Alessio Vecchio.Assim que saio do quarto, minha expressão se transforma em um gelo implacável. Entrego a bandeja a uma enfermeira que passa pelo corredor e sigo em direção ao médico, que está conversando com Eric.— Ela já pode ser transferida para o meu hospital? — Pergunto friamente, com um olhar tão intenso que faz o médico dar um passo para trás, assustado.— S-Sim, é possível. — Balbucia, visivelmente nervoso enquanto tenta manter o controle.— Então, faça o necessário. Prepare-a, refaça o curativo no ferimento, faça um check-up completo nela e no bebê. Quero garantir que tudo esteja perfeito antes de voltarmos para Portevecchio. — Ordeno com uma frieza que parece congelar o ambiente ao redor. O médico, claramente intimidado, acena com a cabeça.— Vou providenciar isso imediatamente. Com licença. — Diz ele, saindo rapidamente, deixando-me a sós com Eric.— Fique calmo, Alessio. — Pede Eric, com uma voz suave, tentando me acalmar.Lancei-lhe um olhar frio e penetrante.— Não vou
Isabella Conti.Um mês.Passou um mês desde que voltei para Portevecchio. Esse período foi incrivelmente difícil, tanto física quanto psicologicamente. O ferimento ainda me causava dores intensas, e eu estava constantemente sob efeito de analgésicos para aliviar o sofrimento. Minhas rotinas eram preenchidas por exames frequentes para verificar minha saúde e a do bebê, algo que me desgastava mentalmente, mas que era necessário.Alessio não saiu do meu lado nem por um momento. Ele apenas se afastava quando eu implorava para que ele tomasse um banho e comesse algo. Sua presença constante era um alívio, mas eu sentia como se fosse um fardo, pois sabia que ele estava se sacrificando por mim. Minhas amigas Gabi e Sophia me visitaram frequentemente, e eu tive que inventar uma desculpa sobre ter levado um tiro de bala perdida. Elas ficaram chocadas, mas não questionaram mais nada e continuaram a me apoiar com suas visitas e palavras de encorajamento. Também descobri que o Tom recebeu uma prop
Isabella Conti.17:50 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Sem dizer uma palavra, ele começa a retirar sua camisa com um movimento deliberado e firme. A tensão em seu corpo é palpável, e eu sinto a intensidade do seu olhar fixo em mim.Alessio se aproxima com uma determinação feroz e um olhar intenso.— Sim. Limparei o seu corpo, minha preciosa. Farei com que cada centímetro da sua pele se lembre dos meus toques, até o fim das nossas vidas. Deixarei o meu cheiro em você e apagarei todo o trauma que você carrega.Com movimentos suaves e deliberados, ele começa a retirar meu vestido. Seus dedos são cuidadosos, mas firmes. Assim que fico no meio da cama, Alessio se aproxima de mim com um olhar de pura adoração.A respiração dele está ofegante, refletindo a intensidade do momento. Ele começa a me beijar com uma calma profunda, mas o beijo é firme, carregado de uma paixão que parece querer marcar cada pedaço de mim. Suas mãos passeiam pelo meu corpo de uma maneira que equilibra fir
Alessio Vecchio.18:55 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Observo Isabella dormir tranquilamente, seu rosto sereno e perfeito, em um contraste gritante com a turbulência que sinto por dentro. Fecho os olhos, tentando controlar a raiva que queima em meu peito. Ao ouvir o que aquele desgraçado do Salvatore fez, me segurei ao máximo para não explodir. Esperei muito tempo, mas sei que a hora da vingança finalmente chegou.Mas antes disso, preciso cuidar dela. Dar-lhe um banho e trocar o curativo. Ela não pode dormir toda suada, e não quero que seu machucado infeccione. Saio da cama com cuidado e a pego no colo, fazendo-a resmungar, o que me arranca um sorriso. Entro no banheiro, ligo o chuveiro na temperatura morna e a coloco no chão. Ela resmunga novamente, mas permanece apoiada em mim, sem dizer nada.Com uma delicadeza que só ela desperta em mim, começo a lavar seu corpo. Meus toques são suaves e carinhosos, uma ternura que só ela tem permissão de ver. Esfrego seu corpo com c
