passagem para a Irlanda.
__ Soldado, fique atento a cada passo da minha noiva, fique de olho nela e não a deixe sozinha — falei para ele no telefone.
__ Ela não saiu do quarto, acredito que o susto de ontem a tenha feito refletir, sua irmã e mãe vieram no quarto, mas saíram logo, pelo que vi ela não comeu — ele respondeu.
__ Me mantenha informado — falei e desliguei, desci para o café e Lili a empregada me deu um largo sorriso, após parar na minha cama algumas vezes ela passou a ser sempre simpática, meu irmão já pegou também assim como meu pai.
__ Bom dia, irmão — falou caio e assenti, meu pai também me cumprimentou e tomamos café.
__ Soube do seu ato com o soldado, corajoso você, se agir impensadamente vão te odiar — meu pai falou e neguei.
__ Se for necessário muitos perecerão — não falei o motivo da minha decisão, meu pai gostava da família Montini e meu irmão também.
Terminei meu café e segui para a empresa, até que recebi uma ligação que me tirou do sério, caralho de mulher teimosa essa, eu vou pessoalmente cuidar dessa afronta.
Sai do escritório e segui para a faculdade, vou matar essa peste.
Fernanda...
Não negarei que senti a culpa quando o soldado matou ele, mas durou pouco, sei que nesse mundo tem isso, mas não vai ficar assim, já sai algumas vezes pela minha janela e tenho todo o jeito, passei a madrugada aqui sem acreditar, com o olhar dele fixado no meu, mas hoje fugirei, tenho certeza que meu celular está rastreado, ele acha que sou idiota, pesquisei no meu celular passagem Irlanda, mas vou fugir para outro lugar, quando amanheceu Lara veio me ver e minha mãe também:
__ Como está minha irmã? — perguntou ela.
__ Como acha? Furiosa né, com ódio mortal desse cara — resmunguei.
__ Não fala alto, lembra que eles ligam para ele, o coitado de ontem morreu porque avisou que você estava de roupa curta, você não sente remorso por isso — ela perguntou e a fraqueza quis me dominar, mas não demonstrei.
__ Não mandei falar nada para o patrão, eu fui só a cozinha, não ia usar burca, mas agora nem na faculdade não posso ir, não quero ver ninguém e nem comer, irmã me ajuda a despistar eles por favor, eu só não quero ser rastreada — falei tensa e ela negou.
__ Eu não, não vou arrumar confusão com a família do Caio, depois ele não vai querer casar comigo — falou ela, Lara tem 17 anos e se formou com honra antes da hora, hoje faz faculdade no mesmo lugar que eu, mas queria atuar como advogada, eu tinha uma boa ideia, mas mesmo sem ela querer vai me ajudar, antes de ir para a faculdade ela veio no quarto com a mochila, fui abraçar ela e a mochila meio aberta, então coloquei meu celular ali, se tivesse rastreador eu colocaria isso em teste, se eu fugir e ele não me achar aí deu certo meu plano.
__ Vai com Deus irmã, te amo ta — falei um pouco emotiva, eles achavam que era pela situação de ontem e eu usaria isso ao meu favor.
Meu pai foi trabalhar e minha mãe veio uma última vez no meu quarto, quando ela saiu eu me preparei, pus uma roupa de moletom e aproveitei que a janela estava aberta para pisar no telhado, com muito cuidado como já fiz das outras vezes, tinha um arbusto do lado da minha janela e abaixei ali, pedi um táxi e esperei escondida, quando ele chegou foi o momento de correr, precisava ir até a faculdade, droga esqueci meus documentos no meu armário.__ Para a faculdade Owen — falei e ele seguiu, olhei para trás algumas vezes e não vi ninguém me seguindo, estava bom demais para ser verdade.Quando cheguei na faculdade percebi que eu já tinha sido descoberta, vi o carro do meu querido noivo, não cheguei a descer do táxi e vi minha irmã ser puxada para o carro do soldado, tomara que ela não seja penalizada, desci do táxi, mas fiquei abaixada e pensei em esperar ele sair, não deu muito certo e ele me viu, veio atrás de mim e eu corri o máximo que pude.A faculdade estava movimentada e fiquei ali
Eu atirei no futuro Don da Itália, ai jesus, eu vou ser morta, não tenho tempo para pensar tenho que fugir — falei para mim mesma e sai correndo, desviei dos soldados que vinham seguindo atrás do chefe, cheguei ali na saída e fugi, peguei um táxi parado e corri para o aeroporto — ai, droga, não peguei meu documento então não vou conseguir sair do País, meus pais vão ser odiados, droga, droga.Com o táxi fui até a próxima cidade e isso me levou quase todos os meus euros, sem minha carteira e os documentos eu não ia conseguir ir longe, não era para ter atirado nele, ele deve ter morrido.__ Quero um quarto para uma noite, mas esqueci meus documentos, vim fazer um trabalho da faculdade e não consigo voltar hoje para minha cidade — falei para a moça que estava na recepção do hotel de beira de estrada, ela me olhou me analisando, mas sorriu e assentiu, então aproveitei a brecha para ligar para a única pessoa que não negaria de me ajudar nessa situação.Fernanda: Oi Leandra, preciso de dis
Os homens me avisaram que trouxeram Fernanda e que ela estava no porão como pedi, admito que ela é realmente muito corajosa e isso me atraiu muito nela, agora chegou o momento de deixá-la saber que eu estou vivo, pela câmera noturna vi que ela chorou muitas vezes, ela está presa bem amarrada e não tem como fazer nada, cedo abri a porta e fiz barulho propositalmente e para mim valeu muito a cara de desespero dela.__ Bom dia! Noivinha linda, como foi a estadia aqui? Dormiu bem? — perguntei e por um minuto contemplei alivio no seu rosto.__ Então não consegui te matar né, bem que dizem que vaso ruim não quebra — ela falou debochada, então a deixei ali e saí, proibi que levassem comida ou água e nenhuma visita, meu pai garantiu ao dela que não a mataria, mas ela levaria um susto, e vai ser dito para ela que ele foi espancado.Fui trabalhar normalmente naquele dia e cuidar das minhas funções, ela passaria um bom período ali presa e veria que não pode medir forças comigo, também adiantei o
