Fuga

 Eu atirei no futuro Don da Itália, ai jesus, eu vou ser morta, não tenho tempo para pensar tenho que fugir — falei para mim mesma e sai correndo, desviei dos soldados que vinham seguindo atrás do chefe, cheguei ali na saída e fugi, peguei um táxi parado e corri para o aeroporto — ai, droga, não peguei meu documento então não vou conseguir sair do País, meus pais vão ser odiados, droga, droga.

Com o táxi fui até a próxima cidade e isso me levou quase todos os meus euros, sem minha carteira e os documentos eu não ia conseguir ir longe, não era para ter atirado nele, ele deve ter morrido.

__ Quero um quarto para uma noite, mas esqueci meus documentos, vim fazer um trabalho da faculdade e não consigo voltar hoje para minha cidade — falei para a moça que estava na recepção do hotel de beira de estrada, ela me olhou me analisando, mas sorriu e assentiu, então aproveitei a brecha para ligar para a única pessoa que não negaria de me ajudar nessa situação.

Fernanda: Oi Leandra, preciso de discrição e ajuda.

Leandra: O que você fez sua doida, tem tantos homens de terno aqui que parece aquele filme dos homens de preto.

Fernanda: Não fiz nada, preciso de ajuda, não fale com ninguém, se precisar diga que não era minha amiga.

Leandra: Eles levaram um corpo, tem noção disso, você será   morta.

Fernanda: Não está ajudando, estou na cidade vizinha, gastei meus últimos Euros, só preciso dos meus documentos, traz minha bolsa para mim, minha carteira na verdade, preciso dela e está no meu armário, com o susto não peguei, você sabe a senha, por favor cara me ajuda.

Leandra: espera na linha, se me pegarem eu te entrego.

Ouvi passos da Leandra e os bipes, ela ia conseguir.

Leandra: Pronto, me explica onde está e vou aí, ai meu Deus estou até nervosa o sub mundo está um caos.

Fernanda, vem até o terminal da próxima cidade, te espero aqui, toma cuidado.

Desliguei o telefone e em menos de 30 segundos tocou novamente, eu ainda estava na recepção e a moça me deu o telefone.

Leandra: Fernanda você não vai acreditar, o sub mundo está um completo caos, foi oferecido 1.000.000,00 de euros pela sua vida, a ordem é trazer viva, provavelmente eles vão te torturar.

Fernanda: O que é isso Le, não hahaha — falei rindo para despistar a recepcionista e desliguei.

Fui para o quarto e só então me desesperei, se me pegassem certamente me torturariam.

Fui para o lugar marcado com a Leandra e passaram mais ou menos 40 minutos quando ela veio, mas infelizmente estava tão desesperada que deixou minha carteira no banco e saiu, eu entendo seu medo, mas para meu alívio estavam ali meus cartões, dinheiro e meu documento, passando essa noite eu fugirei.

Uma semana depois...

Cheguei ao interior e aluguei um quarto em um apartamento, precisava trabalhar e me manter, não tive opção e acabei usando meu cartão para chegar até aqui, mas quebrei todos eles, a menina aqui do apartamento me disse que a lanchonete que ela trabalhava está com uma vaga aberta para atendimento, não era o que pretendia, mas não tinha outra opção, hoje é meu primeiro dia e percebi o quanto estou paranoica, entraram alguns homens de terno e entrei em pânico, vim para a saída de trás tentar respirar quando me puxaram para dentro de um carro, droga fui descoberta, não tive nem tempo de reagir quando com um produto em um pano me fizeram dormir.

Acordei amarrada em um lugar escuro, fiquei apavorada seria torturada até a morte, preferi não falar nada e fiquei tentando parecer calma, mesmo que estivesse completamente em surto.

__ Tenho que dizer que é corajosa, atirar no Luigi daquele jeito, a queima-roupa né — olhei e era o pai dele, preferi ficar quieta e não respondi nada, não ia adiantar.

__ Seus pais queriam te ver, mas ele será punido da mesma forma que você — falou e as lágrimas escorreram em meu rosto, eu não queria, mas era involuntário.

__ Isso não importa para você? Sabe que o fim de quem trai é esse né — ele disse e saiu, senti que ele estava a ponto de perder a linha, mas para meu desespero fiquei sozinha ali, eu tenho um pavor que ninguém conhece, meio bobo de falar, mas tenho pavor do escuro.

Estava completamente em pânico, medo do escuro, da situação, deles e do que fariam comigo, esse foi o único momento que senti o desespero tomar conta de mim.

Acabei dormindo amarrada na cadeira e sem ter noção de quanto tempo passou, quando um barulho na porta me acordou e para acabar logo com a minha sanidade ele entrou, Luigi Ferrari não morreu, mas sinto que quer me matar.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo