Olívia— Bom dia, querido Liam! Bom dia, meu pequeno Levi! — falo para os dois bebês sorridentes e sorrio também. — Dormiram bem, hã? A mamãe teve uma péssima noite, mas não fiquem preocupados, isso nunca vai abalar a minha alegria de vê-los assim todas as manhãs.— Mamã!— Sim, meu amor! Está na hora do banho e a tia Anne vai passar por aquela porta em... três, dois, um.— Onde estão os bebês mais lindos desse mundo?— Viram, a mamãe sabe de tudo.— Hora do banho seus fedorentinhos fofinhos e depois, nós vamos papa. A tia Victória já está fazendo uma comida deliciosa para vocês. — Logo eles se agitam com a alegria esfuziante da Anne e enquanto a ajudo, aprecio a animação dos garotos dentro da banheira cheia de água e espuma perfumada.— Prontinho. — Ela diz satisfeita depois de um tempo, fechando o último botão do macacão de Liam, enquanto eu termino de pentear os cabelos finos de Levi. Uma batida leve na porta nos faz olhar na mesma direção e Victória passa por ela. No entanto, espe
Olívia— O que vocês acham, terninho ou macacão? — pergunto para os meus filhos colocando as opções de vestuário na frente do meu corpo. Em resposta, recebo dois sorrisos com poucos dentes miúdos e sorrio. — Terninho então. Hoje é o segundo dia da mamãe na empresa. Até que não é tão ruim. O que acham, cabelos soltos ou presos? — Liam me responde fazendo um barulho engraçado com a boca, mas Levi me olha com curiosidade.— A mamãe está enchendo vocês outra vez? — Victória invade o nosso quarto e os meninos fazem a sua festa para recebê-la. — Na minha opinião você fica linda de cabelos soltos. — Ela pisca um olho para mim e tira os meninos de dentro do berço, saindo do cômodo em seguida.— Cabelos presos então — digo contrariando a sugestão da minha amiga e faço um coque severo atrás da minha cabeça. Dou uma breve olhada no espelho e gosto do que vejo. Minutos depois, jogo meu celular dentro da bolsa, minha carteira e um batom para sair do meu quarto. Com esse novo ritmo, resolvi acordar
Olívia— Acho que encontrei algo aqui, Senhor Mazza! — Marli, nossa advogada Sênior diz erguendo um papel, o balançando diante dos meus olhos. Confesso que estou desejando que esse tenha algo proveitoso. Já está bem tarde e estamos todos cansados. Ansioso, aproximo da moça e pego o papel da sua mão abrindo um sorriso vitorioso em seguida.— Yes! — Vibro e a minha funcionária sorri. — Estão todos dispensados e não se preocupem, no final do mês todos terão a merecida recompensa por essas horas desgastantes, mas foi você quem ganhou o prêmio, minha querida Marli. — Seu sorriso se amplia e eu beijo avidamente o papel. Não demora para os meus funcionários começarem a se dissipar da empresa e eu resolvo voltar para a minha sala. Preciso rever tudo que encontramos e formular uma defesa irrevogável. — Conseguimos! — digo sem tirar os meus olhos do documento e me acomodo em minha cadeira. — Vou pedir para o meu motorista levá-la em casa, Senhorita Martin — falo concentrando-me no documento. Co
OlíviaSuas mãos seguraram firmes em cada lado do meu rosto e antes que eu tivesse qualquer pensamento coerente a sua boca tomou posse da minha. A sua língua invadiu a minha boca e o seu gosto se espalhou pelo meu paladar. Por um instante sou absorvida pela intensidade desse homem e sequer tive o bom senso de lutar contra o seu ataque repentino, de afastá-lo de mim. Contudo, quando o beijo chegou a fim nos encaramos ofegantes. Eu, completamente aturdida e ele... com raiva? De que? De mim?— Você pode ir, Martin! — Seu tom seco e rude me deixou nublada. O que foi tudo isso? Por que ele está agindo como se eu fosse a culpada pelo que acabou de acontecer? — Vai, agora! — Athos ordenou ligando o motor do carro e puta da vida saí batendo a porta com força, e andei apressada para dentro de casa.— Sua idiota, imbecil! — rosno enfurecida para mim mesma, encostando-me na madeira atrás de mim e encaro o teto por alguns instantes. Meu corpo está fervendo de raiva, de ódio e impulsionada pela mi