Passaram vários dias e achei prudente não ir ali, Lili foi castigada e ficou responsável por limpar os canis por 2 meses, ninguém humilhará minha futura esposa, estou no meu escritório, mas meu pai me ligou que o soldado avisou que ela não estava comendo e que inclusive perdera muito peso, ela tomou água porque o nível de desidratação seria grande então não tinha o que fazer, mas ela não comia, eu teria que intervir, resolvi voltar em minha casa e ver se ela está pronta para sair.Cheguei em casa e fui em direção ao porão, faz quase 30 dias que ela está aqui embaixo, ela ficou presa na primeira semana, agora está solta para fazer pelo menos suas necessidades.Abri a porta e ela estava em estado deplorável, mesmo com ódio mortal eu precisaria intervir, ela não comeu nada, tinham vários pratos ali com comida estragada, porque não recolheram essa porra, ela estava deitada no colchão do chão e nem abriu os olhos, emagreceu tanto que seus ossos da costela estão aparecendo.__ Porque tem qu
Estava no sofá enquanto ela era medicada com o soro e a medicação na veia, ela começou a gemer e dar sinais de que acordaria, me aproximei para acalmá-la e não funcionou, ela ficou furiosa.__ Onde estou? — perguntou desconfortável, Fernanda não gostava de ser pega de surpresa, não gostava de ficar no escuro.__ Você passou mal, está desidratada e deu uma febre, o médico já te atendeu e você está no meu quarto, seu cabelo está molhado porque precisei te dar um banho, você estava fedendo — respondi.__ Você deixou que eu ficasse ali presa, sem poder sair, mandando estes seus soldados idiotas que são super trogloditas, deixou que sua amiguinha, empregada, fodinha ou o que quer que ela seja me humilhar, queria que eu te implorasse por socorro, eu te pedi a morte e isso você não me deu, mas eu te digo Don, não terá o meu amor — ela falou e respondi:__ Sabe Fernanda, eu não pedi por isso, você se precipitou quando atirou em mim, eu te salvei da morte, o que te faz pensar que quero seu mal
O primeiro dia da minha “liberdade” foi tenso, quando desci a escada o pai do meu noivo não parecia feliz em me ver, aliás, ninguém ali além do meu cunhado parecia feliz em me ver, perguntei por ele e meu sogro respondeu:__ A meu filho agora está matando um soldado, mais um né.__ Talvez ele devesse ser menos explosivo, não mataria ninguém — falei séria, eu não levaria a culpa pelo que passava na cabeça daquele doido, o pai dele me olhou sério enquanto Caio ria da situação.Sentei na mesa para almoçar ao seu lado, mas no primeiro dia de “Teste” ele me deixa sozinha após um comentário, eu vejo que isso não vai dar certo mesmo.Comecei a me servir sem dar muita bola para os dois ali, se estava livre nesse momento curtiria o que dava.__ Então ficaram de bem cunhada? — perguntou Caio.__ Sim, dentro do possível, tem potencias que alguns mafiosos não conseguem lidar, mas vamos ver — falei e ele riu, ouvimos sua voz potente e ele respondeu sentando.__ Não existe potencia que eu não domin
Hoje é o dia do meu casamento, estou nervosa com tudo, admito que até estamos nos dando bem, rimos bastante com as histórias que ele conta, percebi que essa versão é para poucos, e estou feliz que estamos pelo menos nos entendendo, minha mãe e minha irmã foram autorizadas a ficarem comigo hoje, ela me deu muitas orientações e eu já tinha entendido, tentaria sim me dar bem com ele, eu não quero que ninguém me ouça, mas gosto de estar com o Luigi me deixa mais coerente, eu podia o ter matado com aquele tiro, ou ter sido torturada e morta, ainda bem que ele intercedeu por mim.__ Filha que bom que no fim deu tudo certo, seu casamento será perfeito, estou tão orgulhosa de você, de ter posto sua cabeça no lugar — falou ela para mim enquanto me maquiava.__ Mais ou menos né mãe, ele que aja corretamente senão o tiro come — falei brincando, mas minha irmã me repreendeu, na presença da maquiadora e cabeleireira eu deveria ter prudencia, assenti e voltamos a nos arrumar.Escolhi um vestido jus
Saímos da festa e voltamos para a mansão, foi uma boa comemoração italiana, comida, gente falando alto, homens armados e dessa vez sem nenhuma confusão, Fernanda era confiante e belíssima, tinha a cabeça erguida, era a rainha e agia como tal, meu pai e meu irmão estavam na outra casa que havia no complexo, a noite estava perfeita para tudo que faríamos naquele quarto.Entramos em nossa casa como marido e mulher, Fernanda me olhou ansiosa e feliz, ela disfarçava muito bem, mas estava feliz, foram poucos dias, mas descobrimos que somos muito parecidos.__ Está tudo bem? — perguntei quando entramos no quarto, ela sorriu e acenou, percebi que ela tremia as mãos e a segurei.__ Está tudo bem, eu nunca vou te machucar — falei beijando suas mãos.__ Só seja cuidadoso por favor — ela falou baixinho e foi a única vez que vi fragilidade em seus olhos.__ Nunca vou te fazer sofrer, machucar ou descuidar de você, não prometo que não doerá, mas prometo que se ficar desconfortável nós paramos, minh