Salvatore VecchioQuando Oliver a trouxe para mim, nunca pensei que ele realmente conseguiria sequestrá-la, mas ele fez um trabalho excelente. Enviar aquele jatinho particular foi uma jogada inteligente; trouxe-os rapidamente e sem problemas. Ainda não conseguia acreditar que Alessio tinha essa mulher como sua. Desde que vi a foto dela, ela não saía da minha cabeça. Não acreditava que ele tivesse tido a sorte de encontrar uma joia dessas.Mas eu a destruiria. Faria com que ela o odiasse. Envenenaria cada pensamento, fazendo-a acreditar que ele não estaria vindo atrás de si. Sou mestre em manipular minhas vítimas, e Isabella não seria diferente. Oliver me contou que conseguiu sequestrá-la porque eles tiveram uma discussão, e Alessio saiu da mansão, deixando-a vulnerável. Foi o cenário perfeito para colocar o plano em ação.O plano de Oliver foi brilhante em sua simplicidade: hackear o celular da amiga dela e enviar uma mensagem, dizendo precisar conversar sobre algo muito sério. E ela
Salvatore VecchioSento-me à mesa, girando a taça de vinho entre os dedos, enquanto um pensamento sombrio toma forma em minha mente. E se eu a tocar? Tocar sua preciosidade. Alessio vai surtar ainda mais. A ideia me faz gargalhar como um louco, um riso que ecoa pelas paredes do escritório.Alessio nunca deveria ter assumido o controle da máfia. Admito que, por muito tempo, tive medo dele. Sempre intocável, sempre no controle. Ele reinava sobre Portevecchio com um punho de ferro, sempre atento a tudo. Mas agora chegou a hora de sua ruína.Levanto-me e caminho pelo escritório, a excitação crescendo dentro de mim. A imagem de Isabella, sua beleza vulnerável, está gravada em minha mente. Saborearei o corpo dela e gravarei tudo para ele ver. Cada toque, cada suspiro será uma tortura para Alessio. Ele assistirá, impotente, enquanto destruo a única coisa que ele realmente ama.Gargalho ainda mais, o som se tornando quase maníaco. Será uma grande vitória para mim, uma vingança perfeita contra
Alessio Vecchio.A tensão no galpão é sufocante. Já se passam dois dias desde que Isabella desapareceu, e não consigo dormir nem comer. Cada minuto sem notícias dela é um golpe direto no meu coração, um lembrete cruel da minha impotência. Meu corpo e mente estão exaustos, consumidos pela necessidade desesperada de encontrá-la. A falta de sono exacerba meu humor sombrio e cruel, e a pressão sobre meus homens é insuportável. Ontem, em um momento de pura fúria e desespero, matei um dos hackers por sua incapacidade de encontrar Isabella. O caos reina, e todos estão sobrecarregados, lutando para lidar com o frenético ritmo da busca.De repente, uma lembrança atravessa minha mente como um raio: o anel que dei a Isabella. O maldito anel contém um rastreador. Sinto uma onda de raiva e ódio por mim mesmo. Se eu tivesse lembrado desse detalhe crucial, talvez já a tivéssemos encontrado. A culpa me consome, e a frustração só aumenta. Como pude esquecer algo tão vital?Sem hesitar, caminho firme e
Alessio Vecchio.O jatinho aterrissa em Mianmar com um baque firme. O cenário à nossa frente é marcado por uma mistura de urgência e caos. Assim que descemos da aeronave, carros estão à nossa espera, alinhados e prontos para a ação. Dante se aproxima de mim com uma expressão séria.— Pedi carros ao senhor Levi, já que ele se tornou o chefe daqui. — Informa Dante, sua voz carregada de preocupação e respeito.Não digo nada. Qualquer ajuda é válida neste momento. O que importa é trazer Isabella de volta, o mais rápido possível. A equipe entra nos carros, e Saulo já está com o notebook aberto, digitando freneticamente.— Para chegar ao local, vai demorar alguns minutos. Depois, teremos que continuar a pé. — Informa Saulo, sua voz grave e profissional.Apenas aceno com a cabeça, sentindo a ansiedade crescer dentro de mim. A ideia de que Isabella pode estar machucada me enlouquece. Cada segundo parece uma eternidade.Quando finalmente chegamos ao local, descemos dos carros com a rapidez e a
