Murilo delicadamente me devolveu o celular. Eu abri as imagens mais uma vez, as lágrimas ameaçando transbordar dos meus olhos. Ele se deitou ao meu lado e, com um gesto carinhoso, me conduziu para deitar em seu peito.— Não fique olhando para isso, July. Não vai te fazer bem — disse ele, sua voz transmitindo uma preocupação genuína.— Eu sei... e eu também não estou agindo certo com ele, não é?— Não se culpe por isso — Murilo falou suavemente. — O que aconteceu entre nós, não justifica o que ele faz. São coisas diferentes.Eu me aconcheguei mais em seu peito, sentindo uma estranha mistura de conforto e confusão. Embora estivesse chateada com a situação e frustrada por viver tanto tempo em um relacionamento baseado em mentiras, a presença de Murilo ao meu lado me trazia um consolo que eu não sabia que precisava, até ter. E, para minha surpresa, a dor de pensar no fim do meu namoro com Túlio, parecia distante.— Eu preciso acabar com isso logo — murmurei, mais para mim mesma do que par
Eu sorri e minha boca voltou a devorar a de Murilo, com um desejo avassalador. A perfeição do encaixe dos nossos lábios era algo que eu nunca havia experimentado antes. A mão dele deslizava pela lateral do meu corpo, com uma precisão e firmeza que me fazia arrepiar. Nosso beijo não tinha nada de tranquilo; era urgente, quente e ousado, especialmente os meus.O tempo passava, e minha ousadia só aumentava, enquanto Murilo se esforçava para manter o controle. Ele havia despertado em mim uma reação intensa, e eu ansiava por mais, por sentir ainda mais intensamente. Com um movimento atrevido, guiei sua mão, que deslizava suavemente pelo meu corpo, até o meu seio. Mordi seu lábio com mais malícia, deixando claro o que eu desejava.— O que você quer, minha princesa? — Murilo perguntou, com um olhar malicioso. Seus olhos penetrantes encontraram os meus.Eu sorri, mordendo levemente o lábio dele e sugando em seguida.— Eu sei que você quer esperar pelo momento certo — disse, com um sorriso. —
Eu senti uma onda de calor e um arrepio percorrer todo o meu corpo. A princípio, uma mistura de timidez e excitação tomou conta de mim, mas a segurança e o carinho que Murilo transmitia me ajudaram a relaxar. Cada toque dele era como uma descoberta, uma nova forma de entender e sentir o meu próprio corpo. — Isso é incrível — consegui sussurrar, me deixando levar pela experiência, pelos sentimentos que afloravam com cada carícia. Murilo continuava atento a cada suspiro meu, cada reação, como se cada momento fosse especial, único. Ele continuou a me guiar nessa jornada de autoconhecimento e prazer, mostrando-me um lado da intimidade que eu nunca havia explorado. Naquele instante, senti que estávamos conectados de uma maneira profunda e significativa, não apenas fisicamente, mas emocionalmente também. Murilo beijou meus lábios de forma ousada, sua mão agindo com uma paciência e habilidade que me deixavam sem fôlego, massageando meu clitóris com uma precisão que fazia meu corpo reagir
Murilo:Ficar ali com July, só intensificava meu desejo por ela, uma chama que crescia a cada olhar trocado. Tivemos um momento quente, íntimo, e isso fez com que meu coração acelerasse, inundando-me de uma excitação avassaladora. Nossos corpos se aproximaram mais do que eu havia imaginado. E eu? Não me arrependia nem por um segundo.Meu desejo por ela era como uma tempestade, forte e incontrolável. Queria estar com essa garota mais do que qualquer outra coisa no mundo. Seus suspiros sussurravam que ela ansiava por ir mais longe, mas, naquela noite, queria que ela explorasse prazeres desconhecidos, saboreasse cada descoberta, sem pressa. Queria que ela se sentisse totalmente à vontade, completamente segura em meus braços.July me desejava, eu sentia em cada gesto, cada olhar prolongado. Ela ainda guardava sua entrega para alguém especial, e se fosse para ser comigo, eu queria que fosse perfeito para ela, único.Nossa conexão era inegável. Éramos como duas metades de um mesmo enigma, e
