceitar logo? Sim, mas ainda não quero.

__ pode me dizer, o que custa ser educada com os clientes.

__ eu só não estou em bom dia!

__ as vezes não podemos descontar, as nossas frustações em outras pessoas. __ falei e nem sei o que motivo para ela ter ficado muito irritada.

__ me desculpe seu riquinho mimado, eu estava distraída olhando as contas do tratamento do meu pai, ah me desculpe mesmo.__  disse irônica, e ainda fiquei frustrado, como eu iria saber disso?

__ como eu iria saber?...Mas e o café?

__ uma coisa não tem nada haver com a outra, cuidado com a Clarice ela é loba em pele de cordeiro...quebrará seu coração num piscar de olhos.

__ hummm, e por que está me avisando isso... ficou interessada em  mim?__ questiono e ela sorri, céus, o sorriso dela é bem bonito.

__ não! Eu tenho namorado, e  mesmo que não tivesse, você não faz meu tipo, eu estou te dizendo como pedido de desculpas.

__  baby, você só está dizendo isso, por que eu ainda não fiquei com você, uma noite,  uma noite, e você esquece seu  don Ruan, ou tenho outra forma, mas essa eu não posso contar né.__ eu fui muito evasivo, mas é muito bom irrita-la.

E ela não gostou nada do que ouviu, mas apertou as pernas, eu sou homem, sei ler os sinais corporais.

Mas falar algo, seria muito indiscrição de minha parte, apenas fitei a forma como ela apertava suas pernas, com necessidade, e me fitava com um misto de ódio e desejo.

__ desculpe novamente senhor e o café é por conta da casa!__ disse assim que se levantou, me olhou por alguns minutos, em seguida voltou para dentro do que julgo ser a cantina daqui.

Dou minha atenção para o café,e começo a toma-lo, estava ótimo, pedi a conta e a tal Clarice gentil que me atendeu, foi novamente gentil comigo.

__ obrigada senhor, e sugiro que volte.__ diz com a voz tranquila, e  me pergunto porque eu não consigo sentir atração por ela, e sim na irmã mal educada.

__  irei voltar sim, obrigada, você foi muito gentil.

__ não tem de que, tenha um bom dia!__ diz e eu me despeço novamente dela, dou uma olhada ao redor, sem parecer um maluco, avisto a estressadinha, dou uma piscadela para ela, e saio.

Faz tempo que não flerto com ninguém, e foi muito divertido, ela é irritante, mas é uma gata, os cabelos presos, em um coque sensual, o rosto oval, sobrancelhas grossas, nariz bem feito, lábios não tão carnudos, mas tinham o seu charme, o corpo dela, também deixou-me bastante atraído.

É, com certeza irei voltar aqui.

Saio dos meus devaneios, assim que meu telefone começa tocar, adentro o meu carro e sorrio ao ver o número da minha mãe.

Faz tempo que não nos falamos.

__ figlio mio, que saudades.

__ eu também mamma, como estão as coisas na nossa Itália?

__ bem, mas, sinto sua falta bambino,  quando vem me visitar?__ questiona e suspiro, essa era a pior parte, eu não queria voltar a Itália, não ainda.

__ pedi que viesse comigo, mas não quis, não sei quando volto mamma.

__ prometa que irá pensar com carinho nessa hipótese de vir.

__ prometo.

__ ti amo, figlio mio.( te amo, meu filho)

__ ti amo di più, mamma ( te amo mais, mamãe)

Conversamos um pouco mais, e encerramos a conversa depois que ela me comunicou que a Geórgia estava com ela, o que me alíviou muito.

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