Alessio Vecchio.20:30 — Galpão.CENA FORTES.— Abaixe-o. — Ordeno a Saulo, minha voz firme.Salvatore tenta não demonstrar medo, mas assim que seus pés tocam o chão, os cacos de vidro cravam-se em sua carne. Ele morde os lábios com força, segurando um grito de dor. Olha para mim e ri, um som seco e sarcástico.— Acha que algo assim vai me fazer gritar? Eu esperava mais de você. — Ele cospe as palavras, tentando manter a compostura.Ignoro sua coragem e volto para a mesa de ferramentas, pegando um isqueiro. Salvatore tenta desamarrar as mãos das cordas, um ato tolo de sua parte. Caminho lentamente de volta até ele, o isqueiro firmemente segurado em minha mão.— Sua mulher é muito gostosa. O sabor dos lábios dela é maravilhoso. — Ele provoca novamente, numa tentativa desesperada de me desestabilizar.Fecho os olhos, lutando para conter a raiva que ameaça transbordar. Quando os abro novamente, estou decidido. Seguro o maxilar de Salvatore com extrema força, fazendo-o se contorcer de dor
Alessio Vecchio.22:00 — Galpão.— Ainda acha que pode me desafiar, irmãozinho? — Pergunto, com desdém na voz.Com um movimento brusco, retiro a pêra de sua boca, permitindo que ele solte um grito de dor intensa. Seus olhos estão cheios de lágrimas, e sua boca sangra profusamente.— Por favor, Alessio... — Ele choraminga, com a voz rouca e entrecortada. — Pare, eu imploro...Ignorando suas súplicas, vou até a mesa de ferramentas e pego um "quebra-joelhos", uma ferramenta medieval usada para esmagar as articulações. Posiciono-o em seu joelho direito e começo a girar o parafuso, aplicando uma pressão crescente. O som dos ossos se partindo é acompanhado pelos gritos de Salvatore, que ecoam pelo galpão.— Onde está sua coragem agora, Salvatore? — Pergunto, continuando a aplicar pressão até que seu joelho se torne uma massa de carne e ossos estilhaçados.A próxima ferramenta que escolho é um ferro em brasa, aquecido até ficar vermelho. Volto até Salvatore, que está quase desmaiado de dor,
Alessio Vecchio.Quatro meses depois.Quatro meses se passaram desde aquela noite infernal. A tortura de Salvatore ainda ecoa em minha mente, mas agora meus pensamentos estão voltados para Isabella e nosso bebê. Ao voltar para casa naquela noite e vê-la dormir tranquilamente, senti que havia feito a coisa certa. Desde então, minha vida se concentrou em cuidar dela e do nosso filho.Cada manhã começava com a mesma rotina: ajudá-la a tomar banho, trocar seus curativos e garantir seu conforto. A ferida de Salvatore cicatrizou bem, e ver o brilho voltar aos seus olhos era uma recompensa indescritível. As mãos que antes causavam dor agora ofereciam carinho e conforto.Acompanhava Isabella em check-ups regulares para assegurar que ela e o bebê estavam bem. Taylor sempre nos dava boas notícias, o que trazia um alívio imenso. Havia deixado as obrigações da máfia para Dante e Saulo, permitindo-me focar completamente em minha família. Esse tempo longe dos negócios me fizeram valorizar o que rea
Alessio Vecchio.10:40 — Hospital. — Portevecchio.Chegando ao hospital, Dante estaciona o carro com precisão. Ele desce para abrir a porta, e eu saio primeiro. Com um gesto cuidadoso, seguro a mão de Isabella, ajudando-a a sair do carro e a se equilibrar.Seguimos para dentro do hospital e caminhamos em direção ao consultório de Taylor.Ao chegarmos à porta do consultório, dou uma pequena batida e a abro sem esperar permissão. Taylor, que está organizando alguns papéis em sua mesa, levanta-se rapidamente e faz uma reverência respeitosa.— Seja bem-vindo, meu senhor. — Diz ele, com formalidade e simpatia evidentes em sua voz.— Estamos aqui para o ultrassom. — Anuncio, minha voz firme, mas carregada de expectativa.Taylor acena com a cabeça, mantendo um sorriso acolhedor.— Por favor, deite-se na maca. — Ele pede suavemente, seu tom tranquilo. — Vamos começar o exame.Isabella se acomoda na maca, seu olhar alternando entre ansiedade e expectativa. Sento-me ao seu lado, segurando sua m