A luz do sol já invadia o quarto quando acordei, seus raios dançando preguiçosamente sobre as cobertas. Virei-me na cama, buscando por Murilo, mas o espaço ao meu lado estava vazio. Sentindo uma mistura de surpresa e curiosidade, sentei na cama, esfregando os olhos ainda pesados de sono.— Murilo! — Chamei, um sorriso brotando em meus lábios, esperando ouvir sua resposta ou ver seu rosto aparecer na porta. Mas o silêncio persistiu. Uma ponta de decepção me tocou, mas logo foi substituída por uma sensação de calma.Deitei-me novamente, esticando os braços e bocejando. Minha mão encontrou o celular sobre o travesseiro e, ao verificar a hora, vi que já passava das 12:00h.— Dormi demais — murmurei para mim mesma, uma risada suave escapando. O tempo lá fora parecia convidativo, mas o calor e o conforto da cama me seguravam ali, presa em um casulo de lençóis.Enquanto eu me acomodava, os pensamentos vagavam, todos sobre Murilo. Uma onda de sentimentos me inundou, deixando claro o quanto eu
— Que demora do caralho, July, por que demorou tanto para abrir essa por'ra? — Sua voz soava áspera e exigente.— Eu estava dormindo. Nem isso posso? — Respondi, tentando manter a calma, enquanto respirava fundo. — Dormindo até agora? — Ele se aproximou rapidamente, tentando me beijar com uma familiaridade, que agora me parecia estranha. — Nem parece que veio embora cedo — seu tom era de incredulidade e desconfiança.Eu me afastei instintivamente e entrei em casa, buscando refúgio no sofá. Sentando-me, respirei fundo, reunindo coragem. Era o momento decisivo. Eu queria estar com Murilo, continuar nesse relacionamento com Túlio estava fora de questão.— Precisamos conversar — falei, firme e séria. Ele sentou ao meu lado, um sorriso confiante nos lábios. Túlio começou a acariciar minha perna e tentou me beijar novamente. Empurrei-o delicadamente, tentando me levantar, mas ele segurou meu braço, puxando-me para sentar em seu colo.— Por favor, Túlio, é sério — insisti, lutando para me a
— Você envia aquela mensagem e some, mulher, estava dormindo, é? — Brinquei, divertida com Cristine, enquanto permanecia abraçada com Murilo. Sentindo o calor do seu abraço e a segurança que suas mãos em minha cintura me proporcionavam. Cristine suspirou, os olhos faiscando com uma mistura de preocupação e empolgação. — Amiga, desculpa, eu precisava enviar. Não dava mais para aceitar o que aquele escroto estava fazendo. Eu não aguentava mais ver você se iludindo com ele. — Está tudo bem, obrigada, amiga — respondi, tranquilamente, me afastando de Murilo. Ele pegou minha mão e a beijou suavemente, um gesto que fez meu coração se aquecer. — Eu posso saber se te acordei quando enviei a mensagem ou você ainda estava acordada? — Cristine perguntou, animada. Murilo e eu trocamos um olhar cúmplice e ele sorriu. Eu mordi meu lábio involuntariamente, tentando conter o riso, e voltei minha atenção para Cristine. — Eu estava acordada, eu e o Murilo ficamos até mais tarde conversando depo
O silêncio que se seguiu foi denso, cada um de nós perdido em nossos próprios pensamentos e receios. Eu sentia a pressão da situação, a necessidade de dizer algo, mas as palavras simplesmente não vinham. Eu estava em uma encruzilhada, onde cada escolha parecia levar a um caminho incerto. — Isso não era como eu tinha imaginado revelar, não queria que você soubesse dessa forma. Mas, acredito que seja mais justo dizer agora do que prolongar essa situação — comecei, sentindo o peso de cada palavra. — Do que você está falando? — Ele questionou, uma confusão nítida em seu olhar. Olhei para Murilo, que assentiu, como se me pedisse para prosseguir. Respirei fundo, buscando coragem para continuar. — Nós lutamos contra, tentamos, com todas as nossas forças, evitar que isso acontecesse, mas... aconteceu — confessei, minha voz tremendo levemente com a tensão do momento. Tomei mais uma respiração profunda, buscando estabilidade emocional. — Eu e... o Murilo, nós estamos juntos — revelei, obse