Athos— Fala, Athos?— Está muito ocupado agora?— Na verdade, estou indo para o aeroporto. Está tudo bem?— Está...— Não senti muita firmeza, meu amigo. O Artêmis está bem?— Eu beijei a minha secretária — digo de uma vez ignorando a sua pergunta e solto um suspiro em seguida.— Porra, onde você está agora?— Dirigindo. Estou indo para a empresa.— Ótimo, eu te encontro lá.— E a viagem?— Você precisa de mim, meu amigo e eu preciso saber mais sobre a história desse beijo. — Com uma respiração profunda encerro a ligação e minutos depois estaciono o meu carro na garagem privativa da empresa. No entanto, não vou direto para o escritório como havia dito e sim, para um restaurante dentro do prédio. Envio uma mensagem para Romão informando onde estou e o aguardo me perguntando por que contei sobre o beijo para ele. Mas a pergunta correta é, por que a beijei daquela maneira? Agoniado com os meus pensamentos, levo uma mão atrás da cabeça e massageio a minha nuca.— Vai fazer o seu pedido a
Olívia— Droga, a minha bolsa! Será que o Senhor pode voltar? — peço para o motorista que retorna sem pestanejar. — Eu volto logo! — aviso, saindo rapidamente do carro e retorno com pressa para o escritório. Vou direto para o almoxarifado onde com certeza deixei a minha bolsa. Um sinal de mensagem me faz olhar para o meu celular e sorrio para a foto dos meus bebês que surgem sorridentes.... Mamãe estamos com saudades de você! Quando vai voltar para casa?A mensagem vem logo abaixo e o meu sorriso se amplia. Penso em responder quando um barulho estrepitoso me faz parar completamente tensa e cuidadosamente saio da sala a procura de quem quer que seja. Um ladrão? Meu coração estremece só de pensar nisso. Contudo, abro a minha agenda no contato da polícia, enquanto me aventuro pelo longo corredor, mas todos os meus medos caem por terra quando o vejo. Athos Mazza está de costas para mim e o seu corpo inteiro balança com os soluços de um choro violento. Em silêncio, guardo o aparelho no bo
OlíviaO dia já está claro lá fora e eu sequer conseguir pregar os meus olhos. Nesse exato momento estou deitada na minha cama e tem um sorriso bobo que vez ou outra insiste em surgir nos meus lábios, fazendo-me repreender a mim mesma por isso.... Não vá, não me deixe sozinho.Esse pedido ainda mexe comigo. De alguma forma o meu chefe parecia desprotegido e carente naquele momento. E eu fiquei, pelo menos até que ele adormecesse e depois saí de fininho, e voltei para casa. O meu pobre coração ainda está pulando ferozmente dentro do meu peito e isso já tem algumas horas. Por algum motivo não consigo acalmar as minhas emoções. De um lado estou com medo. Medo de que ele descubra quem eu realmente sou e que através disso encontre o meu segredo. Eu não posso me esquecer de quem é Athos Mazza. Um empresário implacável com conhecimentos em direito. Um advogado cruel que nunca perdeu uma causa, mas principalmente, um homem de coração gelado que não se importa com os sentimentos das pessoas q
Olívia— Eu não acredito que consegui me atrasar desse jeito justamente no primeiro dia da semana! — retruco mal-humorada, esperando as portas do elevador se abrirem para mim. — Sabia que não devia ter ido dormir tarde daquele jeito. Céus, o ogro do chefe vai comer o meu fígado por isso. — As portas finalmente se abrem, mas o contrário do que vejo sempre aqui, os funcionários parecem bem relaxados, pois enquanto eles trabalham riem e conversam entre si como se esse ambiente de trabalho fosse a coisa mais normal do mundo. Contudo, não tenho tempo para perguntas e curiosidades, e vou imediatamente para a copa preparar o café do meu chefe. E claro, receber os seus berros e repreensões como prêmio de consolação. — Vamos querida, cada minuto é um passo meu em direção da forca! — resmungo para a pobre cafeteira que especialmente hoje parece mais lenta.— Bom dia, Olívia! — Barbara diz um tanto descontraída assim que adentra o cômodo.— Olá! Bom dia, Barbara! — A observo levar uma xícara vaz