Alessio Vecchio.Finalmente, chegamos ao hospital. Ao pegar Isabella novamente nos braços, meu corpo treme sob o peso do desespero e da urgência. Cada movimento é uma tortura, e cada segundo parece uma eternidade. Ao entrar no hospital, minha voz ecoa em um grito desesperado:— Preciso de um médico, agora!Minha voz reverbera pelo saguão, e em um instante que parece durar uma eternidade, um médico, acompanhado de algumas enfermeiras, aparece com uma maca. Com o máximo cuidado possível, coloco Isabella na maca, sentindo suas mãos frias e fracas em contraste com o calor das minhas.— O que aconteceu com ela? — Pergunta o médico, mas o ódio e a frustração em meus olhos são evidentes. Agora não é o momento para perguntas; é hora de agir e salvar minha mulher.Eric, com uma expressão de preocupação e irritação, assume a responsabilidade.— Ela foi baleada e perdeu muito sangue. Precisa urgentemente de tratamento.A menção de que Isabella está grávida parece ser um lembrete doloroso.— Ela
Isabella Conti.Alessio, eu te amo.Essas palavras ecoam na minha mente enquanto a escuridão começa a me consumir. As horas se arrastam, e a incerteza me deixa cada vez mais angustiada. A solidão do quarto parece sufocante, e eu luto contra o medo e a desesperança.De repente, a porta se abre, e um frio cortante percorre minha espinha. É Salvatore. Meu coração dispara.— Por que você está aqui? — Pergunto, com a voz tremendo de medo.— Vim saborear a sobremesa. — A resposta dele é acompanhada de um sorriso malévolo.Um pavor avassalador me domina. Sem pensar, tento correr para o canto da parede, mas ele é mais rápido. Em um instante, suas mãos firmes me imobilizam na cama. O terror enche meus olhos de lágrimas.— Por favor, não faça nada… Por favor, eu imploro… — As palavras saem entre soluços, mas ele ignora minha súplica, e a desolação toma conta de mim.Ele se inclina e me beija à força. Em um impulso desesperado, mordo os lábios dele com toda a força que consigo reunir. A única im
Isabella Conti.Acordo ainda com a sensação de dormência e a dor aguda na cintura. O desconforto é intenso, mas ao abrir os olhos, sinto um alívio imediato. O quarto onde me encontro é luxuoso, com móveis sofisticados e uma decoração de bom gosto, que não consegui notar ontem. A iluminação suave e as cores tranquilas criam um ambiente acolhedor, bem distante do terror que vivi. As paredes são adornadas com quadros elegantes, e uma grande janela permite que a luz do dia ilumine suavemente o ambiente.Meu olhar é imediatamente atraído para Alessio, que está deitado ao lado da minha cama. Sua cabeça repousa na borda da cama, e seu corpo está curvado de maneira exausta. Seus cabelos, antes sempre bem cuidados, estão desalinhados, e seu rosto mostra sinais visíveis de cansaço e preocupação. Ele parece ainda mais magro do que me lembrava, e isso faz meu coração se apertar.Com um esforço imenso, estendo a mão e passo meus dedos pelos cabelos dele. O toque suave, ainda que hesitante, parece
Alessio Vecchio.Assim que saio do quarto, minha expressão se transforma em um gelo implacável. Entrego a bandeja a uma enfermeira que passa pelo corredor e sigo em direção ao médico, que está conversando com Eric.— Ela já pode ser transferida para o meu hospital? — Pergunto friamente, com um olhar tão intenso que faz o médico dar um passo para trás, assustado.— S-Sim, é possível. — Balbucia, visivelmente nervoso enquanto tenta manter o controle.— Então, faça o necessário. Prepare-a, refaça o curativo no ferimento, faça um check-up completo nela e no bebê. Quero garantir que tudo esteja perfeito antes de voltarmos para Portevecchio. — Ordeno com uma frieza que parece congelar o ambiente ao redor. O médico, claramente intimidado, acena com a cabeça.— Vou providenciar isso imediatamente. Com licença. — Diz ele, saindo rapidamente, deixando-me a sós com Eric.— Fique calmo, Alessio. — Pede Eric, com uma voz suave, tentando me acalmar.Lancei-lhe um olhar frio e penetrante.— Não vou